uma Volta no Tempo: dinheiro carimbado (e não só no Brasil)

você já viu nota de 5 bilhões???? exato, $ 5.000.000.000,00!!!! confira a atualização abaixo

1000 cruzados

Mil Cruzados. Essa moeda surgiu em 1986

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 6 de novembro de 2015

Maioria das imagens de minha autoria. As que forem baixadas da internet identifico com um ‘(r)’, de ‘rede’. Créditos mantidos sempre que impressos nas mesmas.

Fui a casa de alguns colegas que têm pequenas coleções de dinheiro antigo. Assim aproveitamos pra fazer uma matéria sobre o tema monetário ao redor do mundo.

Alias a América Latina viveu terremotos nos anos 80 e 90 nesse campo, como quem tem acima de 30 anos lembra perfeitamente.

… mas em apenas três anos ela já não valia mais nada. Qual foi a solução? Cortaram três zeros e carimbaram “1 Cruzado Novo.”

A transição do regime militar pro civil e o começo da democracia foram extremamente tumultuados, econômica e politicamente.

Tudo era complicado. A coisa chacoalhava, o dinheiro evaporava. Haja carimbo!!!

A hiper-inflação de mais de 1.000% ao ano fazia com que a cada poucos anos a moeda brasileira mudasse, cortavam 3 zeros da anterior.

Pra aproveitar as mesmas notas que já estavam em circulação, elas eram carimbadas com a nova denominação do dinheiro.

bolivia 500 mil pesos carimbo 0,50

A Bolívia foi mais radical: cortaram 6 zeros de uma vez. Você tinha meio milhão no bolso. Numa “mágica” virou 50 centavos (abaixo veremos o carimbo em escala maior).

Daí a foto acima da manchete, a mesma nota com JK em 3 versões:

100 mil cruzeiros sem carimbo, carimbada anunciando a mudança.

E por fim já impressa 100 cruzados. Uma imagem que vale por mil palavras.

………

Na verdade essa confusão foi aguda nos anos 80 e 90, mas de resto crônica por todo século 20.

Veja a história de nossa unidade monetária desde que os ‘réis’ foram abandonados, em 1942:

sorocaba

Sorocaba-SP, anos 80: o cobrador de um Monobloco 1 da Vima segura um bolo de cédulas de mil cruzeiros do Barão do Rio Branco. Foi por causa dessa nota que surgiu a famosa expressão ‘1 Barão’, equivalente a Cr$ 1000, como um colega apontou.

– 1942: Acaba a época dos ‘mil réis’. Substituído pelo Cruzeiro;

– 1967: Chega o ‘Cruzeiro Novo’. Veja a nota carimbada;

– 1970: Retorna o ‘Cruzeiro’;

– 1986 (a partir daqui eu já tenho idade pra acompanhar pessoalmente e me lembro): É lançado o ‘Cruzado’;

– 1989: Vem o ‘Cruzado Novo’;

– 1990: Mais uma volta do ‘Cruzeiro’;

– 1993: ‘Cruzeiro Real’, como transição pro Real. Alias essa moeda, o ‘Cruzeiro Real’, não chegou a completar 1 ano – durou 11 meses sendo mais exato, de agosto de 1993 a junho de 94;

– 1994: Plano Real.

Em 1970 e 90 houve apenas mudança de nome, sem desvalorização monetária. Nas demais oportunidades até as mudança de 93 foram cortados 3 zeros de cada vez. Até que em 1994 2.750 Cruzeiros passam a valer 1 ‘Real’, vigente até hoje (atualizo em 22).

Agora podemos observar melhor a mesma nota em 3 fases diferentes:

Tarifa: Cr$ 23,00.

LOUCOS ANOS 90:

A HIPER-INFLAÇÂO BRASILEIRA NOS ÔNIBUS DA ZONA LESTE DE CTBA. –

Em 1992 Curitiba padronizou a decoração dos ônibus metropolitanos, que até então tinham pintura livre.

Da busologia nós falamos com muitos detalhes em outros momentos. Nosso tema de hoje é o dinheiro.

Então. Entre muitas outras inovações o governo do estado determinou ainda no fim da pintura livre um adesivo no vidro informando o valor da tarifa, mantido no começo da padronização

17 mil uma passagem de ônibus? Mais um pouco e dava pra pagar com o “Agro-Cheque” do Zimbábue (falo disso abaixo).

A Comec trouxe essa característica de São Paulo e outras cidades, isso nunca havia existido por aqui.

Exatamente por não ser orgânico o enxerto foi rejeitado. A novidade logo foi abandonada, mas por um tempo existiu.

E existiu em tempos que a inflação estava na estratosfera. Os preços subiam sem nenhum tipo de controle.

As legendas já informaram: todo colorido, em verde e amarelo acima um Torino ‘1’ da Viação Piraquara, ainda na pintura livre; a tarifa é 23 Cruzeiros.

Tarifa: R$ 0,32.

A seguir dois articulados Torino ‘2’ da Exp. Azul já padronizados. Agora o negócio ficou maluco: imagina desembolsar Cr$ 17.000 pra andar de ônibus urbano (dir.)? Sim, 17 mil é o que está adesivado.

Com o Real, em 1994 a tarifa da mesma linha vai pra 32 centavos (esq.). De 17.000 pra 0,32 em pouco tempo…

DÉCADA  DE 10 DO NOVO MILÊNIO: HIPER-INFLAÇÃO CASTIGA NOVAMENTE A ARGENTINA

A causa da rebelião argentina. Veja esse açougue em Buenos Aires e comprove que o preço dos alimentos mais que dobrou em apenas 3 anos. Imagem vale por mil palavras, não é preciso argumentar além disso.

Escrevi no texto original (2015) que “tem mais, outros países passaram por processos similares.”

Atualizando em 2019, tem mais ainda: a Argentina está passando mais uma vez por isso.

Ela já viveu a hiper-inflação nos anos 80 e 90, junto com o Brasil.

Só que aqui felizmente isso faz parte do passado, esperamos que nunca retorne.

Na Argentina retornou. Visitei esse vizinho país em 2017.

Me deparei com uma insurreição aberta que visava derrubar o presidente Maurício Maccri.

As consequências: em 2017 uma insurreição visava derrubar o governo.

A Argentina passa por crise gravíssima, e multi-dimensional. Envolve as dimensões política, econômica, social, e, por que não dizer?, moral.

Tudo isso é domínio público. O que quero contar aqui é o seguinte: como sabem, a ‘Visão de Rua do Google Mapas’ agora tem o modo ‘máquina do tempo’.

Todas as filmagens já feitas em todos os anos anteriores estão disponíveis, assim você pode comparar passado e presente.

Pro que nos interessa aqui, achei um açougue em Buenos Aires, que foi filmado continuamente de 2013 a 2017.

O preço dos alimentos mais que dobrou em 3 anos em alguns casos, em outros quase dobrou.

Av. 9 de Julho, Buenos Aires, março de 2017.

Podes ter certeza que o reajuste do poder aquisitivo da população não passou nem perto de se duplicar nesse período.

Daí o arrocho foi gigantesco. Simplesmente tiveram que apertar significativamente os cintos, comprar menos porque o dinheiro vale muito menos.

Daí natural as cenas que vemos nas imagens: cheguei em B. Aires em março de 17.

Me deparei com uma cidade em caos. Piqueteiros bloqueavam diariamente as principais avenidas.

“Av. 9 de Julho (e outras): interditadas por manifestação”.

Agora veja o porque que tudo isso aconteceu.

O mesmo açougue , no bairro ‘Caballito’, de 13 a 17.

Volta o texto original. Veja ao lado nota da Bolívia, em escala maior o carimbo atestando que ela acaba de ser desvalorizada em nada menos que 6 zeros.

Visitei a casa de alguns colegas que têm pequenas coleções de cédulas que já foram extintas.

Do Brasil e igualmente de outras nações da América e Europa.

1 cruzeiro notas novas sem usar

Alguém guardou por quase 40 anos uma pilha de notas de 1 Cruzeiro sem usá-las. Estão novinhas, como saíram da prensa.

Assim, essa é nossa pauta de hoje, o papel-moeda de várias partes do globo. Tudo dos anos 80 pra trás.

A amostra não é muito representativa, é um fato evidente.

Esse ensaio não pretende, de forma alguma, ser uma análise completa do tema. Só um esboço.

Apenas eu quis jogar no ar essas imagens que eu captei pessoalmente.

Em alguns casos até nem ficou tão nítido, e não pude perceber na hora.

20 cruzeiros diferença entre fabricacao ianque e inglesa

Antes de ter sua própria Casa da Moeda, o Brasil imprimia suas notas no estrangeiro. A cor variava, conforme a fonte. Assim a mesma nota podia ser azul (impressa nos EUA) ou vermelha (na Inglaterra).

Quando fui editar já não tinha mais as notas a disposição pra refazer. Isto posto, vamos lá:

Brasil: muitas versões dos extintos Cruzeiro e Cruzado, incluindo variações como ‘Cruzeiro Novo’, ‘Cruzado Novo’, etc.

Argentina: há fotos do Austral, que já teve sua carreira encerrada.

E outras do Peso Argentino. Porém eu não sei se é do Peso atual ou do que existiu antes do finado Austral.

Bolívia e Peru: vemos seu dinheiro extinto, o Peso Boliviano e o Inti Peruano.

10 cruzeiros antigos carimbo 1 centavo

A hiper-inflação foi aguda nos anos 80 e 90. Mas o problema foi crônico em todo século 20. Quando  as notas ainda eram importadas da Inglaterra já se usava a ‘carimbada‘.

Atualmente em vigor a moeda que se chama simplesmente ‘Boliviano’, e no Peru o Novo Sol.

Paraguai, Chile e Uruguai: as cédulas mostradas aqui são de Guarani Paraguaio, e os Pesos Chileno e Uruguaio.

Esses são os nomes atuais de suas unidades monetárias.

Mas eu não sei dizer se as notas aqui vistas valem alguma coisa, talvez já tenha havido desvalorização aguda.

Florim holandês acabou. Virou parte do Euro.

Ou então quem sabe a moeda já tenha sido extinta, veio outra que também acabou. E numa terceira moeda o nome antigo tenha sido reativado.

Por diversas vezes em sua história o dinheiro brasileiro se chamou ‘Cruzeiro’, mas não é sempre a mesma moeda, e sim várias, o nome vai e volta.

Pode ser que nos vizinhos tenha ocorrido o mesmo, ou não.

O Paraguai é a ‘Nação Guarani’. Esse idioma é mais falado lá que o espanhol. Sua unidade financeira têm esse nome também, visto ao lado.

Várias ex-colônias da Espanha na América – e uma na Ásia – têm seu dinheiro com o mesmo nome, o ‘Peso’:

México, República Dominicana, Chile, Colômbia, Argentina, Uruguai, Cuba e do outro lado do Oceano Pacífico as Filipinas.

espanha 1 peseta

Finada Peseta espanhola: curioso a diferença de tamanho entre as cédulas, a menor é quase quadrada.

E esses são os países em que um dia a unidade monetária nacional também se chamou ‘Peso’, mas não mais:

Bolívia, como já dito;

Guiné-Bissau (também na margem oposta de outro Oceano: é uma ex-colônia portuguesa na África);

– E EUA (obviamente o ‘Peso’ não era a moeda oficial. Mas segundo a wikipédia ele foi aceito nas terras ianques até 1857).

Alias a nota carimbada da Bolívia é exatamente do momento que o Peso cedeu lugar ao ‘Boliviano’.

100 cruzeiros

No começo dos anos 80 o dinheiro brasileiro podia ser virado de ponta-cabeça, dava no mesmo.

Foram cortados nada menos que 6 zeros de 1 vez, a nota de 500 mil Pesos passou a valer 0,50 Boliviano.

No Brasil os cortes sempre foram metade disso, 3 zeros de cada vez.

Feito esse adendo, vamos voltar a falar das nações que têm suas moedas retratadas nessa postagem:

Portugal, Itália, Espanha, França e Holanda: Vemos aqui respectivamente os Escudos, Liras, Pesetas, Francos e Florins. Todos extintos pra dar passagem ao Euro.

italia mil liras

Extintas Liras italianas: também confeccionadas em diferentes medidas.

EUA e Inglaterra: os Dólares e Libras mostrados ainda valem, pois ambos têm economia estável.

Não vou debater aqui quantas intervenções essas nações fizeram no estrangeiro pra que suas moedas fossem tão poderosas.

………..

Falando especificamente de nossa Pátria Amada agora, há dinheiro de 3 etapas distintas:

1) Como é notório, éramos os “Estados Unidos do Brasil” até 1969.

peru 50 intis

Intis do Peru: sucedeu o ‘Sol’, e antecedeu o ‘Novo Sol’.

Não tínhamos nossa própria Casa da Moeda, a grana que circulava aqui era impressa na Inglaterra e EUA.

Incluso repare que as notas tinham diferença forte de tonalidade conforme a origem:

O exemplar de 20 Cruzeiros inglês é avermelhado, o ianque azulado.

2) Virada dos anos 70 pra 80.

Detalhe curioso é que um dos colegas (que eu visitei e que me emprestou sua coleção pra fotografia) tinha uma pilha de notas de 1 Cruzeiro novinhas, sem usar.

argentina 100 austrais

Austral da Argentina (1985-1991). Antes dele era o ‘Peso’. Depois dele, é o ‘Peso’ de novo. Não é só no Brasil que os nomes das moedas vão e voltam.

Parece incrível mas é pura verdade, o dinheiro está zerado:

4 décadas depois permanece como foi sacado de algum banco – na época sequer haviam caixas eletrônicos.

3) Fim dos anos 80 e começo dos 90: confusão total, amigos.

Total. A cada 3 anos ou menos cortam-se 3 zeros, quase um ritual.

Ou seja mil cruzeiros passam a valer 1 cruzado, e assim vai.

Peso do Uruguai.

Na passagem pro Real a desvalorização foi mais aguda.

Mil cruzeiros passaram a significar pouco mais de R$ 0,30.

1 Real valia, como já dito, 2.750 Cruzeiros Reais.

No entanto, 1 Cruzeiro Real valia mil Cruzeiros/Cruzados Novos.

Por sua vez cada um deles valia mil Cruzados. Seguindo a sequência, 1 Cruzado valia mil Cruzeiros.

bolivia 100 mil pesos

Descontinuado Peso Boliviano, esse sem carimbo. Veja aqui e no verso ao lado que a nota é um cheque emitido pelo governo, manda-se ‘pagar ao portador a quantia impressa‘, como se a nota em si não fosse o pagamento.

Portanto faremos com que todas essas desvalorizações sejam somadas.

Dessa forma, você entende que 1 Real, implantado em 1994, valia nada menos que 2,75 trilhões dos Cruzeiros que circularam até 1986.

É isso mesmo. Em apenas 8 anos essa foi a perda de valor da unidade monetária nacional.

Hiper-inflação digna da Alemanha de Weimar, não?

…………

Agora em 2015 o Brasil está passando por uma ‘crise’, dizem. De fato está.

Entretanto, se você comparar a economia hoje em que temos a mesma moeda há 21 anos . . .bolivia 100 mil pesos[1]

 . . . com a época de minha infância, em que em apenas 8 anos tivemos 6 moedas diferentes.

Sendo que houveram 4 desvalorizações que cortaram 12 zeros e ainda depreciaram a moeda num fator de 2,7 acima de tudo, . . .

. . . a única conclusão possível é que avançamos um pouco como nação.

10 cruzeiros

Outros países inclusive o Brasil adotaram o mesmo conceito: “se pagará ao portador a quantia de…”. Ou seja, a nota garante retirar no banco um determinado valor, não é ela mesma esse valor.

Tanto que atualmente já faz uma geração que não há ‘choques econômicos’.

E por isso uma matéria que fala de mudanças monetárias é etiquetada como ‘relembrando o passado’.

Os mais novos precisam buscar em artigos de mídia e nos livros escolares as moedas anteriores a atual, pois nunca presenciaram um câmbio.

Esses dias vi um casal de adolescentes conversando no ônibus que ‘seus pais lhes contam como antes a moeda mudava a cada poucos anos’.

espanha 5 pesetas

Antigamente o dinheiro tinha que ter lastro. Pra emitir essa nota de 5 Pesetas o Banco Central da Espanha tinha que ter em seus cofres essa quantia em ouro ou prata. Valia pro mundo todo. Até que em 1971 Nixon acabou com o lastro pro Dólar. Hoje o dinheiro não tem mais lastro, nada o banca exceto decretos. Por isso bolhas estouram gerando graves crises, incluso no “1º mundo” (EUA/Europa e satélites).

Eles achavam curioso, pois nunca viram nada parecido.

Se lhes dissessem que isso na verdade ocorreu em Burkina-Faso ou mesmo em Marte pra eles daria no mesmo:

Algo teórico, que pode ser interessante ou não, mas que não muda em nada a vida deles.

Antigamente isso não era teoria, aula de história ou uma curiosidade que mães e pais contavam pra entreter e educar os filhos, mas nossa realidade cotidiana.

Sem entrar no mérito partidário, sem defender ou atacar as gestões do PT e do PSDB.

O fato inquestionável é que houve progresso nesse campo.

Dinheiro carimbado “1000 antigos = 1 novo” agora só na internet e no museu.

UMA NOTA DE 5 BILHÕES DE DÓLARES (SIM, $ 5.000.000.000,00)???

VOU TE PASSAR UM “AGRO-CHEQUE” MUITO ESPECIAL –

Atualização de maio.17: fui a África do Sul, já  levantei pra rede a série sobre esse país.

Fiquei num apartamento em Joanesburgo (maior cidade do país).

Meu anfitrião tinha um pote cheio de cédulas e moedas.

De vários países da África, e alguns da Ásia e até Europa.

Brasil, Bolívia, Argentina e muitos outros mais recentemente, Alemanha no entre-guerras, vários países já passaram pela praga da hiper-inflação.

Ainda assim veja o que o Zimbábue, na África, vem enfrentando atualmente.

Esquerda, acima: 1994, uma nota de 10 dólares.

As cédulas ainda estavam em 2 dígitos. Normal.

Como é no Brasil e imensa maioria dos países do mundo.

Direita, acima: 2001, 500 dólares.

Já entrou no terceiro dígito. Um pouco mais incomum, mas ocorre em várias nações.

Coroas da Dinamarca. Ainda existem, esse país preferiu por não aderir ao Euro.

Agora as duas na sequência (esquerda e direita, ambas acima, respectivamente):

2008. As notas agora são na casa das dezenas e centenas de milhões.

Como em apenas 7 anos passamos de 2 pra 8 ou 9 dígitos?

Próximas 5: nações da África Central e Austral. Essas são moedas de Uganda.

Mas fica pior. Ainda em 2008 já circulavam as notas de 10 dígitos (!!!).

Ou seja, já no terreno do bilhão, como vemos logo abaixo da manchete do capítulo.

Aí foi preciso tornar o dinheiro de fato um cheque, não apenas simbolicamente mas de fato.

Explico. Como falamos a pouco e é notório, no começo o dinheiro tinha que ter lastro.

Quênia.

Assim, a nota não tinha valor por si mesma, mas indicava que a pessoa tinha direito aquele valor.

Se preferir de outra forma, a cédula era um cheque que o governo emitia.

O portador poderia ir a alguma agência e sacar do Banco Central aquela quantia em ouro, prata ou outro minério nobre.

Leão ilustra cédula da Tanzânia.

Pois pra emitir aquele cheque o governo tinha que ter em seus cofres a respectiva quantia em metal precioso.

E, repito, se quisesse o dono de uma cédula podia de fato redimir o valor dela, levando pra sua casa a quantia equivalente do metal.

Por isso a inscrição “o Banco Central pagará ao portador a quantia”, presente em tantos países, mesmo na Europa.

Congo (capital em Kinshasa). 2º maior país da África. Não confunda com o vizinho que também se chama Congo, e cuja a capital é na cidade de Brazaville, já falo desse.

Mas com o tempo o lastro do dinheiro caiu. Nos EUA em 73, todos os países seguiram o exemplo. Hoje, o dinheiro não é garantido por nada.

Exceto pela palavra dos governos que os emitem, que não é muito confiável pra dizer o mínimo. . . .

Assim, o conceito da nota ser um cheque do governo é apenas simbólica.

A cédula agora é o valor em si mesmo, não há mais aquela quantia de metal nos cofres.

Dinheiro do pequeno Malaui, cuja área é pouco maior que a de Pernambuco.

Isso já sabem. Desculpe me repetir, mas é preciso pôr n contexto, pra entendermos o que ocorre no Zimbábue hoje:

Essa pequena e sofrida nação africana está enfrentando não apenas hiper-inflação.

Mais eu corretamente diria uma super-hiper-ultra-mega-inflação.

Assim as cédulas voltaram a ser cheques: o dinheiro tem data de expedição, e data de validade.

Você tem que gastar até o dia indicado nela, ou ela caduca.

Se ficar com ela após a data indicada, “perdeu, mano”. Ela não vale mais nada.

Você tem cinco bilhões na mão, ou assim acha, porque na verdade não tem nada.

Voltamos a ver outros países africanos. Na frente águia nas notas da Zâmbia.

E o prazo é exíguo, apenas um semestre. Veja o exemplo acima: a nota foi emitida no primeiro dia do ano de 2008. E só vale até junho.

Quando começou julho, ela não servia mais pra nada.

Dinheiro com prazo de vencimento??? Essa você não conhecia!!!

Cédula de 10 dígitos, que vence em algumas semanas. Vou te passar um agro-cheque muito especial…

Moedas de Botsuana.

Nesse país todo mundo é bilionário, mas também (quase) todo mundo é miserável.

Bem-vindo ao Zimbábue!!!

AS COMUNIDADES ECONÔMICAS AFRICANAS: COMEÇAMOS PELA AUSTRAL, DOMINADA PELO RAND –

Há na África dois blocos de países que utilizam moedas cunhadas por bancos centrais estrangeiros. Uma, na África Ocidental e Central, é na prática ainda colônia da França.

Já chegamos lá. 1º a comunidade austral, dominada pela África do Sul. O rand é a moeda da África do Sul (a direita nota de 100). Isso todos sabem.

Fato menos conhecido é que o Rand é a unidade monetária legal também de outros 3 países:

Namíbia, Lesoto e Suazilândia, todos vizinhos da África do Sul.

No papel, cada um deles tem sua própria moeda, o dólar da Namíbia, o Lilangeni na Suazilândia e o Loti no Lesoto.

Belos jardins do edifício-sede do Banco Central da África do Sul em Pretória. Essa instituição é quem emite e controla o rand, que também é a moeda de 3 países vizinhos.

Mas é apenas no papel. O Rand é a moeda legal de todos eles. Digo, suas moedas nacionais existem, e circulam nos respectivos territórios.

Porém o Rand também circula em todos eles e é por lei, também moeda nacional. E a conversão é de um pra um.

Portanto dá no mesmo usar o Rand ou as respectivas unidades nacionais.

Veja bem, amigos, é uma situação diferente de quando uma moeda é na prática amplamente aceita em outro país, mas sem paridade e sem reconhecimento jurídico.

Próximas 3: moedas nacionais da Namíbia, Suazilândia e Lesoto, que existem apenas como alegoria. Como a paridade é de 1/1 com o rand, na prática a moeda deles é o rand. Aqui uma nota de 10 dólares da Namíbia.

Exemplificando fica mais fácil entender. Estive no México em 2012.

A moeda mexicana é o Peso, como todo mundo sabe.

Acapulco é um balneário que vive do turismo, e a imensa maioria dos turistas estrangeiros são estadunidenses.

O Dólar ianque é bem mais forte que o Peso, evidentemente.

Além disso, há estadunidenses aos montes na cidade. Assim o Dólar dos EUA é moeda corrente em Acapulco.

Você pode usar o Dólar pra tudo, pagar o táxi, hotéis, cafezinho, jornal numa banca, um sombreiro pra trazer de lembrança.

Centavos de Lilangeni, moeda da Suazilândia.

Porém, é uma situação que se dá na prática sim, mas juridicamente não.

O Dólar dos EUA não é a moeda oficial do México, e não há paridade no câmbio, ele pode flutuar muito.

Quando estive lá, em 2012, um Dólar valia 14 Pesos. Hoje (2017) vale 18.

Portanto o peso se desvalorizou muito, quase 30% em 5 anos.

Lesoto. O singular é 1 Loti. Mas no plural é outra palavra, vemos moedas de 2 e 5 Maloti.

Na África Austral é diferente. O Rand é juridicamente a moeda oficial da Namíbia, Lesoto e Suazilândia.

Cada um deles têm sua própria moeda, mas apenas por fachada.

A paridade entre elas e o Rand é de um pra um e sempre o será.

Pelo menos enquanto o acordo estiver vigente entre os governos.

Portanto na Namíbia algo custa 17 Dólares da Namíbia.

E você pode pagar com uma nota de 20 Rands, de 20 Dólares da Namíbia, ou com uma nota de 10 de cada.

Moedas dos Emirados Árabes Unidos, obviamente cunhadas em árabe.

E o troco pode vir em Rands, Dólares da Namíbia ou uma combinação de ambos. O mesmo vale no Lesoto e Suazilândia.

Claro, o Dólar da Namíbia só vale na Namíbia, você não pode usá-lo no Lesoto, Suazilândia ou na África do Sul.

O Loti (no plural ‘Maloti’, muda a palavra) só vale no Lesoto, é inútil na Suazilândia, África do Sul ou Namíbia.

Já o Rand tem o mesmo valor nos 4 países, pode cruzar as fronteiras circulando normalmente.

A Namíbia é um dos países mais jovens do mundo. Era uma colônia alemã até a 1ª Guerra Mundial.

Jordânia: escrito em árabe, também. Já verá porque estou ressaltando o idioma.

Aí passou a pertencer a África do Sul, onde ficou até 1990.

Portanto o ‘apartheid’ também valeu lá. Em outro texto falaremos melhor disso.

Em 1990, como já dito, a Namíbia se tornou independente.

E é de fato um país autônomo, na dimensão política. Economicamente, entretanto, continua atrelado a África do Sul.

Dinheiro do Afeganistão. Agora que a porca torce o rabo. Pensa que está escrito mais uma vez em árabe? Pois não é o caso. A língua afegã é o pashtum. Sim, o alfabeto é o árabe, mas o idioma é outro. Assim como diversas línguas ocidentais usam o mesmo alfabeto, o latino, mas os idiomas podem ser tão diferentes quanto o português é distinto do polonês, alemão ou africâner. Voltando ao Oriente, além do próprio idioma árabe, também utilizam o alfabeto árabe o idioma persa (Irã), o pashtum do Afeganistão e outras línguas menores.

Já a Suazilândia e Lesoto só são independentes no papel. São ‘países’ pequenos e muito pobres, sem saída pro mar.

A Suazilândia ao menos também tem fronteira com Moçambique. Lesoto está totalmente cercado pela África do Sul.

E ambos na prática são quase que colônias do vizinho maior, inclusive na dimensão política.

Tanto que em 1998 a África do Sul (com auxílio de Botsuana) ocupou militarmente o Lesoto pra promover um golpe de estado, com grande banho de sangue que deixou a capital em ruínas.

Veja bem. Em 1998 não havia mais ‘apartheid’. O presidente sul-africano era Nelson Mandela.

Mas ainda assim ele agiu exatamente como agiam os presidentes brancos antes dele:

Todos esses 14 países em verde e vermelho utilizam como moeda o Franco CFA, que é emitido e lastreado pela França, na teoria ex-metrópole de 12 deles e na prática atual metrópole de todos os 14.

Intervindo militarmente em um país vizinho na teoria ‘soberano’, pra impor sua vontade. O Lesoto aprendeu uma dura lição.

E concluiu com amargura que “o ‘apartheid’ só acabou pros negros dentro da África do Sul.

Pra nós, que também somos negros e nativos da África, nada mudou”.

Por conta disso. Estejam os brancos ou negros no poder, a África do Sul vê o Lesoto como uma colônia.

E de fato na prática é mesmo assim que a coisa funciona, daí o rand ser a moeda local.

C.F.A.: “COLÔNIAS DA FRANÇA NA ÁFRICA”; OPS, FOI MAL: ESQUECI QUE NO PAPEL A SIGLA AGORA DIZ “COMUNIDADE FRANCÓFONA NA ÁFRICA” – NA VERDADE NADA MUDOU

Franco CFA, a moeda neo-colonial francesa usada em 14 países da África.

Agora a comunidade econômica africana dominada pela França.

Veja o mapa. 14 países da África utilizam uma moeda cunhada na (e para o benefício da) França, o Franco CFA.

Na teoria são duas moedas diferentes, uma na zona vermelha, outra na verde, e não pode haver mistura.

Mas na prática elas valem exatamente o mesmo, então as cédulas e moedas de ambas são utilizadas livremente em qualquer dos 14 países.

Já informei na manchete acima que teoricamente o ‘C’ não é mais de ‘colônias’, como foi oficialmente no passado. Agora quer dizer ‘comunidade’.

Madagascar: ex-colônia francesa que abandonou o Franco CFA. De 1960 até 2004 o país teve uma situação muito curiosa pois contou simultaneamente com duas moedas nacionais, o Ariari (nome de origem árabe recuperado do período pré-colonial) e o Franco Malgache (emitido localmente, e não na ex-metrópole). Por isso as notas traziam as 2 denominações. Porém na prática 1 Ariari valia 5 Francos Malgaches, de forma fixa. Logo era apenas uma moeda. Ainda assim, tinha 2 nomes e 2 cotações, tudo isso impresso nas notas. Em 2005 o Franco Malgache acabou, pois Madagascar não queria mais uma moeda cujo nome remetesse a França. Desde então o Ariari está soberano.

Diz o grupo de ‘rap’ estadunidense ‘Public Enemy’: “Nós (os negros dos EUA) gostamos de chamar os bairros que moramos de ‘comunidades’.

Oras, como nós não temos o controle sobre os aspectos culturais, políticos e econômicos dessas ‘comunidades’, o nome mais correto seria ‘senzalas’ “.

O mesmo vale aqui. Ter sua própria moeda é uma característica indispensável pra uma nação ser um estado independente de fato.

Todo o país que não controla sua própria moeda só é independente no papel, na prática permanece (ou passa a ser) uma colônia de quem controla seu dinheiro.

12 ex-colônias da França (“ex????”) usam o Franco CFA: Camarões, Senegal, Costa do Marfim, Mali, República Centro-Africana, Benim, Gabão, Chade, Níger, Burkina-Faso, Togo e o Congo cuja capital é Brazaville.

A eles se uniram o Guiné-Bissau (ex-colônia portuguesa) e o Guiné Equatorial (ex-colônia espanhola), totalizando 14 os países que o utilizam.

‘Pula’, o dinheiro de Botsuana. Significa ‘chuva’. O centavo é o ‘Thebe’, que quer dizer ‘gota’, tudo mostrando a importância da água nesse país muito seco. Toda África Austral tem clima árido, confira a foto até de uma cactus  que cliquei lá. Até 1976 Botsuana era mais um que usava o Rand da vizinha África do Sul, quando resolveu imprimir sua própria moeda.

Note que existem 2 Congos. O com capital em Kinshasa é bem maior, e foi ex-colônia belga. Antigamente chamado Zaire.

Tem sua própria moeda, o Frango Congolês, já mostrada nessa matéria mais pra cima na página.

Ao lado dele está o Congo com a capital em Brazaville. Esse Congo ex-colônia francesa é que usa o Franco CFA.

Detalhe curioso é que não apenas os países, mas até as capitais são vizinhas. Kinshasa e Brazaville estão frente-a-frente.

Cada uma fica numa margem do Rio Congo, e seriam duas partes da mesma cidade se o país fosse o mesmo. Deixando a geografia de lado e voltando o foco pra economia, nosso tema de hoje.

Próximas 3: ‘Metical’ é o dinheiro de Moçambique. Repare que há notas de papel e de plástico, as plásticas tem um círculo transparente no canto.

Guiné, Mauritânia e Madagascar também já pertenceram a união.

Mas tomaram a sensata decisão de sair pra poderem emitir o dinheiro que circula em seu território. O Mali saiu mas voltou.

Curioso isso, não? Desde que adotou o Euro, a França não controla mais sua própria moeda.

No entanto, a França ainda controla a de outros 14 países da África, e mais alguns na Polinésia.

Nota (de plástico) de 100 meticais.

Obviamente os defensores do Franco CFA dizem que ele traz “estabilidade” pra África.

Estabilidade sim, mas em benefício de quem?

Obviamente dos (“ex”???) senhores coloniais europeus.

Não se resume a economia. A França intervém militarmente o tempo todo na África.

A de 200 é de papel.

Em 2011 houve o trágico golpe de estado na Líbia, feito pela França, Inglaterra e EUA usando a ‘Al-Qaeda’ de fachada.

Depois disso o exército francês aproveitou o embalo e já que estava por ali promoveu invasões na República Centro-Africana e Chade, entre outros.

Tropas francesas ficam estacionadas permanentemente nessas e outras nações.

Assim como os EUA têm bases militares em mais de 100 países de todos os continentes.

Tudo muda pra nada mudar, eis a única conclusão possível . . .

………..

Vamos ver muitas imagens. Ao lado dinheiro de Bangladesh, na Ásia.

Casaquistão.

Até 1947 a Índia (então colônia britânica) englobava os atuais Índia, Bangladesh e Paquistão.

Quando houve a independência da Inglaterra, Índia e Paquistão se separaram.

Mas o Paquistão da época incluía Bangladesh, que se chamava ‘Paquistão Oriental’.

Próximas 2: Tajiquistão, frente & verso.

Em 1971 veio nova independência, e enfim Bangladesh se tornou uma nação a parte.

Ainda assim, a língua bengali ali falada usa um alfabeto que é uma ligeira variação do devanagari, o mesmo usado nas línguas hindi (a principal da Índia) e nepalesa.

……..

Falando em alfabetos orientais, adicionei notas do Casaquistão e Tajiquistão.

Trata-se de duas ex-repúblicas da finada URSS.

Na dimensão da linguística, ambos permanecem ligados a Rússia.

Pois se comunicam pelo alfabeto cirílico, usado na Rússia e seus vizinhos como Ucrânia.

Verso da nota afegã mostrada mais pra cima.

Mas no Leste Europeu eles são eslavos. Na Ásia Central, malgrado o mesmo alfabeto, os povos são morenos cor-de-cobre e de olhos puxados, como a nota a direita acima deixa claro.

Já fiz um desenho retratando os Homens e Mulheres das Estepes da Ásia, das quais Casaquistão e Tajiquistão fazem parte.

Com o brasão do regime racista.

………

A África do Sul tem 11 línguas oficiais. O inglês é falado por todos, de todas as raças, e por isso vem a frente.

Além dele, vários brancos usam o africâner (dialeto do holandês) e os negros igualmente têm suas próprias línguas, as principais são o xhosa e o zulu, há mais 7.

Cada nota traz no verso a inscrição “Banco Central da África do Sul” em 2 idiomas, o mesmo ocorre nas moedas.

No tempo do ‘apartheid’ era só africâner e inglês. Essa a direita é de 94, justo o ano da queda do regime racista.

Ao lado a que tem o rosto do Juscelino em 3 versões: original, carimbada e com 3 zeros a menos e novo nome.

Agora vejamos um pouco mais do dinheiro estrangeiro:

Peseta da Espanha. Curiosamente, algumas notas eram quase quadradas.

Seguimos. Bangladesh, Casaquistão e Jordânia obviamente são na Ásia. As demais na África.

Mais da Europa. Com exceção da Libra inglesa, todas as outras morreram com o Euro.

Outra sessão da África.

No ‘carrossel’ abaixo chegamos a nossa querida América:

Fechando a África. Ao lado o verso do “Agro-cheque Especial” de 5 bilhões do Zimbábue.

Abaixo as 9 primeiras de Zâmbia, depois volta o vizinho Zimbábue, notas desde 10 – dez mesmo, não 10 mil ou 10 milhões – até 250 milhões.

1 cruzeiro notas novas sem usar[1]E agora o dinheiro brasileiro. A esquerda mais uma daquelas notas novinhas de 1 Cruzeiro.

Essa série é do fim da década de 70, cheguei a ver pessoalmente no começo dos 80.

A direita uma série um pouco posterior, do meio dos 80, logo antes do Cruzado.

Veja que os valores são mais altos, antes havia nota de 1 Cruzeiro.5 mil cruzeiros

Agora elas estão na casa das centenas e milhares, 1 único Cruzeiro não comprava mais nada.

Alias por isso 1000 Cruzeiros viraram 1 Cruzado no último dia de fevereiro de 1986. A esquerda mais um carimbo ampliado.

10000 cruzeiros carimbo 10 cruzados[1]E na sequência horizontal voltamos mais no tempo, pra época dos ‘Estados Unidos do Brasil‘.

Agora separadamente, perceba mais uma vez a diferença de entonação entre o produto de fabricação britânica e estadunidense

Nas legendas (entre parênteses) reforço a procedência, que está evidente nas imagens. Várias notas estão carimbadas. Vamos pela ordem crescente, em quase todos os casos veremos frente e verso

1ª metade da década de 80, pré-Cruzado. Aquelas que a frente já está postada acima jogo o verso. As demais de frente e de costas. Essa é a série que pode ser lida de ponta-cabeças:

E fechamos com os oito anos (86-94) em que nossa moeda teve 6 nomes e se desvalorizou nada menos que numa proporção de 2,7 trilhões pra 1.

“Deus proverá”

2 comentários sobre “uma Volta no Tempo: dinheiro carimbado (e não só no Brasil)

  1. Mauro Grochenek disse:

    Eu me lembro bem dessa época. O salário dos meus pais era superior a 1 milhão. Todo mundo era milionário. :)

    Curiosidade; o Brasil ainda continua imprimindo moeda pra Angola?

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    • omensageiro77 disse:

      Não tenho informações quanto a Angola, se algum leitor souber pode adicionar sua contribuição.
      Em todo caso, nada mais natural, todo país que não dispõe de Casa da Moeda precisa contratar esse serviço de outro que a tenha.

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