do Arco-Íris restou o Rubro, o resto virou bege: ônibus metropolitanos de Curitiba, 1992-presente

INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”

Publicado originalmente em 29 de abril de 2015, reformulado em outubro de 2022

Quase todas as imagens são baixadas dcama internet. Os créditos  foram mantidos, sempre que impressos nas mesmas. As que forem minha autoria eu informo com um asterisco ‘(*)’, como visto a direita.

Vamos falar sobre os ônibus metropolitanos de Curitiba, que tiveram pintura livre até 1992 (acima um exemplo).

Terminal Guadalupe, 2022 (*).

E atualmente quase todos os ônibus metropolitanos são beges, confira ao lado.

Há algumas exceções, falaremos melhor delas abaixo. Antes sigamos a linha do tempo.

Já houveram por 3 padronizações nesse modal (atualizo em 2022).

1ª padronização, 1992: busos unicolores conforme a região da RMC que a linha serve.

1ª padronização (1992 a 1996): a cidade foi dividida por regiões, conforme o mapa ao lado.

Os busos ficaram unicolores, como os municipais da capital, mas num esquema de pintura diferente.

A maioria das linhas foi pintada na cor da região; mas haviam cores especiais pra categorias especiais (linha ‘integradas’, ‘perimetrais’, etc.) .

Nas próxs. 7 fotos as faixas da padronização de 1992, no começo com inscrição ‘Metropolitano’ e numeração de 4 dígitos a dir.; o 1º dígito indicava a faixa: 1-amarelo Almirante Tamandaré – que incluía Campo Magro – e Rio Branco do Sul – que incluía Itaperuçu; esse ‘Rápido Metropolitano’, outra novidade implantada com a mudança de pintura.

Algumas poucas linhas deveriam ser beges. No entanto o bege foi se tornando gradualmente dominante.

Tanto que na 3ª padronização, a partir de 2015, toda frota metropolitana ficou nessa cor. Já chegamos lá. Antes disso:

2ª padronização (1996-2015): boa parte das linhas metropolitanas adotou a mesma pintura por categoria do municipal de Curitiba.

Pois a prefeitura da capital assumiu o gerenciamento delas. Mas calma que a coisa não foi tão linear assim.

2-Roxo, Colombo (esse um Busscar 0km da viação de mesmo nome) e Bocaiuíva do Sul; segundo dígito ‘2’ indicava os ônibus ‘padrão‘ – alongados e com 3 portas.

Nessa época, a virada pro novo milênio e primeira década deste, as três padronizações conviveram nas ruas:

As linhas gerenciadas pela Urbs (pref. de Ctba.) ficaram com as mesmas cores do municipal da capital:

‘Expressos’ vermelhos, ‘Convencionais’ em amarelo, ‘Alimentadores’ em laranja e ‘Ligeririnhos’ pintados de cinza.

3-Verde: Camp. Gde. do Sul e Quatro Barras.

(Não haviam Inter-Bairros verdes metropolitanos, muito menos qualquer outra categoria como Circular-Centro, Inter-Hospitais, etc.).

Muitas viações padronizaram quase toda a sua frota (ou ao menos a imensa maioria dela) no padrão da Urbs.

4-Azul-escuro Piraquara, em 92 incluía Pinhais; Pra linha Term. Autódromo (letreiro menor) em Pinhais vieram os 1ºs articulados metropolitanos, tinham o segundo dígito ‘1’.

No entanto outras preferiram não adotar esse esquema.

A Viação São José dos Pinhais (até hoje) e a Castelo Branco (até 2012) preferiram continuar usando a cor determinada em 1992, vermelho e verde respectivamente.

Enquanto que outras, notadamente a Viação Colombo, se anteciparam ao que viria e pintaram toda sua frota de bege.

5-Vermelho, S. J. dos Pinhais; ônibus ‘pitocos‘ (tamanho normal) com segundo dígito ‘3’, aqui Monobloco da viação de mesmo nome.

3ª padronização (a partir de 2015): o governo do estado retoma o controle sobre as linhas metropolitanas, e padroniza todas as linhas inter-municipais em bege.

Com exceção novamente da viação São José dos Pinhais.

Que mais uma vez prefere manter quase toda sua frota em vermelho.

(A S. José tem alguns ‘carros’ no laranja da Urbs e no bege da Comec, mas são exceções.)

6-Azul-claro: Fazenda Rio Grande (esse, e é outro ‘Rápido’ – veja o adesivo no vidro) e Araucária (imagem logo abaixo a esquerda); .

Dentre todas as linhas das demais empresas apenas o Expresso Pinhais/Rui Barbosa, que é feito por bi-articulados, permanece vermelho.

Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas mesmo alguns nessa categoria agora já são beges.

Curitiba foi a primeira grande cidade brasileira a padronizar os ônibus municipais, e certamente a 1ª capital:

O processo se iniciou em 1974 com a chegada dos Expressos, e se concluiu na virada pros anos 80.

7-Bege-escuro ficou pra Campo Largo e Balsa Nova (Amélia ex-viação Curitiba porque na época a Campo Largo pertencia a Curitiba).

Quando o resto da frota também foi padronizada de forma unicolor, conforme a categoria.

As linhas metropolitanas, entretanto, seguiram em pintura livre.

Além da decoração, as viações decidiam livremente com quantos dígitos numerar sua frota.

A numeração das empresas não precisava ter relação uma com a outra nem com o sistema como um todo.

Entrega da frota padronizada em Araucária.

Entretanto o mais incrível é que cada viação podia escolher por qual porta era o embarque.

De fato a maioria já havia adotado a dianteira, mas em em outras ainda era na traseira. Na viação Colombo, por exemplo, era por trás.

Nessa empresa passei pela experiência de entrar num ônibus em Curitiba pela porta dos fundos já na virada pros anos 90.

Linhas inter-municipais que não passam pela capital recebem a denominação “Perimetral“; pintadas em cinza-escuro, o nº inicial era 9.

Até 92 o transporte urbano inter-municipal no estado inteiro era regulado pelo DSTC (trata-se da sigla de Divisão do Serviço de Transporte Comercial do DER – Dep. das Estradas de Rodagem).

O DER, através do DSTC, continua até hoje responsável por esse serviço no litoral e interior.

Entretanto o governo do estado resolveu em 92 modernizar o transporte metropolitano da capital, transferindo-o pra ComecCoordenação da Região Metropolitana de Curitiba (“R.M.C.”).

Perimetral Tamandaré/Colombo” no Terminal Cachoeira, em Tamandaré; hoje essa linha tem o nome de “Cachoeira/ Maracanã”, e todas as Perimetrais, agora chamadas “Inter-Cidades”, são feitas por veículos com a mesma decoração das demais linhas.

Implantou uma padronização inspirada na que o municipal de Curitiba fizera uma década e pouco antes.

Até então todas as linhas eram convencionais e radiais. Ligavam os bairros da região metropolitana ao Centro de Curitiba, sem qualquer conexão ou integração entre si.

A Comec hierarquizou as linhas. Isso significa que dividiram elas entre várias categorias, com diferentes graus de importância:

As Troncais eram a principal entre o Centro de Curitiba e cada município, feita por veículos maiores, no caso do Terminal Autódromo até por articulados.

A evolução em fotos, as vezes repetindo a informação com outros exemplos: linhas radiais (Ctba/subúrbio) com a inscrição “Metropolitano”, pintadas na cor da região mas num tom mais escuro; Mafersa da faixa 2 (Colombo) da viação Santo Antônio.

Na maioria dos municípios além da linha paradora foi instituído o Rápido Metropolitano, equivalente ao Ligeirinho (apenas os ônibus tinham porta somente a direita com embarque ao nível do solo mesmo).

Além disso haviam as de Integração (alimentadoras) e Perimetrais (equivalente aos Inter-Bairros).

Alguns municípios da região metropolitana já contavam com terminais pras suas linhas municipais (a nintegração com Curitiba, quando existente, apenas engatinhava): São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo.

Seguimos na faixa 2 e com a S. Antônio: linhas alimentadoras com segundo dígito ‘4‘ (“Integração” na lataria) na mesma cor, mas num tom mais claro – a pintura indica tanto a região da cidade quanto a categoria da linha.

O governo estadual construiu, na 1ª metade dos anos 90, vários terminais: Autódromo (Pinhais), Maracanã (Colombo), Cachoeira (Tamandaré), Quatro Barras. Os 3 primeiros logo no início das operações foram integrados ao sistema da capital.

No de Q. Barras você podia baldear gratuitamente da linhas troncais metropolitanas pros alimentadores do município.

Entretanto somente em 2017 veio a linha pro Terminal Santa Cândida, garantindo acesso ao sistema da capital sem precisar pagar novamente.

Vamos pra faixa 4, Expresso Azul em Pinhais: “Integração“, ou seja alimentador; azul mais claro (ao fundo veículos em bege).

Retomando a linha do tempo no início dos anos 90, Campina Grande do Sul recebeu 2 terminais, o do Jd. Paulista/Timbu e o da Sede (Centro).

O Jd. Pauista funcionava no mesmo sistema do de Quatro Barras: por décadas só disponibilizava integração local, pras vilas de CGS – a integração com Curitiba chegou somente em 2021.

Já o Terminal Central de CGS não tem qualquer integração, é apenas o ponto final da linha pra sede administrativa do município..

Ainda na garagem da Exp. Azul: o que vem pra Curitiba (até o letreiro indica) é dessa mesma cor mas numa matiz mais forte; ao lado do mesmo modelo bege e com segundo dígito “7” – essa era outra categoria de linha, com o tempo toda a frota metropolitana acabou adotando essa cor, que ‘engoliu’ as duas primeiras padronizações. Detalhe: a tarifa era R$ 0,32. Sim, 32 Centavos. Faz tempo…..

Posteriormente vieram novos terminais a se integrar ao sistema: Colombo ganhou 2 novos, o Guaraituba e Roça Grande, e mais a ampliação maciça do Maracanã.

O Terminal Central de Tamandaré surgiu em 2000, fazendo com que esse município passasse a contar com 2 terminais. O Angélica de Araucária igualmente foi bastante reformulado.

O novo Terminal (Central) de Pinhais substituiu o Autódromo.

E vieram os novos Terminais Centrais de São José dos Pinhais (S.J.P.) e Campo Largo, que da mesma forma substituíram os que haviam anteriormente nos respectivos municípios.

Na mesma faixa 4 (por isso nº ‘4762’) da Zona Leste ônibus bege da viação Piraquara logo no início da padronização, quando essa categoria tinha segundo dígito 7. A linha é ‘Guarituba’, então convencional, após a inauguração do Term. Pinhais virou alimentadora desse. Em vermelho o ‘5200’ da viação S. J. Pinhais.

Há planos de fazerem novos terminais pra substituir também o Afonso Pena em SJP e o de Piraquara (atualizo em 2022).

A partir de 2021  foi implantada integração parcial no Terminal Central de S. José. Em 2022 a integração passou a ser plena.

Agora S. J. dos Pinhais têm 2 terminais integrados aos sistemas metropolitano/municipal de Curitiba.

Voltemos ao início da década de 90. As linhas troncais, Rápidas e paradoras, passaram a ser feitas por veículos ‘padrão‘ (“padron”, alongados) e até por articulados.

Em 1996 a prefeitura da capital assume o controle dos metropolitanos. A numeração muda, em algumas ônibus pra 5 dígitos (no Guadalupe Torino ‘2’ Volvo da Exp. Azul, mesmo modelo e viação da foto a dir. acima).

A Comec padronizou a entrada pela frente e a numeração com 4 dígitos.

Além disso, os ônibus foram pintados todos de forma unicolor.

Como Belo Horizonte-MG havia feito na padronização MetroBel um pouco antes, a Comec criou uma padronização que indicava tanto a categoria da linha quanto a região da cidade que ela serve. 

Nas linhas “integradas” é alfa-numérico, como no municipal de Ctba. . Em ambos os casos mudam o nº pra esquerda do veículo.

A Grande Curitiba foi dividida em 7 faixas, como o mapa e as fotos acima já ilustraram.

Linhas inter-municipais radiais (Ctba/subúrbios) foram caracterizadas na cor de cada faixa, num tom mais escuro – escrito “Metropolitano” na lataria.

Linhas municipais (internas de cada município) viraram alimentadoras;

Independente do nº e da pintura, em toda a frota inserem o nome do município no lugar do “Metropolitano”/”Integração”/”Perimetral”, etc. (esse e o anterior são Monoblocos ‘3’ da S. Antônio, um ainda com o “Metropoitano” e outro já com o “Colombo”).

Pintadas na mesma cor da faixa mas num tom mais claro – com a palavra “Integração” na lateral.

Linhais inter-municipais que não vinham pra capital (subúrbio/subúrbio) eram em cinza-escuro, isso pra todas as viações.

Tinham a indicação de “Perimetral– mais tarde renomeadas “Inter-Cidades.

Algumas poucas linhas tinham a cor bege. A princípio poucas, repito.

Fim dos anos 90: rara foto da Viação Colombo ainda de roxo, mas já com nome do município e numeração de 5 dígitosa linha chamava “Colombo Nova“, falo melhor disso abaixo.

Eram identificadas, além da cor, pelo segundo dígito ‘7’ na numeração implantada em 1992.

Posteriormente essa se tornou a decoração de quase todas as linhas metropolitanas.

Varias viações começaram a padronizar a frota inteira nessa cor ainda pouco antes da virada do milênio.

Por exemplo a Viação Colombo, mostramos ao lado e abaixo a transição: tão logo abandonou o roxo ela ficou inteira bege. essa empresa nunca teve ônibus nas mesmas cores do municipal da capital.

Várias viações adotaram totalmente o bege, em toda a frota (a Colombo vista aqui por exemplo); em outras parcialmente.

O mesmo vale pra Graciosa e Marumbi (S. José dos Pinhais), e Reunidas (Mandirituba e Quitandinha).

A Azul também no começo do novo século 21 tinha praticamente a totalidade os seus veículos de tamanho normal em bege.

Várias vezes fui ao Terminal de Pinhais, e os alimentadores eram todos nessa cor.

A S. J. dos Pinhais foi a única que manteve como decidido em 92, no caso vermelha (ao fundo outras viações em bege); de qualquer forma com 5 dígitos e nome do município.

Apenas os ligeirinhos, articulados e bi-articulados que faziam as linhas-tronco pro Centro da capital eram cinzas, amarelos e vermelhos, respectivamente, pois usavam a padronização da Urbs.

Depois a Azul pintou seus alimentadores de laranja, no padrão Urbs; e agora eles estão voltando a serem beges. O mundo dá voltas, não?

Repetindo, a Castelo Branco e a São José dos Pinhais preferiram manter seus ônibus na cor imposta em 92, verde e vermelho respectivamente.

2ª padronização, 1996: várias linhas metropolitanas adotaram padrão de Curitiba, exemplos nas próxs. 5 imagens; amarelo linhas radiais, que saem do Centro da capital (troncal pra C. Largo, chegou a ser alfa-numérica e a ter o logo ‘M-RIT’, mas bem antes de 2015 tirou a insígnia e passou pra 5 dígitos; a cor permaneceu, ao menos até 2016).

A Castelo até 2012 mais ou menos, depois ficou bege igualmente. A S. José até hoje (atualizo em 22).

Ambas no começo chegaram a ter alguns ônibus beges.

Entretanto tomaram o rumo contrário de todas as outras empresas, eliminaram o bege pra uniformizar no colorido.

A São José, por exemplo, tinha pelo menos um Monobloco ‘3’ (0-371 na numeração oficial da Mercedes) bege, fazia a extinta linha “Pedro Moro via Uberaba”.

Torino ‘3’ no Ctba/Araucária (código ‘H01’): letra ‘C’ no nº e ‘M-RIT‘ após a porta do meio.

Assim a Auto Viação São José dos Pinhais fez como a Biguaçu da Grande Florianópolis-SC e a Real do RJ:

Adotou como sua pintura livre uma ex-padronização, depois que a padronização caiu.

Seja como for, em 1996 a padronização de boa parte das linhas metropolitanas mudou, ficou igual aos municipais da capital.

Desde 2000 há bi-articulados pra Pinhais (linha ‘C01’, letra + número), único Expresso metropolitano, portanto o único município a contar com esse tipo de veículo.

A numeração também se ornou alfa-numérica, pelo mesmo motivo:

A prefeitura da capital acabara de assumir o gerenciamento delas.

O sistema curitibano se chama ‘RIT’, ‘Rede Integrada de Transporte’.

1993: 1°s articulados metropolitanos também foram pra Pinhais: os nºs e o ‘Metropolitano’ em preto dificultando a leitura (foi corrigido, virou branco), o buso é azul-escuro – depois ele rodou em Manaus-AM.

Nesse ano foi expandido pra RIT-M, o ‘M’ de Metropolitano evidente.

Na prática os dois modais foram fundidos, sob coordenação da Urbs.

Desde os anos 80 o sistema municipal de Curitiba é gerenciado de forma diferente do que ocorre na maioria das cidades:

Em foto da mesma época alimentador, mais claro e escrito ‘Integração’; na chapa ainda “Piraquara“, a qual Pinhais pertencia.

A prefeitura fica com toda a arrecadação das catracas, e paga as empresas por km rodado.

Ou seja, as empresas concessionárias não recebem pelo número de passageiros transportados.

E sim pelas viagens percorridas. Pra viação operadora, tanto faz se o ônibus estava vazio ou lotado.

Aqui e a dir.: os pioneiros alimentadores metropolitanos a entrar nos terms. da capital se chamavam sempre ‘Integrar‘; o ‘Integrar Fazenda’ (Rio Grande) no início tinha essa pintura, laranja lembrando os alimentadores curitibanos, a faixa branca pra diferenciar.

Se a viagem foi realizada no horário correto ela recebe um valor fixo independente de quantos passageiros giraram a catraca.

Claro, o repasse é maior quanto maior for o tamanho do ônibus.

Integrar Tupi’ na padronização Triar: as linhas de Araucária tinham sua própria pintura, mesmo as inter-municipaisesse e o anterior no Terminal Pinheirinho, Zona Sul; havia também o “Integrar Pinhais” que saía do Term. Capão da Imbuia, Zona Leste.

Linhas que são operadas por micros pagam menos que aquelas por veículos de tamanho normal.

Articulados pagam mais ainda, e o bi-articulado é o valor mais caro, evidente.

Fazendo uma analogias, é como se a prefeitura “alugasse” a frota das viações.

Estas operam, o poder público paga um preço fixo pelo serviço e fica com a arrecadação.

Isso explicado acima é referente ao municipal da capital, não custa reforçar mais uma vez.

Próxs. 5 fotos: faixa ‘1’ da padronização de 92, amarela, em transição pra padronização posterior; aqui a garagem da São Braz – o buso a frente (Ciferal Alvorada) tem nº de 4 dígitos a dir., como planejado pela Comec; no meio outro veículo (Caio Vitória) já no alfa-numérico a esq., no padrão da Urbs; ao fundo outro num amarelo mais escuro, prov. já repintado como os Convencionais de Ctba. .

Coloquei isso aqui por que em 1996 o sistema foi estendido pra parte do sistema metropolitano.

Parcialmente, repito. Algumas linhas passaram a ser remuneradas da mesma forma pela Urbs, e por isso receberam a mesma pintura do municipal:

Linhas não-integradas metropolitanas, ‘Convencionais‘ na nomenclatura curitibana, ficaram amarelas, nº com a letra ‘C’ indicando isso (não-integradas nos terminais municipais, agumas eram troncais pros terminais metropolitanos, onde integram com os Alimentadores).

Alimentadores que entram nos terminais da capital em laranja e com a letra ‘A’, ligeirinhos em cinza identificados pelo ‘L’, e Expressos vermelhos, com o ‘E’ no prefixo.

Algumas viações padronizaram toda a frota dessa forma:

Garagem da Viação do Sul: dois busos com 5 dígitos ainda na padronização de 92, amarelo mais claro; ao fundo um no tom Convencional da Urbs, mais escuro, portanto diferente do metropolitano (há uma favela em 2° plano, abaixo falo melhor disso).

Santo Antônio, Tamandaré, Leblon e Nobel (ambas da Fazenda Rio Grande), Araucária, Campo Largo e São Braz (Campo Magro).

Além da cor e numeração alfa-numérica, receberam o logo ‘M-RIT‘.

Nessas o cartão-transporte municipal, da Urbs, era aceito.

Porém nem todas. Em várias linhas, chamadas “não-integradas”, a Urbs apenas fiscalizava o horário, mas não administrava o valor arrecadado.

Próxs. 3 viação Tamandaré: aqui e a seguir Torinos ‘2’ Scania, esse na padronização de 1992, amarelo clarinho e nº de 4 dígitos a dir., com inscrição ‘Metropolitano’ e letra ‘M’; atrás um Torino ‘1’ na cor bege

Essas continuaram em bege, com numeração de 5 dígitos, e no logotipo do sistema apenas a letra ‘M’, sem o ‘RIT’ cruzando-o.

Ali não passava o cartão da Urbs. Só em dinheiro ou cartão ‘MetroCard’, metropolitano.

Ainda assim até 15 havia o emblema da Urbs, pois essa fiscalizava o cumprimento dos horários.

Já disse acima, as viações Colombo, Marumbi, Graciosa, e Reunidas tinham todas as suas linhas assim.

A Urbs assumiu, várias mudanças dizendo mais uma vez: os busos copiam as mesmas cores do municipal de Ctba.; a numeração vira alfa-numérica e vai pra esq.; nome do município no lugar do ‘Metropolitano‘. No começo o prefixo da Viação Tamandaré era ’04’ (a linha troncal Curitiba-Tamandaré tem o código ‘A01’; apesar do nome vai só até o Term. Cachoeira [local dessa foto], o Term. Central de Tamandaré ficou pronto em 2000).

Outras tinham algumas linhas no padrão curitibano, e outras em bege:

São José (nesse caso vermelho ao invés do bege), Viação do Sul, Piraquara e Azul.

Os ônibus que não entraram no sistema alfa-numérico da Urbs da mesma forma tiveram sua numeração mudada pelo governo do estado, pra um número de 5 dígitos.

Basicamente os ônibus nas cores curitibanas eram alfa-numéricos, os beges com 5 dígitos.

(A exceção eram os troncais pra Campo Largo. Eram amarelos e chegaram a receber a letra ‘C’ a princípio.

Garagem da Tamandaré, prefixo agora é ’16’ (*): a esq. Busscar, a dir. 2 Viales – na lona ainda o nome antigo, “Ctba./ Tamandaré”, no eletrônico já mudado pra “Cachoeira“, hoje “Ctba/Cachoeira (M. Garcez)”.

Depois passaram pra 5 dígitos, a cor se manteve. Isso estou falando no começo do novo milênio.

Após 2015 ficou comum veículos amarelos e laranjas porém com 5 dígitos, antes da Comec conseguir uniformizar toda a frota em bege.)

Como transição, é o que quero dizer. Desde que, em fevereiro de 2015 a Comec retomou o gerenciamento toda as linhas metropolitanas foram padronizadas em bege, repetindo mais uma vez.

Entre o final do século passado e 2016 várias viações tinham ônibus nos 2 modais – por ex. a viação Piraquara (mostrada aqui e nas 2 fotos a seguir, ônibus Comil VolksWagen): linhas “não-integradas” beges, com 5 dígitos; com logotipo da Urbs, entretanto.

Com poucas exceções: a viação São José permanece com o vermelho de 1992 na maioria das linhas (há alguns ‘carros’ beges e outros laranjas);

O Expresso Pinhais/Rui Barbosa segue vermelho da Urbs;

Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas já há outros em bege.

……….

Feito esse apanhado geral, vamos dar mais alguns detalhes de cada etapa.

Linhas “integradas” na mesma cor de Curitiba, alimentadores laranjas; também com o logo da Urbs em foto de 2011 (placa ASV-9147).

Começando pela 1ª padronização, de 1992. Como o mapa e as fotos já informaram:

O governo estadual resolveu deixar os metropolitanos também numa só cor. Dividiu a Grande Curitiba em 7 faixas.

O município da capital era neutro, não pertencia a região nenhuma;

Foi adotado o modelo de São Paulo, de pintar os veículos por região – ou mais precisamente o de B. Horizonte (‘B.H.”), informando região e categoria da linha ao mesmo tempo.

Entretanto agora tudo em bege – esse busão é o mesmo da foto anterior: em 11 laranja, uma década mais tarde repintado, ainda na ativa.

Tudo isso nós já falamos. Abaixo, ao detalhar da divisão de todas as faixas por município, mostrarei também como é atualmente o código das linhas metropolitanas.

Usa um sistema alfa-numérico, no sentido horário.

Os municípios mais populosos e mais próximos da capital receberam as primeiras letras.

A letra “I” não pertence a nenhum município específico.

Próxs. 5: viação São José, que se manteve vermelha na maior parte da frota – foto de 2013, por isso tem o ‘U’ da Urbs adesivado; mas empresa é dessa cor até hoje (22).

É “um coringa” pois é a que codifica as linhas “Inter-Cidades”.

(Essa categoria não existia, foi criada na padronização de 92.

Liga dois ou mais municípios sem passar pela capital, por isso a denominação ‘Perimetral’.

A “Inter-Cidades” mais famosa é a Colombo/São José (via Pinhais), que inclusive é feita por articulados.

A maior parte, não 100%: mesmo buso da foto anterior (20203); apesar de alimentador do Boqueirão – daí a placa do itinerário laranja – foi repintado e adesivado no padrão Comec.

Há diversas outras linhas “Inter-Cidades” de menor demanda.

Operam de hora em hora [só têm 1 ‘carro’ na linha] ou mesmo apenas no horário de pico – na sequência falamos mais desse ponto.)

Por hora, pra não perdemos o foco, basta dizer que exemplificando é mais fácil entender que explicando.

Os subúrbios da Gde. Curitiba foram divididos nas seguintes faixas:

Terminal Boqueirão, 2022 (*): em alguns alimentadores a São José ainda usa o laranja curitibano; a frente mesma viação e modelo no vermelho que caracteriza a empresa.

1- Amarela: Almirante Tamandaré (que na época incluía Campo Magro) e Rio Branco do Sul (que na época incluía Itaperuçu); Zona Norte.

Na verdade Campo Magro é Zona Oeste; mas como na época era atrelado a Tamadaré na divisão entrou como Norte.

Aqui e a dir.: alimentador-troncal Boqueirão/ Afonso Pena; os primeiros articulados da linha eram esses Torino ‘2’ Volvo vermelhos (ex-Expressos municipais de Ctba. pela Carmo, que pertencia a viação SJP).

As linhas pra Almirante Tamandaré usam a letra “A“. Não é por ordem alfabética, e sim pelo sentido horário.

O troncal pro Terminal Cachoeira é o A01, como as fotos mostram; o troncal pro Terminal Central é o A07-Tamandaré (via Rod. dos Minérios)/Guadalupe – até 2022 o ponto final era na Praça 19 de Dezembro.

Ambas são complementadas pelo troncal-alimentador A18-Cabral/Tamandaré (via Cachoeira), que passa pelos 2 terminais e é feita por articulados.

A linha agora é laranja; foto no Boqueirão (*).

Itaperuçu usa a letra “K”, Rio Branco do Sul é “L” e Campo Magro “P“.

2- Roxa: Colombo e Bocaiúva do Sul; Zona Norte.

Até pouco tempo atrás todas as linhas de Colombo tinham prefixo com a letra “B”.

Próxs. 3 fotos: viações que operam em mais de um município, aí  – por motivos óbvios – não há o nome de nenhum na lataria; aqui Viação do Sul, que serve Rio Branco do Sul e Itaperuçu (esse articulado veio usado de BH).

Por causa do que falei, os municípios mais populosos tiveram o privilégio de receber as primeiras letras, em sentido horário.

As linhas da Santo Antônio (agora renomeada ‘Santo Ângelo’), que vão pela Estrada da Ribeira (BR-476), continuam usando o ‘B‘.

A troncal que sai do Centro é a B03 -Guadalupe/Guaraituba (via Maracanã).

Auxiliada pelo troncal-alimentador B20-Cabral/Guaraituba (via Maracanã), que é operada por articulados.

No caso da Reunidas, ela optou por escrever seu próprio nome onde viria o município (faz linhas pra Mandirituba e Quitandinha); foto na BR-116, em frente ao Terminal Fazenda Rio Grande (‘F.R.G.’); anterior a 2015, há o logo da Urbs na lataria – os alimentadores de FRG eram laranjas, atualmente (22) ainda há alguns assim mas a maioria já é bege.

A única linha que atende Bocaiúva do Sul é da S. Antônio, e também tem código com a letra ‘B’, a B33-Guaraituba-Bocaiúva no caso.

Recentemente o Terminal Roça Grande foi readequado e passou a funcionar corretamente.

Então algumas linhas da Viação Colombo (que têm na Rodovia da Uva sua espinha dorsal) passaram a usar o prefixo “S“.

O troncal pro Centro é o S01-Roça Grande Guadalupe, auxiliada pelo troncal-alimentador S31-Roça Grande /Santa Cândida – ambas contam com articulados.

Algumas linhas da Viação Colombo ainda seguem com código “B”, entretanto, pois anteriormente essa letra encampava todo o município.

Na mesma BR-116 mas no outro extremo da Grande Curitiba: viação Castelo Branco, que tem linhas pra CGS e Quatro Barras (esse, que também ostenta a insígnia da Urbs); até 2021 toda a frota da empresa – desde quando ela era verde – vinha sem o nome do município.

3- Verde: Campina Grande do Sul (‘C.G.S.’) e Quatro Barras; Zona Leste.

Sim, eu sei. Muita gente pensa nesses municípios como parte da Zona Norte da Grande Curitiba.

Porque o acesso a eles passa pelo bairro do Bacacheri e pelo município de Colombo, ambos na Zona Norte.

Só que uma simples olhada no mapa mostra que eles estão mais a leste que a norte do Centro da capital, então segue assim.

Numa reviravolta alguns busos da Castelo passaram a vir com o município grafado, esse pra Q. Barras – a maior parte da frota da empresa, entretanto, segue sem esse detalhe.

Divisões geográficas a parte, as linhas pra Campina Grande do Sul são codificadas pelo “N“. Quatro Barras usa a letra “O“.

4- Azul-escura: Piraquara (na época incluía Pinhais); Zona Leste.

Pinhais usa a letra “C“. É o município da Gde. Curitiba com melhor integração com a rede de transportes da capital.

Tem um dos maiores terminais de toda a rede, certamente o maior fora da capital.

A novidade começou em setembro de 2021, quando pela 1ª vez CGS passou a ter linhas integradas ao sistema municipal da capital, ao ficar pronto mais um trecho da Linha Verde (na próx. imagem vemos melhor esse detalhe, igualmente no tubo Fag. Varela).

Ali para o C01-Pinhais/Rui Barbosa, única linha de Expresso inter-municipal, feita por bi-articulados vermelhos.

Tem também outra linha troncal, a C03-Pinhais/Guadalupe, que vai pela Av. Victor Ferreira do Amaral, e é feita por articulados – falo mais disso abaixo.

A Piraquara, na sequência, coube a letra “D”. O troncal pro Centro, que usa articulados, é a D61-Piraquara/Santos Andrade.

3ª padronização, 2015: quase todas as linhas metropolitanas se tornam beges (inclusive alguns ligeirinhos como nesse caso).

No entanto algumas linhas que partem do Terminal de Pinhais usam a letra “C” pois apesar de servirem Piraquara são operadas pela Expresso Azul, de Pinhais.

Está prevista a construção de um novo terminal em Piraquara, logo após o Contorno Leste.

Quando pronto certamente vai mudar a configuração das linhas do município. Aguardemos.

Colombo também ganhou integração na L. Verde; o transporte de Curitiba já não tem a mesma qualidade que o tornou famoso nos anos 80 e 90, mas a integração metropolitana é um dos pontos altos do sistema.

5- Vermelha: São José dos Pinhais; Zona Leste.

SJP usa a letra “E”, e tem 2 terminais, o Central e o Afonso Pena.

O Terminal Afonso Pena (‘TAP’) é antigo, e sempre permitiu a integração entre linhas metropolitanas e municipais.

A troncal pro Centro de Curitiba é a E03-Ctba./Afonso Pena, antigamente chamada “Independência via BR-277”, pois vai pela Estrada das Praias.

Há duas linhas que a auxiliam: pro Centro a E01-Ctba./Urano, que vai pela Avenida das Torres.

Monobloco ‘3‘ (0-371) da Santo Antônio de Colombo logo no início da padronização: número com 4 dígitos a direita e a inscrição ‘Metropolitano’, sem o município.

Do Terminal Boqueirão existe a troncal-alimentadora E11-Boqueirão/Afonso Pena, que inclusive tem a maior demanda das 3, com intervalos menores e veículos articulados.

Falando agora das linhas que vão pro Centro são-joseense, até a primeira década do novo século os ônibus paravam na Praça Getúlio Vargas.

Então em 2010 inauguraram o Terminal Central (‘TC’), aliviando o Centrão de São José dessa tarefa.

O troncal pro Centro é a E99-Guadalupe/São José (via Term. Central). Reforçado pelo alimentador E21-Boqueirão/Centro de São José (via Term. Central).

“DE CURITIBA PRO MUNDO” – desde os anos 80 há uma longa tradição da capital do PR influenciar transporte em SC, aqui mais um exemplo: em 1995 Florianópolis fez uma primeira tentativa de adotar o modelo de Curitiba, com linhas troncais e alimentadoras. Veja, a linha ‘Corredor Sudoeste’ seria troncal, substituindo as antigas linhas convencionais Costeira/Carianos (adesivo no vidro). Adotaram uma comunicação visual similar a de Curitiba – buso unicolor, posição do n°, etc. Se achou que o buso parece com os da Santo Antônio, não foi só impressão, a cor é parecida e o modelo e local do número são idênticosa padronização das linhas metropolitanas de Ctba. se deu em 1992, então Fpolis. copiou a hierarquização das linhas e veículos unicolor de Ctba., e também copiou esse tom de roxo e numeração do veículo no lado direito. Pro intercâmbio PR/SC ficar mais completo, o Paraná foi o 1° estado brasileiro a adotar a placa de 3 letras, em 1990. Nesse ano algumas viações de Floripa emplacaram seus busos aqui no PR, como a chapa começando por ‘A’ prova.

Também cumprem o trajeto TC/Boqueirão outras duas linhas, a E07-Direto São José e E32-Aeroporto/Boqueirão (falo melhor delas mais abaixo).

Antes não havia integração nem mesmo nas linhas internas de SJP, e muito menos nas pra capital.

Quando a prefeitura implantou o cartão-transporte (chamado ‘Vem’) ao menos nas linhas municipais você podia pegar outro ônibus sem pagar novamente.

Pra Curitiba ainda não era possível. Até que em janeiro de 2020 integraram a linha troncal, a atual E99.

Então você podia vir de qualquer bairro de São José e vir pro Centro da capital via Av. das Torres sem pagar de novo. Um avanço.

Porém ainda sem acesso a rede integrada, pois ela não entra nos terminais de Curitiba.

Em maio de 2022 enfim implantaram a integração completa.

Possibilitando com somente uma passagem usar o E21 pro Term. Boqueirão, dali podendo usar qualquer ônibus da RIT curitibana.

6- Azul-clara: Araucária, Fazenda Rio Grande (‘F.R.G’), Mandirituba, Quitandinha;  Zona Sul.

Fazenda Rio Grande (então recém-independente de Mandirituba) ficou com a letra “F“.

Ligeirinho da viação Tamandaré, nº “04L14”.

No começo havia um troncal pro Centro, foi desativado e por muito tempo esse atendimento foi feito somente por 2 troncais-alimentadores que saem do Pinheirinho:

A F03 Fazenda (Direto) liga os terminais sem paradas no caminho, é feita por articulados todo o tempo, e no pico chega a ter uma viagem a cada 2 minutos!

03C67″ da Expresso Azul (pena que foto em  baixa definição) na linha “Pinhais/Alto da XV”; nesse e no anterior há as inscrições do município, da categoria e o ‘M-RIT’.

A F01 é a Fazenda/Pinheirinho (paradora), no pico conta com articulados.

Em 2022 criaram a linha F71-Fazenda/Guadalupe, que opera no horário de pico. Assim FRG voltou a ter uma ligação com o Centro da capital além do Ligeirinho.

Araucária usa a letra “H”, o troncal pro Centro é o H01-Araucária/Guadalupe (até 2022 o ponto final era na Rua Dr. Muricy).

Mandirituba e Quitandinha compartilham a letra “G”, e a Contenda coube a “R“.

7- Bege-escuro: Campo Largo e Balsa Nova; Zona Oeste.

Próxs. 4 imagens: história da linha troncal que liga a capital a SJP, município mais populoso da Gde. Ctba. . Torino ‘1’ nos anos 80 com com pintura livre e placa de 2 letras. No letreiro: “S.J. Pinhais (via Av. das Torres)”. Código da linha numérico – outra foto de baixa definição, não dá pra ler o nº.

A letra que identifica o município é a “J“, pois o “I” foi usado no ‘Inter-Cidades’. O troncal é J62-Ctba./Campo Largo.

A única linha pra Balsa Nova liga esse município a C. Largo, e usa o prefixo I-30, de ‘Inter-Cidades‘.

Acima quando me referi a linhas ‘troncais’, falei das paradoras (com exceção do F03-Fazenda Direto).

Vários dos municípios acima contam também com linhas de Ligeirinho, saindo do Centro da capital ou do terminal mais próximo de cada um deles.

……….

Placa de 3 letras no início da déc. de 90: ainda pintura livre, aqui vemos bem o letreiroera costume dessa viação indicar por que parte de Curitiba a linha ia até S. José; a maioria “via Av. das Torres”, havia também P. Moro “via Uberaba”  e “via Boqueirão” – ambas extintas – e “Independência (via BR-277)” – atual ‘Ctba/Afonso Pena’.

Quando a Comec padronizou a pintura em 1992, a numeração de 4 dígitos era a direita na frente do veículo e a esquerda na traseira.

Nos municipais de Curitiba é ao contrário, a esquerda na dianteira e direita nos fundos.

Ao assumir o controle das linhas metropolitanas, em 1996, a prefeitura da capital acaba com essa distinção, faz com que o número dos ônibus metropolitanos fique na mesma posição dos municipais.

Além disso algumas linhas, as “integradas”, passam pro sistema alfa-numérico, novamente xerocando o municipal curitibano. Nas “não-integradas” a numeração adquire 5 dígitos, e não mais 4.

Ainda no tempo da lona, mas já com pintura padronizada: virou “E05-Ctba/São José” pois adicionaram o ‘Ctba.’ a todas as linhas, repetindo; agora sem o “via Av. das Torres”, a letra ‘E’ indica o município.

A Comec adicionara a letra ‘M’ e a inscrição ‘Metropolitano’ na maioria das linhas (outras vinham identificadas como ‘Integração’ ou ‘Perimetral’, como já falamos).

Com a ascenção da Urbs ao comando, todas as linhas, “integradas” ou não, passam a trazer o nome do município a que servem.

Espelhando o “Cidade de Curitiba” que havia e ainda há nos municipais” (que alias é o ícone da nossa página).

Com exceção das viações que servem dois municípios, nelas o espaço ficou em branco.

Atualmente E99-São José/Guadalupe, plenamente integrada – com 1 passagem você usa esse metropolitano e os municipais são-joseenses no Terminal Central (*).

De qualquer forma o termo “Metropolitano” acabou em definitivo.

A letra ‘M’ permaneceu, e permanece ainda hoje em todos os ônibus inter-municipais.

De 1996 a 2015 as linhas “integradas” tinham a mesma pintura dos municipais. Nelas o “M” era “M-RIT”.

Independente da cor e com ou sem ‘RIT”, a letra ‘M’ veio pra ficar.

A viação Graciosa também serve São José dos Pinhais, mas adotou a cor bege na frota (*).

Pra exemplificar tudo isso, vimos pouco acima o convencional “03C67” da Exp. Azul.

E também o  ligeirinho “04L14” da viação Tamandaré, mais pro alto na página o também convencional “04C12”, dessa mesma empresa.

São imagens raras, essas numerações duraram muito pouco tempo no fim dos anos 90.

Articulado da viação Piraquara na linha-tronco C03-Pinhais/Guadalupe (onde foi registrado), que até pouco tempo atrás era feita por veículos amarelos no padrão Urbs; outro detalhe curioso: escrito ‘Piraquara’ na lataria pois a empresa é de lá (como o nome indica), mas esse ônibus só passa pelos municípios de Curitiba e Pinhais (*).

Pra explicar o porquê, vamos falar do sistema municipal da capital.

Em 1992 os ônibus de Curitiba receberam uma numeração alfa-numérica, em vigor até hoje (atualizo em 2022).

As duas primeiras letras indicavam respectivamente a viação e a categoria da linha.

Em 1996 a Urbs assumiu também os sistema metropolitano, como já dito.

Ao invés de letras como nos municipais resolveram então identificar as metropolitanas por números nos prefixos:

Term. Boqueirão (*): 2 articulados do mesmo modelo (‘Torino 5’), cor e viação, a São José dos Pinhais. A diferença é que o ao fundo cumpre linha metropolitana, no caso a E11-Boqueirão/Afonso Pena, e o da frente está em linha municipal de Curitiba, a 528-Boqueirão/ Pinheirinho. Desde 2010 a antiga viação Carmo é oficialmente a “São José Urbana“.

– 01: Santo Antônio (atualmente chamada ‘Santo Ângelo’ nas linhas inter-municipais);

– 02: Araucária;

– 03: Azul;

– 04: Tamandaré;

– 05: São José dos Pinhais;

Não durou muito tempo essa classificação. Viram que dava conflito na logística dos sistema digital da Urbs.

Serviço diferenciado Curitiba/SJP, criado em 1974, o ‘Compacto‘ – micros com poltronas reclináveis estofadas em que só se viajava sentado – por isso mais caro. Na mesma época Curitiba implantou o ‘Seletivo’, o mesmo modal na versão municipal; ambos acabaram logo.

Pois as empresas municipais, apesar de serem apresentadas por letras na lataria dos ônibus, eram identificadas por um número no sistema digital da Urbs.

Na época ocupado do 1 (Marechal) até o 11 (Mercês).

Eram 11 porque fora as 10 particulares incluía também a própria Urbs, que além de gerenciadora era a detentora da ‘Frota Pública‘.

E do 12 ao 14 estava reservado pra novas viações municipais que porventura viessem a entrar no sistema.

Executivo’ da Viação São José dos Pinhais, Monoblocos de padrão rodoviário. Faziam duas linhas do Centro de Curitiba a esse município: uma ia pro aeroporto (via Av. das Torres); e outra pro Centro de SJP (via Mal. Floriano). Escrevi erroneamente que “a pintura era exclusiva da linha Aeroporto”, mas havia outra linha que também usava esses ‘Monos’, repito. Seja como for, a linha Executivo Aeroporto surgiu em 1988, e por 14 anos foi operada por busos grandes. Em 2002 foi reformulada, pelos próximos 18 anos feita por micrinhos e micrões (abaixo), não mais ônibus de tamanho normal. Em 2020 a linha foi extinta.

Assim as viações metropolitanas não podiam usar esses números.

Resultando então que precisaram arrumar novos pra elas:

15: Leblon, Fazenda Rio Grande;

16: viação Tamandaré;

17: Azul, Pinhais (algumas linhas também pra Piraquara);

18: Santo Antônio/Santo Ângelo, Colombo;

19: viação Araucária;

20: Viação São José dos Pinhais;

21: São Braz, sede em Curitiba mas opera em Campo Magro;

Executivo Aeroporto‘, no século 21 a única linha seletiva de toda Grande Curitiba.

22: viação Campo Largo;

23: Viação Colombo;

24: Antonina, Alm. Tamandaré (mesmo grupo das viações Tamandaré e Campo Largo);

25: Castelo Branco, sede em Quatro Barras, atende também Campina Grande do Sul;

26: Viação do Sul, garagem em Curitiba mas atende Alm. Tamandaré, Rio Branco do Sul e Itaperuçu;

Garagem da Viação Colombo, anos 80, com placa de 2 letras, evidente linhas “Colombo Velha” (Nimbus a dir.) e “Colombo Nova” (Monobloco no centro da imagem):  Colombo ‘Nova’ é a linha que depois se chamou Ctba/Colombo via Rodovia da Uva, ou seja, Centro do município via ‘Estrada Nova de Colombo’ – existiu até 2017, quando virou alimentadora do Terminal Roça Grande; já a ‘Estrada Velha’ no município de Curitiba se chama ‘Estrada de Santa Cândida’, em Colombo a mesma via continua com nome de Av. São Gabriel. Hoje não existe mais linha ‘Velha’ ou ‘Nova’. As linhas que iam pela Estrada Nova foram seccionadas no reformulado Term. R. Grande, as via Estrada Velha têm o nome das vilas que servem (São Sebastião, São Gabriel, etc), e não seguem mais até o Centro de Colombo.

27: Graciosa, garagem em Curitiba, linhas pra São José dos Pinhais;

28: Marumbi, pertence a Graciosa, logo idem acima;

29: viação Piraquara (opera também o Pinhais/Guadalupe em conjunto com a Azul);

30: Reunidas, garagem em Curitiba, linhas pra Mandirituba e Quitandinha;

31: Nobel, Fazenda Rio Grande (mesmo grupo da Leblon, essa faz as linhas pra Curitiba e a Nobel cuida das linhas internas fezendenses, que apesar de municipais são gerenciadas pela Comec);

Até 2015 os ônibus das linhas “integradas” gerenciadas então pela Urbs tinham o nº da empresa delineado acima e a seguir uma letra indicando a categoria.

Linhas “não-integradas” eram somente números, sendo os dois primeiros dígitos a viação seguindo a tabela recém-mostrada.

História da linha-tronco que liga a capital a Colombo (2º município mais populoso da RMC): como dito antigamente chamada “83-Colombo Nova”. No começo dos anos 90, ainda pintura livre mas já com chapa de 3 letras.

Repetindo, algumas viações tinham todas as linhas ‘integradas’, outras não tinham nenhuma, e algumas eram mistas, parte ‘integradas’ e parte ‘não-integradas’.

De 2015 pra cá, entretanto, toda a frota metropolitana tem somente números, independente de ser alimentadora ou convencional.

(A exceção são as que utilizam plataformas elevadas, os Expressos [nesse caso só o Pinhais/Rui Barbosa da Azul] e os Ligeirinhos, que ostentam as letras ‘L’ ou ‘M’.)

1ª pintura padronizada, as duas viações de Colombo ficaram na cor roxa: esse ainda com numeração de 4 dígitos e a inscrição ‘Metropolitano‘ (mais pro alto na página um também roxo e mesmo letreiro mas já com 5 dígitos e o nome do município).

Em qualquer caso, as viações seguem sendo identificadas da mesma forma delineada acima, os dois primeiros dígitos indicando o proprietário do busão.

……………..

Vimos mais pro alto na página ônibus amarelo da Expresso Azul de numeração 03C67 (busque pela legenda).

Imagem captada logo que a prefeitura de Curitiba assumiu o gerenciamento das linhas metropolitanas, em 1996.

Também com número de 4 dígitos, portanto no início da padronização – mas já na pintura bege, que a Colombo breve adotou pra toda a frota (imagem em preto-&-branco, mas pelo tom claro identificamos esse detalhe); alias pela tarifa de 91 Cruzeiros – ou seriam ‘Cruzeiros Reais’? Na época a moeda mudava tão rápido que era duro acompanhar; alias o ‘Cruzeiro Real’, não chegou a completar 1 ano – durou 11 meses sendo mais exato, de agosto de 1993 a junho de 94 – vemos que a foto foi feita entre 1992 (ano da padronização) e 1994 (quando veio o Plano Real); até aqui a linha ainda se chama “Colombo Nova“.

Peculiar, por vários sentidos. Primeiro pela numeração, quando a Azul tinha o prefixo ’03’ – logo substituído por 17, como já falamos e é domínio público.

Segundo, traz o nome do município e o ‘M’ metropolitano, mas também a inscrição ‘Convencional’, como nas linhas internas da capital.

Em pouco tempo a categoria foi mantida apenas nos municipais curitibanos, nos metropolitanos ficou somente o ‘M’ e o município.

O letreiro diz “Pinhais/Alto da XV“. Essa linha também teve vida brevíssima, ao menos com esse nome e configuração.

Explico. Antes da inauguração do Terminal Autódromo, em 1993, as linhas pra Pinhais e Piraquara iam todas pela Avenida Victor Ferreira do Amaral, que corta o bairro do Tarumã.

Começo do século 21: daqui pra frente sempre bege e com nº de 5 dígitos; ainda no tempo da lona virou “B72-Ctba./Colombo (Rod. Uva)“.

(A continuação dela após o Rio Atuba, quando entra na região metropolitana, se chama Rodovia João Leopoldo Jacomel, a antiga “Estrada do Encanamento.)

Algumas linhas de Pinhais foram seccionadas ali, virando alimentadoras dele.

A linha-tronco Curitiba-Pinhais, feita por articulados, continuou seguindo pela Av. Vitor do Amaral

Em 2000 veio o moderno Terminal Central de Pinhais, que desativou o Autódromo.

Chegaram os articulados, que só operavam no horário de picoesse Marcopolo comprado 0km (não sei o ano dessa foto, mas o contra-filé com osso custava 11,90 Reais o quilo; comprei a mesma carne em novembro/ 22, paguei R$ 27,90/kg. Bastante inflação…).

O novo terminal é servido por Expresso bi-articulados (único Expresso metropolitano, como todos sabem).

O Expresso Pinhais/Rui Barbosa vai pela canaleta, a Avenida Presidente Affonso Camargo, que corta o bairro do Cristo Rei.

Então todas as linhas pra Pinhais e Piraquara foram seccionadas no novo Term. Pinhais.

(Exceto a tronco Ctba/Piraquara, mas ela não é integrada, só serve pra quem mora no Centro de Piraquara ou na margem da rodovia).

Com o novo Expresso bi-articulado, julgaram ser desnecessário a continuidade de uma linha feita por articulados ligando Pinhais a Curitiba.

Ainda mesma linha, já com letreiro eletrônico (Caio veio usado de B. Horizonte no final de 2015, inaugurando uma tradição da Grande Curitiba de importar articulados de 2ª mão).

A questão é que as pessoas que moram em Pinhais e nas vilas de Piraquara e trabalham no Tarumã e Alto da XV ficariam sem condução.

Pra atender esse público surgiu a linha Pinhais/Alto da Rua XV, que vinha pela Victor Ferreira e pelo binário 15 de Novembro/Mal. Deodoro.

Apenas, como o nome indica, ela não ia até o Guadalupe, tendo ponto final na divisa entre Centro e Alto da XV, perto da Praça do Expedicionário.

Era feita por ônibus ‘pitocos‘ (tamanho normal, não-articulados).

Acontece que o Terminal de Pinhais é disparado maior da região metropolitana, e um dos maiores da Gde. Curitiba mesmo incluída a capital.

Então havia demanda pra duas linhas feitas por articulados; uma era o Expresso pela canaleta.

Em 2017 a linha pro Centro de Colombo foi seccionada no terminal (*): se tornando alimentadora, chamada “Sede/R. Grande”.

No começo dos anos 2000 a linha Pinhais/Alto da XV foi estendida até o Centro, e passou a ser feita por articulados.

Renomeada Pinhais/Guadalupe, vai pela Av. Victor F. do Amaral.

É operada em conjunto pelas viações Azul e Piraquara, repito.

DE ARAUCÁRIA A COLOMBO SEM TROCAR DE ÔNIBUS:

A linha troncal pro Centro agora é a S01-Roça Grande/Guadalupe (*); é feita por ônibus articulados o tempo todo.

POR UM TEMPO FOI POSSÍVEL –

Muitos dos benefícios advindos da modernização dos anos 90 foram mantidos e ampliados: a própria padronização de pintura, os terminais.

E principalmente integração com o sistema municipal de Curitiba.

Há também a troncal-alimentadora S31-R. Grande/ Santa Cândida, que da mesma forma é operada por ‘sanfonados’ (*).

Afinal a cidade é uma só, e a cidade é a Grande Curitiba, independente de limites municipais.

Algumas inovações, entretanto, acabaram ‘não pegando‘.

A diversidade de cores com os ônibus pintados conforme a região é o exemplo mais notório, como já mostramos amplamente. 

A linha pro Terminal Jardim Paulista, em Camp. Gde. do Sul, é a principal da Viação Castelo Branco: em setembro de 2021 até mesmo a que vai pro Centro de Campina Grande foi seccionada e passou a ser alimentadora dessa linha e terminal; por muito tempo foi chamada de ‘Timbú‘ (*). Na pintura livre vinha ‘Ramal Timbú’ em alguns letreiros. Cliquei em 2022 essa placa no Term. Jd. Paulista, mas ela é do começo dos anos 90, quando da inauguração do mesmo. A linha era então conhecida como ‘Troncal Timbú’. Nas próximas 5 fotos, seguindo o mesmo modelo, a história da linha.

A padronização criou várias linhas ‘perimetrais’ (como sabem, hoje chamadas ‘Inter-Cidades’).

A linha mais famosa dessa categoria é, dizendo ainda mais uma vez, a Colombo/São José dos Pinhais via Pinhais, que é operada inclusive por articulados.

Também chamada ‘Maracanã/Afonso Pena’, se preferirmos focar no nome dos terminais e não dos municípios.

Seja como for, ela tem até um reforço, a “Maracanã/Capão da /Imbuia”.

Que segue pela Avenida Maringá em Pinhais mas ao invés de seguir pro Terminal de Pinhais entra na capital.

Há também duas que ligam Colombo a Tamandaré. Uma conectando os terminais maiores desses municípios, os mais próximos de Curitiba, a I90-“Maracanã/Cachoeira (via Roça Grande)”.

Anteriormente essa linha se chamou “Colombo/Tamandaré”. Opera o dia inteiro.

Quando fiz o texto, já no final de 2022, “fora do horário de pico o intervalo era de mais de 1 hora e meia entre as viagens, pois só tinha 1 ‘carro’ na linha”, escrevi.

Na pintura livre, chamada somente ‘Timbu’.

Ainda no final desse mesmo ano o governo do estado recolocou 2 ‘carros’ na I90, reduzindo o intervalo pra 50 minutos.

No pico são 3, daí é uma viagem a cada pouco mais de meia-hora.

A questão é que depois criaram outra linha ligando esses dois municípios da Zona Norte, que herdou esse nome.

Ainda mesmo letreiro na padronização do início dos anos 90; a Castelo adotou o verde.

A atual ‘Colombo/Tamandaré’ vai do Terminal Central de Tamandaré ao Centro de Colombo. Só circula nos picos da manhã e da tarde.

Em 2022 surgiu a linha I11-Fazenda Rio Grande/Araucária.

O intervalo entre as viagens é de aproximadamente meia-hora, porém só funciona no pico.

Ctba/Timbu“: no fim dos anos 90 os busos inter-municipais incluem ‘Ctba’ antes da linha; verde, mas a inscrição ‘Metropolitano’ se foi; nº do ‘carro’ agora com 5 dígitos, no lado esquerdo da parte frontal do mesmo.

Outras “inter-Cidades”: Piraquara/Quatro Barras, Araucária/Campo Largo, pra citar apenas alguns exemplos.

A maioria só roda nos horários de maior movimento, ou no máximo de hora em hora, com um único veículo operando.

Dentro do município de Curitiba a região mais povoada é a Zona Sul.

Disparado, pois ela concentra nada menos que 37% de seus habitantes.

Segue ‘Ctba/Timbu‘: viações metropolitanas optaram pelo bege (exceto a São José) – foto de 2009, parte da frota da Castelo já era bege.

Posto de outra forma, de cada 3 curitibanos um mora na parte austral da cidade.

Porém quando incluímos a região metropolitana na equação a dinâmica se inverte completamente.

A região mais povoada se torna então o arco formado pelas Zonas Leste e Norte da Grande Curitiba:

Ali estão São José dos Pinhais (Z/L) e Colombo (Z/N), os úncos 2 que superam os 200 mil habirtantes.

Atualmente: Guadalupe/Jd. Paulista (*).

Dos 6 que ultrapassam a marca de 100 mil, Pinhais e Piraquara são a Leste, e Tamandaré a Norte.

(Araucária e Fazenda Rio Grande na Z/S e Campo Largo na Z/O fecham a conta.)

Tudo somado, dos 8 maiores subúrbios 5 estão entre as Zonas Norte e Leste.

São José e em menor medida Pinhais são bastante industrializados.

Em 2013 (foto datada) quase todos os busos da C. Branco ainda eram verdes: Ciferal Citmax, outra despedida, último modelo fabricado por esse montadora, quando a Ciferal já pertencia a Marcopolo; no letreiro N71-Ctba/Campina Grande do Sul – em 2021 com a integração na Linha Verde essa linha se tornou alimentadora do Term. Jd. Paulista; repetindo o que aconteceu em Colombo, pra ir ao Centro de CGS é preciso baldear de condução.

Sendo polo de empregos pras regiões-dormitório que gravitam em volta. 

Não por outro motivo esses 2 municípios concentram quase todos os prédios altos, com elevador, da Gde. Ctba. .

(Alias são vizinhos, o próprio nome ‘Pinhais’ é derivado de ‘São José dos Pinhais‘).

Assim é fácil entender que a única “Inter-Cidades” de grande demanda seja exatamente a que interliga Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais.

Servida por articulados e intervalo de meia-hora o dia inteiro, 17 minutos no pico.

ÚLTIMO VERDÃO“: no final de 17, porém, praticamente 100% da frota da Castelo era bege; achei em Quatro Barras o derradeiro ônibus colorido (*). Linha municipal mas usando a pintura unicolor metropolitana.

As demais linhas “perimetrais” conectam sempre somente dois municípios vizinhos entre si, e seu movimento é bem menor:

De hora em hora ou mesmo somente algumas viagens nos horários de maior movimento.

A questão amigos, e falamos tudo isso pra chegar aqui, é que na padronização de 1992 foi criada a linha Colombo/Araucária.

Com quase 40 km a maior da história da Grande Curitiba.

Atualmente os municipais de Q. Barras têm pintura própria e são gratuitos, abaixo falo melhor desse ponto (essa foto e a anterior são no mesmo local, o terminal).

(Falando apenas de linhas urbanas, sem contar o que os paulistas chamariam de “suburbano”, ônibus com 2 portas e catraca que conectam cidades distantes indo por rodovias.

Se você considerar as linhas “suburbanas” pra Lapa, Quitandinha, Agudos do Sul e Vale do Ribeira elas têm seguramente mais de 40 quilômetros, algumas bem mais que isso.

Caio em testes – no branco clássico pra esse fim – pela São Braz de Campo Magro.

Acontece que não são trajetos urbanos, repito, e sim de viagem feitas por veículos urbanos pra tarifa sair mais em conta.

Abaixo falo melhor disso inclusive com imagens. Mas pra gente adiantar o assunto:

O ônibus que faz a linha Curitiba/Tunas do Paraná, no Vale do Ribeira, percorre 76 km.

Exatamente pela enorme distância só puxa uma viagem por dia em cada sentido.

Torino ‘3’ (‘G.V.’) da Viação do Sul em 2007 ainda usando a cor amarela da faixa ‘1’.

A tarifa é de R$ 10 quando atualizo a matéria – subsidiada pelo governo, o preço da passagem do modal rodoviário é o triplo disso).

Apenas sem sair da área urbana da Grande Curitiba, a Colombo/Araucária segue recordista.

Cortava, lógico, todo o município de Curitiba, as Zonas Norte, Central e Sul de ponta a ponta.

Foi descontinuada, era quilometragem demais pra passageiro de menos.

2 Monoblocos 0-371 da Santo Antônio, esse ainda roxo em 2003/04, mas com numeração da Urbs (letra ‘C’ de ‘Convencional’).

Até porque o sistema metropolitano é integrado ao municipal.

Então é possível fazer esse mesmo gigantesco trajeto pagando uma só passagem, bastando baldear nos terminais de Curitiba.

Existe o Ligeirinho Colombo/CIC, que sai do Terminal Maracanã.

Agora com numeração e pintura da Urbs, que a viação usou em toda frota até 2015. Há a linha circular 231-Califórnia/Banestado, que sai do Term. S. Cândida. Um mesmo ônibus puxa duas linhas, um pega pro Jd. Califórnia (as margens da Rodovia da Uva mas ainda dentro da capital) e outro pro “Banestado“, o nome é porque passa pela antiga sede do banco público estadual, privatizado nos anos 90. Anteriormente o pega do Banestado tinha exatamente o mesmo itinerário do 233-Olaria, apenas no sentido inverso. Agora modificaram um pouco o trajeto, virou metropolitano pois entra em Colombo. Por isso a S. Antônio operou o reforço ‘Banestado‘, esse ‘carro’ circulava só no pico, e não ia pro Califórnia.

No CIC ou no Capão Raso, por onde ele também passa, há diversas opções pros terminais de Araucária.

LOUCOS ANOS 90:

A HIPER-INFLAÇÂO BRASILEIRA NOS ÔNIBUS DA ZONA LESTE DE CTBA. –

Notam em vários busos no fim da pintura livre e no começo da padronização um adesivo no vidro informando o valor da tarifa

A Comec trouxe essa característica de São Paulo e outras cidades, isso nunca havia existido por aqui.

Exatamente por não ser orgânico o enxerto foi rejeitado. A novidade logo foi abandonada, mas por um tempo existiu.

E existiu em tempos que a inflação estava na estratosfera. Os preços subiam sem nenhum tipo de controle.

Destaquei que no articulado a direita a tarifa era R$ 0,32, menos de 10% do valor vigente quando escrevi a matéria em abril de 2015. Repare nessa sequência:

Aqui e a seguir na 1ª padronização, em 1992: azul-escuro com “Metropolitano” na lataria, “Rápido Metropolitano” no letreiro principal, “Piraquara” no menor no vidro (Monobloco 0-400, última carroceria fabricada pela Mercedes, que só tinha 1 farol de cada lado).

NO FINAL DE 2017, ACHADO O “ÚLTIMO VERDÃO” DA CASTELO:

ACABOU O DERRADEIRO TRAÇO DA PADRONIZAÇÃO DOS ANOS 90 (com exceção da Viação SJP)

Recapitulando: em 92 todas as viações padronizaram conforme a cor da região.

A partir da segunda metade dos anos 90 no entanto quase todas as viações abandonaram esse padrão – adotaram o bege da Comec e/ou o amarelo/laranja da Urbs.

Agora um Mafersa: o “Rápido” era o troncal (ao fundo S. Remo mais claro, Alimentador – “Integração” no jargão da época).

A exceção é a São José dos Pinhais, que quis ficar vermelha mesmo não sendo mais obrigada.

A Castelo Branco foi a penúltima a abandonar a padronização de 92. Até 2012 quase toda sua frota era verde.

De lá pra cá ela mudou de ideia e se adequou ao padrão mais comum. Escrevi em 2015:

Mesmo modelo, viação e linha em 2003: bege, com o nome do município e a linha se chama “Ctba/Piraquara (Direto)” – a inscrição na placa no vidro “Rápido“, como transição.

A Castelo vem pintando seus ‘carros’ de bege.

Ainda há uns poucos verdes, mas por pouquíssimo tempo. ”

E assim de fato se deu. Já no fim de 2017 a Castelo não tinha mais ônibus nessa cor operando nas suas linhas principais, as que vem pra capital do estado.

Em novembro desse ano (17) fui ao Terminal de Quatro Barras – quando inauguração a integração com Santa Cândida.

O mesmo busão em 3 padronizações: Caio Milênio ‘1’ da Piraquara, azul, numerado 29056 (ainda na 1ª pintura padronizada, mas já na 2ª numeração, com 5 dígitos) quando chegou – fazendo a mesma linha-troncal Ctba/ Piraquara (Direto) mostrada acima.

Flagrei, fazendo uma linha de menor demanda municipal, o último busão ainda na cor verde da Castelo Branco.

Logo tirando os da São José todos os metropolitanos serão beges.

“Ou amarelos/laranjas no padrão de Curitiba”, dizia o texto original.

2ª padronização, bege no padrão Comec: mantém o número, agora deslocado pra linhas mais perifericas (nesse dia puxando a I40-Q. Barras/Piraquara, que liga esses dois terminais da extremidade da Zona Leste da Gde. Curitiba, e só opera no horário de pico).

Entretanto a Comec determinou o fim desse ‘xerox’ dos municipais nos metropolitanos. Então será tudo bege mesmo.

Veja o comentário do autor da foto: o mesmo ‘carro’ foi pintado de bege (que ele chama de “branco”) mantendo o nº, e depois de amarelo renumerado 29C98 – a Piraquara foi uma das viações que tiveram tanto ônibus beges quanto (até 2015) também no padrão da Urbs.

Na virada do milênio as maioria das viações já eram beges e/ou laranjas/amarelos.

Afora a SJP e C. Branco, as que mais resistiram na cor original foram a Santo Antônio, Piraquara e Viação do Sul.

Todas elas até 2002 pelo menos (em alguns casos até um pouco mais) ainda tinham alguns “carros” nas cores determinadas 10 anos antes.

Vimos tudo isso um pouco mais pro alto. Monolocos da Santo Antônio, um deles ainda era roxo em 2003 ou 04.

DO MUNDO PRA CURITIBA” – na Viação do Sul 4 ‘sanfonados’ Caio que vieram usados de Belo Horizonte: como é notório, desde que a Comec reassumiu o transporte da Gde. Ctba. se tornou tradição trazer ônibus de 2ª mão, especialmente articulados mas ‘carros’ curtos também (a viação é metropolitana mas a sede é na capital, no extremo da Zona Norte, na Rodovia dos Minérios, bairro Abranches – ao fundo a favela do Morro Santa Terezinha.  Nas Zonas Norte e Oeste há algumas favelas em morros, tanto no município de Curitiba quanto na Reg. Metropolitana).

Essa viação na sequência padronizou toda sua frota como os municipais de Ctba; só foi ter ‘carros’ beges depois de 2015.

“RÁPIDO METROPOLITANO”:

DO CONCEITO ORIGINAL RESTOU O DE PIRAQUARA –

Uma inovação que veio com a mudança foi a criação do “Rápido Metropolitano”.

A linha principal ligando o Centro de Curitiba ao Centro de cada subúrbio metropolitano teria dois modais:

Uma expressa com poucas paradas, o “Rápido Metropolitano”, e uma convencional encostando em todos os pontos.

Veja em várias fotos dos anos 90 que no letreiro principal acima e ao lado está escrito “Rápido Metropolitano”.

O município só vem informado em letreiros menores, um lateral e outro frontal na parte debaixo do vidro.

Esse letreiros menores foram outra inovação que veio com a padronização de 1992.

A princípio deveria haver um ‘Rápido’ pra todo e cada município, e em vários deles foram mesmo implantados.

Vimos espalhados pela página os ‘Rápidos’ pra Rio Branco do Sul, Colombo, Fazenda Rio Grande, Piraquara.

Em 16 a Colombo trouxe 5 do mesmo modelo, também do Sudeste – dessa vez de SP: 2 já repintados, o da frente ainda ostentando a padronização ‘Inter-Ligado” paulista.

Porém logo a seguir a rede municipal de Curitiba se expandiu e abarcou os subúrbios metropolitanos.

Assim os terminais dos municípios ao redor de Curitiba passaram a ter linhas de ligeirinho cinza a ligá-los com outros terminais e com o Centro de Curitiba.

Tornando os ‘Rápido Metropolitanos’ supérfluos. Escrevi em 2015 que “todos foram abandonados exceto o de Piraquara, que não é servida por ligeirinhos”.

2018: leva de ‘carros’ curtos recém-chegada de Brasília-DF na garagem da C. Largo/ Piedade – além dessa viação foram pra várias outras da RMC (Azul e Colombo, por ex.).

Ao menos nesse conceito original, o de uma linha metropolitana servida por um veículo normal (sem embarque elevado) porém com poucas paradas no trajeto.

Por outro lado, Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais e Fazenda Rio Grande têm Ligeirinhos que saem do Centro da capital (o da Fazenda inclusive com articulados).

Remanejamento interno da RMC: as viações Carmo e S. J. dos Pinhais eram do mesmo grupo; por isso os 1ºs articulados de SJP são esses Torino ‘2’ ex-Carmo, eram Expressos anteriormente. Isso já disse, aqui a prova – com a pintura metropolitana mas no letreiro  ‘Circular Sul‘, linha municipal de Ctba. óbvio.

São José dos Pinhais, Araucária e Campo Largo, além de todos os citados no parágrafo anterior, têm linhas ‘diretas’ com poucas paradas saindo dos terminais de Curitiba mais próximos.

Atualizando em 2022, recentemente o município de Campina Grande do Sul (C.G.S.) reativou o modal de ‘Rápido Metropolitano’.

Não com esse nome mas na prática a mesma coisa, um ônibus expresso com menos paradas.

Porém não houve a resposta esperada, e foi desativado.

Rio Branco do Sul e Itaperuçu contam com ‘Diretos’ (o novo nome pra ‘Rápido’) desde o Centro no horário de pico, mas são poucas viagens.

Próximas 7 imagens: Triar de Araucária, que tem seu próprio ônibus Expresso.

OS ÔNIBUS MUNICIPAIS DA GRANDE CURITIBA –

Mais abaixo, nessa matéria mesmo, ainda irei mostrar mais ônibus inter-municipais.

Antes, numa atualização de janeiro de 2016, vamos ver como é o transporte interno dos municípios que rodeiam a capital do estado, formam com ela a Região Metropolitana de Curitiba.

Atual padronização, vigente desde 2021.

Apenas 3 municípios da Grande Curitiba planejam e fiscalizam seu próprio transporte municipal: Araucária, São José dos Pinhais e Campo Largo.

Nos demais municípios da Região Metropolitana mesmo as linhas municipais, que ligam os bairros aos terminais do município, são gerenciadas pela Comec.

Em Colombo, Campina Grande do Sul e Rio Branco do Sul vigora um sistema misto, quase todas as linhas são da alçada estadual via Comec.

No início as faixas horizontais eram largas .

Entretanto há umas poucas exceções que são de responsabilidade da prefeitura (no caso de Rio Branco feito por micros).

A imensa maioria das linhas é da Comec, ratificamos o afirmado acima (atenção, ‘ratificar’ é o contrário de ‘retificar’).

Assim, somente São José, Campo Largo e Araucária (e mais as poucas linhas de exceção de C. Grande, RBS e Colombo) podem se dar ao luxo de escolher a pintura de seus ônibus.

Triar Metropolitano no Term. Pinheirinho.

Não para por aí. Por muito tempo em Araucária o Tiar determinava inclusive a pintura de algumas linhas intermunicipais

Até 16 mesmo ônibus metropolitanos que vinham pra um terminal da capital usavam a decoração escolhida por uma prefeitura da região metropolitana, e não pela Comec ou Urbs, caso único na história.

Me refiro evidente a linha Tupi/Pinheirinho (esq.), que acabou no final de 2016.

Pintura que durou mais tempo, quando era a viação Tindiqüera quem atuava.

Depois que ela foi extinta por mais 5 anos a pintura do Triar ainda vigorou numa linha metropolitana, a Araucária/Contenda.

Atualmente a nova pintura do Triar adotada em 2021 é usada somente nas linhas municipais. As inter-municipais seguem o bege unicolor da Comec.

Araucária é um município que tem ganho destaque positivo pelo investimento no transporte coletivo.

Quando houve a troca de viações em 2021, operaram provisoriamente ônibus com pintura de outras cidades; esse é ex-Ponta Grossa-PR.

O sistema tem até nome próprio, chama-se ‘Triar‘, sigla de Transporte Integrado de Araucária.

Pra conversa começar, a tarifa do Triar, na contramão do resto do país, vem sendo reduzida.

Era R$ 4,25 em 2018 e em 2022 é somente 1,50, e isso dá direito a integração total municipal e metropolitana.

Por décadas o transporte na cidade ficou por conta da viação Tindiqüera (antigo nome do município).

Linha da Produção” em Araucária (foto adicionada em atualização de junho de 2016).

Nesse ano a Tindiqüera foi descredenciada, vieram 3 viações pra ocupar seu lugar:

Francovig de Londrina-PR, Imperial de B. Horizonte e a Sharp da Faz. Rio Grande – município vizinho, também na Zona Sul da região metropolitana de Curitiba.

Algumas linhas municipais de Colombo têm pintura própria; digo, na verdade deslocam os busos que operavam o metropolitano, apenas escrevem ‘Colombo’ em vermelho.

Araucária tem seu próprio Ligeirão, vejam vocês. Há uma categoria especial de linhas, os ‘Linhões 1 e 2’, que cortam a cidade inteira:

Partem da Vila Tupi, bairro afastado na extremidade da área urbana de Araucária na divisa com a Caximba em Ctba. .

Passam pelo Centro, incluindo o Terminal Central, e por diversos bairros a seguir, finalizando no Terminal Angélica.

Situação parecida em Piraquara: ex-metropolitano, descaracterizaram as insígnias mas mantendo a cor; nesse caso tem até um espaço pra inserir a placa de ‘Escolar‘ na lateral, modal que a viação também opera.

No horário de pico contavam mesmo com articulados, (pelo menos essa era a situação até 2021, quando era operado pela viação Tindiqüera).

Tinham seu desenho exclusivo, em vermelho com detalhes em azul, visto um pouco mais pro alto na matéria.

Há estações com o embarque por plataformas elevadas, por isso as portas na esquerda. A coisa é chique!!

LINHA DA PRODUÇÃO DE ARAUCÁRIA E DO HOSPITAL DO ROCIO EM CAMPO LARGO:

Aqui e a seguir: linha pro Hospital do Rocio em Campo Largo, que por um tempo também teve decoração própria só pra ela.

AMBAS COM PINTURA EXCLUSIVA –

No final do século 20 a viação Tindiqüera fazia a “Linha da Produção” em Araucária (busque a foto pela legenda, um pouco mais pro alto).

Havia uma pintura exclusiva somente pra ela, unicolor em cinza, mas também tinha o logotipo de flecha do Triar.

Passava na porta das fábricas, pra atender os operários das mesmas. O autor da foto fez o seguinte comentário:

No Terminal Central – o busão veio usado da Grande SP, por isso a porta na esquerda; depois ele foi reformado, retiraram essa entrada extra e pintaram ele amarelo como toda a frota municipal campo-larguense (foto a seguir). Por enquanto foquemos na imagem acima: é um micrão Neobus da Piedade (inserido numa atualização de janeiro de 2021). Com pintura específica pra uma única linha, inspirada na bandeira municipal. Só usada nesse veículo, que serve o Hospital do Rocio, um dos maiores da Gde. Ctba., eu mesmo já fiquei internado lá. Com lateral branca e cores no teto lembra padronizações implantadas em várias capitais brasileiras. Por ex. São Paulo, Brasília-DF, Goiânia-GO, Salvador-BA, Recife-PE, Fortaleza-CE e Rio de Janeiro – essa última infelizmente já descartada. Portas dos 2 lados são comuns no estado de SP (Capital e Campinas), como dito ele é oriundo de lá.

“    Foto feita na década de 90 mostrando a maior parte da frota da Linha da Produção.

Ônibus que faziam determinadas rotas pra atender indústrias.

Eram operados pela Viação Tindiqüera, integrante do Triar.

Em primeiro plano dois Condor, em seguida Caio Amélia, outro Condor, um Marcopolo Torino ‘1’ e um Marcopolo San Remo, todos Mercedes-Benz.   

O mesmo modal existiu em Blumenau-SC, e durante uma época igualmente com pintura exclusiva. Apenas lá se chamava “Linha do Trabalhador”.

Há algumas linhas que têm pintura própria, exclusiva pra elas. Exemplos aqui em Curitiba, todos já extintos:

Circular Centro, Inter-Hospitais (essas foram descontinuadas em 2020);

Também a Estudantes, Zoológico e a metropolitana Curitiba/Tanguá – todas ainda existem mas não mais com pintura exclusiva.

Municipal de Campo Largo: o mesmo amarelo que por décadas marcou os Convencionais curitibanos (por um tempo até metropolitanos), com detalhe ondulado cinza e branco. O grupo comprou diversas viações de SC, você vê essa pintura também em várias cidades catarinenses.

Então, um dia essa de Araucária foi assim também, quando havia a “Linha da Produção”.

………..

A direita a pintura atual das linhas internas de Campo Largo.

Você lembra desse azul-clarinho com faixa branca que existiu nesses mesmo município (a esquerda)?

Nos anos 90 e começo do novo século era a decoração municipal da Viação Piedade, que é do mesmo grupo da Campo Largo.

Campo Largo, anos 90 e virada do milênio.

Essa exata pintura vigorou por um tempo na Viação Antonina, que é igualmente do mesmo dono. Não se deixe enganar. Apesar do nome ela atua na Grande Curitiba, e não no Litoral.

No entanto, esse desenho (azul-claro com faixa branca) existiu sim perto do mar. Antigamente era usada também pela Viação Rocio de Paranaguá.

Confira esse “Ataque dos Clones“, 3 viações do PR rigorosamente iguais:

Próximas 10: A. V. São José dos Pinhais. Eis a decoração nos metropolitanos, desde (ao menos) os anos 70 até o fim da pintura livre  – Veneza na linha “Independência via BR-277”.

ATUALIZAÇÃO DE JANEIRO/21:

AUTO VIAÇÃO SÃO JOSÉ DOS PINHAIS  E FAZENDA RIO GRANDE –

PARTE 1: VIAÇÃO SÃO JOSÉ:

São José dos Pinhais (SJP) é o município mais importante da Grande Curitiba.

Tanto em população quanto no desenvolvimento econômico (seu PIB, 2º do estado, é maior que o de 11 capitais brasileiras). Além do mais é onde está o Aeroporto de Curitiba.

3 imagens dos municipais, mesma viação. Usavam a letra de forma nos anos 70.

Ali há duas empresas que operam o municipal, a Viação São José e a Sanjotur.

A Sanjotur só nesse modal. Mais abaixo mostro fotos da viação.

A São José, como todos sabem, faz também metropolitanos. Vamos relembrar em imagens sua trajetória.

Por um bom tempo, na época da pintura livre, ela tinha uma marca registrada:

Depois letra de mão, igual aos metropolitanos.

O “Auto Viação São José dos Pinhais” vinha escrito em letra de mão.

Os metropolitanos eram laranjas no fundo creme, ou ‘bege’ se preferir. Confira acima a direita.

Nos anos 70, 80 e 90 os veículos das linhas municipais tinham a mesma pintura, porém com marrom no lugar do laranja.

Na sequência surge a inscrição “Urbano”.

Foram nada menos que 3 configurações diferentes somente no tempo que era usado o marrom.

Sempre mantendo o mesmo pano de fundo mas mudando a maneira de identificar o modal de serviço. Não perca a conta:

1) Acima: na década de 70 os busos municipais tinham o “Auto Viação S. J. dos Pinhais” em letra de forma, ao contrário dos metropolitanos.

Anos 80/90 – esse é metropolitano, ainda permanece do mesmo jeito: faixas laranjas e beges com a viação em letra cursiva.

2) Nos anos 80 por um breve período os bichões das linhas internas de SJP da mesma forma contaram com a letra de mão informando o proprietário.

(“Igual aos metropolitanos”, escrevi na legenda, a dir. um pouco mais pro alto).

Dá pra ver claramente a pintura com as faixas e a letra de mão.

3) A seguir, talvez ainda na década de 80 ou no começo de 90, nova mudança:

Municipais herdam pintura do metropolitano, a inscrição “Urbano” se mantém, como fica evidente nesse outro ônibus Torino ‘2’.

Permanece ainda o fundo marrom mas agora está escrito “Urbano” na lataria, ao invés do nome da viação (“Na sequência surge a inscrição Urbano”, na legenda).

Em algum momento da última década do século 20 os busos municipais de São José abandonam o marrom e passam a ser laranjas.

Pelo visto depois que o metropolitano padronizou de vermelho, o municipal é quem passou a ter pintura laranja sobre fundo bege/creme.

Decoração vigente dos municipais de SJP.

Observe as 2 imagens acima: ambos ‘latões’ do mesmo modelo (Torino ‘2’, produzido na virada pros anos 90) e viação.  

O primeiro é metropolitano, enquanto que o que vem depois dele é municipal, como as legendas informam.

Mesma pintura, mantém-se a palavra ‘Urbano’ na lateral, inserida no tempo que era marrom.

Atualmente são as mesmas cores porém em nova configuração: a faixa intermediária bege se foi.

Os municipais agora são o corpo inteiro laranja, o bege fica restrito a área ao redor das janelas e acima delas (direita).

Em alguns “carros”, nem isso. As linhas “Bairro-a-Bairro” são feitas por veículos em uni-color (esquerda).

No Terminal Afonso Pena: “Especial” no letreiro, a linha “Centenário” escrita num papel (a definição é baixa mas dá pra ler).

Laranjas, iguais aos alimentadores do municipal de Curitiba

Em ambos o título ‘Urbano’ permanece. Essa característica chegou pra ficar.

UM LETREIRO MUITO “ESPECIAL”:

CONFIRA A LINHA NO VIDRO –

Vou retratar agora uma característica são-joseense, quem andou de ônibus em SJP logo após a virada pra esse novo milênio certamente vai se lembrar.

Cheio de gente, vemos que está operando; mas você não saberá a linha pelo letreiro.

O letreiro escrito “Especial”. A linha vinha numa placa no para-brisas. Não era improviso, e sim o procedimento normal, algo que acontecia muito no interior, achei mais um caso dentro na RMC.

Em Piracicaba-SP igualmente era corrente na época; publiquei fotos da mesma situação em Maringá, 3ª maior cidade do PR, e Araucária, também na Grande Curitiba.

Mais cenas da Viação São José dos Pinhais, municipal e metropolitano:

Linha pro Jardim Itália; conseguimos ver o suporte da histórica caixa d’água ao fundo.

Agora a viação Sanjotur. Ao lado a pintura atual. Porém a foto é no antigo terminal (não-integrado) que havia na Praça Getúlio Vargas, bem no Centro de SJP.

Em 2011 foi inaugurado o novo Terminal Central (plenamente integrado em 2021/22), e a Pça. Getúlio Vargas foi revitalizada.

Mais Sanjotur, que opera na região sul de S. José (Planta S. Marcos e o final da Av. Rui Barbosa):

Proxs. 9: Faz. Rio Grande, Z/ Sul da Gde. Ctba. . Começo com 3 antigos Caio da Leblon, quando FRG ainda pertencia a Mandirituba.

PARTE 2: FAZENDA RIO GRANDE –

São José é o subúrbio metropolitano mais populoso e desenvolvido economicamente da capital do Paraná.

Além disso, é um dos municípios mais antigos da Grande Curitiba.

Vamos falar agora de um dos mais novos, a Fazenda Rio Grande (FRG).

‘Metropolitano’, diz a lataria.

Foi fundada em 1990, e a implantação oficial se deu em 1993.

Fazenda Rio Grande se emancipou de Mandirituba, que por sua vez já havia se separado da própria S. J. dos Pinhais.

Aqui está escrito na lateral “Semi-Urbano”.

Por isso escrevi uma matéria cujo título diz: “1953, FRG era SJP”.

Aqui o que nos importa é o transporte coletivo, então foquemos nisso.

Mesmo antes de ser desmembrado como município autônomo, Fazenda Rio Grande ainda como distrito de Mandirituba já tinha linhas de ônibus ligando-a a capital do estado.

Outro Gabriela, esse antigamente operava linhas municipais de Curitiba, vencendo as ruas de barro do início da Fazenda.

Quem operava era a viação Leblon. Repare no Bela Vista acima a esquerda, e no Gabriela logo a seguir a direita (” ‘Metropolitano’, diz a lataria” na legenda).

A pintura é similar, perceberam. Apenas na 2ª imagem as as faixas superiores são em diferentes tons de verde, e tiraram as faixas inferiores.

Na foto que na vem sequência (o “semi-urbano”) as faixas permanecem mas ao invés do verde são nas cores amarela, laranja e vermelho.

Ainda anos 90, essa foi uma das primeiras pinturas dos busos municipais da Faz. Rio Grande. Já com decoração específica do município (mostrada melhor na próxima tomada), mas o Comil faz o mesmo esforço do Gabriela da foto anterior pra superar o atoleiro. Parece a Trans-Amazônica!!!

Além disso, no Gabriela verde e branco consta o registro no D.S.T.C. (como já dissemos, antecessora da Comec como concessora do transporte inter-municipal da capital) como “Metropolitano“.

no outro Gabriela está grafado “Semi-Urbano“. O que seria uma linha ‘semi-urbana’?

Qual a diferença pra uma ‘metropolitana’? Não sei te dizer.

Quando a Fazenda se emancipou, nos anos 90, adotou sua primeira padronização pros ônibus municipais.

Desculpe pela baixa definição da imagem (caso ache uma melhor substituo), mas podemos ver bem a pintura pela lateral.

É essa vista nas duas fotos acima e ao lado: ‘saia’  (parte inferior da lataria) num tom entre verde e azul, e acima uma ‘blusa’ vermelha.

Nem todos os busos, porém a utilizavam. Haviam muitos que vieram usados de outras cidades, e conservavam suas pinturas de origem.

Natural que fosse dessa forma. O município ainda se consolidava, em meio a um forte crescimento demográfico.

Na década de 90 começa a integração metropolitana nos terminais de Curitiba. A 1ª pintura da linha integrada Fazenda/ Pinheirinho era assim: o laranja dos alimentadores da capital com faixa branca.

Calcula-se que a população era de cerca de 20 mil habitantes em 1990, ano da secessão de Mandirituba.

Em 2000 já eram mais de 60 mil fazendenses, ou seja triplicou em uma década. Em 2010 a contagem ficou em 81 mil.

Acontece que a Fazenda estava apenas se aquecendo, acredite.

No comecinho de 2023 o IBGE divulgou as informações preliminares do Censo/22. Se segure na cadeira.

Municipal da FRG no começo do século 21.

Entre 2010 e 2022 a Fazenda Rio Grande dobrou sua população em apenas 12 anos: foi de 81 pra 167 mil moradores!

Resultando que FRG multiplicou por 8 seus habitantes em somente 3 décadas, desde que se emancipou!!!

Sendo um subúrbio de uma metrópole de 3° mundo, é natural entenderemos que esse crescimento assombroso nem sempre foi totalmente ordenado.

Por um tempo Faz. R. Grande (e boa parte da Gde. Curitiba) teve os busos – metropolitanos e municipais – pintados iguais aos municipais da capital: esse Ciferal ainda tem o amarelo dos Convencionais da Urbs, mas faz linhas metropolitanas/suburbanas (no caso FRG/Areia Branca, que fica em Mandirituba), por isso a entrada foi invertida pra trás.

A Fazenda Rio Grande se desenvolveu muito nas últimas décadas, e sua infra-estrutura urbana melhorou ‘da água pro vinho’.

Hoje a maior parte de suas ruas já está asfaltadas, o que ainda não é a realidade de outros subúrbios metropolitanos.

Nos anos 90 não era assim, entretanto. Exatamente ao contrário, quase todas as ruas da FRG eram sem pavimentação.

Alimentador laranja fechando a sequência da Fazenda; esse iluminado, decorado pro Natal.

Além disso, como a demanda crescia muito, ônibus chegavam usados a FRG de outras partes do Paraná e do Brasil.

E pelo menos a princípio operavam ali sem serem repintados. Ficava o verdadeiro ‘balaio de gatos‘.

Eu mesmo andei na Fazenda Rio Grande, no meio dos anos 90, num Mafersa ex-SP, que ainda ostentava a pintura ‘Municipalizada’ paulistana.

Até mesmo no letreiro ainda estava escrito a linha que o busão operou por último em SP, senão a memória não me trai era ‘Jardim Maracá’.

Micro em linha municipal de Rio Branco do Sul, 2014 (*). Não há padronização de pintura, cada viação opera uma linha e põe os ‘carros’ sem caracterização específica – já presenciei até micro Carolina ex-Circular Centro de Ctba. em linhas locais em RBS.

A linha correta, que o latão cumpria na Grande Curitiba, vinha escrito a mão num papel colado no para-brisas.

Bem, um pouco mais pro alto a direita vemos um busão com a pintura do municipal de Curitiba rodando na Fazenda (um Gabriela amarelo de costas numa rua de terra, busque pela legenda).

Na época o transporte ainda não era integrado. Então não, não é que esse buso era alimentador da rede integrada. É ‘Tabela Trocada’ mesmo.

Porém ainda na década de 90 a Fazenda padronizou a pintura do transporte coletivo, dizendo de novo.

Próximas 2: municipal, Campina Gde. do Sul A esquerda micrão na 1ª pintura própria, quase igual mas a faixa era azul e verde. Os municipais de Campina são chamados ‘Jardineiras‘, mesmo sem motor ‘bicudo’.

Uma das primeiras padronizações é a vista no Comil, o que faz a linha ‘Nações-2’ na foto um pouco acima, saia verde e blusa vermelha.

Depois veio a que perdurou até o começo da década de 10 do século 21, saia amarela e blusa branca (outro Comil, alias).

A seguir os busos de FRG adotaram as mesmas cores do municipal de Curitiba (aquele veículo todo iluminado).

Por fim perto da virada pra década de 20 o bege metropolitano que é tema dessa reportagem.

QUATRO BARRAS:

VERDES, DEPOIS BEGES (NO PADRÃO METROPOLITANO); ATUIALMETE “JOIÃO” COM PINTURA PRÓPRIA E TARIFA ZERO

Acima e ao lado os municipais de CGS, que são operados pela viação Castelo Branco, cuja sede é no vizinho município de Quatro Barras.

Em 2012 em linha metropolitana; em 2017 esse bichão era o último na cor verde do sistema, fazia a linha municipal de Q. Barras.

Então vamos falar um pouco exatamente de Quatro Barras.

Em novembro de 17, enfim inaugurou a integração com o sistema municipal da capital.

Ao ser implantada a linha  Quatro Barras/Santa Cândida. Sendo metropolitana, feita por ‘carros’ beges. Fui ao local conferir a novidade, logo no 2º dia.

E, repetindo, lá no terminal flagrei, no fim de 17, um ainda pintado de verde na ativa no transporte urbano.

‘Joião’, o Municipal de Q. Barras atualmente.

(Já vimos a foto dele de minha autoria no final de 2017 mais pra cima na matéria;

A direita outra do mesmo busão em 2012, quando ele ainda fazia a linha-troncal Ctba/Q. Barras.)

Operava na linha São Pedro, que é interna de Quatro Barras e tem pouca demanda.

Liga a fábrica da Britanite ao terminal, e só circula nos picos da manhã, almoço e tarde.

Aqui e a seguir voltamos aos beges no padrão Comec. Micro em linha metropolitana, configuração rara daí vale o registro.

Por isso pôde acolher “O Último Verdão Metropolitano”, em seu último ciclo antes de virar “Escolar“.

“O fim de uma era. Quando ele mudar de modal, ônibus verde em toda Grande Curitiba só no Inter-Bairros da capital“, dizia o texto original.

Assim se deu. poucos meses depois, ainda em 2018, esse “carro” foi baixado do sistema.

as linhas municipais ligando as vilas ao terminal passaram a ser feitas por veículos no padrão bege da Comec.

Algumas peculiaridades nesse busão: conserva numeração de 4 dígitos; não há o nome da viação sob o nº do veículo, é que é o mesmo do município, aí julgaram supérfluo; alias o “BALSA NOVA” está escrito assim, com todas as letras em maísculo, caso único.

Em 2022, entretanto, as linhas internas de Quatro Barras passaram a ser gratuitas, e a ter sua própria pintura.

Vista a esquerda acima, na verdade pegaram a frota que usava o bege da Comec e pintaram uma faixa diagonal verde e azul no fundo.

A frente escreveram ‘Joião’ ao lado da bandeira municipal.

O ‘M” de Metropolitano e a numeração de 5 dígitos determinada pela Comec permanecem.

Com exceção da Borda do Campo, as demais linhas só operam no horário de pico (bem, isso não mudou, já funcionava assim quando era pago).

Ex-Carmo repassado pro metropolitano.

São de graça, ao chegar no terminal quem vai ficar por ali só desembarca.

A maioria dos usuários, por outro lado, segue viagem pra Curitiba ou outros municípios da RMC; esses pagam a tarifa nesse momento.

………..

Grande Curitiba na prática, apenas os municípios que são região metropolitana de forma efetiva, mostro a área urbanizada.

Improviso!!! Esse laranja a direita é da Viação São José mas não é a pintura municipal de SJP atual.

Ao contrário, é antigo e metropolitano operando com a pintura municipal de Curitiba.

É o seguinte: a Viação São José e a Carmo eram do mesmo grupo (agora a Carmo desapareceu, virou oficialmente São José).

Esse buso era municipal de Curitiba que foi transferido pra São José.

Grande Curitiba no papel: os municípios em branco não tem ligação efetiva com a capital, e entraram por interesses políticos.

Fazendo linha metropolitana em regime de emergência, sem ser repintado. Tabela trocada inter-modal!!!

ATUALIZAÇÃO DE FEVEREIRO DE 2016: ÔNIBUS SUBURBANOS

Conforme expliquei nessa postagem, nem tudo que é Grande Curitiba no papel o é na prática.

Pro município ser de fato região metropolitana da capital é preciso ter uma ligação efetiva com Curitiba.

Em termos sociais, econômicos, culturais e de mancha urbana.

Até 2019 só havia ônibus de viagem ligando diretamente a capital ao Vale do Ribeira (Veneza da viação Cerro Azul nos anos 80, só tem 1 porta e bancos reclináveis estofados – preferiam assinar na lataria como ‘Curitiba Azul Ltda.’; o registro no DSTC consta como ‘Convencional’: antigamente haviam mais categorias, vimos um ‘Semi-Urbano‘ mais pro alto num ônibus da Leblon).

Se você quiser posto de outra forma, é preciso que parcela significativa da população do município se desloque diariamente pra trabalhar em Curitiba e imediações.

São conurbados com a capital: São José dos Pinhais, Colombo, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo, Pinhais e Campo Magro. E Piraquara é conurbada a Pinhais.

‘Conurbação’ quer dizer ‘Co-Urbanização’, as áreas urbas são emendadas:

Municípios distintos se unem formando uma mesma cidade, apesar da divisão política.

Os mapas mostram, os municípios mais próximos formam uma e a mesma cidade com a capital (1º anel, em vermelho no mapa).

Em 2019 criaram a linha Ctba/Tunas do PR, feita com ônibus urbanos (mais de 30 anos separam essa foto da anterior mas ambos os busões estão posando em frente ao Teatro Paiol, tradição da busologia paranaenseassim como em SP as viações apresentam suas aquisições no Estádio do Pacaembu).

um 2º anel, em laranja, em que é a conurbação é parcial – mesmo mais afastados são plenamente parte da região metropolitana.

Me refiro a Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e Itaperuçu.

É preciso pegar estrada pra chegar até eles, ainda assim são Grande Curitiba de fato.

Já municípios como Balsa Nova, Quitandinha, Contenda, Bocaiúva do Sul e Mandirituba estão num ‘processo de metropolização’.

Esses em amarelo, no 3º anel: é preciso algumas dezenas de quilômetros pela estrada, mas ainda têm alguma ligação com a RMC.

P/ Tunas do PR, 75 km ao norte de Ctba. . Em 2015/16, quando essa matéria foi feita, a única opção pra ir de ônibus urbano ao Vale do Ribeira era esse aqui – mas calma que não é tão simples assim, antes era preciso pegar um metropolitano até o Terminal Guaraituba, em Colombo, e dali baldear – gratuitamente – pra linha metropolitana pra Bocaiúva do Sul; chegando lá enfim você pegava esse suburbano Bocaiúva/Tunas que vê na foto, pagando noivamente dessa vez.

Ou seja estão se metropolizando, se podemos dizer assim. Uma situação intermediária entre Grande Curitiba e interior. Em todos eles a zona rural ainda responde por parcela significativa da população e economia.

Entretanto uma parte de seus moradores se desloca todos os dias pra outros municípios pra empregos urbanos. As linhas pra essas cidades têm pintura padronizada unicolor.

Já os que estão em branco não são parte da Região Metropolitana na prática, apenas na teoria:

Lapa, Rio Negro, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, Campo do Tenente, Piên e todo o Vale da Ribeira.

Não guardam relação urbanistica com a capital. São cidades do interior do Paraná, é simples assim.

Pra Agudos do Sul, 70 km ao sul de Ctba. . Do outro lado da Gde. Curitiba, São Bento na mesma pintura – talvez as empresas sejam do mesmo grupo, pois a Cerro Azul também opera essa linha S11-FRG/Agudos (alias desde 2019 a C. Azul pertence a viação Graciosa, por isso o buso bege visto a direita acima está fazendo linhas no Litoral).

Praticamente ninguém que mora neles vem diariamente pra Curitiba e entorno. O que isso tem a ver com a busologia? É simples.

Se esses municípios mais distantes não fazem na prática parte da região metropolitana, os ônibus que vão pra lá não são ‘metropolitanos’.

Tanto que os ônibus que servem esses municípios não são padronizados no bege da Comec que é o tema dessa mensagem, ainda têm pintura livre.

Com a exceção da linha pra e Tunas do Paraná. Esse é bege. Bem recente, implantada em 2019.

Só tem uma viagem por dia em cada sentido, sai bem cedinho de Tunas e no fim-de-tarde da capital.

Esse p/ Agudos do Sul está no padrão metropolitano (que xerocava o municipal da capital). Mas não se deixe iludir. É que o buso foi comprado usado de outra viação.

A tarifa é de R$ 10,00, mais que o dobro da média das tarifas metropolitanas (R$ 4,75 no cartão, dados de 2022).

Ainda assiim bem mais barata que o modal de viagem no mesmo trajeto, como já foi dito.

Repetindo, tirando essa linha pra Tunas as demais pros municípios em branco no mapa ainda têm pintura livre.

Seriam o que no Estado de SP se chamam ‘Suburbanas‘.

P/ Quitandinha, 68 km ao sul de Ctba. . Até o fim do ‘Triar’ em 2021 era o único dos “suburbanos” que usava o bege da Comec,  (esse guerreiro foi fabricado em 1993, e ficou na ativa até 2011, pelo menos). A linha Quitandinha/ Pinheirinho sai da frente do Term. Pinheirinho mas não é integrada.

Veículos urbanos, com 2 (ou 3) portas, catraca e bancos de acrílico. Mas os pontos iniciais e finais geralmente são nas rodoviárias.

Ligam um centro maior a cidades vizinhas, que estão na sua órbita de influência mas não região metropolitana.

Eles nem mesmo saem do Centro de Curitiba, mas sim já de outros municípios (com uma exceção). As linhas são:

Araucária/Lapa; Fazenda Rio Grande/Agudos do Sul; Bocaiúva do Sul/Tunas do Paraná; e Araucária/Contenda.

P/ Lapa, 71 km a sudoeste de Ctba. . A linha sai de Araucária, segue pela Rodovia do Xisto.

Há também a Pinheirinho/Quitandinha, que é a exceção, a única que parte do município da capital, mas bem longe do Centro, já próximo a saída da cidade pela BR-116.

E aproveitando o embalo mostramos mais uma linha municipal, interna portanto, da Lapa.

Contenda está se metropolizando, é bem mais próxima de Ctba que as demais: 40 e poucos km. contra perto de 70 ou mais de todas as outras.

Municipal da Lapa.

Os busões pra lá anteriormente eram no padrão ‘Triar’, de Araucária, e esse é o que está registrado aqui.

O detalhe curioso é que um ônibus da linha Araucária/Contenda está pintado ‘meio-a-meio’ (abaixo):

Mescla detalhes do ‘Triar’ com outros do sistema metropolitano de Curitiba.

P/ Contenda, 46 km a sudoeste de Ctba. . De todos os “suburbanos” é o único integrado, sai do Term. Central de Araucária.

O pano de fundo, a pintura mesmo, é obviamente o cinza do Triar.

No entanto há o ‘M’ de ‘Metropolitano’, o nome do município em fonte negra, e o itinerário em laranja. Um belo híbrido!

Atualmente a linha Araucária/Contenda não é mais assim, os busões usam agora o bege unicolor da Comec.

Galeria com mais alguns “suburbanos“.

Pinheirinho/Angélica (Direto), cinza, liga os 2 terminais sem parar no caminho (*). O buso antes tinha a pintura colorida do Triar de Araucária, pertencia a viação Tindiqüera (daí chapa ‘AVT’). Revendido a viação Araucária, que ainda não havia repintado.

AS “NOVAS” CORES DOS METROPOLITANOS NO TERMINAL PINHEIRINHO:

Em junho de 2017 flagrei no Terminal Pinheirinho nada menos que três busões metropolitanos em pinturas diferentes das que seriam usuais, valendo portanto uma atualização da postagem.

Hoje todas adotaram o bege da Comec. Mas na ocasião as duas primeiras, ao lado e abaixo, até pouco tempo antes usavam o laranja municipal curitibano.

Fazenda/Pinheirinho (Direto). Em 2017 pela 1ª vez vi um amarelo, antes todos em laranja, e atualmente (22) em bege – embora ainda haja alguns nas cores antigas  (*).

E mesmo em 2017 a maior parte da frota ainda era nessa cor.

Já o da Reunidas é o contrário. A cor correta da linha era em 17 – e ainda é hoje – bege.

No entanto o busão está laranja, porque veio usado de outra viação.

Isto posto, vou recapitular rapidamente aguns pontos já ditos acima sobre a divisa Curitiba x Araucária, pra que possamos explicar a foto a direita.

Mesmo articulado visto a esq.: primeiro ele operou em Blumenau, na vizinha Santa Catarina (ali foi registrada essa foto, era da viação Glória – não confunda com a empresa de mesmo nome que atua em Curitiba).

Em junho de 2017 fui ao bairro da Caximba, que fica ainda no município de Curitiba, mas cuja área mais urbanizada está na divisa com Araucária.

Por conta disso, até o fim de 2016 a região era servida por uma linha metropolitana, a Tupi/Pinheirinho.

(Bem após a separação dos sistemas municipal e metropolitano, que foi em fevereiro de 2015.)

Enquanto a Tupi existia, havia um reforço dela, a 690-Vila Juliana, que só operava nos horários de pico.

Quitandinha/Pinheirinho laranja? A Reunidas adquiriu usado de outra viação municipal ou metropolitana, por isso (*). O normal da linha é o bege da Comec, vimos fotos na matéria. Pro pessoal não estranhar a cor puseram a placa do itinerário no vidro, e ela é bege.

O trajeto era o mesmo até a ponte sobre o Rio Barigüi, que divide os municípios.

Ali o V. Juliana retorna, o Vila Tupi seguia, entrando em Araucária, obviamente.

Só que com o fim da linha metropolitana, a linha municipal de Curitiba Vila Juliana por um tempo circulou o dia todo.

A linha Vila Juliana é que a serve as ocupações irregulares da Caximba.

Aqui e na próx.: em out.19 registrei na Linha Verde (antiga BR-116) frota da Tindiqüera de Araucária chegando 0km (*). São 5 veículos que vieram nessa leva, todos Torino ‘6’, da Marcopolo. Já estavam em Curitiba (veja a placa que estamos na Zona Leste da cidade, indicando saídas pro Bairro Alto e Jd. Social), mas ainda não haviam tocado o solo de Araucária, onde farão linhas municipais.

O ponto final como acabo de dizer é na divisa com Araucária (fotografei o busão exatamente ali).

Em 2019 – mais precisamente em 29/07/2019 – foi estendida, passando a fazer o trajeto da antiga Tupi/Pinheirinho.

De forma que na prática a linha Tupi/Pinheirinho voltou. Porém agora ela se chama 772-Tupi/Juliana (na verdade “Tupy”, com ‘y’).

É operada – com articulados – pela viação Redentor, na pintura padronizada de Curitiba, unicolor laranja.

Como ocorria antes, a 690-V. Juliana – a que para na divisa – voltou a ser reforço, só opera nos picos da manhã e tarde.

Quando o Terminal Tatuquara foi inaugurado, em 2021, a linha Tupi/Juliana deveria ter passado a ser alimentadora desse.

Foram fabricados na Marcopolo Rio, em Duque de Caxias, Grande RJ (antiga fábrica da Ciferal, que a Marcopolo comprou (*). E, vejam, a Ciferal ocupava instalações que um dia pertenceram a famosa Fábrica Nacional de Motores, F.N.M., popular ‘Fenemê‘). Na imagem principal vemos em definição melhor 3 busos, no detalhe os 5 em comboio. Porém tudo isso estava no fim: um ano depois, em outubro de 2020, a Marcopolo fechou essa fábrica; e em junho de 2021 a Tindiqüera após décadas deixou de operar em Araucária; aproveitaram e a pintura padronizada foi mudada (já ilustrei mais pro alto).

Infelizmente não isso não ocorreu, pois o Tatuquara está funcionando de forma errada (o dia que a prefeitura corrigir eu atualizo a matéria).

Aqui nosso foco são os metropolitanos. Fiz todos esses comentários porque a caminho da Caximba eu fotografei busões metropolitanos no Pinheirinho com ‘novas’ pinturas.

Um pouco acima – antes do articulado amarelo – a Angélica/Pinheirinho (Direto). Você  já tinha visto busão cinza em Curitiba sem ser Ligeirinho?

Ônibus da Viação Araucária, oriundo da Tindiqüera, onde era o 163. Por isso a placa ‘AVT-0163‘. Como já dito a Tindiqüera ‘casa’ a placa com o número do veículo.

Essa linha foi criada pra substituir parcialmente a Tupi/Pinheirinho, no período que esta – a Tupi/Pinheirinho – esteve desativada, do fim de 2016 ao meio de 2019.

Voltando a ver os ônibus inter-municipais, um articulado da viação Marumbi pra SJP no Guadalupeveio usado do Recife.

Fiz a foto em 2017, quando os moradores da Vila Tupi estavam sem opções de vir diretamente a Curitiba.

De 2012 a 2016 a viação Castelo Branco teve articulados, agora não mais: eram 3, vieram usados de outras viações da Grande Curitiba. – portanto estavam ativos quando fiz essa matéria, em 2015 (daí o logo da Urbs, chegaram a receber o da Comec por poucos meses antes de sair do sistema).

Então na ocasião criaram a Angélica/Pinheirinho (Direto), pra amenizar um pouco a falta de oções que a Vila Tupi enfrentava.

“Amenizar” é a palavra exata, porque o trajeto de ambas é completamente diferente.

A antiga Tupi/Pinehrinho ia pela BR-116, cruzando os bairros Campo de Santana e Caximba no extremo da Zona Sul e de Curitiba.

Dali mudam de município, mas se restringindo a Vila Tupi e imediações, não passava em nenhum outro bairro de Araucária, e muito menos em terminais.

Início dos anos 90, logo após a padronização: Mafersa pra Faz. R. Grande; azul-claro, ainda com o “Rápido” no letreiro, “Metropolitano” na lateral e numeração de 4 dígitos a direita – logo tudo isso desapareceria (a faixa 6, pra FRG e Araucária, usou até 2015 as cores da capital, busos amarelos, laranjas e cinzas).

A Angélica/Pinheirinho conecta esses dois terminais sem paradas intermediárias: embarque e desembarque só nos pontos inicial e final, isso é o que o termo ‘Direto’ quer dizer.

Portanto quem mora na Vila Tupi do Angélica precisava baldear pra chegar ao bairro.

Foi assim de 2016 até o meio de 2019, enfatizando ainda mais uma vez.

Agora que a Tupi/Pinheirinho voltou com novo nome, há mais opções:

Quem quer ir baldear no Angélica pra seguir pra outros bairros de Araucária toma o Pinheirinho/Angélica-Direto.

Outro Mafersa (fábrica de MG que faliu nos anos 90), esse da Castelo Branco: nº de 5 dígitos a esquerda e sem o ‘Metropolitano’, essas mudanças todas as viações passaram, repito – a cor verde durou um pouco mais, a Castelo nunca usou a padronização da Urbs, após abandonar essa adotou o bege (a linha ‘Pousada’, como tantas, foi extinta).

Quem precisa ir pra Vila Tupi, por outro lado,  usa o Tupi/Juliana, sem precisar passar pelo Angélica. Melhor assim.

Vimos a foto mais pro alto na página (busque pela legenda) de um articulado amarelo na linha Pinheirinho/Fazenda Rio Grande (Direto).

Quando o sistema metropolitano era gerenciado pela Urbs (prefeitura de Curitiba) era obrigatório que os ‘carros’ dessa linha fossem laranjas.

Só que depois que a Comec (estadual) re-assumiu em 2015, ficou comem as viações metropolitanas comprarem ônibus usados, o que antes era proibido.

O da Araucária veio da Tindiqüera, como já dito e a cor cinza e a placa entregam.

Também C. Branco: saiu do metropolitano, mantiveram a cor mas tiraram o ‘M’ e demais insígnias e agora faz linhas menores suburbanas – Bocaiúva do Sul tem apenas 12 mil habitantes, essa buso liga o Centro a um distrito afastado; a viação comprou uma viação que fazia esses roteiros rurais, junto com a frota a Castelo assumiu as linhas.

O ‘sanfonado’ que vai pra Fazenda começou sua vida útil na Grande São Paulo, a Leblon tem uma filial no município de Mauá, no ‘Grande ABC’.

Depois foi vendido pra Blumenau, onde foi pintado de amarelo, que era a cor das linhas troncais nessa cidade até 2016.

E agora vaio pra cá. Por isso ele nessa cor, provavelmente mantiveram a configuração que usava em Santa Catarina. As chapas ainda são ‘SP-Mauá’.

Fiz uma matéria chamada “Do Mundo pra Curitiba”, mostrando diversos busões operando em outros lugares e depois aqui.

Ali há a foto desse mesmo bichão cinza em SP, amarelo em SC e PR.

…………

Mais alguns busos da viação Castelo Branco, 4 em verde, 1 em bege e o último em testes:

Ligeirinho pra SJP agora só na lembrança.

2015-2022:

FIM DOS LIGEIRINHOS PRA S. J. PINHAIS –

Repetindo ainda mais uma vez, em 1996 a prefeitura da capital assume o sistema metropolitano e o integra ao municipal.

Com isso diversos da Grande Curitiba passaram a contar com ligeirinhos.

Proxs. 3: articulados da viação Piraquara. Uma das empresas que – de 1996 a 2015 – teve uma parte da frota no padrão da Urbs e outra no bege da Comec; esse articulado amarelo fazia a linha troncal C03-Pinhais/Guadalupe.

Porém em 2015 com a retomada da Comec acabam cinco linhas de ligeirinho inter-municipais:  

Araucária, Campo Largo, Colombo/CIC, Fazendinha/ Tamandaré e Barreirinha/São José.

Na verdade elas não cessam de existir, apenas deixam de ir ao Centro de Ctba. .

Sendo seccionadas nos terminais mais próximos, respecitvamente Capão Raso, Campina do Siqueira, Cabral, Barreirinha e Boqueirão.

Curiosamente as linhas Aeroporto, Fazenda Rio Grande e Pinhais/Campo Comprido são poupadas do corte, seguem seus trajetos normais.

Na troncal D61-Ctba/Piraquara. Mesmo modelo da tomada anterior (Busscar Urbanuss): bege da Comec mas com selo da Urbs, comprovando que a imagem é antiga;

Em 2017 volta a Colombo/CIC, e pouco tempo depois retorna a Fazendinha/Tamandaré, renomeada Caiuá/Cachoeira.

(Agora o nome está correto, pois desde 1999 seu ponto final é no Terminal Caiuá, na Cidade Industrial.)

Pro que nos importa aqui, curiosamente São José dos Pinhais – o maior município da RMC em população e PIB – não é agraciado pela retomada. 

O ligeirinho 206-Barreirinha/São José não retorna, continua tendo ponto final no Boqueirão, agora chamada E07-Boqueirão/São José.

Foto de 2022: a Piraquara foi uma das viações da que voltou a comprar Caio depois de muito tempo (abaixo falo mais disso).

Havia também o ligeirinho 208-Aeroporto, que como dito não foi eliminado em 2015. Vinha até o Centro Cívico via Centro da capital.

Portanto São José um dia teve dois ligeirinhos a partir do Centro de Curitiba:

Um indo pro Aeroporto e outro pro Centro são-joseense e Term. Central.

No entanto em 2017 essa linha também é seccionada no Boqueirão, passando a ser a E32-Aeroporto/Boqueirão.

Proxs. 3 da Viação do Sul, que chegou a usar 3 padronizações simultaneamente: 1) em boa parte da 1ª década do século 21 alguns veículos foram mantidos no amarelo de 1992esse é o mesmo buso já vito mais pra cima, o 26052; antes na linha pra Itaperuçu e aqui na Ctba/Tamandaré (via Rodovia dos Minérios).

Então São José continua contando com duas linhas de ligeirinho, apenas agora ambas saindo do Boqueirão.

Por pouco tempo. Em 2021 a linha E32 pro Aeroporto se torna paradora, feita por veículos convencionais, encostando em todos os pontos com embarque na rua mesmo.

E em 2022 o ligeirinho E07 São José/Boqueirão também passa ser feito por ônibus comuns, com portas baixas a direita.

Seu trajeto agora é cumprido pela E21-Boqueirão/Centro de São José (via Term. Central).

2) Linhas pra terminais no padrão da Urbs: se a linha sai do Centro era nesse amarelo, mais escuro que da Comec/92 (foto na Pça. 19 de Dezembro, com destino ao Term. Central de Tamandaré, ou seja mesma linha da foto a esq.) ou laranjas se alimentador de um dos terminais de Tamandaré (Cachoeira até 2000, depois disso o Terminal Central).

Como reforço no horário de pico existe a nova linha E07-São José (Direto), sem paradas intermediárias entre os 2 terminais.

Ou seja, cumpre o mesmo papel do antigo ligeirinho, mas usando veículos comuns.

A E21 alias começou em 2015, quando acabaram duas linhas convencionais que iam da Praça Pedro Moro ao Centro de Ctba. .

E62 Ctba/Pedro Moro (antigamente denominada “via Boqueirão” pois o trajeto era pela Marechal Floriano) e E63 Prado Velho/Pedro Moro (antes chamada “via Uberaba” pois seguia pela Av. Sen. Salgado Filho).

3) As linhas sem integração já em bege (imagem de 2009 quando esse Apache ‘2’ era novo – ponto final ainda era em frente a Fiep na Av. Cândido de Abreu, desde 2010 [aprox.] foi deslocado pra Pça. 19 de Dezembro).

Peguei a E63 algumas vezes, quando morei na divisa do Boqueirão com o Uberaba.

Ela chegou a ser feita por um Monobloco ‘3’ (0-371) que a viação São José mantreve em bege, um dos poucos beges dessa viação.

Porém em 2015, enfatizando, a linha Pedro Moro via Uberaba foi extinta, por ter baixa demanda (só havia um ‘carro’ nela, o intervalo entre as viagens era de 1 hora e 40 minutos).

A Pedro Moro via Boqueirão a princípio seguiu rodando mas não ia mais até o Centro.

Também na Pça. 19 de Dezembro, e também vai pra Tamandaré; mas a viação Antonina sempre usou o bege, mesmo quando era gerenciada pela Urbs – veja o logotipo atrás da 1ª janela (isso nas linhas metropolitanas; porque a Antonina chegou a operar o sistema municipal de Ctba., mais abaixo a foto).

Foi seccionmada no bairro Vila Hauer – no bairro, e não no terminal de mesmo nome. Ela era convencional, não integrava nos terminais.

Pouco tempo depois acabou sendo eliminada de vez, entretanto.

Pra atender a região da Praça Pedro Moro foi criada então a linha alimentadora E21-Boqueirão/Centro de São José, que no início ia até essa supra-citada praça.

Numa readequação isso foi mudado e atualmente a E21 não vai mais até a P. Moro.

Como ela integra no Boqueirão tem maior demanda, então serve o Centro de SJP e seu Terminal Central.

A linha que atende a região do Pedro Moro é a E99-São José/Guadalupe (via Term. Central).

………..

Pra gente relembrar os tempos idos, acima já vimos o Ligeirinho Aeroporto.

Listrado em laranja e bege (ou amarelo?), ainda no finazinho da pintura livre, Torino ‘2’ no Guadalupe cumprindo a linha “Pedro Moro via Boqueirão“.

A direita uma foto da mesma época, início ou meio dos anos 90.

Em primeiro plano um articulado da ‘Frota Pública’, o FR079.

Almirante Tamandaré, janeiro de 2016 (*): em laranja cliquei 2 busões, articulado Neobus na linha troncal Cabral/Tamandaré e a dir. ‘pitoco’ Torino ‘4’ no alimentador Mte. Santo; em ambos Comec já pôs o logo; ainda têm a cor, o ‘M-RIT’ e a numeração determinada pela Urbs, logo tudo seria retirado.

Acima dele, quase no meio da imagem, Monobloco ‘1’ (0-362) da viação S. J. Pinhais nessa mesma linha, a P. Moro/Boqueirão. Registrado na Marechal Floriano.

ANTES/DEPOIS: A PEREGRINAÇÃO DOS BUSÕES PELA GRANDE CURITIBA DENTRO DO CONGLOMERADO CAMPO LARGO.

Como já dito, as viações Campo Largo, Tamandaré, Piedade e Antonina são do mesmo grupo.

A Piedade faz o municipal de Campo Largo. As outras 3 fazem linhas metropolitanas, e – o que pouca gente sabe – todas elas já operaram também o municipal da capital.

Placa de C. Largo pois é do mesmo grupo (*).

(Nisso me refiro somente as operações na Grande Curitiba, porque ela também atua em várias partes de SC:

Na Grande Blumenau, em Itajaí, e nas duas ‘cidades-gêmeas’ da divisa Paraná/Santa Catarina [“Rio-Mafra”: Rio Negro/Mafra; e “Porto União da Vitória”: União da Vitória e Porto União].

Em foto de (aprox.) 2005 um articulado da Antonina em linha municipal de Curitiba.

Onde vemos os busões com a pintura da Grande Curitiba [tanto metropolitanos quanto municipais da capital e C. Largo], pois os bichões usados daqui vão pra lá.)

Do estado vizinho falamos em outras oportunidades. Aqui nosso tema é Curitiba e seus subúrbios.

Como dizia acima antes da “licitação” de 2010 as viações Campo Largo, Tamandaré e Antonina faziam algumas linhas internas curitibanas com seus nomes originais.

Proxs. 5 imagens: o mesmo busão em diferentes fases na Gde. Ctba; aqui, como o da foto anterior, em linha municipal da capital mas com nome e nº metropolitano: “22R11 – C. Largo” pintado na lataria.

Usando a pintura da Urbs mas a numeração metropolitana, uma salada mista!    

Depois da “licitação” a C. Largo e Antonina saíram do municipal da capital.

Em compensação a Tamandaré não apenas ficou como foi oficializada nesse quesito.

Agora com numeração correta da Urbs, recebeu a letra ‘K’ pra identificar sua frota (mais abaixo mostro a foto).

Vamos ver busões rodando pelas diferentes empresas e modais desse grupo.

Escreveram “Pioneiro” no lugar de “C. Largo”.

Nas Viações Campo Largo, Tamandaré e Piedade, e no Consórcio Pioneiro.

Linhas metropolitanas, municipais da capital, e por fim municipais de Campo Largo.

Começamos a direita: antes de 2010 articulado fazendo Interbairros 2 de Curitiba (essa linha não é metropolitana, óbvio).

Porém com o nome pintado da viação Campo Largo na lataria.

Repare no número, que é 22R11. ’22’ é o código dessa viação nas linhas inter-municipais, pro municipal curitibano deveria ser uma letra.

Acima e ao lado ainda puxando Interbairros 2 – coloquei uma foto de frente pra não restar dúvidas.

Agora com o nome-fantasia do Consórcio Pioneiro, a numeração permance.

Aqui e a seguir no municipal de C. Largo.

A esquerda e na foto depois dessa fazendo o municipal de Campo Largo pela Piedade.

Antes de saírem de vez da capital e R.M. dão esse último pega nas linhas internas desse subúrbio da Zona Oeste.

Note que ele era 22R11 quando trabalhava no sistema de Curitiba.

Em Campo largo simplesmente sacaram fora o ‘R’, virou o 2211.

Adesivaram os bichões pra diferenciar de como ele eram na origem – mas não repitnaram, segue o verde que tinha antes.

Nas próximas 3 imagens é o mesmo veículo.

O mesmo caso num ônibus um ‘pitoco’. Começou como metropolitano, na viaçao Tamandaré.

Escrito ‘Almirante Tamandaré’ na lateral e com o símbolo do ‘M-RIT’ (esq.).

Era o 16C24, quando as frotas intermunicipais tinham numeração alfa-numéricas ois corrdenadas pela Urbs.

Pela mesma viação veio pro sistema municipal da capital mantendo o número, agora pintado com o clássico ‘Cidade de Curitiba’ (dir.).

Fazendo a linha pro Uberaba, Zona Leste (perto do Rio Belém – onde eu residi por 15 anos, morava lá quando fiz essa matéria).

E abaixo agora no municipal de Campo Largo, transferido pra viação Piedade.

Igualmente ao sanfonadotiraram a letra e mantiveram os números originais:

Era o 16C24 no sistema de Curitiba (municipal e metropolitano, que até 2015 era o mesmo) e virou 1624 em C. Largo.

O único Tribus (busos trucados com 3º eixo) da Grande Curitiba – sem contar articulados – começou operando em Campo Largo e depois passou a fazer linhas pra Tamandaré.

Primeiro como o 22L16 da viação Campo Largo, ligando esse município ao Term. C. do Siqueira.

A seguir o mesmo ‘bichão’, renumerado 16L52, repassado a viação Tamandaré.

Clicado no Terminal do Cabral, de saída pra região metropolitana.

EXTRA! EXTRA!

A CAMPO LARGO VOLTOU A COMPRAR CAIO –

2017: Caio de volta a C.L. !!!!

Agora, no momento que você lê isso já é notícia velha, no moimento que ocorreu causou impacto. Mereceu até uma atualização da matéria, em janeiro de 2017:

Depois de décadas sem fazê-lo, na virada de 16 pra 17 o grupo Campo Largo voltou a comprar Caio.

Vieram logo 5 de uma vez (acima), com conexão pra internet a bordo.

Proxs. 2: Caio articulados da viação Colombo – esse veio usado de B. Horizonte. Fizeram a linha Ctba/Colombo via Rod. da Uva. Depois foram  pra Roça Grande/Guadalupe.

Vão operar pela Piedade, nas linhas municipais de Campo Largo.

A C. Largo puxou a fila. Diversas viações da Grande Curitiba, municipais e metropolitanas, ficaram muito tempo sem adquir ônibus da Caio.

Entretanto voltaram a fazê-lo perto da virada da década de 10 pra de 20 (séc. 21, evidente).

A viação Colombo aqui da Zona Norte (agora eu moro em Stª. Cândida, bem perto do Term. Roça Grande) é outro exemplo.

Esse e mais o 23412 chegaram 0km.

Creio que o último modelo que a Colombo havia comprado da Caio havia sido o Alfa, no meio da década de 90.

Daí foram mais de duas décadas de jejum. Em 2016 a Colombo adquiriu usados 7 Mondegos articulados do Sudeste.

2 vieram de Belo Horizonte, e depois mais 5 de São Paulo.

Viação Tamandaré, fazendo linha municipal agora corretamente com a letra ‘K‘ – foto na canaleta do Expresso na Zona Oeste.

(Já vimos as fotos deles na garagem aqui na Grande Curitiba mas ainda com as pinturas originais do Sudeste.)

A viação aprovou, e a seguir adiquiriu 2 articulados Caio zero quilômetro.

Receberam os números 23412 e 23413 (imagem acima a direita).

Na renovação de frota de 2019 as viações de Curitiba e regiao compraram vários Caio bi-articulados.

Caio no Terminal Tatuquara, Zona Sul, na inauguração do mesmo em 2021 (*).

O que não acontecia desde o relativamente distante ano de 2006.

A esquerda Caio/Volvo da viação Tamandaré (já no novo emplacamento Merco-Sul – detalhe).

E fechamos com um articulado da Redentor a direita. Sim, esse é municipal.

Já que tocamos no tema da retomada da Caio em Ctba. insiro aqui. Passa a régua.

Deus proverá”

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