INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO“
Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”
Publicado originalmente em 29 de abril de 2015, reformulado em outubro de 2022
Quase todas as imagens são baixadas dcama internet. Os créditos foram mantidos, sempre que impressos nas mesmas. As que forem minha autoria eu informo com um asterisco ‘(*)’, como visto a direita.
Vamos falar sobre os ônibus metropolitanos de Curitiba, que tiveram pintura livre até 1992 (acima um exemplo).
E atualmente quase todos os ônibus metropolitanos são beges, confira ao lado.
Há algumas exceções, falaremos melhor delas abaixo. Antes sigamos a linha do tempo.
Já houveram por 3 padronizações nesse modal (atualizo em 2022).
– 1ª padronização (1992 a 1996): a cidade foi dividida por regiões, conforme o mapa ao lado.
Os busos ficaram unicolores, como os municipais da capital, mas num esquema de pintura diferente.
A maioria das linhas foi pintada na cor da região; mas haviam cores especiais pra categorias especiais (linha ‘integradas’, ‘perimetrais’, etc.) .
Algumas poucas linhas deveriam ser beges. No entanto o bege foi se tornando gradualmente dominante.
Tanto que na 3ª padronização, a partir de 2015, toda frota metropolitana ficou nessa cor. Já chegamos lá. Antes disso:
– 2ª padronização (1996-2015): boa parte das linhas metropolitanas adotou a mesma pintura por categoria do municipal de Curitiba.
Pois a prefeitura da capital assumiu o gerenciamento delas. Mas calma que a coisa não foi tão linear assim.
Nessa época, a virada pro novo milênio e primeira década deste, as três padronizações conviveram nas ruas:
As linhas gerenciadas pela Urbs (pref. de Ctba.) ficaram com as mesmas cores do municipal da capital:
‘Expressos’ vermelhos, ‘Convencionais’ em amarelo, ‘Alimentadores’ em laranja e ‘Ligeririnhos’ pintados de cinza.
(Não haviam Inter-Bairros verdes metropolitanos, muito menos qualquer outra categoria como Circular-Centro, Inter-Hospitais, etc.).
Muitas viações padronizaram quase toda a sua frota (ou ao menos a imensa maioria dela) no padrão da Urbs.
No entanto outras preferiram não adotar esse esquema.
A Viação São José dos Pinhais (até hoje) e a Castelo Branco (até 2012) preferiram continuar usando a cor determinada em 1992, vermelho e verde respectivamente.
Enquanto que outras, notadamente a Viação Colombo, se anteciparam ao que viria e pintaram toda sua frota de bege.
– 3ª padronização (a partir de 2015): o governo do estado retoma o controle sobre as linhas metropolitanas, e padroniza todas as linhas inter-municipais em bege.
Com exceção novamente da viação São José dos Pinhais.
Que mais uma vez prefere manter quase toda sua frota em vermelho.
(A S. José tem alguns ‘carros’ no laranja da Urbs e no bege da Comec, mas são exceções.)
Dentre todas as linhas das demais empresas apenas o Expresso Pinhais/Rui Barbosa, que é feito por bi-articulados, permanece vermelho.
Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas mesmo alguns nessa categoria agora já são beges.
Curitiba foi a primeira grande cidade brasileira a padronizar os ônibus municipais, e certamente a 1ª capital:
O processo se iniciou em 1974 com a chegada dos Expressos, e se concluiu na virada pros anos 80.
Quando o resto da frota também foi padronizada de forma unicolor, conforme a categoria.
As linhas metropolitanas, entretanto, seguiram em pintura livre.
Além da decoração, as viações decidiam livremente com quantos dígitos numerar sua frota.
A numeração das empresas não precisava ter relação uma com a outra nem com o sistema como um todo.
Entretanto o mais incrível é que cada viação podia escolher por qual porta era o embarque.
De fato a maioria já havia adotado a dianteira, mas em em outras ainda era na traseira. Na viação Colombo, por exemplo, era por trás.
Nessa empresa passei pela experiência de entrar num ônibus em Curitiba pela porta dos fundos já na virada pros anos 90.
Até 92 o transporte urbano inter-municipal no estado inteiro era regulado pelo DSTC (trata-se da sigla de Divisão do Serviço de Transporte Comercial do DER – Dep. das Estradas de Rodagem).
O DER, através do DSTC, continua até hoje responsável por esse serviço no litoral e interior.
Entretanto o governo do estado resolveu em 92 modernizar o transporte metropolitano da capital, transferindo-o pra Comec – Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (“R.M.C.”).
Implantou uma padronização inspirada na que o municipal de Curitiba fizera uma década e pouco antes.
Até então todas as linhas eram convencionais e radiais. Ligavam os bairros da região metropolitana ao Centro de Curitiba, sem qualquer conexão ou integração entre si.
A Comec hierarquizou as linhas. Isso significa que dividiram elas entre várias categorias, com diferentes graus de importância:
As Troncais eram a principal entre o Centro de Curitiba e cada município, feita por veículos maiores, no caso do Terminal Autódromo até por articulados.
Na maioria dos municípios além da linha paradora foi instituído o Rápido Metropolitano, equivalente ao Ligeirinho (apenas os ônibus tinham porta somente a direita com embarque ao nível do solo mesmo).
Além disso haviam as de Integração (alimentadoras) e Perimetrais (equivalente aos Inter-Bairros).
Alguns municípios da região metropolitana já contavam com terminais pras suas linhas municipais (a nintegração com Curitiba, quando existente, apenas engatinhava): São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo.
O governo estadual construiu, na 1ª metade dos anos 90, vários terminais: Autódromo (Pinhais), Maracanã (Colombo), Cachoeira (Tamandaré), Quatro Barras. Os 3 primeiros logo no início das operações foram integrados ao sistema da capital.
No de Q. Barras você podia baldear gratuitamente da linhas troncais metropolitanas pros alimentadores do município.
Entretanto somente em 2017 veio a linha pro Terminal Santa Cândida, garantindo acesso ao sistema da capital sem precisar pagar novamente.
Retomando a linha do tempo no início dos anos 90, Campina Grande do Sul recebeu 2 terminais, o do Jd. Paulista/Timbu e o da Sede (Centro).
O Jd. Pauista funcionava no mesmo sistema do de Quatro Barras: por décadas só disponibilizava integração local, pras vilas de CGS – a integração com Curitiba chegou somente em 2021.
Já o Terminal Central de CGS não tem qualquer integração, é apenas o ponto final da linha pra sede administrativa do município..
Posteriormente vieram novos terminais a se integrar ao sistema: Colombo ganhou 2 novos, o Guaraituba e Roça Grande, e mais a ampliação maciça do Maracanã.
O Terminal Central de Tamandaré surgiu em 2000, fazendo com que esse município passasse a contar com 2 terminais. O Angélica de Araucária igualmente foi bastante reformulado.
O novo Terminal (Central) de Pinhais substituiu o Autódromo.
E vieram os novos Terminais Centrais de São José dos Pinhais (S.J.P.) e Campo Largo, que da mesma forma substituíram os que haviam anteriormente nos respectivos municípios.
Há planos de fazerem novos terminais pra substituir também o Afonso Pena em SJP e o de Piraquara (atualizo em 2022).
A partir de 2021 foi implantada integração parcial no Terminal Central de S. José. Em 2022 a integração passou a ser plena.
Agora S. J. dos Pinhais têm 2 terminais integrados aos sistemas metropolitano/municipal de Curitiba.
Voltemos ao início da década de 90. As linhas troncais, Rápidas e paradoras, passaram a ser feitas por veículos ‘padrão‘ (“padron”, alongados) e até por articulados.
A Comec padronizou a entrada pela frente e a numeração com 4 dígitos.
Além disso, os ônibus foram pintados todos de forma unicolor.
Como Belo Horizonte-MG havia feito na padronização MetroBel um pouco antes, a Comec criou uma padronização que indicava tanto a categoria da linha quanto a região da cidade que ela serve.
A Grande Curitiba foi dividida em 7 faixas, como o mapa e as fotos acima já ilustraram.
– Linhas inter-municipais radiais (Ctba/subúrbios) foram caracterizadas na cor de cada faixa, num tom mais escuro – escrito “Metropolitano” na lataria.
– Linhas municipais (internas de cada município) viraram alimentadoras;
Pintadas na mesma cor da faixa mas num tom mais claro – com a palavra “Integração” na lateral.
– Linhais inter-municipais que não vinham pra capital (subúrbio/subúrbio) eram em cinza-escuro, isso pra todas as viações.
Tinham a indicação de “Perimetral” – mais tarde renomeadas “Inter-Cidades.
Algumas poucas linhas tinham a cor bege. A princípio poucas, repito.
Eram identificadas, além da cor, pelo segundo dígito ‘7’ na numeração implantada em 1992.
Posteriormente essa se tornou a decoração de quase todas as linhas metropolitanas.
Varias viações começaram a padronizar a frota inteira nessa cor ainda pouco antes da virada do milênio.
Por exemplo a Viação Colombo, mostramos ao lado e abaixo a transição: tão logo abandonou o roxo ela ficou inteira bege. essa empresa nunca teve ônibus nas mesmas cores do municipal da capital.
O mesmo vale pra Graciosa e Marumbi (S. José dos Pinhais), e Reunidas (Mandirituba e Quitandinha).
A Azul também no começo do novo século 21 tinha praticamente a totalidade os seus veículos de tamanho normal em bege.
Várias vezes fui ao Terminal de Pinhais, e os alimentadores eram todos nessa cor.
Apenas os ligeirinhos, articulados e bi-articulados que faziam as linhas-tronco pro Centro da capital eram cinzas, amarelos e vermelhos, respectivamente, pois usavam a padronização da Urbs.
Depois a Azul pintou seus alimentadores de laranja, no padrão Urbs; e agora eles estão voltando a serem beges. O mundo dá voltas, não?
Repetindo, a Castelo Branco e a São José dos Pinhais preferiram manter seus ônibus na cor imposta em 92, verde e vermelho respectivamente.
A Castelo até 2012 mais ou menos, depois ficou bege igualmente. A S. José até hoje (atualizo em 22).
Ambas no começo chegaram a ter alguns ônibus beges.
Entretanto tomaram o rumo contrário de todas as outras empresas, eliminaram o bege pra uniformizar no colorido.
A São José, por exemplo, tinha pelo menos um Monobloco ‘3’ (0-371 na numeração oficial da Mercedes) bege, fazia a extinta linha “Pedro Moro via Uberaba”.
Assim a Auto Viação São José dos Pinhais fez como a Biguaçu da Grande Florianópolis-SC e a Real do RJ:
Adotou como sua pintura livre uma ex-padronização, depois que a padronização caiu.
Seja como for, em 1996 a padronização de boa parte das linhas metropolitanas mudou, ficou igual aos municipais da capital.
A numeração também se ornou alfa-numérica, pelo mesmo motivo:
A prefeitura da capital acabara de assumir o gerenciamento delas.
O sistema curitibano se chama ‘RIT’, ‘Rede Integrada de Transporte’.
Nesse ano foi expandido pra RIT-M, o ‘M’ de Metropolitano evidente.
Na prática os dois modais foram fundidos, sob coordenação da Urbs.
Desde os anos 80 o sistema municipal de Curitiba é gerenciado de forma diferente do que ocorre na maioria das cidades:
A prefeitura fica com toda a arrecadação das catracas, e paga as empresas por km rodado.
Ou seja, as empresas concessionárias não recebem pelo número de passageiros transportados.
E sim pelas viagens percorridas. Pra viação operadora, tanto faz se o ônibus estava vazio ou lotado.
Se a viagem foi realizada no horário correto ela recebe um valor fixo independente de quantos passageiros giraram a catraca.
Claro, o repasse é maior quanto maior for o tamanho do ônibus.
Linhas que são operadas por micros pagam menos que aquelas por veículos de tamanho normal.
Articulados pagam mais ainda, e o bi-articulado é o valor mais caro, evidente.
Fazendo uma analogias, é como se a prefeitura “alugasse” a frota das viações.
Estas operam, o poder público paga um preço fixo pelo serviço e fica com a arrecadação.
Isso explicado acima é referente ao municipal da capital, não custa reforçar mais uma vez.
Coloquei isso aqui por que em 1996 o sistema foi estendido pra parte do sistema metropolitano.
Parcialmente, repito. Algumas linhas passaram a ser remuneradas da mesma forma pela Urbs, e por isso receberam a mesma pintura do municipal:
Linhas não-integradas metropolitanas, ‘Convencionais‘ na nomenclatura curitibana, ficaram amarelas, nº com a letra ‘C’ indicando isso (não-integradas nos terminais municipais, agumas eram troncais pros terminais metropolitanos, onde integram com os Alimentadores).
Alimentadores que entram nos terminais da capital em laranja e com a letra ‘A’, ligeirinhos em cinza identificados pelo ‘L’, e Expressos vermelhos, com o ‘E’ no prefixo.
Algumas viações padronizaram toda a frota dessa forma:
Santo Antônio, Tamandaré, Leblon e Nobel (ambas da Fazenda Rio Grande), Araucária, Campo Largo e São Braz (Campo Magro).
Além da cor e numeração alfa-numérica, receberam o logo ‘M-RIT‘.
Nessas o cartão-transporte municipal, da Urbs, era aceito.
Porém nem todas. Em várias linhas, chamadas “não-integradas”, a Urbs apenas fiscalizava o horário, mas não administrava o valor arrecadado.
Essas continuaram em bege, com numeração de 5 dígitos, e no logotipo do sistema apenas a letra ‘M’, sem o ‘RIT’ cruzando-o.
Ali não passava o cartão da Urbs. Só em dinheiro ou cartão ‘MetroCard’, metropolitano.
Ainda assim até 15 havia o emblema da Urbs, pois essa fiscalizava o cumprimento dos horários.
Já disse acima, as viações Colombo, Marumbi, Graciosa, e Reunidas tinham todas as suas linhas assim.
Outras tinham algumas linhas no padrão curitibano, e outras em bege:
São José (nesse caso vermelho ao invés do bege), Viação do Sul, Piraquara e Azul.
Os ônibus que não entraram no sistema alfa-numérico da Urbs da mesma forma tiveram sua numeração mudada pelo governo do estado, pra um número de 5 dígitos.
Basicamente os ônibus nas cores curitibanas eram alfa-numéricos, os beges com 5 dígitos.
(A exceção eram os troncais pra Campo Largo. Eram amarelos e chegaram a receber a letra ‘C’ a princípio.
Depois passaram pra 5 dígitos, a cor se manteve. Isso estou falando no começo do novo milênio.
Após 2015 ficou comum veículos amarelos e laranjas porém com 5 dígitos, antes da Comec conseguir uniformizar toda a frota em bege.)
Como transição, é o que quero dizer. Desde que, em fevereiro de 2015 a Comec retomou o gerenciamento toda as linhas metropolitanas foram padronizadas em bege, repetindo mais uma vez.
Com poucas exceções: a viação São José permanece com o vermelho de 1992 na maioria das linhas (há alguns ‘carros’ beges e outros laranjas);
O Expresso Pinhais/Rui Barbosa segue vermelho da Urbs;
Parte dos Ligeirinhos metropolitanos ainda são cinzas, mas já há outros em bege.
……….
Feito esse apanhado geral, vamos dar mais alguns detalhes de cada etapa.
Começando pela 1ª padronização, de 1992. Como o mapa e as fotos já informaram:
O governo estadual resolveu deixar os metropolitanos também numa só cor. Dividiu a Grande Curitiba em 7 faixas.
O município da capital era neutro, não pertencia a região nenhuma;
Foi adotado o modelo de São Paulo, de pintar os veículos por região – ou mais precisamente o de B. Horizonte (‘B.H.”), informando região e categoria da linha ao mesmo tempo.
Tudo isso nós já falamos. Abaixo, ao detalhar da divisão de todas as faixas por município, mostrarei também como é atualmente o código das linhas metropolitanas.
Usa um sistema alfa-numérico, no sentido horário.
Os municípios mais populosos e mais próximos da capital receberam as primeiras letras.
A letra “I” não pertence a nenhum município específico.
É “um coringa” pois é a que codifica as linhas “Inter-Cidades”.
(Essa categoria não existia, foi criada na padronização de 92.
Liga dois ou mais municípios sem passar pela capital, por isso a denominação ‘Perimetral’.
A “Inter-Cidades” mais famosa é a Colombo/São José (via Pinhais), que inclusive é feita por articulados.
Há diversas outras linhas “Inter-Cidades” de menor demanda.
Operam de hora em hora [só têm 1 ‘carro’ na linha] ou mesmo apenas no horário de pico – na sequência falamos mais desse ponto.)
Por hora, pra não perdemos o foco, basta dizer que exemplificando é mais fácil entender que explicando.
Os subúrbios da Gde. Curitiba foram divididos nas seguintes faixas:
1- Amarela: Almirante Tamandaré (que na época incluía Campo Magro) e Rio Branco do Sul (que na época incluía Itaperuçu); Zona Norte.
Na verdade Campo Magro é Zona Oeste; mas como na época era atrelado a Tamadaré na divisão entrou como Norte.
As linhas pra Almirante Tamandaré usam a letra “A“. Não é por ordem alfabética, e sim pelo sentido horário.
O troncal pro Terminal Cachoeira é o A01, como as fotos mostram; o troncal pro Terminal Central é o A07-Tamandaré (via Rod. dos Minérios)/Guadalupe – até 2022 o ponto final era na Praça 19 de Dezembro.
Ambas são complementadas pelo troncal-alimentador A18-Cabral/Tamandaré (via Cachoeira), que passa pelos 2 terminais e é feita por articulados.
Itaperuçu usa a letra “K”, Rio Branco do Sul é “L” e Campo Magro “P“.
2- Roxa: Colombo e Bocaiúva do Sul; Zona Norte.
Até pouco tempo atrás todas as linhas de Colombo tinham prefixo com a letra “B”.
Por causa do que falei, os municípios mais populosos tiveram o privilégio de receber as primeiras letras, em sentido horário.
As linhas da Santo Antônio (agora renomeada ‘Santo Ângelo’), que vão pela Estrada da Ribeira (BR-476), continuam usando o ‘B‘.
A troncal que sai do Centro é a B03 -Guadalupe/Guaraituba (via Maracanã).
Auxiliada pelo troncal-alimentador B20-Cabral/Guaraituba (via Maracanã), que é operada por articulados.
A única linha que atende Bocaiúva do Sul é da S. Antônio, e também tem código com a letra ‘B’, a B33-Guaraituba-Bocaiúva no caso.
Recentemente o Terminal Roça Grande foi readequado e passou a funcionar corretamente.
Então algumas linhas da Viação Colombo (que têm na Rodovia da Uva sua espinha dorsal) passaram a usar o prefixo “S“.
O troncal pro Centro é o S01-Roça Grande Guadalupe, auxiliada pelo troncal-alimentador S31-Roça Grande /Santa Cândida – ambas contam com articulados.
Algumas linhas da Viação Colombo ainda seguem com código “B”, entretanto, pois anteriormente essa letra encampava todo o município.
3- Verde: Campina Grande do Sul (‘C.G.S.’) e Quatro Barras; Zona Leste.
Sim, eu sei. Muita gente pensa nesses municípios como parte da Zona Norte da Grande Curitiba.
Porque o acesso a eles passa pelo bairro do Bacacheri e pelo município de Colombo, ambos na Zona Norte.
Só que uma simples olhada no mapa mostra que eles estão mais a leste que a norte do Centro da capital, então segue assim.
Divisões geográficas a parte, as linhas pra Campina Grande do Sul são codificadas pelo “N“. Quatro Barras usa a letra “O“.
4- Azul-escura: Piraquara (na época incluía Pinhais); Zona Leste.
Pinhais usa a letra “C“. É o município da Gde. Curitiba com melhor integração com a rede de transportes da capital.
Tem um dos maiores terminais de toda a rede, certamente o maior fora da capital.
Ali para o C01-Pinhais/Rui Barbosa, única linha de Expresso inter-municipal, feita por bi-articulados vermelhos.
Tem também outra linha troncal, a C03-Pinhais/Guadalupe, que vai pela Av. Victor Ferreira do Amaral, e é feita por articulados – falo mais disso abaixo.
A Piraquara, na sequência, coube a letra “D”. O troncal pro Centro, que usa articulados, é a D61-Piraquara/Santos Andrade.
No entanto algumas linhas que partem do Terminal de Pinhais usam a letra “C” pois apesar de servirem Piraquara são operadas pela Expresso Azul, de Pinhais.
Está prevista a construção de um novo terminal em Piraquara, logo após o Contorno Leste.
Quando pronto certamente vai mudar a configuração das linhas do município. Aguardemos.
5- Vermelha: São José dos Pinhais; Zona Leste.
SJP usa a letra “E”, e tem 2 terminais, o Central e o Afonso Pena.
O Terminal Afonso Pena (‘TAP’) é antigo, e sempre permitiu a integração entre linhas metropolitanas e municipais.
A troncal pro Centro de Curitiba é a E03-Ctba./Afonso Pena, antigamente chamada “Independência via BR-277”, pois vai pela Estrada das Praias.
Há duas linhas que a auxiliam: pro Centro a E01-Ctba./Urano, que vai pela Avenida das Torres.
Do Terminal Boqueirão existe a troncal-alimentadora E11-Boqueirão/Afonso Pena, que inclusive tem a maior demanda das 3, com intervalos menores e veículos articulados.
Falando agora das linhas que vão pro Centro são-joseense, até a primeira década do novo século os ônibus paravam na Praça Getúlio Vargas.
Então em 2010 inauguraram o Terminal Central (‘TC’), aliviando o Centrão de São José dessa tarefa.
O troncal pro Centro é a E99-Guadalupe/São José (via Term. Central). Reforçado pelo alimentador E21-Boqueirão/Centro de São José (via Term. Central).
Também cumprem o trajeto TC/Boqueirão outras duas linhas, a E07-Direto São José e E32-Aeroporto/Boqueirão (falo melhor delas mais abaixo).
Antes não havia integração nem mesmo nas linhas internas de SJP, e muito menos nas pra capital.
Quando a prefeitura implantou o cartão-transporte (chamado ‘Vem’) ao menos nas linhas municipais você podia pegar outro ônibus sem pagar novamente.
Pra Curitiba ainda não era possível. Até que em janeiro de 2020 integraram a linha troncal, a atual E99.
Então você podia vir de qualquer bairro de São José e vir pro Centro da capital via Av. das Torres sem pagar de novo. Um avanço.
Porém ainda sem acesso a rede integrada, pois ela não entra nos terminais de Curitiba.
Em maio de 2022 enfim implantaram a integração completa.
Possibilitando com somente uma passagem usar o E21 pro Term. Boqueirão, dali podendo usar qualquer ônibus da RIT curitibana.
6- Azul-clara: Araucária, Fazenda Rio Grande (‘F.R.G’), Mandirituba, Quitandinha; Zona Sul.
Fazenda Rio Grande (então recém-independente de Mandirituba) ficou com a letra “F“.
No começo havia um troncal pro Centro, foi desativado e por muito tempo esse atendimento foi feito somente por 2 troncais-alimentadores que saem do Pinheirinho:
A F03 Fazenda (Direto) liga os terminais sem paradas no caminho, é feita por articulados todo o tempo, e no pico chega a ter uma viagem a cada 2 minutos!
A F01 é a Fazenda/Pinheirinho (paradora), no pico conta com articulados.
Em 2022 criaram a linha F71-Fazenda/Guadalupe, que opera no horário de pico. Assim FRG voltou a ter uma ligação com o Centro da capital além do Ligeirinho.
Araucária usa a letra “H”, o troncal pro Centro é o H01-Araucária/Guadalupe (até 2022 o ponto final era na Rua Dr. Muricy).
Mandirituba e Quitandinha compartilham a letra “G”, e a Contenda coube a “R“.
7- Bege-escuro: Campo Largo e Balsa Nova; Zona Oeste.
A letra que identifica o município é a “J“, pois o “I” foi usado no ‘Inter-Cidades’. O troncal é J62-Ctba./Campo Largo.
A única linha pra Balsa Nova liga esse município a C. Largo, e usa o prefixo I-30, de ‘Inter-Cidades‘.
Acima quando me referi a linhas ‘troncais’, falei das paradoras (com exceção do F03-Fazenda Direto).
Vários dos municípios acima contam também com linhas de Ligeirinho, saindo do Centro da capital ou do terminal mais próximo de cada um deles.
……….
Quando a Comec padronizou a pintura em 1992, a numeração de 4 dígitos era a direita na frente do veículo e a esquerda na traseira.
Nos municipais de Curitiba é ao contrário, a esquerda na dianteira e direita nos fundos.
Ao assumir o controle das linhas metropolitanas, em 1996, a prefeitura da capital acaba com essa distinção, faz com que o número dos ônibus metropolitanos fique na mesma posição dos municipais.
Além disso algumas linhas, as “integradas”, passam pro sistema alfa-numérico, novamente xerocando o municipal curitibano. Nas “não-integradas” a numeração adquire 5 dígitos, e não mais 4.
A Comec adicionara a letra ‘M’ e a inscrição ‘Metropolitano’ na maioria das linhas (outras vinham identificadas como ‘Integração’ ou ‘Perimetral’, como já falamos).
Com a ascenção da Urbs ao comando, todas as linhas, “integradas” ou não, passam a trazer o nome do município a que servem.
Espelhando o “Cidade de Curitiba” que havia e ainda há nos municipais” (que alias é o ícone da nossa página).
Com exceção das viações que servem dois municípios, nelas o espaço ficou em branco.
De qualquer forma o termo “Metropolitano” acabou em definitivo.
A letra ‘M’ permaneceu, e permanece ainda hoje em todos os ônibus inter-municipais.
De 1996 a 2015 as linhas “integradas” tinham a mesma pintura dos municipais. Nelas o “M” era “M-RIT”.
Independente da cor e com ou sem ‘RIT”, a letra ‘M’ veio pra ficar.
Pra exemplificar tudo isso, vimos pouco acima o convencional “03C67” da Exp. Azul.
E também o ligeirinho “04L14” da viação Tamandaré, mais pro alto na página o também convencional “04C12”, dessa mesma empresa.
São imagens raras, essas numerações duraram muito pouco tempo no fim dos anos 90.
Pra explicar o porquê, vamos falar do sistema municipal da capital.
Em 1992 os ônibus de Curitiba receberam uma numeração alfa-numérica, em vigor até hoje (atualizo em 2022).
As duas primeiras letras indicavam respectivamente a viação e a categoria da linha.
Em 1996 a Urbs assumiu também os sistema metropolitano, como já dito.
Ao invés de letras como nos municipais resolveram então identificar as metropolitanas por números nos prefixos:
– 01: Santo Antônio (atualmente chamada ‘Santo Ângelo’ nas linhas inter-municipais);
– 02: Araucária;
– 03: Azul;
– 04: Tamandaré;
– 05: São José dos Pinhais;
Não durou muito tempo essa classificação. Viram que dava conflito na logística dos sistema digital da Urbs.
Pois as empresas municipais, apesar de serem apresentadas por letras na lataria dos ônibus, eram identificadas por um número no sistema digital da Urbs.
Na época ocupado do 1 (Marechal) até o 11 (Mercês).
Eram 11 porque fora as 10 particulares incluía também a própria Urbs, que além de gerenciadora era a detentora da ‘Frota Pública‘.
E do 12 ao 14 estava reservado pra novas viações municipais que porventura viessem a entrar no sistema.
Assim as viações metropolitanas não podiam usar esses números.
Resultando então que precisaram arrumar novos pra elas:
– 15: Leblon, Fazenda Rio Grande;
– 16: viação Tamandaré;
– 17: Azul, Pinhais (algumas linhas também pra Piraquara);
– 18: Santo Antônio/Santo Ângelo, Colombo;
– 19: viação Araucária;
– 20: Viação São José dos Pinhais;
– 21: São Braz, sede em Curitiba mas opera em Campo Magro;
– 22: viação Campo Largo;
– 23: Viação Colombo;
– 24: Antonina, Alm. Tamandaré (mesmo grupo das viações Tamandaré e Campo Largo);
– 25: Castelo Branco, sede em Quatro Barras, atende também Campina Grande do Sul;
– 26: Viação do Sul, garagem em Curitiba mas atende Alm. Tamandaré, Rio Branco do Sul e Itaperuçu;
– 27: Graciosa, garagem em Curitiba, linhas pra São José dos Pinhais;
– 28: Marumbi, pertence a Graciosa, logo idem acima;
– 29: viação Piraquara (opera também o Pinhais/Guadalupe em conjunto com a Azul);
– 30: Reunidas, garagem em Curitiba, linhas pra Mandirituba e Quitandinha;
– 31: Nobel, Fazenda Rio Grande (mesmo grupo da Leblon, essa faz as linhas pra Curitiba e a Nobel cuida das linhas internas fezendenses, que apesar de municipais são gerenciadas pela Comec);
Até 2015 os ônibus das linhas “integradas” gerenciadas então pela Urbs tinham o nº da empresa delineado acima e a seguir uma letra indicando a categoria.
Linhas “não-integradas” eram somente números, sendo os dois primeiros dígitos a viação seguindo a tabela recém-mostrada.
Repetindo, algumas viações tinham todas as linhas ‘integradas’, outras não tinham nenhuma, e algumas eram mistas, parte ‘integradas’ e parte ‘não-integradas’.
De 2015 pra cá, entretanto, toda a frota metropolitana tem somente números, independente de ser alimentadora ou convencional.
(A exceção são as que utilizam plataformas elevadas, os Expressos [nesse caso só o Pinhais/Rui Barbosa da Azul] e os Ligeirinhos, que ostentam as letras ‘L’ ou ‘M’.)
Em qualquer caso, as viações seguem sendo identificadas da mesma forma delineada acima, os dois primeiros dígitos indicando o proprietário do busão.
……………..
Vimos mais pro alto na página ônibus amarelo da Expresso Azul de numeração 03C67 (busque pela legenda).
Imagem captada logo que a prefeitura de Curitiba assumiu o gerenciamento das linhas metropolitanas, em 1996.
Peculiar, por vários sentidos. Primeiro pela numeração, quando a Azul tinha o prefixo ’03’ – logo substituído por 17, como já falamos e é domínio público.
Segundo, traz o nome do município e o ‘M’ metropolitano, mas também a inscrição ‘Convencional’, como nas linhas internas da capital.
Em pouco tempo a categoria foi mantida apenas nos municipais curitibanos, nos metropolitanos ficou somente o ‘M’ e o município.
O letreiro diz “Pinhais/Alto da XV“. Essa linha também teve vida brevíssima, ao menos com esse nome e configuração.
Explico. Antes da inauguração do Terminal Autódromo, em 1993, as linhas pra Pinhais e Piraquara iam todas pela Avenida Victor Ferreira do Amaral, que corta o bairro do Tarumã.
(A continuação dela após o Rio Atuba, quando entra na região metropolitana, se chama Rodovia João Leopoldo Jacomel, a antiga “Estrada do Encanamento“.)
Algumas linhas de Pinhais foram seccionadas ali, virando alimentadoras dele.
A linha-tronco Curitiba-Pinhais, feita por articulados, continuou seguindo pela Av. Vitor do Amaral
Em 2000 veio o moderno Terminal Central de Pinhais, que desativou o Autódromo.
O novo terminal é servido por Expresso bi-articulados (único Expresso metropolitano, como todos sabem).
Então todas as linhas pra Pinhais e Piraquara foram seccionadas no novo Term. Pinhais.
(Exceto a tronco Ctba/Piraquara, mas ela não é integrada, só serve pra quem mora no Centro de Piraquara ou na margem da rodovia).
Com o novo Expresso bi-articulado, julgaram ser desnecessário a continuidade de uma linha feita por articulados ligando Pinhais a Curitiba.
A questão é que as pessoas que moram em Pinhais e nas vilas de Piraquara e trabalham no Tarumã e Alto da XV ficariam sem condução.
Pra atender esse público surgiu a linha Pinhais/Alto da Rua XV, que vinha pela Victor Ferreira e pelo binário 15 de Novembro/Mal. Deodoro.
Apenas, como o nome indica, ela não ia até o Guadalupe, tendo ponto final na divisa entre Centro e Alto da XV, perto da Praça do Expedicionário.
Era feita por ônibus ‘pitocos‘ (tamanho normal, não-articulados).
Acontece que o Terminal de Pinhais é disparado maior da região metropolitana, e um dos maiores da Gde. Curitiba mesmo incluída a capital.
Então havia demanda pra duas linhas feitas por articulados; uma era o Expresso pela canaleta.
No começo dos anos 2000 a linha Pinhais/Alto da XV foi estendida até o Centro, e passou a ser feita por articulados.
Renomeada Pinhais/Guadalupe, vai pela Av. Victor F. do Amaral.
É operada em conjunto pelas viações Azul e Piraquara, repito.
DE ARAUCÁRIA A COLOMBO SEM TROCAR DE ÔNIBUS:
POR UM TEMPO FOI POSSÍVEL –
Muitos dos benefícios advindos da modernização dos anos 90 foram mantidos e ampliados: a própria padronização de pintura, os terminais.
E principalmente integração com o sistema municipal de Curitiba.
Afinal a cidade é uma só, e a cidade é a Grande Curitiba, independente de limites municipais.
Algumas inovações, entretanto, acabaram ‘não pegando‘.
A diversidade de cores com os ônibus pintados conforme a região é o exemplo mais notório, como já mostramos amplamente.
A padronização criou várias linhas ‘perimetrais’ (como sabem, hoje chamadas ‘Inter-Cidades’).
A linha mais famosa dessa categoria é, dizendo ainda mais uma vez, a Colombo/São José dos Pinhais via Pinhais, que é operada inclusive por articulados.
Também chamada ‘Maracanã/Afonso Pena’, se preferirmos focar no nome dos terminais e não dos municípios.
Seja como for, ela tem até um reforço, a “Maracanã/Capão da /Imbuia”.
Que segue pela Avenida Maringá em Pinhais mas ao invés de seguir pro Terminal de Pinhais entra na capital.
Há também duas que ligam Colombo a Tamandaré. Uma conectando os terminais maiores desses municípios, os mais próximos de Curitiba, a I90-“Maracanã/Cachoeira (via Roça Grande)”.
Anteriormente essa linha se chamou “Colombo/Tamandaré”. Opera o dia inteiro.
Quando fiz o texto, já no final de 2022, “fora do horário de pico o intervalo era de mais de 1 hora e meia entre as viagens, pois só tinha 1 ‘carro’ na linha”, escrevi.
Ainda no final desse mesmo ano o governo do estado recolocou 2 ‘carros’ na I90, reduzindo o intervalo pra 50 minutos.
No pico são 3, daí é uma viagem a cada pouco mais de meia-hora.
A questão é que depois criaram outra linha ligando esses dois municípios da Zona Norte, que herdou esse nome.
A atual ‘Colombo/Tamandaré’ vai do Terminal Central de Tamandaré ao Centro de Colombo. Só circula nos picos da manhã e da tarde.
Em 2022 surgiu a linha I11-Fazenda Rio Grande/Araucária.
O intervalo entre as viagens é de aproximadamente meia-hora, porém só funciona no pico.
Outras “inter-Cidades”: Piraquara/Quatro Barras, Araucária/Campo Largo, pra citar apenas alguns exemplos.
A maioria só roda nos horários de maior movimento, ou no máximo de hora em hora, com um único veículo operando.
Dentro do município de Curitiba a região mais povoada é a Zona Sul.
Disparado, pois ela concentra nada menos que 37% de seus habitantes.
Posto de outra forma, de cada 3 curitibanos um mora na parte austral da cidade.
Porém quando incluímos a região metropolitana na equação a dinâmica se inverte completamente.
A região mais povoada se torna então o arco formado pelas Zonas Leste e Norte da Grande Curitiba:
Ali estão São José dos Pinhais (Z/L) e Colombo (Z/N), os úncos 2 que superam os 200 mil habirtantes.
Dos 6 que ultrapassam a marca de 100 mil, Pinhais e Piraquara são a Leste, e Tamandaré a Norte.
(Araucária e Fazenda Rio Grande na Z/S e Campo Largo na Z/O fecham a conta.)
Tudo somado, dos 8 maiores subúrbios 5 estão entre as Zonas Norte e Leste.
São José e em menor medida Pinhais são bastante industrializados.
Sendo polo de empregos pras regiões-dormitório que gravitam em volta.
Não por outro motivo esses 2 municípios concentram quase todos os prédios altos, com elevador, da Gde. Ctba. .
(Alias são vizinhos, o próprio nome ‘Pinhais’ é derivado de ‘São José dos Pinhais‘).
Assim é fácil entender que a única “Inter-Cidades” de grande demanda seja exatamente a que interliga Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais.
Servida por articulados e intervalo de meia-hora o dia inteiro, 17 minutos no pico.
As demais linhas “perimetrais” conectam sempre somente dois municípios vizinhos entre si, e seu movimento é bem menor:
De hora em hora ou mesmo somente algumas viagens nos horários de maior movimento.
A questão amigos, e falamos tudo isso pra chegar aqui, é que na padronização de 1992 foi criada a linha Colombo/Araucária.
Com quase 40 km a maior da história da Grande Curitiba.
(Falando apenas de linhas urbanas, sem contar o que os paulistas chamariam de “suburbano”, ônibus com 2 portas e catraca que conectam cidades distantes indo por rodovias.
Se você considerar as linhas “suburbanas” pra Lapa, Quitandinha, Agudos do Sul e Vale do Ribeira elas têm seguramente mais de 40 quilômetros, algumas bem mais que isso.
Acontece que não são trajetos urbanos, repito, e sim de viagem feitas por veículos urbanos pra tarifa sair mais em conta.
Abaixo falo melhor disso inclusive com imagens. Mas pra gente adiantar o assunto:
O ônibus que faz a linha Curitiba/Tunas do Paraná, no Vale do Ribeira, percorre 76 km.
Exatamente pela enorme distância só puxa uma viagem por dia em cada sentido.
A tarifa é de R$ 10 quando atualizo a matéria – subsidiada pelo governo, o preço da passagem do modal rodoviário é o triplo disso).
Apenas sem sair da área urbana da Grande Curitiba, a Colombo/Araucária segue recordista.
Cortava, lógico, todo o município de Curitiba, as Zonas Norte, Central e Sul de ponta a ponta.
Foi descontinuada, era quilometragem demais pra passageiro de menos.
Até porque o sistema metropolitano é integrado ao municipal.
Então é possível fazer esse mesmo gigantesco trajeto pagando uma só passagem, bastando baldear nos terminais de Curitiba.
Existe o Ligeirinho Colombo/CIC, que sai do Terminal Maracanã.
No CIC ou no Capão Raso, por onde ele também passa, há diversas opções pros terminais de Araucária.
LOUCOS ANOS 90:
A HIPER-INFLAÇÂO BRASILEIRA NOS ÔNIBUS DA ZONA LESTE DE CTBA. –
Notam em vários busos no fim da pintura livre e no começo da padronização um adesivo no vidro informando o valor da tarifa.
A Comec trouxe essa característica de São Paulo e outras cidades, isso nunca havia existido por aqui.
Exatamente por não ser orgânico o enxerto foi rejeitado. A novidade logo foi abandonada, mas por um tempo existiu.
E existiu em tempos que a inflação estava na estratosfera. Os preços subiam sem nenhum tipo de controle.
Destaquei que no articulado a direita a tarifa era R$ 0,32, menos de 10% do valor vigente quando escrevi a matéria em abril de 2015. Repare nessa sequência:
NO FINAL DE 2017, ACHADO O “ÚLTIMO VERDÃO” DA CASTELO:
ACABOU O DERRADEIRO TRAÇO DA PADRONIZAÇÃO DOS ANOS 90 (com exceção da Viação SJP)
Recapitulando: em 92 todas as viações padronizaram conforme a cor da região.
A partir da segunda metade dos anos 90 no entanto quase todas as viações abandonaram esse padrão – adotaram o bege da Comec e/ou o amarelo/laranja da Urbs.
A exceção é a São José dos Pinhais, que quis ficar vermelha mesmo não sendo mais obrigada.
A Castelo Branco foi a penúltima a abandonar a padronização de 92. Até 2012 quase toda sua frota era verde.
De lá pra cá ela mudou de ideia e se adequou ao padrão mais comum. Escrevi em 2015:
“ A Castelo vem pintando seus ‘carros’ de bege.
Ainda há uns poucos verdes, mas por pouquíssimo tempo. ”
E assim de fato se deu. Já no fim de 2017 a Castelo não tinha mais ônibus nessa cor operando nas suas linhas principais, as que vem pra capital do estado.
Em novembro desse ano (17) fui ao Terminal de Quatro Barras – quando inauguração a integração com Santa Cândida.
Flagrei, fazendo uma linha de menor demanda municipal, o último busão ainda na cor verde da Castelo Branco.
Logo tirando os da São José todos os metropolitanos serão beges.
“Ou amarelos/laranjas no padrão de Curitiba”, dizia o texto original.
Entretanto a Comec determinou o fim desse ‘xerox’ dos municipais nos metropolitanos. Então será tudo bege mesmo.
Na virada do milênio as maioria das viações já eram beges e/ou laranjas/amarelos.
Afora a SJP e C. Branco, as que mais resistiram na cor original foram a Santo Antônio, Piraquara e Viação do Sul.
Todas elas até 2002 pelo menos (em alguns casos até um pouco mais) ainda tinham alguns “carros” nas cores determinadas 10 anos antes.
Vimos tudo isso um pouco mais pro alto. Monolocos da Santo Antônio, um deles ainda era roxo em 2003 ou 04.
Essa viação na sequência padronizou toda sua frota como os municipais de Ctba; só foi ter ‘carros’ beges depois de 2015.
“RÁPIDO METROPOLITANO”:
DO CONCEITO ORIGINAL RESTOU O DE PIRAQUARA –
Uma inovação que veio com a mudança foi a criação do “Rápido Metropolitano”.
A linha principal ligando o Centro de Curitiba ao Centro de cada subúrbio metropolitano teria dois modais:
Uma expressa com poucas paradas, o “Rápido Metropolitano”, e uma convencional encostando em todos os pontos.
Veja em várias fotos dos anos 90 que no letreiro principal acima e ao lado está escrito “Rápido Metropolitano”.
O município só vem informado em letreiros menores, um lateral e outro frontal na parte debaixo do vidro.
Esse letreiros menores foram outra inovação que veio com a padronização de 1992.
A princípio deveria haver um ‘Rápido’ pra todo e cada município, e em vários deles foram mesmo implantados.
Vimos espalhados pela página os ‘Rápidos’ pra Rio Branco do Sul, Colombo, Fazenda Rio Grande, Piraquara.
Porém logo a seguir a rede municipal de Curitiba se expandiu e abarcou os subúrbios metropolitanos.
Assim os terminais dos municípios ao redor de Curitiba passaram a ter linhas de ligeirinho cinza a ligá-los com outros terminais e com o Centro de Curitiba.
Tornando os ‘Rápido Metropolitanos’ supérfluos. Escrevi em 2015 que “todos foram abandonados exceto o de Piraquara, que não é servida por ligeirinhos”.
Ao menos nesse conceito original, o de uma linha metropolitana servida por um veículo normal (sem embarque elevado) porém com poucas paradas no trajeto.
Por outro lado, Almirante Tamandaré, Colombo, Pinhais e Fazenda Rio Grande têm Ligeirinhos que saem do Centro da capital (o da Fazenda inclusive com articulados).
São José dos Pinhais, Araucária e Campo Largo, além de todos os citados no parágrafo anterior, têm linhas ‘diretas’ com poucas paradas saindo dos terminais de Curitiba mais próximos.
Atualizando em 2022, recentemente o município de Campina Grande do Sul (C.G.S.) reativou o modal de ‘Rápido Metropolitano’.
Não com esse nome mas na prática a mesma coisa, um ônibus expresso com menos paradas.
Porém não houve a resposta esperada, e foi desativado.
Rio Branco do Sul e Itaperuçu contam com ‘Diretos’ (o novo nome pra ‘Rápido’) desde o Centro no horário de pico, mas são poucas viagens.
OS ÔNIBUS MUNICIPAIS DA GRANDE CURITIBA –
Mais abaixo, nessa matéria mesmo, ainda irei mostrar mais ônibus inter-municipais.
Antes, numa atualização de janeiro de 2016, vamos ver como é o transporte interno dos municípios que rodeiam a capital do estado, formam com ela a Região Metropolitana de Curitiba.
Apenas 3 municípios da Grande Curitiba planejam e fiscalizam seu próprio transporte municipal: Araucária, São José dos Pinhais e Campo Largo.
Nos demais municípios da Região Metropolitana mesmo as linhas municipais, que ligam os bairros aos terminais do município, são gerenciadas pela Comec.
Em Colombo, Campina Grande do Sul e Rio Branco do Sul vigora um sistema misto, quase todas as linhas são da alçada estadual via Comec.
Entretanto há umas poucas exceções que são de responsabilidade da prefeitura (no caso de Rio Branco feito por micros).
A imensa maioria das linhas é da Comec, ratificamos o afirmado acima (atenção, ‘ratificar’ é o contrário de ‘retificar’).
Assim, somente São José, Campo Largo e Araucária (e mais as poucas linhas de exceção de C. Grande, RBS e Colombo) podem se dar ao luxo de escolher a pintura de seus ônibus.
Não para por aí. Por muito tempo em Araucária o Tiar determinava inclusive a pintura de algumas linhas intermunicipais.
Até 16 mesmo ônibus metropolitanos que vinham pra um terminal da capital usavam a decoração escolhida por uma prefeitura da região metropolitana, e não pela Comec ou Urbs, caso único na história.
Me refiro evidente a linha Tupi/Pinheirinho (esq.), que acabou no final de 2016.
Depois que ela foi extinta por mais 5 anos a pintura do Triar ainda vigorou numa linha metropolitana, a Araucária/Contenda.
Atualmente a nova pintura do Triar adotada em 2021 é usada somente nas linhas municipais. As inter-municipais seguem o bege unicolor da Comec.
Araucária é um município que tem ganho destaque positivo pelo investimento no transporte coletivo.
O sistema tem até nome próprio, chama-se ‘Triar‘, sigla de Transporte Integrado de Araucária.
Pra conversa começar, a tarifa do Triar, na contramão do resto do país, vem sendo reduzida.
Era R$ 4,25 em 2018 e em 2022 é somente 1,50, e isso dá direito a integração total municipal e metropolitana.
Por décadas o transporte na cidade ficou por conta da viação Tindiqüera (antigo nome do município).
Nesse ano a Tindiqüera foi descredenciada, vieram 3 viações pra ocupar seu lugar:
Francovig de Londrina-PR, Imperial de B. Horizonte e a Sharp da Faz. Rio Grande – município vizinho, também na Zona Sul da região metropolitana de Curitiba.
Araucária tem seu próprio Ligeirão, vejam vocês. Há uma categoria especial de linhas, os ‘Linhões 1 e 2’, que cortam a cidade inteira:
Partem da Vila Tupi, bairro afastado na extremidade da área urbana de Araucária na divisa com a Caximba em Ctba. .
Passam pelo Centro, incluindo o Terminal Central, e por diversos bairros a seguir, finalizando no Terminal Angélica.
No horário de pico contavam mesmo com articulados, (pelo menos essa era a situação até 2021, quando era operado pela viação Tindiqüera).
Tinham seu desenho exclusivo, em vermelho com detalhes em azul, visto um pouco mais pro alto na matéria.
Há estações com o embarque por plataformas elevadas, por isso as portas na esquerda. A coisa é chique!!
LINHA DA PRODUÇÃO DE ARAUCÁRIA E DO HOSPITAL DO ROCIO EM CAMPO LARGO:
AMBAS COM PINTURA EXCLUSIVA –
No final do século 20 a viação Tindiqüera fazia a “Linha da Produção” em Araucária (busque a foto pela legenda, um pouco mais pro alto).
Havia uma pintura exclusiva somente pra ela, unicolor em cinza, mas também tinha o logotipo de flecha do Triar.
Passava na porta das fábricas, pra atender os operários das mesmas. O autor da foto fez o seguinte comentário:
“ Foto feita na década de 90 mostrando a maior parte da frota da Linha da Produção.
Ônibus que faziam determinadas rotas pra atender indústrias.
Eram operados pela Viação Tindiqüera, integrante do Triar.
Em primeiro plano dois Condor, em seguida Caio Amélia, outro Condor, um Marcopolo Torino ‘1’ e um Marcopolo San Remo, todos Mercedes-Benz. ”
O mesmo modal existiu em Blumenau-SC, e durante uma época igualmente com pintura exclusiva. Apenas lá se chamava “Linha do Trabalhador”.
Há algumas linhas que têm pintura própria, exclusiva pra elas. Exemplos aqui em Curitiba, todos já extintos:
Circular Centro, Inter-Hospitais (essas foram descontinuadas em 2020);
Também a Estudantes, Zoológico e a metropolitana Curitiba/Tanguá – todas ainda existem mas não mais com pintura exclusiva.
Então, um dia essa de Araucária foi assim também, quando havia a “Linha da Produção”.
………..
A direita a pintura atual das linhas internas de Campo Largo.
Você lembra desse azul-clarinho com faixa branca que existiu nesses mesmo município (a esquerda)?
Nos anos 90 e começo do novo século era a decoração municipal da Viação Piedade, que é do mesmo grupo da Campo Largo.
Essa exata pintura vigorou por um tempo na Viação Antonina, que é igualmente do mesmo dono. Não se deixe enganar. Apesar do nome ela atua na Grande Curitiba, e não no Litoral.
No entanto, esse desenho (azul-claro com faixa branca) existiu sim perto do mar. Antigamente era usada também pela Viação Rocio de Paranaguá.
Confira esse “Ataque dos Clones“, 3 viações do PR rigorosamente iguais:
ATUALIZAÇÃO DE JANEIRO/21:
AUTO VIAÇÃO SÃO JOSÉ DOS PINHAIS E FAZENDA RIO GRANDE –
PARTE 1: VIAÇÃO SÃO JOSÉ:
São José dos Pinhais (SJP) é o município mais importante da Grande Curitiba.
Tanto em população quanto no desenvolvimento econômico (seu PIB, 2º do estado, é maior que o de 11 capitais brasileiras). Além do mais é onde está o Aeroporto de Curitiba.
Ali há duas empresas que operam o municipal, a Viação São José e a Sanjotur.
A Sanjotur só nesse modal. Mais abaixo mostro fotos da viação.
A São José, como todos sabem, faz também metropolitanos. Vamos relembrar em imagens sua trajetória.
Por um bom tempo, na época da pintura livre, ela tinha uma marca registrada:
O “Auto Viação São José dos Pinhais” vinha escrito em letra de mão.
Os metropolitanos eram laranjas no fundo creme, ou ‘bege’ se preferir. Confira acima a direita.
Nos anos 70, 80 e 90 os veículos das linhas municipais tinham a mesma pintura, porém com marrom no lugar do laranja.
Foram nada menos que 3 configurações diferentes somente no tempo que era usado o marrom.
Sempre mantendo o mesmo pano de fundo mas mudando a maneira de identificar o modal de serviço. Não perca a conta:
1) Acima: na década de 70 os busos municipais tinham o “Auto Viação S. J. dos Pinhais” em letra de forma, ao contrário dos metropolitanos.
2) Nos anos 80 por um breve período os bichões das linhas internas de SJP da mesma forma contaram com a letra de mão informando o proprietário.
(“Igual aos metropolitanos”, escrevi na legenda, a dir. um pouco mais pro alto).
Dá pra ver claramente a pintura com as faixas e a letra de mão.
3) A seguir, talvez ainda na década de 80 ou no começo de 90, nova mudança:
Permanece ainda o fundo marrom mas agora está escrito “Urbano” na lataria, ao invés do nome da viação (“Na sequência surge a inscrição Urbano”, na legenda).
Em algum momento da última década do século 20 os busos municipais de São José abandonam o marrom e passam a ser laranjas.
Pelo visto depois que o metropolitano padronizou de vermelho, o municipal é quem passou a ter pintura laranja sobre fundo bege/creme.
Observe as 2 imagens acima: ambos ‘latões’ do mesmo modelo (Torino ‘2’, produzido na virada pros anos 90) e viação.
O primeiro é metropolitano, enquanto que o que vem depois dele é municipal, como as legendas informam.
Mesma pintura, mantém-se a palavra ‘Urbano’ na lateral, inserida no tempo que era marrom.
Atualmente são as mesmas cores porém em nova configuração: a faixa intermediária bege se foi.
Os municipais agora são o corpo inteiro laranja, o bege fica restrito a área ao redor das janelas e acima delas (direita).
Em alguns “carros”, nem isso. As linhas “Bairro-a-Bairro” são feitas por veículos em uni-color (esquerda).
Laranjas, iguais aos alimentadores do municipal de Curitiba.
Em ambos o título ‘Urbano’ permanece. Essa característica chegou pra ficar.
UM LETREIRO MUITO “ESPECIAL”:
CONFIRA A LINHA NO VIDRO –
Vou retratar agora uma característica são-joseense, quem andou de ônibus em SJP logo após a virada pra esse novo milênio certamente vai se lembrar.
O letreiro escrito “Especial”. A linha vinha numa placa no para-brisas. Não era improviso, e sim o procedimento normal, algo que acontecia muito no interior, achei mais um caso dentro na RMC.
Em Piracicaba-SP igualmente era corrente na época; publiquei fotos da mesma situação em Maringá, 3ª maior cidade do PR, e Araucária, também na Grande Curitiba.
Mais cenas da Viação São José dos Pinhais, municipal e metropolitano:
Agora a viação Sanjotur. Ao lado a pintura atual. Porém a foto é no antigo terminal (não-integrado) que havia na Praça Getúlio Vargas, bem no Centro de SJP.
Em 2011 foi inaugurado o novo Terminal Central (plenamente integrado em 2021/22), e a Pça. Getúlio Vargas foi revitalizada.
Mais Sanjotur, que opera na região sul de S. José (Planta S. Marcos e o final da Av. Rui Barbosa):
PARTE 2: FAZENDA RIO GRANDE –
São José é o subúrbio metropolitano mais populoso e desenvolvido economicamente da capital do Paraná.
Além disso, é um dos municípios mais antigos da Grande Curitiba.
Vamos falar agora de um dos mais novos, a Fazenda Rio Grande (FRG).
Foi fundada em 1990, e a implantação oficial se deu em 1993.
Fazenda Rio Grande se emancipou de Mandirituba, que por sua vez já havia se separado da própria S. J. dos Pinhais.
Por isso escrevi uma matéria cujo título diz: “1953, FRG era SJP”.
Aqui o que nos importa é o transporte coletivo, então foquemos nisso.
Mesmo antes de ser desmembrado como município autônomo, Fazenda Rio Grande ainda como distrito de Mandirituba já tinha linhas de ônibus ligando-a a capital do estado.
Quem operava era a viação Leblon. Repare no Bela Vista acima a esquerda, e no Gabriela logo a seguir a direita (” ‘Metropolitano’, diz a lataria” na legenda).
A pintura é similar, perceberam. Apenas na 2ª imagem as as faixas superiores são em diferentes tons de verde, e tiraram as faixas inferiores.
Na foto que na vem sequência (o “semi-urbano”) as faixas permanecem mas ao invés do verde são nas cores amarela, laranja e vermelho.
Além disso, no Gabriela verde e branco consta o registro no D.S.T.C. (como já dissemos, antecessora da Comec como concessora do transporte inter-municipal da capital) como “Metropolitano“.
Já no outro Gabriela está grafado “Semi-Urbano“. O que seria uma linha ‘semi-urbana’?
Qual a diferença pra uma ‘metropolitana’? Não sei te dizer.
Quando a Fazenda se emancipou, nos anos 90, adotou sua primeira padronização pros ônibus municipais.
É essa vista nas duas fotos acima e ao lado: ‘saia’ (parte inferior da lataria) num tom entre verde e azul, e acima uma ‘blusa’ vermelha.
Nem todos os busos, porém a utilizavam. Haviam muitos que vieram usados de outras cidades, e conservavam suas pinturas de origem.
Natural que fosse dessa forma. O município ainda se consolidava, em meio a um forte crescimento demográfico.
Calcula-se que a população era de cerca de 20 mil habitantes em 1990, ano da secessão de Mandirituba.
Em 2000 já eram mais de 60 mil fazendenses, ou seja triplicou em uma década. Em 2010 a contagem ficou em 81 mil.
Acontece que a Fazenda estava apenas se aquecendo, acredite.
No comecinho de 2023 o IBGE divulgou as informações preliminares do Censo/22. Se segure na cadeira.
Entre 2010 e 2022 a Fazenda Rio Grande dobrou sua população em apenas 12 anos: foi de 81 pra 167 mil moradores!
Resultando que FRG multiplicou por 8 seus habitantes em somente 3 décadas, desde que se emancipou!!!
Sendo um subúrbio de uma metrópole de 3° mundo, é natural entenderemos que esse crescimento assombroso nem sempre foi totalmente ordenado.
A Fazenda Rio Grande se desenvolveu muito nas últimas décadas, e sua infra-estrutura urbana melhorou ‘da água pro vinho’.
Hoje a maior parte de suas ruas já está asfaltadas, o que ainda não é a realidade de outros subúrbios metropolitanos.
Nos anos 90 não era assim, entretanto. Exatamente ao contrário, quase todas as ruas da FRG eram sem pavimentação.
Além disso, como a demanda crescia muito, ônibus chegavam usados a FRG de outras partes do Paraná e do Brasil.
E pelo menos a princípio operavam ali sem serem repintados. Ficava o verdadeiro ‘balaio de gatos‘.
Eu mesmo andei na Fazenda Rio Grande, no meio dos anos 90, num Mafersa ex-SP, que ainda ostentava a pintura ‘Municipalizada’ paulistana.
Até mesmo no letreiro ainda estava escrito a linha que o busão operou por último em SP, senão a memória não me trai era ‘Jardim Maracá’.
A linha correta, que o latão cumpria na Grande Curitiba, vinha escrito a mão num papel colado no para-brisas.
Bem, um pouco mais pro alto a direita vemos um busão com a pintura do municipal de Curitiba rodando na Fazenda (um Gabriela amarelo de costas numa rua de terra, busque pela legenda).
Na época o transporte ainda não era integrado. Então não, não é que esse buso era alimentador da rede integrada. É ‘Tabela Trocada’ mesmo.
Porém ainda na década de 90 a Fazenda padronizou a pintura do transporte coletivo, dizendo de novo.
Uma das primeiras padronizações é a vista no Comil, o que faz a linha ‘Nações-2’ na foto um pouco acima, saia verde e blusa vermelha.
Depois veio a que perdurou até o começo da década de 10 do século 21, saia amarela e blusa branca (outro Comil, alias).
A seguir os busos de FRG adotaram as mesmas cores do municipal de Curitiba (aquele veículo todo iluminado).
Por fim perto da virada pra década de 20 o bege metropolitano que é tema dessa reportagem.
VERDES, DEPOIS BEGES (NO PADRÃO METROPOLITANO); ATUIALMETE “JOIÃO” COM PINTURA PRÓPRIA E TARIFA ZERO –
Acima e ao lado os municipais de CGS, que são operados pela viação Castelo Branco, cuja sede é no vizinho município de Quatro Barras.
Então vamos falar um pouco exatamente de Quatro Barras.
Em novembro de 17, enfim inaugurou a integração com o sistema municipal da capital.
Ao ser implantada a linha Quatro Barras/Santa Cândida. Sendo metropolitana, feita por ‘carros’ beges. Fui ao local conferir a novidade, logo no 2º dia.
E, repetindo, lá no terminal flagrei, no fim de 17, um ainda pintado de verde na ativa no transporte urbano.
(Já vimos a foto dele de minha autoria no final de 2017 mais pra cima na matéria;
A direita outra do mesmo busão em 2012, quando ele ainda fazia a linha-troncal Ctba/Q. Barras.)
Operava na linha São Pedro, que é interna de Quatro Barras e tem pouca demanda.
Liga a fábrica da Britanite ao terminal, e só circula nos picos da manhã, almoço e tarde.
Por isso pôde acolher “O Último Verdão Metropolitano”, em seu último ciclo antes de virar “Escolar“.
“O fim de uma era. Quando ele mudar de modal, ônibus verde em toda Grande Curitiba só no Inter-Bairros da capital“, dizia o texto original.
Assim se deu. poucos meses depois, ainda em 2018, esse “carro” foi baixado do sistema.
Aí as linhas municipais ligando as vilas ao terminal passaram a ser feitas por veículos no padrão bege da Comec.
Em 2022, entretanto, as linhas internas de Quatro Barras passaram a ser gratuitas, e a ter sua própria pintura.
Vista a esquerda acima, na verdade pegaram a frota que usava o bege da Comec e pintaram uma faixa diagonal verde e azul no fundo.
A frente escreveram ‘Joião’ ao lado da bandeira municipal.
O ‘M” de Metropolitano e a numeração de 5 dígitos determinada pela Comec permanecem.
Com exceção da Borda do Campo, as demais linhas só operam no horário de pico (bem, isso não mudou, já funcionava assim quando era pago).
São de graça, ao chegar no terminal quem vai ficar por ali só desembarca.
A maioria dos usuários, por outro lado, segue viagem pra Curitiba ou outros municípios da RMC; esses pagam a tarifa nesse momento.
………..
Improviso!!! Esse laranja a direita é da Viação São José mas não é a pintura municipal de SJP atual.
Ao contrário, é antigo e metropolitano operando com a pintura municipal de Curitiba.
É o seguinte: a Viação São José e a Carmo eram do mesmo grupo (agora a Carmo desapareceu, virou oficialmente São José).
Esse buso era municipal de Curitiba que foi transferido pra São José.
Fazendo linha metropolitana em regime de emergência, sem ser repintado. Tabela trocada inter-modal!!!
ATUALIZAÇÃO DE FEVEREIRO DE 2016: ÔNIBUS SUBURBANOS –
Conforme expliquei nessa postagem, nem tudo que é Grande Curitiba no papel o é na prática.
Pro município ser de fato região metropolitana da capital é preciso ter uma ligação efetiva com Curitiba.
Em termos sociais, econômicos, culturais e de mancha urbana.
Se você quiser posto de outra forma, é preciso que parcela significativa da população do município se desloque diariamente pra trabalhar em Curitiba e imediações.
São conurbados com a capital: São José dos Pinhais, Colombo, Fazenda Rio Grande, Araucária, Campo Largo, Pinhais e Campo Magro. E Piraquara é conurbada a Pinhais.
‘Conurbação’ quer dizer ‘Co-Urbanização’, as áreas urbas são emendadas:
Municípios distintos se unem formando uma mesma cidade, apesar da divisão política.
Os mapas mostram, os municípios mais próximos formam uma e a mesma cidade com a capital (1º anel, em vermelho no mapa).
Há um 2º anel, em laranja, em que é a conurbação é parcial – mesmo mais afastados são plenamente parte da região metropolitana.
Me refiro a Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Rio Branco do Sul e Itaperuçu.
É preciso pegar estrada pra chegar até eles, ainda assim são Grande Curitiba de fato.
Já municípios como Balsa Nova, Quitandinha, Contenda, Bocaiúva do Sul e Mandirituba estão num ‘processo de metropolização’.
Esses em amarelo, no 3º anel: é preciso algumas dezenas de quilômetros pela estrada, mas ainda têm alguma ligação com a RMC.
Ou seja estão se metropolizando, se podemos dizer assim. Uma situação intermediária entre Grande Curitiba e interior. Em todos eles a zona rural ainda responde por parcela significativa da população e economia.
Entretanto uma parte de seus moradores se desloca todos os dias pra outros municípios pra empregos urbanos. As linhas pra essas cidades têm pintura padronizada unicolor.
Já os que estão em branco não são parte da Região Metropolitana na prática, apenas na teoria:
Lapa, Rio Negro, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, Campo do Tenente, Piên e todo o Vale da Ribeira.
Não guardam relação urbanistica com a capital. São cidades do interior do Paraná, é simples assim.
Praticamente ninguém que mora neles vem diariamente pra Curitiba e entorno. O que isso tem a ver com a busologia? É simples.
Se esses municípios mais distantes não fazem na prática parte da região metropolitana, os ônibus que vão pra lá não são ‘metropolitanos’.
Tanto que os ônibus que servem esses municípios não são padronizados no bege da Comec que é o tema dessa mensagem, ainda têm pintura livre.
Com a exceção da linha pra e Tunas do Paraná. Esse é bege. Bem recente, implantada em 2019.
Só tem uma viagem por dia em cada sentido, sai bem cedinho de Tunas e no fim-de-tarde da capital.
A tarifa é de R$ 10,00, mais que o dobro da média das tarifas metropolitanas (R$ 4,75 no cartão, dados de 2022).
Ainda assiim bem mais barata que o modal de viagem no mesmo trajeto, como já foi dito.
Repetindo, tirando essa linha pra Tunas as demais pros municípios em branco no mapa ainda têm pintura livre.
Seriam o que no Estado de SP se chamam ‘Suburbanas‘.
Veículos urbanos, com 2 (ou 3) portas, catraca e bancos de acrílico. Mas os pontos iniciais e finais geralmente são nas rodoviárias.
Ligam um centro maior a cidades vizinhas, que estão na sua órbita de influência mas não região metropolitana.
Eles nem mesmo saem do Centro de Curitiba, mas sim já de outros municípios (com uma exceção). As linhas são:
Araucária/Lapa; Fazenda Rio Grande/Agudos do Sul; Bocaiúva do Sul/Tunas do Paraná; e Araucária/Contenda.
Há também a Pinheirinho/Quitandinha, que é a exceção, a única que parte do município da capital, mas bem longe do Centro, já próximo a saída da cidade pela BR-116.
E aproveitando o embalo mostramos mais uma linha municipal, interna portanto, da Lapa.
Contenda está se metropolizando, é bem mais próxima de Ctba que as demais: 40 e poucos km. contra perto de 70 ou mais de todas as outras.
Os busões pra lá anteriormente eram no padrão ‘Triar’, de Araucária, e esse é o que está registrado aqui.
O detalhe curioso é que um ônibus da linha Araucária/Contenda está pintado ‘meio-a-meio’ (abaixo):
Mescla detalhes do ‘Triar’ com outros do sistema metropolitano de Curitiba.
O pano de fundo, a pintura mesmo, é obviamente o cinza do Triar.
No entanto há o ‘M’ de ‘Metropolitano’, o nome do município em fonte negra, e o itinerário em laranja. Um belo híbrido!
Atualmente a linha Araucária/Contenda não é mais assim, os busões usam agora o bege unicolor da Comec.
Galeria com mais alguns “suburbanos“.
AS “NOVAS” CORES DOS METROPOLITANOS NO TERMINAL PINHEIRINHO:
Em junho de 2017 flagrei no Terminal Pinheirinho nada menos que três busões metropolitanos em pinturas diferentes das que seriam usuais, valendo portanto uma atualização da postagem.
Hoje todas adotaram o bege da Comec. Mas na ocasião as duas primeiras, ao lado e abaixo, até pouco tempo antes usavam o laranja municipal curitibano.
E mesmo em 2017 a maior parte da frota ainda era nessa cor.
Já o da Reunidas é o contrário. A cor correta da linha era em 17 – e ainda é hoje – bege.
No entanto o busão está laranja, porque veio usado de outra viação.
Isto posto, vou recapitular rapidamente aguns pontos já ditos acima sobre a divisa Curitiba x Araucária, pra que possamos explicar a foto a direita.
Em junho de 2017 fui ao bairro da Caximba, que fica ainda no município de Curitiba, mas cuja área mais urbanizada está na divisa com Araucária.
Por conta disso, até o fim de 2016 a região era servida por uma linha metropolitana, a Tupi/Pinheirinho.
(Bem após a separação dos sistemas municipal e metropolitano, que foi em fevereiro de 2015.)
Enquanto a Tupi existia, havia um reforço dela, a 690-Vila Juliana, que só operava nos horários de pico.
O trajeto era o mesmo até a ponte sobre o Rio Barigüi, que divide os municípios.
Ali o V. Juliana retorna, o Vila Tupi seguia, entrando em Araucária, obviamente.
Só que com o fim da linha metropolitana, a linha municipal de Curitiba Vila Juliana por um tempo circulou o dia todo.
A linha Vila Juliana é que a serve as ocupações irregulares da Caximba.
O ponto final como acabo de dizer é na divisa com Araucária (fotografei o busão exatamente ali).
Em 2019 – mais precisamente em 29/07/2019 – foi estendida, passando a fazer o trajeto da antiga Tupi/Pinheirinho.
De forma que na prática a linha Tupi/Pinheirinho voltou. Porém agora ela se chama 772-Tupi/Juliana (na verdade “Tupy”, com ‘y’).
É operada – com articulados – pela viação Redentor, na pintura padronizada de Curitiba, unicolor laranja.
Como ocorria antes, a 690-V. Juliana – a que para na divisa – voltou a ser reforço, só opera nos picos da manhã e tarde.
Infelizmente não isso não ocorreu, pois o Tatuquara está funcionando de forma errada (o dia que a prefeitura corrigir eu atualizo a matéria).
Aqui nosso foco são os metropolitanos. Fiz todos esses comentários porque a caminho da Caximba eu fotografei busões metropolitanos no Pinheirinho com ‘novas’ pinturas.
Um pouco acima – antes do articulado amarelo – a Angélica/Pinheirinho (Direto). Você já tinha visto busão cinza em Curitiba sem ser Ligeirinho?
Ônibus da Viação Araucária, oriundo da Tindiqüera, onde era o 163. Por isso a placa ‘AVT-0163‘. Como já dito a Tindiqüera ‘casa’ a placa com o número do veículo.
Essa linha foi criada pra substituir parcialmente a Tupi/Pinheirinho, no período que esta – a Tupi/Pinheirinho – esteve desativada, do fim de 2016 ao meio de 2019.
Fiz a foto em 2017, quando os moradores da Vila Tupi estavam sem opções de vir diretamente a Curitiba.
Então na ocasião criaram a Angélica/Pinheirinho (Direto), pra amenizar um pouco a falta de oções que a Vila Tupi enfrentava.
“Amenizar” é a palavra exata, porque o trajeto de ambas é completamente diferente.
A antiga Tupi/Pinehrinho ia pela BR-116, cruzando os bairros Campo de Santana e Caximba no extremo da Zona Sul e de Curitiba.
Dali mudam de município, mas se restringindo a Vila Tupi e imediações, não passava em nenhum outro bairro de Araucária, e muito menos em terminais.
A Angélica/Pinheirinho conecta esses dois terminais sem paradas intermediárias: embarque e desembarque só nos pontos inicial e final, isso é o que o termo ‘Direto’ quer dizer.
Portanto quem mora na Vila Tupi do Angélica precisava baldear pra chegar ao bairro.
Foi assim de 2016 até o meio de 2019, enfatizando ainda mais uma vez.
Agora que a Tupi/Pinheirinho voltou com novo nome, há mais opções:
Quem quer ir baldear no Angélica pra seguir pra outros bairros de Araucária toma o Pinheirinho/Angélica-Direto.
Quem precisa ir pra Vila Tupi, por outro lado, usa o Tupi/Juliana, sem precisar passar pelo Angélica. Melhor assim.
Vimos a foto mais pro alto na página (busque pela legenda) de um articulado amarelo na linha Pinheirinho/Fazenda Rio Grande (Direto).
Quando o sistema metropolitano era gerenciado pela Urbs (prefeitura de Curitiba) era obrigatório que os ‘carros’ dessa linha fossem laranjas.
Só que depois que a Comec (estadual) re-assumiu em 2015, ficou comem as viações metropolitanas comprarem ônibus usados, o que antes era proibido.
O da Araucária veio da Tindiqüera, como já dito e a cor cinza e a placa entregam.
O ‘sanfonado’ que vai pra Fazenda começou sua vida útil na Grande São Paulo, a Leblon tem uma filial no município de Mauá, no ‘Grande ABC’.
E agora vaio pra cá. Por isso ele nessa cor, provavelmente mantiveram a configuração que usava em Santa Catarina. As chapas ainda são ‘SP-Mauá’.
Fiz uma matéria chamada “Do Mundo pra Curitiba”, mostrando diversos busões operando em outros lugares e depois aqui.
Ali há a foto desse mesmo bichão cinza em SP, amarelo em SC e PR.
…………
Mais alguns busos da viação Castelo Branco, 4 em verde, 1 em bege e o último em testes:
2015-2022:
FIM DOS LIGEIRINHOS PRA S. J. PINHAIS –
Repetindo ainda mais uma vez, em 1996 a prefeitura da capital assume o sistema metropolitano e o integra ao municipal.
Com isso diversos da Grande Curitiba passaram a contar com ligeirinhos.
Porém em 2015 com a retomada da Comec acabam cinco linhas de ligeirinho inter-municipais:
Araucária, Campo Largo, Colombo/CIC, Fazendinha/ Tamandaré e Barreirinha/São José.
Na verdade elas não cessam de existir, apenas deixam de ir ao Centro de Ctba. .
Sendo seccionadas nos terminais mais próximos, respecitvamente Capão Raso, Campina do Siqueira, Cabral, Barreirinha e Boqueirão.
Curiosamente as linhas Aeroporto, Fazenda Rio Grande e Pinhais/Campo Comprido são poupadas do corte, seguem seus trajetos normais.
Em 2017 volta a Colombo/CIC, e pouco tempo depois retorna a Fazendinha/Tamandaré, renomeada Caiuá/Cachoeira.
(Agora o nome está correto, pois desde 1999 seu ponto final é no Terminal Caiuá, na Cidade Industrial.)
Pro que nos importa aqui, curiosamente São José dos Pinhais – o maior município da RMC em população e PIB – não é agraciado pela retomada.
O ligeirinho 206-Barreirinha/São José não retorna, continua tendo ponto final no Boqueirão, agora chamada E07-Boqueirão/São José.
Havia também o ligeirinho 208-Aeroporto, que como dito não foi eliminado em 2015. Vinha até o Centro Cívico via Centro da capital.
Portanto São José um dia teve dois ligeirinhos a partir do Centro de Curitiba:
Um indo pro Aeroporto e outro pro Centro são-joseense e Term. Central.
No entanto em 2017 essa linha também é seccionada no Boqueirão, passando a ser a E32-Aeroporto/Boqueirão.
Então São José continua contando com duas linhas de ligeirinho, apenas agora ambas saindo do Boqueirão.
Por pouco tempo. Em 2021 a linha E32 pro Aeroporto se torna paradora, feita por veículos convencionais, encostando em todos os pontos com embarque na rua mesmo.
E em 2022 o ligeirinho E07 São José/Boqueirão também passa ser feito por ônibus comuns, com portas baixas a direita.
Seu trajeto agora é cumprido pela E21-Boqueirão/Centro de São José (via Term. Central).
Como reforço no horário de pico existe a nova linha E07-São José (Direto), sem paradas intermediárias entre os 2 terminais.
Ou seja, cumpre o mesmo papel do antigo ligeirinho, mas usando veículos comuns.
A E21 alias começou em 2015, quando acabaram duas linhas convencionais que iam da Praça Pedro Moro ao Centro de Ctba. .
E62 Ctba/Pedro Moro (antigamente denominada “via Boqueirão” pois o trajeto era pela Marechal Floriano) e E63 Prado Velho/Pedro Moro (antes chamada “via Uberaba” pois seguia pela Av. Sen. Salgado Filho).
Peguei a E63 algumas vezes, quando morei na divisa do Boqueirão com o Uberaba.
Ela chegou a ser feita por um Monobloco ‘3’ (0-371) que a viação São José mantreve em bege, um dos poucos beges dessa viação.
Porém em 2015, enfatizando, a linha Pedro Moro via Uberaba foi extinta, por ter baixa demanda (só havia um ‘carro’ nela, o intervalo entre as viagens era de 1 hora e 40 minutos).
A Pedro Moro via Boqueirão a princípio seguiu rodando mas não ia mais até o Centro.
Foi seccionmada no bairro Vila Hauer – no bairro, e não no terminal de mesmo nome. Ela era convencional, não integrava nos terminais.
Pouco tempo depois acabou sendo eliminada de vez, entretanto.
Pra atender a região da Praça Pedro Moro foi criada então a linha alimentadora E21-Boqueirão/Centro de São José, que no início ia até essa supra-citada praça.
Numa readequação isso foi mudado e atualmente a E21 não vai mais até a P. Moro.
Como ela integra no Boqueirão tem maior demanda, então serve o Centro de SJP e seu Terminal Central.
A linha que atende a região do Pedro Moro é a E99-São José/Guadalupe (via Term. Central).
………..
Pra gente relembrar os tempos idos, acima já vimos o Ligeirinho Aeroporto.
Listrado em laranja e bege (ou amarelo?), ainda no finazinho da pintura livre, Torino ‘2’ no Guadalupe cumprindo a linha “Pedro Moro via Boqueirão“.
A direita uma foto da mesma época, início ou meio dos anos 90.
Em primeiro plano um articulado da ‘Frota Pública’, o FR079.
Acima dele, quase no meio da imagem, Monobloco ‘1’ (0-362) da viação S. J. Pinhais nessa mesma linha, a P. Moro/Boqueirão. Registrado na Marechal Floriano.
ANTES/DEPOIS: A PEREGRINAÇÃO DOS BUSÕES PELA GRANDE CURITIBA DENTRO DO CONGLOMERADO CAMPO LARGO.
Como já dito, as viações Campo Largo, Tamandaré, Piedade e Antonina são do mesmo grupo.
A Piedade faz o municipal de Campo Largo. As outras 3 fazem linhas metropolitanas, e – o que pouca gente sabe – todas elas já operaram também o municipal da capital.
(Nisso me refiro somente as operações na Grande Curitiba, porque ela também atua em várias partes de SC:
Na Grande Blumenau, em Itajaí, e nas duas ‘cidades-gêmeas’ da divisa Paraná/Santa Catarina [“Rio-Mafra”: Rio Negro/Mafra; e “Porto União da Vitória”: União da Vitória e Porto União].
Onde vemos os busões com a pintura da Grande Curitiba [tanto metropolitanos quanto municipais da capital e C. Largo], pois os bichões usados daqui vão pra lá.)
Do estado vizinho falamos em outras oportunidades. Aqui nosso tema é Curitiba e seus subúrbios.
Como dizia acima antes da “licitação” de 2010 as viações Campo Largo, Tamandaré e Antonina faziam algumas linhas internas curitibanas com seus nomes originais.
Usando a pintura da Urbs mas a numeração metropolitana, uma salada mista!
Depois da “licitação” a C. Largo e Antonina saíram do municipal da capital.
Em compensação a Tamandaré não apenas ficou como foi oficializada nesse quesito.
Agora com numeração correta da Urbs, recebeu a letra ‘K’ pra identificar sua frota (mais abaixo mostro a foto).
Vamos ver busões rodando pelas diferentes empresas e modais desse grupo.
Nas Viações Campo Largo, Tamandaré e Piedade, e no Consórcio Pioneiro.
Linhas metropolitanas, municipais da capital, e por fim municipais de Campo Largo.
Começamos a direita: antes de 2010 articulado fazendo Interbairros 2 de Curitiba (essa linha não é metropolitana, óbvio).
Porém com o nome pintado da viação Campo Largo na lataria.
Repare no número, que é 22R11. ’22’ é o código dessa viação nas linhas inter-municipais, pro municipal curitibano deveria ser uma letra.
Acima e ao lado ainda puxando Interbairros 2 – coloquei uma foto de frente pra não restar dúvidas.
Agora com o nome-fantasia do Consórcio Pioneiro, a numeração permance.
A esquerda e na foto depois dessa fazendo o municipal de Campo Largo pela Piedade.
Antes de saírem de vez da capital e R.M. dão esse último pega nas linhas internas desse subúrbio da Zona Oeste.
Note que ele era 22R11 quando trabalhava no sistema de Curitiba.
Em Campo largo simplesmente sacaram fora o ‘R’, virou o 2211.
Adesivaram os bichões pra diferenciar de como ele eram na origem – mas não repitnaram, segue o verde que tinha antes.
O mesmo caso num ônibus um ‘pitoco’. Começou como metropolitano, na viaçao Tamandaré.
Escrito ‘Almirante Tamandaré’ na lateral e com o símbolo do ‘M-RIT’ (esq.).
Era o 16C24, quando as frotas intermunicipais tinham numeração alfa-numéricas ois corrdenadas pela Urbs.
Pela mesma viação veio pro sistema municipal da capital mantendo o número, agora pintado com o clássico ‘Cidade de Curitiba’ (dir.).
Fazendo a linha pro Uberaba, Zona Leste (perto do Rio Belém – onde eu residi por 15 anos, morava lá quando fiz essa matéria).
E abaixo agora no municipal de Campo Largo, transferido pra viação Piedade.
Igualmente ao sanfonado, tiraram a letra e mantiveram os números originais:
Era o 16C24 no sistema de Curitiba (municipal e metropolitano, que até 2015 era o mesmo) e virou 1624 em C. Largo.
O único Tribus (busos trucados com 3º eixo) da Grande Curitiba – sem contar articulados – começou operando em Campo Largo e depois passou a fazer linhas pra Tamandaré.
Primeiro como o 22L16 da viação Campo Largo, ligando esse município ao Term. C. do Siqueira.
A seguir o mesmo ‘bichão’, renumerado 16L52, repassado a viação Tamandaré.
Clicado no Terminal do Cabral, de saída pra região metropolitana.
EXTRA! EXTRA!
A CAMPO LARGO VOLTOU A COMPRAR CAIO –
Agora, no momento que você lê isso já é notícia velha, no moimento que ocorreu causou impacto. Mereceu até uma atualização da matéria, em janeiro de 2017:
Depois de décadas sem fazê-lo, na virada de 16 pra 17 o grupo Campo Largo voltou a comprar Caio.
Vieram logo 5 de uma vez (acima), com conexão pra internet a bordo.
Vão operar pela Piedade, nas linhas municipais de Campo Largo.
A C. Largo puxou a fila. Diversas viações da Grande Curitiba, municipais e metropolitanas, ficaram muito tempo sem adquir ônibus da Caio.
Entretanto voltaram a fazê-lo perto da virada da década de 10 pra de 20 (séc. 21, evidente).
A viação Colombo aqui da Zona Norte (agora eu moro em Stª. Cândida, bem perto do Term. Roça Grande) é outro exemplo.
Creio que o último modelo que a Colombo havia comprado da Caio havia sido o Alfa, no meio da década de 90.
Daí foram mais de duas décadas de jejum. Em 2016 a Colombo adquiriu usados 7 Mondegos articulados do Sudeste.
2 vieram de Belo Horizonte, e depois mais 5 de São Paulo.
(Já vimos as fotos deles na garagem aqui na Grande Curitiba mas ainda com as pinturas originais do Sudeste.)
A viação aprovou, e a seguir adiquiriu 2 articulados Caio zero quilômetro.
Receberam os números 23412 e 23413 (imagem acima a direita).
Na renovação de frota de 2019 as viações de Curitiba e regiao compraram vários Caio bi-articulados.
O que não acontecia desde o relativamente distante ano de 2006.
A esquerda Caio/Volvo da viação Tamandaré (já no novo emplacamento Merco-Sul – detalhe).
E fechamos com um articulado da Redentor a direita. Sim, esse é municipal.
Já que tocamos no tema da retomada da Caio em Ctba. insiro aqui. Passa a régua.
“Deus proverá”