das Jardineiras aos ‘Amarelinhos’, aos articulados (e o tróleibus voltou mas se foi de novo): Santiago, cidade-modelo do transporte americano

“febre amarela”, 1992-2007: relembrando a 1ª padronização de toda américa hispânica.

Centro Santiago decada 80

Santiago, anos 80: muitas jardineiras e micros. Não havia padronização de pintura, integração, corredores nem articulados, como em todas as cidades hispano-americanas.

INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 8 de agosto de 2015

Seguimos descrevendo  o Chile, vamos ver um pouco da evolução dos ônibus de Santiago.

Todas as fotos são dessa cidade, exceto 2 que são de Valparaíso, eu informo na legenda. Imagens puxadas da rede. Os créditos foram mantidos, sempre que eles estavam impressos nas fotos.

Visite as páginas que são fonte de parte das fotos e informações aqui postadas: Tramz.com (especializado em transporte elétrico na América Latina); Buses Urbanos Chile; Chile Buses; Ônibus Brasil; Memória Chilena (sítio da Biblioteca Nacional do Chile); e Buses Joyas.

amarelinho busscar

1992: 1ª padronização de pintura da América Hispânica: Famosos “Amarelinhos”.

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Em outras mensagens eu já falei melhor de como é a rede de transportes em suas duas capitais, Santiago e Valparaíso.

Nessa última ainda opera uma linha de tróleibus em que alguns veículos têm 70 anos.

Então aqui é só pra ilustrar melhor especificamente o modal de ônibus de Santiago.

Como a legenda das fotos já informou.

trolei anos 90-amarelinho

Em 1991 o tróleibus voltou. Teve vida curta, só 3 anos. Em 1994 foi extinto em definitivo. Esse articulado veio importado usado da Suíça, onde os tróleis são comuns (ao lado um ‘Amarelinho’ a dísel).

Até a virada pros anos 90 era como nas demais cidades hispano-americancas, sem qualquer planejamento: 

Era pintura livre, tinham muitos micros e jardineiras (aqueles que são encarroçados sobre chassi de caminhão, aí fica o motor ‘bicudo’ pra frente).

Não há padronização de pinturas ou modelos; não há integração, nem terminais, nem corredores exclusivos, e muito menos articulados.

Até que em 1992 Santiago faz a 1ª padronização de toda a América Hispânica.

Por isso a chamo de ‘cidade-modelo’ do transporte no continente. Todas as linhas da cidade toda (inclui região metropolitana) têm os veículos pintados da cor áurea.

transantiago caio (2)

2007: chega a padronização ‘Transantiago‘, ainda vigente. Repare que nesse Caio brasileiro e em todos acima – incluso o trólei – a linha é pintada no letreiro, logo o veículo tem que ficar fixo nela. Essa pintura com fundo branco e faixa verde foi abandonada.

É a ‘época dourada’ dos ”Amarelinhos”, que durou até 2007. No Chile o período foi batizado de “Febre Amarela”.

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Amarelos em baixo, geralmente brancos dos vidros pra cima, mas alguns eram negros ao redor das janelas.

Vários eram brasileiros (o do topo da página a direita era um Busscar, por ex.), mas a participação das fábricas chilenas ainda é forte.

Muitos motoristas não se conformam com a padronização, e decoram o veículo com enormes adesivos,, pra manter um rasgo de personalidade própria. 

Em Porto Alegre-RS havia ocorrido o mesmo, um década antes.

amarelinho micro anos 90-00 (1)

Micro ‘Amarelinho‘. A linha é pintada no vidro, não dá pra trocar.

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Mas, voltando ao Chile, não teve mesmo jeito:

Todos os ônibus ficam unicolores em amarelo, incluso as jardineiras, que nesse momento são mantidas no sistema, apenas repintadas.

Tem mais: alguns busos chilenos também tiveram ‘capelinha’.

amarelinho comil capelinha

Segura essa: No Chile os busos também tiveram ‘capelinha‘!!! É mole ou quer mais??? Esse é um Comil brasileiro.

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Pra quem não conheceu o Sudeste brasileiro – e também a capital gaúcha – nos anos 70 e 80 (no Rio até os 90) trata-se de um letreiro menor.

Que contém apenas o número da linha, e vai acima do principal onde consta o nome da linha.

Alias, no Chile dessa época a linha vinha pintada no ônibus, que portanto tem que ficar fixo nela.

É assim em toda América Hispânica, foi assim também em Belo Horizonte-MG e Belém-PA, até que o advento do letreiro eletrônico dizimou/vem dizimando essa peculiaridade.

amarelinho chileno2

Como vê, vários eram brasucas. Mas no milênio passado os fabricantes chilenos ainda tinham boa fatia do mercado de seu próprio país. Aqui um Inrecar.

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Em 1991 o tróleibus voltou. Mas durou apenas 3 anos e foi eliminado em definitivo em 1994.

Cronologia dos tróleis em Santiago:

1940: Construção de uma linha experimental.

Só fez duas viagens-teste, não houve operação comercial.

1947/1978: Era gloriosa desse modal na capital do Chile.

No auge (perto da virada pros 70) eram 200 km de rede elétrica, divididos em 10 linhas. 

amarelinho ciferal frente rosa

Vários frotistas se revoltaram contra a padronização amarela e continuaram a personalizar seus busos. Esse mudou a frente pra cor-de-rosa e fez o número da linha na lateral ‘pegar fogo‘. De resto, repare no que já falamos: linha pintada no vidro, Ciferal brasileiro.

Que eram operada por nada menos que 200 veículos.

Porém a partir da subida a força de Pinochet ao poder (1973) o governo perde o interesse em financiar esse tipo de transporte de massas não-poluente.

Assim ele é extinto em 1978.

Em 1990, Augusto Pinochet entrega o poder, de forma pacífica, após perder plebiscito que ele organizara em 1988.

1991: os tróleis retornam a Santiago.

 Apenas 1 linha, de 7 km, servida por 32 ‘carros’.

amarelinho chileno (4)

Esse também decorou bastante. Carroceria Metalpar, de fabricação chilena.

Justo no mesmo ano em que começam a pintar os busos a dísel de amarelo. Repare nas fotos:

Os elétricos tinham pintura própria. Mas eles também adotaram a padronização de escrever o número da linha bem grande em amarelo.

Mas não dá certo. Enfrentando diversos problemas, os tróleibus deixam de existir em 1994, dizendo ainda mais uma vez.

amarelinho marcopolo decorado

Outro que foi personalizado pelo dono. Note que não tem o número da linha na lateral, ou seja está irregular. Marcopolo brasileiro.

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E assim, pelas décadas de 90 e boa parte da de 2000, os amarelinhos reinam soberanos.

Pintura padronizada, mas não há corredores, integração nem articulados.

Tampouco há muitas exigências na renovação de frota, as mesmas latas-velhas de antes continuam circulando, apenas repintadas.

Em 2007 surge o sistema Transantiago, que mudaria tudo isso.

Modernos corredores são operados agora por articulados. Há integração no cartão, são 3 viagens amarelinhos protestocom uma passagem. Além de alguns terminais.

E são impostos padrões mais elevados de renovação e manutenção da frota.

Por isso frotistas protestaram bastante, e tentaram impedir a implantação do Transantiago.

transicao

Transição: um micro ‘Amarelinho‘ de fabricação chilena (linha pintada no vidro) ao lado de um moderno Transantiago, Marcopolo brasileiro com letreiro eletrônico.

Em 2007 por diversas vezes eles trancaram as principais avenidas da cidade.

Numa tentativa de angariar apoio pra sua causa. A esquerda uma dessas manifestações.

Não teve jeito. O Transantiago foi implantado.

Ninguém foi excluído do sistema, os antigos operadores continuaram com o direito de trabalhar.

Mas tiveram que modernizar a frota. Nesse ponto a então (e atual) presidente Michelle Bachelet foi irredutível.

transicao (2)

Repete-se tudo que escrevi na legenda a direita. Apenas o veículo de fabricação chilena Inrecar não é micro, mas tamanho normal.

Os busos antigos, que eram museus ambulantes, tinham que ser substituídos por veículos novos e modernos.

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Essa situação não é exclusiva do Chile.

No Peru e no México (entre outros), quando a rede de transporte foi modernizada e se impuseram padrões mais civilizados de conservação dos veículos, os frotistas tentaram de toda forma impedir o avanço.

No caso mexicano presenciei pessoalmente esse conflito, que se desenrolava quando visitei Acapulco, em junho de 2012.

Por conta dessa exigência 100% dos ônibus que operam em Santiago hoje são brasileiros.

Santiago, 1990: Pintura livre, jardineiras, Monoblocos brasileiros, micros, tudo junto e misturado, sem nenhum tipo de regulamentação.

100%, não há um sequer que não seja (essa era a realidade em 2015, quando estive lá. Podem ter havido alterações desde então).

Pois as fábricas brasileiras têm mais capital e tecnologia que as chilenas.

Por isso monopolizaram o mercado lá, sufocando as locais.

A isso me refiro ônibus de tamanho normal e articulados.

Entre os micros é meio-a-meio, boa parte são brasileiros mas nesse nicho ainda há muitos ônibus fabricados no Chile rodando em seu próprio país.

Na Colômbia tudo se dá de forma muito parecida com o Chile, tanto a composição da frota (com quase exclusividade brasileira entre os não-micros) como a progressão da pintura livre pra padronizada, implantação de metrô e corredores exclusivos, etc.

transantiago mapa rede estações linhas buso ônibus chile transporte faixas regiões cores pintura linhas metrô………….

 O Transantiago dividiu a cidade em 9 faixas (além do Centro).

Veja o mapa a esquerda. Os busos passam a ser pintados conforme a região da cidade que operam.

Como é em São Paulo, Porto Alegre, mais recentemente o Rio e Salvador-BA, além de várias outras cidades.

Observe no canto inferior direito do mapa:

No começo havia uma pintura especial pro ônibus ‘troncais’, ou seja, que cruzavam mais de uma transantiago coresregião. Eles eram brancos com uma faixa verde.

Nos demais é invertido, eles são coloridos com uma faixa branca.

Entretanto, não existe mais essa pintura especial pros ‘troncais’. Estive em Santiago em 2015, e constatei essa mudança.

Transantiago brasileiro

Maipú é na Zona Oeste de Santiago. O buso deveria ser verde, mas é laranja, cor que pertence a Z/L. Finada Busscar, descanse em paz.

Agora as linhas troncais são feitas por busos de mesma cor que todos os outros.

Se ele serve duas regiões, usa-se a cor de uma delas pra fazer a linha:

Não há mais uma diferenciação especial só pra essa categoria.

Por exemplo, eu voltei a pé de Maipú, no extremo da Zona Oeste da cidade, até o Centro a pé.

PY6031 - Dimex Casabus - 404e

Fundo branco, ônibus troncal. Ou seja, passa por mais de uma região, assim não tem a cor de nenhuma. No entanto essa pintura neutra foi eliminada.

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Vim pela Avenida dos Passarinhos, que foi tão retratada em minha série sobre o Chile.

Tanto em Maipú quanto no retorno pro Centro vi diversos busos laranjas servindo a Zona Oeste, fotografei alguns.

Mas ali é a região verde-escuro. Laranja é Zona Leste, do outro lado da cidade portanto.

Por que ocorre isso? Porque esses veículos fazem linhas troncais, que ligam as Zonas Leste e Oeste.

transantiago Caio (3)

Essa cor cinza também foi extinta. Não é de nenhuma região, logo deveria ser uma pintura também específica pra um tipo especial de linha que atravessasse 2 ou mais faixas do Transantiago. Mais uma transição: pintado no padrão novo, mas o número da linha ainda é no padrão anterior, amarelo.

Por isso eles têm a cor da empresa da Z/L, mesmo adentrando profundamente na Z/O.

Já que pintura de fundo branco e faixa verde, que antigamente cumpria esse papel, não existe mais.

É isso que estou tentando apontar.

Porque de fato a Z/O ainda é verde-escuro, a maioria dos busos ali é nesse tom.

E os da Z/L (Peñalolén, Cidade da Rainha) de fato são laranjas, também fui lá e comprovei.

Quando o busão fica só numa região, é da cor que o mapa indica.

Mas quando serve duas, há esse transbordamento, já que a pintura neutra foi eliminada.

Av. Espanha Valparaiso ano 1987

Av. Espanha, Valparaíso, ano de 1987 (clique pra ampliar). Nessa postagem o foco é Santiago. Mas incluo essa foto pra mostrar que na 2ª maior cidade do Chile (quando dessa tomada o congresso ainda não era lá, pois era tempo da ditadura Pinochet, em que o Chile não teve congresso) a situação dos ônibus era a mesma de Santiago: um samba-do-crioulo-doido, pintura livre, sem qualquer regulamentação.

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Enfim galera, eu já descrevi e fotografei como funciona atualmente o transporte de Santiago nessa outra postagem.

Agora é só pra fazer um apanhado, que está feito, e mandar mais fotos. Então vamos a elas:

Começamos mostrando mais tróleibus que circularam em Santiago, 1991/94.

Geralmente eles eram brancos com uma ‘saia’ azul escura e uma faixinha vermelha por cima.

Mas nem todos.

Houveram alguns inteiro vermelhos.

amarelinho micro

Mais 1 jardineira de motor saltado, que não existe mais em Santiago. Mas no Paraguai, Colômbia e México ainda aos montes.

O ‘EcoTrol’ da 3ª foto era branco com detalhes em azul e verde.

Enfim, passa o boi passa a boiada.

Repare que em várias tomadas eles dividem as ruas com os ‘Amarelinhos’.

Como não poderia deixar de ser.

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Clique pra ampliar as fotos, o mesmo vale pra todas.

trolei anos 90trolei - micro amarelinhotrolei (2)trolei ex-suica - amarelinhotrolei - amarelinhotrol-arttrolei (3)trolei

valparaisoATUALIZAÇÃO SETEMBRO DE 16:

Várias fotos antigas do Chile. A esquerda é Valparaíso. Jardineira, pintura livre. Atrás um tróleibus verde.

Voltamos a Santiago. Muda a cidade, o resto é ‘idem’. Jardineira, pintura livre. A direita.

Por incrível que parece, a carroceria desse buso é…Caio Gabriela!!! É isso mesmo.santiago1

Uma época a Caio fabricou pra exportação o chamado ‘Gabriela Andino’, ou seja, Gabriela Jardineira, carroceira de ônibus sobre chassi de caminhão.

Abaixo, uma época de transição. Jardineira já pintada de ‘Amarelinho’.

Na sequência horizontal que vem a seguir:

jardineira1 e 2) Santiago, antes da licitação de 1992. Várias jardineiras, e independente de ser ‘bicudo’ ou ‘cara-chata’, sempre com pintura livre; 3) Outro flagra da transição, garagem de uma viação em Santiago:

O buso ao centro (pelo para-brisas acredito que de fabricação argentina) ainda na pintura livre, mas já com o número da linha (207) adesivado em amarelo na lateral. O que está ao fundo, da mesma linha, já inteiro amarelado. A entrada era por trás.

santiago2  santiagosantiago3

amarelinho chileno capelinha

Mais um de fabricação chilena e com capelinha. Tinha até cortinas, coisa chique!

Agora vamos ver mais alguns ‘Amarelinhos’.

Repetindo, houve a exigência da cor única no veículo – e mesmo essa fiscalização não tããão rigorosa assim, como se nota . . .

Mas de resto os mesmo ônibus velhos – e em muitos casos caindo aos pedaços – continuaram operando, enquanto durou esses sistema.

Vários brasileiros, outros chilenos mesmo. Correção de abril.17: anteriormente escrevi que a Metalpar era argentina. Um leitor retificou que essa indústria é chilena. amarelinho Caio (2)

Acabo de retornar da Argentina e constato que a Metalpar é muito forte lá (veja matéria específica com muitas fotos), creio que a líder do mercado.

E tem uma fábrica na Argentina. Mas o capital e tecnologia são chilenos, vide a seção se comentários.

Volta o texto original: a linha era sempre pintada no veículo, fixa portanto. Alguns eram decorados ao extremo. Uma tentantiva de ‘despadronizar’ o recém-padronizado. Veja esse Caio brasileiro a direita, o cara inseriu até uma bandeira sabe-se lá de onde na lateral.

amarelinho chilenoamarelinho chileno1amarelinho caio ano 1998amarelinho chileno (2)amarelinho caioamarelinho chileno (3)amarelinho chileno (5)amarelinho chilenoamarelinho marcopolo

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transantiago chileno

Esse não é ‘Amarelinho’, é Transantiago. É que uma das faixas da cidade é amarela. Inrecar de fabricação chilena, linha pintada no vidro. Breve essas duas características desapareceriam do sistema, agora é só brasileiro com letreiro eletrônico.

E fechamos com os Transantiago.

Dizendo ainda mais uma vez, a princípio alguns ônibus bem antigos foram repintados nesse padrão.

Mas por pouco tempo. Passada a transição, tiveram que renovar a frota.

Hoje os ônibus de Santiago são bem novos. Apenas são extremamente sujos e mal-cuidados, o que lhes dá um aspecto horrível.

Eu já ativei a ligação onde você pode conferir meu relato da situação ‘in loco’.

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varios transantiago

Transantiago: busos de várias cores juntos numa apresentação de frota.

Vamos nessa. Puxando a fila os ‘troncais’, fundo branco. Essa pintura não existe mais, como já foi enfatizado muitas vezes.

Ônibus fabricados localmente também só em fotos, exceto alguns micros.

E mesmo assim vários são brasileiros, o que está mostrado aqui é Volare/Marcopolo. Note que alguns são ‘micrões’, ou seja, de altura e largura normais, mas mais curtos.

Outro detalhe: no Chile não é tabu pintar os ônibus de rosa. Enquanto isso aqui no Brasil em São Paulo tentaram uma vez. Mas as viações basicamente se recusaram a cumprir  . . .

Transantiago Busscar abril 2010Transantiago Caio agosto 2009transantiago caiotransantiago chileno1Transantiago Marcopolo marco 2011Transantiago Busscar dezembro 2007H09 - YY6463 - gran viale mbtransantiago busscartransantiago caio1transantiago marcopolosbuso letreiro eletrônico vidro preto motor tras neobus transantiago chile vermelho branco terminaltransantiago micro marcopolo

 Que Deus Ilumine a todos.

“Deus proverá”

3 comentários sobre “das Jardineiras aos ‘Amarelinhos’, aos articulados (e o tróleibus voltou mas se foi de novo): Santiago, cidade-modelo do transporte americano

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