Transgenia Busófila (e Automotiva em geral)

Rio de Janeiro virada anos 70-80

“Romeu & Julieta: R. de Janeiro, virada dos anos 70-80.

INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”

Organizado e levantado pra rede em 5 de abril de 2015

Publicado em emeios entre 2012 e 2014

São Paulo também teve ‘Romeu-&-Julieta‘. Esse em linha metropolitana pra Guarulhos.

Quase todas as imagens baixadas da rede. Eu mantive os créditos, sempre que eles estavam impressos nas fotos.

As tomadas que forem de minha autoria identifico com um asterisco (*).

Veja mais transgenia automobilística: América e Oceania. E aqui na Ásia.

É um ônibus? Caminhão? Caminhônibus????

…………

Diversas postagens desse sítio foram originalmente emeios.

Quando vários emeios são curtos e tratam do mesmo tema, fundo-os em uma única mensagem. É o caso aqui. E o tema, como o título já entregou, é:

Transgenia Busófila e Automotiva.

Ônibus e demais veículos automotores que operam em condições curiosas.

Muitas vezes modificados já de fábrica, outras vezes artesanalmente, mas sempre de maneira distinta do que seria esperado.

Transgenia buso caminhão azul baú gabriela caio foz iguaçuComeçamos pelo emeio que encorpou e nomeou a série como “Transgenia Busófila”.

Publicado em 4 de outubro de 2013.

Continha a foto a esquerda, e o texto era esse:

Certo dia andava eu pela BR-116, no extremo da Zona Sul, entre os bairros Tatuquara e Cidade Industrial, em frente o Ceasa.

Quando vi parado num posto esse caminhão, digo, esse ônibus, digo, esse ônibus-caminhão.

Uberaba, Z/L de Curitiba, fev./14 (*). “Jacaré Azulão“: transgenia suave, só uma repintura. Todos os ‘Jacarés’ eram laranjas de fábrica, a frente um clássico. Fiz uma matéria com muitas fotos pra homenagear esses brutos.

Ah, quer saber, sei lá o que é isso. Um dia foi um busão, ultra-ultra-clássico Gabriela que levou esse país nas costas.

Mas aí desencarroçaram o bichão e meteram um baú no lugar. Veja, a porta continua de ônibus.

Tanto que o motorista (e eventuais acompanhantes) tem que entrar e sair pela direita.

………

É comum retirarem a carroceria velha de um ônibus e colocarem outra mais nova no lugar.

Transgenia motorizada, porém suave. Veja exemplo de um ônibus que teve a carroceria arrancada e enxertada outra no lugar, incluso de outro fabricante. Se tudo fosse pouco é um tróleibus-articulado.

Agora, desencarroçar um busão e colocar baú de caminhão, e ainda mantendo a frente do ônibus, é a primeira vez que vejo.

Ônibus-Zepelim: Belém do Pará, 1957.

Diz a música: “Gabriela, eu nasci assim”.

Acontece que esse Gabriela não nasceu assim, foi uma transgenia busófila das mais agudas.

(Nota: Um colega que também é busólogo foi mais exato e fez uma retificação. Disse:

Acho que é ao contrário, colocaram só a frente de busão, é trucado e bem curto.”

Ou seja, a frente do ônibus é que foi implantada sobre o chassi de caminhão, e não a traseira do caminhão sobre chassi do ônibus.

lanchonete

Ônibus-letreiro publicitário na Rodoviária Tietê, SP: antes esse bichão parava lá, a galera embarcava e ele zarpava, riscar as estradas desse Brasilzão. Agora cortaram a frente dele, que serve de marca registrada de uma lanchonete que há no andar superior.

Ele deve ter razão, em verdade já havia cogitado essa possibilidade.

Apenas eu me foquei mais no detalhe gráfico, lúdico, da história que na parte técnica.

Já que houve essa contribuição aumentando a acuidade, repasso a vocês. Encerra-se a nota, volta o texto original.) 

………

A foto não é de minha autoria. Mas aí esse ônibus-caminhão foi pra Foz do Iguaçu-PR, e lá foi clicado.

Então você podem ver o híbrido e chegar a suas próprias conclusões.

E só pode ser o mesmo veículo, duvido que existam dois nessa configuração em toda a face da Terra. Isso só pode ter saído de uma cabeça bem criativa. É a vida….

(Como já esclareci acima, depois descobri que há vários outros ‘caminhônibus pelo planeta. Mas o choque pelo inusitado dessa transgenia permanece . . .)

“Ônibus-Balsa” na Grande João Pessoa-PB: um barco em que soldaram carroceria de busão.

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Aqui se encerra o primeiro emeio. Agora, Deus é o ‘Cara gozador’.

Por incrível que pareça, existem sim dois veículos nessa configuração. E o segundo foi clicado em . . . . Foz do Iguaçu, novamente.

Por isso, quase um ano depois, veio a continuação.

Foz do Iguaçu: transgenia motorizada segue a milhão

Publicado em 23 de setembro de 2014.

Retratando mais curiosidades do automotor, vamos dar mais uma parada hoje em Foz do Iguaçu.

Terra que produziu algumas metamorfoses bem significativas nesse campo.

A direita outro Caminhônibus (??????): a imagem fala por si só.

Romeu-&-Julieta, Florianópolis, anos 80.

Veja o comentário do autor, grande busólogo do Oeste Paranaense:

Aqui em Foz do Iguaçu existem apenas dois modelos nesse padrão”.

“Apenas dois”???????, o cara fala com uma naturalidade que você até bota fé!!!

Como assim, irmão? Creio que só existem esses dois exemplares desse enxerto em todo planeta.

E os dois são de Foz. Pra eles lá creio que o inusitado é a regra..

Buenos Aires, 2017: dois ‘caminhônibus’ juntos (*). Leia sobre os detalhes nessa matéria específica sobre o transporte argentino.

(Notas: primeiro e mais importante, não leve as palavras ao pé da letra. Não quero ofender Foz do Iguaçu, ao contrário.

Gosto muito dessa cidade, que já visitei 4 vezes [1985, 1988, 2002 e 2006] mesmo sendo a mais de 600 km de Ctba. .

Quero apenas dizer é curioso, desconhecido. Minha intenção é homenagear Foz, e não depreciar, ok?

Segundo: descobri depois, não, não há apenas dois ‘caminônibus’ no mundo.

Há vários outros exemplares dessa excentricidade. Flagrei pessoalmente mais 2 juntos em Avellaneda, Zona Sul da Grande Buenos Aires-Argentina em março de 2017.)

Romeu Julieta trangenia buso branco veneza marcop foz iguaçuEsquerda: Romeu & Julieta na ativa em 2012!!!!!: essa transgenia não foi criada em Foz. Trata-se obviamente do pai do articulado.

Foi comum no começo dos anos 80, especialmente em Porto Alegre-RS e no Rio de Janeiro.

Logo na abertura da matéria vemos um ‘Rô & Jú’ no RJ, início da década de 80.

Abaixo eu falo mais especificamente desse tipo de transgenia.

Voltando ao Paraná. Esse modelo não é típico de Foz do Iguaçu.

Sequer chegou a circular pelo transporte regular dessa cidade, nos anos 80.

Porém agora, 3 décadas após ter sido desativado em toda parte, sobrevive lá.

Lugar profícuo pra transgenia busófila, notamos.

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casa móvel articuladaA direita, Casa-móvel articulada (originalmente um ônibus Volvo/Marcopolo):

Primeira vez que vejo, e logo em Foz do Iguaçu. 

Óbvio, o princípio dos veículos automotores é serem móveis, por sua própria definição.

Assim, já vi pessoalmente o ‘caminhônibus’ Gabriela azul num posto aqui na Zona Sul de Curitiba.

Uni-Mog: Transgenia híbrida que mistura os modais de jipe e caminhão. Caminhão Mercedes, no caso. Mais um ‘Pé-Grande’, abaixo veremos outros.

E a casa-móvel pertence a um circo, depois de Foz já foi clicada no Nordeste Brasileiro. 

Em Salvador-BA e Maceió-AL, dessa última vem a foto a esquerda.

Agora, tomei conhecimento dele pela foto de Foz, cidade que também produziu outras cenas motorizadas peculiares, como está evidente.

Foz do Iguaçu é um lugar singular. Contando os subúrbios, é uma cidade que se espalha por 3 países.

Assim, se liga o rádio ouve transmissões em 2 idiomas, de 3 países distintos. Por isso:

urbana internacional

Linha Urbana (2 portas, roleta) Internacional Foz x Cid. do Leste: 1 cidade, 3 países

Vejam na foto ao lado mais uma excentricidade, uma linha “urbana internacional”. Foz x Cidade do Leste (Paraguai).

Resultando que traz na lataria as cores das bandeiras brasileira e paraguaia.

Foz, Cidade do Leste e Porto Iguaçu (Argentina) são as “Cidades Tri-Gêmeas”.

Espraiadas em 3 países distintos (daí a região ser conhecida como “3 Fronteiras”).

São tão umbilicalmente ligadas que formam uma única urbe, uma e a mesma cidade, tri-nacional.

Atualização. A esquerda vemos um Torino da Celeste.

Essa empresa pertence a Pluma.

Que nos anos 80 dispensava essa marca-fantasia de ‘Celeste’ e escrevia seu próprio nome na lataria da frota.

haragano - grande porto alegre

Tribus Urbano, uma transgenia leve, só ‘trucaram’, ou seja adicionaram o 3º eixo. Esse é o ‘pai’ de todos os Tribus urbanos brasileiros, também da Canoense/Vicasa que será mostrada abaixo, da Gde. Porto Alegre.

Acima um São Remo na linha urbana internacional Foz/Cidade do Leste.

Alias tem mais um detalhe.

Clique sobre a imagem pra ampliá-la e aí poderá ler que a linha na época se chamava “Foz x  Presidente Stroessner”,:

Antigo nome da cidade enquanto ‘Dom’ Alfredo comandou o país, até 1989.

A Pluma é famosa por suas linhas de viagem, especialmente a Curitiba x Foz do Iguaçu, e no passado operou também Curitiba x Porto Alegre via Serra.

E, vejam vocês, ela também já teve busos com catraca e 2 portas. Em linha urbana que une 2 países diferentes.

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Monobloco 1 (0-362) com 3 portas??? Só pode ser transgênico. E de fato é, de fábrica vieram duas. Outra forma leve de transgenia.

Em Rio Negro/PR e Mafra/SC há algo similar, mas em escala menor. Ali é 1 Cidade, 2 Estados. Que contam com ônibus urbano inter-estadual.

Acontece que em Foz do Iguaçu vai muito além: é possível pisar em 3 países com apenas uma linha de ônibus urbana.

Não me refiro ao ônibus mostrado acima a direita, que liga o Brasil ao Paraguai, mas passa bem longe da Argentina.

Porém, a esquerda vemos que há outra linha “urbana internacional”:

Que sai do Centro de Porto Iguaçu-Argentina, cruza boa parte de Foz do Iguaçu, no Brasil obviamente. E tem seu ponto final na ponte que liga Foz ao Paraguai.

Linha Brasil x Argentina: o ponto final é na frente da ponte pro Paraguai, logo com 1 ônibus urbano você conhece 3 países.

Ou seja, o trajeto do ônibus não é tri-nacional, mas por te deixar na ponte basta cruzá-la a pé. A isso me refiro a linha Porto Iguaçu x Foz do Iguaçu. Argentina/Brasil portanto.

Aliás, sabe o que também termina na Ponte da Amizade Brasil x Paraguai? A rodovia BR-277.

O começo dela é em Paranaguá, na outra ponta do Paraná portanto.

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Porto Alegre

Porto Alegre, começo dos anos 80. Esse Romeu & Julieta e também o da foto em preto-&-branco abaixo eram metropolitanos. Esse ia pra Alvorada, Zona Leste.

De volta pra Tríplice Fronteira: uma linha de ônibus urbana, 3 países.

Tem mais: fiquei sabendo esses dias que há uma outra linha, Porto Iguaçu x Cidade do Leste, via Foz do Iguaçu.

Ou seja, Argentina/Paraguai via Brasil. Aí sim uma linha tri-nacional de fato e direito.

Porém nesse caso específico é proibido embarcar ou desembarcar no Brasil, pra não concorrer com as demais linhas, que são de outros permissionários.

Seja como for, são dois casos em que com uma passagem urbana você conhece nada menos que 3 nações.

Só em Foz mesmo.

Uma terra curiosa, sem dúvidas.

Pensando por esse viés, talvez mesmo toda essa transgenia seja o normal deles.

Daí o cara realmente não está ironizando quando diz que em Foz há “apenas” 2 ‘caminhônibus’.

É Foz do Iguaçu, caramba!!!!!!!!

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Aqui fecha o emeio. Agora aquele que trazia aquele ônibus com reboque:

Quando o ‘Romeu & Julieta’ rodava . . .  Na Suíça ainda roda

Tróleibus Romeu & Julieta na ativa em 2012 – Lucerna, Suíça.

Foi publicado em 13 de outubro de 2012.

Conhece o Romeu e Julieta?

É um ônibus com reboque, o pai do articulado. Circularam no Brasil na virada dos anos 70 pros 80. Porto Alegre e Rio de Janeiro tiveram vários deles.

Em menor número, houve também em Brasília-DF, Florianópolis-SC e Belém. Acabo de atualizar a postagem com fotos das capitais catarinense e paraense.

Porto Alegre virada dos anos 70-80

De volta ao Brasil: já esse aqui ia pra Canoas ou Cachoeirinha, Vale dos Sinos, Z/N da Gde. P. Alegre. Tanto o ‘Romeu’ quanto a ‘Julieta’ já estão com o nome ‘Vicasa’.

Se achar na internet da capital federal eu mexo na postagem de novo. Seja como for, aqui em Curitiba só por 2 dias, em 1976. Foi testado, mas não aprovado.

O detalhe é que o reboque só era encaixado no horário de pico. Essa era a vantagem.

A desvantagem é que tinha que ter 2 cobradores, um em cada vagão.

Na mesma época, filma os saudosos Monoblocos rasgando esse Brasilzão de norte a sul.

Vejam vocês, no Peru não há saudades, os Monos ainda rodam (escrito em 2012).

Então agora veja isso: apesar de colorida, essa imagem é mais antiga que a da direita. Pois aqui ainda está escrito ‘Canoense’ na lataria. E a pintura é também é outra.

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Obviamente a Suíça é uma país completamente diferente do Peru. Mas tê um ponto em comum:

Estilos de ônibus que já foram aposentados no Brasil ainda estão ativa, hoje, nesses lugares.

Como explicado acima os Monos estão circulando por Lima até agora. Pois bem.

Na Suíça, é o Romeu-&-Julieta que ainda existe. Veja um deles na cidade de Luzerna, ou Lucerna pra alguns. Tróleibus Romeu & Julieta, inclusive. Fica na parte da Suíça que fala alemão.

vicasa1

E aqui nós flagramos a transição. ‘Vicasa’ no Romeu, ‘Canoense’ na Julieta. Cada um com um nome, e uma pintura. É a mesma empresa, porém: ‘Vicasa’ é a ‘Viação Canoense S/A‘.

A cidade tem todos os tipos de ônibus: articulados, pitocos e Romeu & Julieta, e todos eles nas versões trólebus e dísel, totalizando 6 modais. Paraíso da busologia, hein?

E como: a Suíça é um dos países que mais têm redes de tróleis em todo o planeta.

Ao lado da Itália, é a única nação entre as que não foram comunistas a terem atualmente mais de 10 cidades com ônibus elétricos rodando.

Confira também os tróleibus chilenos. Alias, vários dos bichões elétricos que rodam ou rodaram em Santiago/Valparaíso foram importados usados da Suíça.

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Parece estar abastecendo.

ÔNIBUS-ZEPELIM: ISTO É BELÉM DO PARÁ –

Esse emeio é de 11 de setembro de 2014.

A matéria da finada revista estadunidense ‘Life’ é de 1957. Nem é preciso dizer muito. A excentricidade do negócio é auto-explicativa e evidente.

Só mesmo em Belém podia rodar um troço dessa magnitude!!!

Sem uma foto da chuva diária não é Belém!

Homenagem, claro, ao Zepelim original, um misto de balão e avião que foi o antecessor do avião moderno.

Inventados na Alemanha, a partir de 1933 trouxeram inclusive a suástica nazista na cauda.

Mas não duraram muito, o incêndio num Zepelim perto de Nova Iorque/EUA, em 1937, pôs fim a era dos Zepelins nos Céus.

No entanto, como Energia nunca se perde, apenas se transforma, o Zepelim ressurgiu como ônibus. Vejamos mais Zepelins paraenses:

atualizações (junho e julho/2015): buso-cofre, buso-varal, buso-museu ambulante, ônibus-túnel do tempo, e mais o ‘trem-bala’ mineiro

Mais transgenia:

Na periferia de Valparaíso-Chile um micro Carolina virou varal . . .

Já contei melhor essa história em outra mensagem.

E aqui eu descrevo como são os morros de Valpo, ilustrado com dezenas de imagens.

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Carro-forte, o veículo que leva dinheiro, você já viu as montes nas ruas.

Agora, e “ônibus-forte”? Ou se preferir ônibus-carro-forte. Esse você já viu? Um ônibus-cofre.

Pois aqui em Curitiba existe. Veja ele acima e ao lado.

Antes um veículo normal, com 3 portas. Que fazia linhas na Zona Leste pois pertenceu a Cristo Rei.

Ciferal Alvorada ônibus-tanque, flagrado em Mauá, Grande São Paulo.

Ao sair do serviço regular virou carro-forte

Ele percorre as canaletas recolhendo o dinheiro do caixa que está nos tubos.

Sua função é exatamente não deixar que se acumule um volume de dinheiro muito grande nos tubos, pra evitar roubos.

Alguém então poderia pensar: “Oras, então é só assaltar esse ônibus”.

Outro Alvorada: caminhão-basculante leva areia e brita pras obras no Espírito Santo.

Ops, pense outra vez, pro seu próprio bem:

Dentro dele há homens fortemente armados.

Qualquer um que tentar atacá-lo terá nessa péssima ideia seu último ato da presente existência.

É um carro-forte como qualquer outro. Leia o comentário do autor da foto.

Apenas foi reaproveitado  um simpático Amelinha que venceu a vida útil na frota da viação.

ônibus-museu: celebrando a democracia brasileira

Esse bi-articulado da Cidade Sorriso virou um museu ambulante.

Embandeirado com o pavilhão da Pátria Amada em 2014.

Pracomemorar os 30 anos do 1º comício pelas ‘Diretas Já’, em 1984.

onibus-museu1Uma verdadeira aula de civismo !!!

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Já vimos os “trens-bala” curitibanos, o da Zona Leste e também o da Sul.

E agora essa:

em curitiba, circular sul. mas no interior de minas ele virou ‘trem-bala’

‘Antes & Depois’:

Veja a direita o VD971 fazendo a linha Circular Sul, também pela Cid. Sorriso.

O ‘V’ no prefixo (ao invés do ‘G’ que é o código dessa empresa) e a placa branca se devem ao fato que depois que os bi-articulados vencem a vida útil passam a ser propriedade da prefeitura.

trem-bala em mgContinuam sendo operado pelas viações particulares, mas são agora parte do erário municipal.

Como ocorria com a antiga ‘Frota Pública’ implantada em 1987.

A diferença é que Frota Pública foi pública desde o início, comprada pela prefeitura.

Os ‘VD’s’, como esses busos são chamados, foram adquiridos pelas empresas privadas.

E em nome delas permaneceram em sua 1ª década.

2011 trólei café lanchonete z/c bogotá colômbia ex era buso trol branco faixa vermelho laranja emblema logo brasão distrito capital dc df

Trólei-café: em Bogotá antigo tróleibus virou lanchonete.

Passaram pro patrimônio estatal apenas a partir do 11º ano de existência no sistema.

Enfim, é só uma curiosidade, só pra explicar o porquê da chapa branca.

Nosso foco não é o serviço de transporte de passageiros que ele prestou em Curitiba.

E sim seu destino ao sair do sistema regular da capital paranaense: 

Vendido a um parque de diversões ou algo similar, ele virou um “trem-bala” no interior mineiro.

interior dentro salão mesas balcão tv geladeira bebidas trólei café lanchonete z/c bogotá colômbia ex era buso trol

Salão do veículo. No lugar de motorista e cobrador, balconista e garçom. Na Europa há algo similar.

Flagrado na cidade de Ituitaba. Sem vidros, e todo repintado, inclusive nas rodas.

Dessa vez não ocultei as placas pra comprovarem tratar-se do mesmo ‘carro’. Mas nem é preciso.

Mantive a fonte, o endereço de onde ele foi baixado, no sítio Ônibus Brasil.

Pela ligação acima você poderá ver na mesma página ele ‘antes’ aqui no Paraná e ‘depois’ em Minas Gerais.

Eita trem bão, sô!!!

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direto do passado, eis “o ônibus do futuro”

onibus-exposição ambulante4Repasso a vocês colaboração de um colega, a quem agradeço aqui.

Na década de 1930 a GM estadunidense lançou o “ônibus do futuro”. Foi fabricada uma leva deles.

Era uma feira expositora sobre rodas.

Sua função era percorrer em comboio os EUA, expondo as maravilhas da tecnologia da ‘General Motors’.onibus-exposição ambulante1

A começar pelos próprios veículos, que já eram uma atração a parte, né?

Mas veja ao lado, ao estacionar ele abria a lateral e virava um grande parque de exposições.

onibus-exposição ambulante3A esquerda o ‘Combio do Futuro’ da GM chega a cidade de Savana, litoral da Geórgia-EUA, em 1953.

Reproduzo pra vocês partes do texto de uma matéria publicada sobre o tema, abaixo).onibus-exposição ambulante

”   Lá pelo meio dos anos 30 (…) o chefe de tecnologia da GM teve uma ideia:

Fazer uma exposição itinerante que mostrasse ao povo ianque o admirável mundo novo que se anunciava no futuro. 

onibus-exposição ambulante2Televisão, som estéreo, geladeiras modernas e fornos de micro-ondas eram motivos de queixo caído para o povo estadunidense.

Que de quebra podia conhecer os novos produtos sobre rodas da Grande Mãe. (…)

Como os doze ônibus construidos eram muito pesados, verdadeiros palcos ambulantes com geradores a diesel de 200 kW para sustentar as luzes do teto e internas. onibus-exposição ambulante5

Acionado por sistemas hidráulicos complexos tocados pelo motor principal, cada um deslocava 13 toneladas.

Os tanques de combustível acolhiam 170 litros cada um, perfazendo 340 litros. Imagine o consumo de gasolina…médias de um por um. (…)

Em 1956, a própria invenção que era mostrada nos Futurliners, a televisão, matou o interesse do povo em ver esses eventos e os ônibus foram doados ou vendidos.   “

precisa restauroAlguns exemplares foram preservados, e ainda circulam, como vê acima.

Já esse a esquerda não teve a mesma sorte. Pra ficar como novo a reforma custa US$ 200 mil. Vai encarar?

Se você quiser mais detalhes técnicos acesse a ligação pra fonte, que lá há a ficha completa.

Bonde? Barco? O quê?

Cabedelo-Lucena 1

AGORA PEGOU PESADO: TRANSGENIA MOTORIZADA ANFÍBIA

 DIRETAMENTE DE JOÃO PESSOA-PB

Publicado em 24 de setembro de 2014

Agora vamos contar com a colaboração de um colega, o “Especialista em Balsas” da coluna.

O texto e fotos desse emeio são de autoria dele: apresentamos o “Ônibus-Balsa”.

água buso transgenia barco balsa cabedelo rio paraíba Zona Norte João Pessoa PB glauco jampaVejam o que ele escreveu:

” Tu caminha tu conhece.

Pode crê.

Matou.

A parada é essa mesmo.

Então, estive em João Pessoa / Olinda / Natal, ano passado.

Z/N joão pessoa paraíba placa km marco zero 0 cabedelo trans amazônica glauco br-230 PB trans-amazônica

Km Zero da BR-230, a “Trans-Amazônica“, em Cabedelo, Zona Norte da Grande João Pessoa.

Paraíso, você sabe e para ti não precisa dar detalhes.

Indo de João Pessoa – especificamente Cabedelo como disseste – para Lucena de balsa.

Porque estava eu de carro, na travessia me deparei com a interessante cena da solucionática providenciada pelos locais para estabelecer a conexão da linha de ‘ônibus’ daquele trecho.

Como estava a passeio e então preparado para registros eu fotografei.

Na verdade uma das razões de registro foi tu meu irmão, afinal não deixa de ser um ônibus, e estava aguardando para te mostrar qualquer oportunidade ao vivo que tivéssemos.

BR-230. Marco Inicial: Grande J. Pessoa-PB. Marco Final: Lábrea-AM (em planejamento a extensão até fronteira com Colômbia e Peru).

No entanto, dada a pertinência do momento dessa discussão do inusitado que se processa, digitalizo e subo pra rede, colocando agora para ti.

Pena que a qualidade técnica da imagem perde um tanto.

Mas segue.

Em adicional, já que mencionaste a Trans-Amazônica segue o registro de seu início.

Por falar nisso, lembrei que durante quase dois anos eu atravessava essa BR-230 ao menos duas vezes ao dia, de segunda a sexta-feira, para ir ao trabalho.

Mas isto foi lá em Marabála.

Isso aí.

Mundo doido, voltas dá.

Segue o bonde, ou será barco?

Que a força alva esteja contigo.

PAZ.    “

Pé-Grande“: busões adaptados pra rodar nos atoleiros. Eis o exemplar que habita a Selva Amazônica, brasileiríssimo pé-grande. Na época de chuva só ele pra passar. É tão alto que é preciso uma escadinha de madeira pra subir, a retrátil não dá conta.

……………

Aqui se encerra a colaboração do colega, volta O Mensageiro. Algumas notas:

1) como ele mesmo reconheceu, suas fotos não tiveram qualidade técnica primorosa, pois tiradas debaixo de chuva.

Mantive porque foram feitas ‘in loco’ por esse camarada.

Abaixo anexo as mesmas cenas puxadas da rede, com melhor definição.

2) Poucos sabem que a rodovia que é conhecida como “Trans-Amazônica” começa bem longe da Amazônia e do Norte do Brasil. Seu marco zero é em Cabedelo, Z/N da Grande João Pessoa, bem perto do buso-balsa.

Comparado aos bichões do Ártico, o Brasuca é um filhote. Em foto nos confins da Sibéria em 2014, o Pé-Grande Russo. 6 rodas de trator, tração 6×6 nos 3 eixos. Um “Pé-Gigante”. Esse não fica na estrada… Pode ter quanta neve e lama for que ele não é rebocado, ao contrário ele quem socorre os outros – agora confira os “Pé-Gigantescos”, que você só entra com escada ou mesmo escalando com cordas.

Acima a direita em foto puxada da rede.

Veja o mapa acima, clique sobre que ele aumenta bastante e você poderá ler os detalhes.

Eu fiz uma postagem sobre esse tema:

Explicando como as BR’s são numeradas, com inúmeros exemplos ilustrados, se o tema lhe interessar.

É uma das matérias mais acessadas da página.

3) Ele escreveu Marabála, querendo dizer ‘Mara-Bala’.

Trata-se da cidade de Marabá/Pará, onde ele morou, e por onde a BR-230 passa.

Não preciso explicar as razões do trocadilho. Basta dizer que as ‘balas’ que ele se refere não são doces vendidos pras crianças na cantina da escola.

E agora o Pé-Grande Canadense. Outro “Pé-Gigante” 6×6 roda de trator. Bem, o Pé-Grande original, o bicho mítico, vive mesmo no Ártico, então eles tão em casa.

Quem tem ouvidos que ouça . . .

4) Pra quem não é daqui de Curitiba, ‘bonde’ aqui quer dizer ‘ônibus’. Não tem nada a ver com ‘quadrilha’, ‘arrastão’, ‘bonde de criminosos’, como empregado no Rio.

Em curitibês: “Vou pegar o bonde” = “Vou pegar o ônibus”.

Então vejamos mais imagens do Bonde-Barco.Trata-se da carroceria de ônibus soldada num barco.

Fazem a travessia do delta do Rio Paraíba, entre os municípios de Cabedelo e Lucena, Região Metropolitana de J. Pessoa.

ônibus-barco Amsterdam-Holanda4

Próximas 4 em Roterdã-Holanda. Esse é um Buso-Barco mesmo. Anfíbio !!! Na terra é ônibus, na água barco.

Gostaram do Buso-Barco? Criatividade paraibana vencendo as dificuldades materiais.

Agora se segura na cadeira porque o melhor está por vir:

A HOLANDA QUER JOGAR:

AGORA VOCÊ VAI VER O QUE É ÔNIBUS-BARCO DE VERDADE !!!‏

Publicado em 25 de setembro de 2014.

The big road tax evasion schemeFocamos esses dias em veículos que foram adaptados ficando curiosos, e mostrei o ônibus-barco da Paraíba.

Que foi repassado por um colega, quando falei que era uma trans-genia anfíbia.

Note que a adaptação era mesmo ‘anfíbia’, pois pegou a carroceria de um veículo terrestre e enxertou num barco.ônibus-barco Amsterdam-Holanda6

Acontece que o veículo não é anfíbio, é aquático.

“Ônibus-barco”  nesse caso é apenas modo de falar, trata-se de um barco com carroceria de ônibus, apenas isso.

Muito curioso, certamente, e por isso tocamos no tema

Em frente ao porto de Roterdã, que nos anos 80 era o maior do mundo, não sei se ainda é..

Ainda assim, evidentemente que não envolve nenhum grande feito da engenharia.

O veículo é aquático, não é anfíbio, repetindo. Não é um ônibus-barco, é um barco.
…………..

Então veja agora a novidade que lhes trago diretamente da Holanda:

Um ônibus-barco, esse sim de fato e direito. É um veículo anfíbio, na terra é um ônibus, na água um barco.

ônibus-barco Amsterdam-Holanda1

Essa e as 3 seguintes em Amsterdã.

Portanto um grande feito da engenharia, dessa vez não é modo de falar.

Circula nas duas maiores cidades da Holanda, o Tribus azul na capital Amsterdã.

E o amarelo em Roterdã, que é seu principal porto.

ônibus-barco Amsterdam-Holanda2

A passageira na 1ª fila se assustou.

…………..

As fotos já resumem bem como a coisa funciona. Ainda assim vídeo é demais!!

Quando vi o veículo ainda em terra não sabia que era anfíbio, pensava que era um ônibus normal.

E de fato na terra firme o é. Só um detalhe me chamou a atenção, questionei “por que ele é tão alto?”

Logo descobri: ele chegou num canal, embicou, e…. mergulhou com tudo. Na água, é um barco perfeito.

É incrível, cara. O operador diz que é exatamente isso.

Nos famosos canais de Amsterdã.

O veículo atende as especificações da legislação holandesa tanto pra veículos terrestres quanto aquáticos.

É um ônibus, e é um barco. Poderia operar independentemente somente em um dos modais, é o que quero dizer.

ÁUREOS TEMPOS“: de próprio punho, o sol nasce em Haarlem, Holanda, a arquitetura típica ao fundo – publicado em abril de 2014.

Só que, claro, a graça dele é que mescla ambos. Veja o choque da passageira na foto a esquerda um pouco acima.

Ela sabe que é um ônibus-barco, ou seja, que o negócio não vai afundar ao entrar na água.

Só que saber com a mente é uma coisa, e convencer disso a consciência corporal, que regula nossa sobrevivência, é outra.

Mesmo sabendo que não havia riscos, ela se assustou e gritou. Mas foi um susto bom. Ao se ver em segurança, o medo se tornou êxtase.

O Brasil agora também tem Ônibus-barco. E esse é anfíbio, bi-modal como o holandês.

E essa é a função do ônibus-barco, fazer o inusitado. Fazer o que ninguém havia feito.

Deu certo. De certa forma, esse é o Espírito dessa coluna também.

Do micro ao macro, do rústico ao elaborado, de Cabedelo-PB a Roterdam, tamo na pista, nego.

E na água também. É nóis aí.

Rio de Janeiro, 1928 (então o Dist. Federal): aquilo que vemos é um ônibus de 2-andares?

“CHOPE-DUPLO: CONHEÇA O 1º DOIS-ANDARES BRASILEIRO” –

Muitos sabem que nos anos 90 houveram ônibus 2 Andares em diversas cidades brasileiras:

Na Grande São Paulo por atacado, no município de São Paulo mesmo e também no de Osasco (Zona Oeste da metrópole).

E igualmente em Goiânia-GO e Recife-PE. Falaremos melhor deles, incluso com imagens, em outra postagem.

Sim. Nas próximas 4 fotos o “Chope-Duplo”, 1º Dois-Andares brasileiro. Operados pela viação Excelsior. A escada era fora, atrás.

Aqui é apenas uma pincelada. Em todos os casos pelas viações estatais então existentes, e de todas essas apenas a de Goiânia não foi privatizada.

A moda começou pela CMTC paulistana, quando Jânio resolveu copiar a Inglaterra, além de tudo os bichões eram inteiro vermelhos, pro xerox londrino ficar exato.

Portanto na derradeira década do século 20 os 2 Andares foram comuns, em 3 regiões do país.

Por outro lado, qual foi o primeiro 2-Andares do Brasil, quando e onde ele circulou? Agora é que a onça bebe água.

Se você não sabe, vou dizer agora: foi no Rio de Janeiro dos anos 20, quase 90 anos atrás (quando a matéria foi publicada) portanto.

Trata-se do famoso “Chope-Duplo”, fabricados pela companhia inglesa ‘Light’ – depois encampada por Getúlio Vargas.

E que ligaram o Centro a então distante Zona Sul do Rio de Janeiro, que na época era o Distrito Federal pois capital da nação.Rio de Janeiro-1928

Pertenceram a Viação Excelsior, houveram vários deles.

E adivinhe? Essa informação do proprietário do busão vinha numa bola pintada na lataria. Estamos no Rio, caramba!!!!!
……………

Esses dias um colega, que também é busólogo, me mandou fotos do Ônibus-Zepelin de Belém do Pará,  que já mostramos acima na postagem.

Então, pra vocês verem que o negócio não é bafo e que eu não deixo a peteca cair, devolvo na mesma toada.

Vem quente, volta fervendo. Taí um registro tão raro quanto.

“A BELA ÉPOCA”: desenho mostra como as pessoas se vestiam quando o “Chope-Duplo” circulava no Rio, em 1930. Especialmente o vestuário feminino era bem diferente – no destaque (publicado em 20 de maio de 2016).

Diretamente da ‘Máquina do Tempo’, o “Chope-Duplo”.

Rio de Janeiro, (então) Distrito Federal, 1928. Antes da quebra da bolsa.

Tá bom pra tá ou quer mais???????????????

Digo, tou só me aquecendo, tem muito mais de onde saíram esses.

A Transgenia Motorizada ainda vai longe. Confira outras mensagens sobre o tema:

TEM QUE VER PRA CRER: SEGUE A ‘TRANSGENIA AUTOMOTORA’

Kombi-Avião. Não sei se voa de verdade.

BUSO-TREM, BUSO-BARCO BRASUCA, BONDE 2-ANDARES: MAIS TRANSGENIA MUNDO AFORA

RODO-TREM, MONOBLOCO ARTICULADO, PÉ-GIGANTESCO, MEIO-A-MEIO: É CADA GAMBIARRA (TRANSGENIA)!!

“Deus proverá”

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