Por Maurílio Mendes, O Mensageiro
Publicado (via emeio) em 29 de agosto de 2014, ampliado no momento de subir pra rede.
Quase todas as imagens puxadas da rede. Os créditos foram mantidos sempre que impressos nas mesmas. A única foto de minha autoria identifico com um asterisco ‘(*)’.
Seguimos publicando a “Enciclopédia do Transporte Urbano Brasileiro”.
E agora logo num ‘ataque em massa’, vamos soltar vários capítulos de uma vez só.
…………
Um dos pontos de maior interesse desse trabalho é retratar como eram os ônibus nos anos 80.
Nesse giro de nossa documentação, veremos duas características indeléveis do Sudeste Brasileiro, uma delas compartilhada com Porto Alegre-RS, Brasília-DF e Belém do Pará. São elas:
1) Capelinha:
Trata-se daquele letreiro menor onde vai o número da linha, acima do letreiro maior com o nome da mesma.
Incrivelmente comum em São Paulo, no Rio de Janeiro, e Belém, existiu em menor proporção também em Belo Horizonte-MG, Brasília e Porto Alegre entre as capitais, repetindo.
Por “Rio” eu me refiro ao Grande Rio, pois em Niterói também houve. E também em Juiz de Fora-MG e Santos-SP (nesse caso veículos que vieram usados do Rio), fora outros exemplos esporádicos espalhados por aí.
Em Brasília eu sabia mas nunca achei fotos (nota: agora achei, vide atualização abaixo).
Já em JF, no Litoral Paulista e capital do Pará a informação me foi passada por um leitor, leia os ‘comentários’ no fim da matéria.
2) Por a placa do veículo bem mais alto que o normal:
Não no para-choques, como é o habitual e apropriado, mas na lataria, por vezes abaixo apenas do vidro.
Outra marca registrada do Rio e SP, o que eu já sabia, e ocorreu em menor número também em BH, o que descobri agora.
Na verdade, amigos, posicionar a chapa mais pra cima é um gosto do eixo Rio-SP que se repete também nos caminhões.
Fui em poucas oportunidades ao Rio na minha vida, mas a SP eu fui mais de uma centena de vezes.
E sempre notei esse detalhe, a que a placa é mais alta, tanto em caminhões quanto em ônibus. Por fotos vi que no Rio é igual. Aqui no Sul do Brasil isso não acontece.
Atualização: fui a Baixada Santista (a Grande Santos-SP) em novembro de 2015. No bairro Vicente de Carvalho, no Guarujá, fotografei esse Mercedão.
Não dá pra ler a placa, mas é de Cubatão, município vizinho, ali na Baixada mesmo. Mas dá pra vermos onde ela está posicionada: o mais alto possível, já quase acima da Estrela da Mercedes.
Sudeste do Brasil, pombas!!!!
……………..
Mais uma atualização:
Consultando os arquivos, constatei que, embora raríssimo, houveram alguns casos no Sul em que a placa está acima do para-choques.
Porém antes de retificar esse achado ratificou o que afirmei acima, que pôr a chapa mais alto que o habitual é coisa do Sudeste.
Senão vejamos: Publiquei uma matéria com dezenas e dezenas de busos de Curitiba, anos 70, 80 e alguns dos 90.
Desses, 3 (2 Caio Gabriela Expressos e 1 Numbus Haragano convencional) têm a placa bem alta, como no Sudeste.
E diversos Gabrielas convencionais tem a placa um pouquinho apenas mais alta, logo acima do para-choque mas abaixo da grade.
Fiz uma análise similar em Florianópolis-SC. Novamente, muitas dezenas de imagens, dessas mesmas décadas.
1, e somente 1, tem a chapa na grade, esse visto a direita.
Ainda não fiz uma radiografia tão completa do transporte em Porto Alegre (em breve o farei, logo publico essa matéria).
Por hora, consultando as fotos espalhadas pela página, vi que nenhum tem a chapa bem no alto.
Apenas uns poucos a posicionaram entre o para-choques e a grades, como os Gabis curitibocas. Verifique a esquerda
Mais Monos da Carris você confere aqui e aqui – e agora um Venezão Romeu-&-Julieta Vicasa metropolitano.
………..
Tudo somado: Placa no alto é coisa do Sudeste. Existiu sim no Sul, e faço a ressalva.
Porém, veja que foi mais forte em Curitiba – cidade que é, em múltiplas dimensões, a ‘ponte’ entre Sul e Sudeste.
Quanto mais você vai indo pra parte austral da Pátria Amada, mais raras – e mais baixas – vão ficando as poucas chapas que escapam do para-choques.
Aqui eu me refiro especificamente a característica da placa no alto.
Quanto a capelinha, como já dito, a Energia não seguiu essa linearidade, bem ao contrário:
Manifestação muito forte no Sudeste, não existiu no PR e em SC, mas no Rio Grande do Sul volta a estar presente.
Aproveitando o embalo, falaremos de 4 características peculiares ao Grande Rio no século 20:
1) Colocar o nome da viação dentro de uma bola.
Existiu do começo do século 20 até os anos 80.
Vejam o primeiro 2-andares brasileiro, que já mostrei melhor nessa outra postagem sobre ‘transgenia busófila’.
Década de 20 do século 20 (90 anos atrás portanto, no momento que levanto essa mensagem pro ar):
República Velha (“do Café-com-Leite”), Rio capital.
E pensava-se que ainda seria por séculos, nem se sonhava em construir Brasília.
O Rio de Janeiro era definitivamente o centro não apenas político como econômico e cultural do Brasil.
Que por isso contava com o que de mais moderno havia em inovações tecnológicas da época.
No transporte não era diferente.
Acima a direita aquele que foi apelidado ‘Chope-Duplo’: o nome da viação já vinha numa bola.
Como dito, essa peculiaridade se manteve por todo século vinte.
Dando tempo de eu presenciar pessoalmente numa viagem que fiz ao Rio em 1985.
Nos anos 90 esse costume acabou sendo esquecido.
Por poucos anos várias viações assinaram sua frota dentro de um retângulo.
Até que depois da virada do milênio abandonou-se qualquer restrição geométrica pra escrever o nome da empresa.
2) Escrever a linha da maneira que vemos na foto logo abaixo, a direita: em duas camadas no letreiro.
Só que não duas camadas sobrepostas regiamente, de mesmo tamanho.
Não. A de cima era maior, a debaixo surgia como num arco sob esta.
Ocorreu creio dos anos 50 ou 60 até os fim dos 80.
Olhando pra foto ao lado (letreiro ampliado no detalhe) é mais fácil entender. “Vidigal-Mourisco” vem por cima.
Surgindo por baixo, e espremendo as palavras de cima pra achar um espacinho, vem a informação que a linha é ‘Circular”.
Passemos pra esse outro exemplo a esquerda. Caio Amélia com capelinha dupla.
A empresa, Viação Campo Grande, está grafada dentro de um círculo.
Agora nos fixemos na linha. “Bangu-S. Francisco”, lemos por cima.
Espremido embaixo, formando um arco sob o corpo principal do texto, lemos que é “Via V. Militar”.
Busão Carioquíssimo, Carioca da Gema, mais Rio de Janeiro impossível.
Esse estilo de letreiro foi copiado em várias cidades:
Especialmente no Nordeste ( João Pessoa-PB e Teresina-PI principalmente, mas também o Recife-PE, Fortaleza-CE e São Luís-MA).
E ali perto do Rio em São José dos Campos-SP.
Então sim, também houve em outras partes. Mas muito pouco, na verdade são mesmo sinais indeléveis do Rio.
E, entre os anos 70 e 90 houve esse modelo de pintura que várias viações adotaram:
A parte de cima (‘blusa’) é branca. Da frente até a metade do veículo na lateral há uma ‘saia’, ou seja uma faixa horizontal, de uma cor.
No entre-rodas pouco antes do eixo traseiro disparam a partir de baixo 3 faixas coloridas paralelas em diagonal.
E fechando sobre a roda mais uma faixa diagonal da mesma cor da ‘saia’, assim a rabeira do buso é branca.
Vide as imagens, é mais fácil visualizar que imaginar.
Era pintura livre, ou seja, cada viação decorava sua frota como bem entendia.
Entretanto várias delas (as pertencentes ao Jacob Barata, segundo um leitor informou), voluntariamente, adotaram esse mesmo desenho, só mudando as cores.
A direita: Braso-Lisboa; a esquerda Expresso Pégaso. Na sequência horizontal abaixo:
1 e 2) Tijuca/Tijuquinha, é a mesma viação, apenas ela trocou o marrom pelo azul e passou pro diminutivo; 3) Viação Choupal; 4) Alpha; 5) Braso-Lisboa; 6) Oeste; 7 e 8) Viação Acari; 9) Pégaso.
Vemos acima diversas imagens do fim do século 20:
Desde os anos 80 (nome dentro da bola, capelinha, placa no alto), 90 (nome dentro do retângulo) fim dos 90.
Também começo dos 2000 (nome da viação bem grande, sem restrições geométricas, película negra ao redor dos vidros como nos modelos de viagem).
Porém com algo sempre em comum: 7 empresas diferentes com o exato mesmo desenho.
E era pintura livre, cada empresário fazia o que queria com a decoração de sua frota.
Se alguém quisesse poderia até cobrir seus ônibus de flores. E foi exatamente isso que a Matias fez uma época.
Veja a esquerda, e também na 3ª foto da sequência acima, atrás do da Choupal, os Monos da Matias todo primaveris:
A viação só pode ser do mesmo grupo da Flores que opera na Baixada, porque a pintura é idêntica.
Fiz esse adendo dos busões floridos da Matias porque é curioso. Voltemos a falar da sequência acima:
Em época de pintura livre, 7 viações voluntariamente adotam a mesma pintura, variando apenas a cor. Uma espécie de padronização informal.
Bem, as 7 são (ao menos eram) do mesmo dono, Jacob Barata, que também opera no Pará – sua terra-natal – e Ceará.
Ao nessa época pintar seus milhares de busos no mesmo desenho Jacob estabeleceu mais um traço típico carioca.
Então vamos a outra: desde os anos 80 e até hoje há pinturas especiais pras linhas integradas ao metrô e mais recentemente também trem.
Na década de 80 Belo Horizonte adotou o mesmo, mas depois abandonou-o. Agora é mais uma peculiaridade da busologia carioca.
Falamos aqui do passado. A padronização dos ônibus do RJ em particular, que seria parte importantíssima da modernização geral do transporte público na cidade, acabou fracassando.
Assunto melhor detalhado em outra mensagem com centenas de fotos.
Digo, aqui em tom bem-humorado – como convém sempre que falamos do Rio – eu já dei uma pincelada no sistema de ‘BRT’ com canaletas exclusivas do sistema Trans-Carioca e suas ampliações.
………….
Comentemos rapidamente os detalhes de algumas fotos, que são auto-explicativas.
Nem sempre a imagem corresponde ao texto que está mais perto, você sabe.
Anteriormente essas postagens foram emeios, que têm logística bem diferente. Busque pelas legendas, que estão corretas.
Vemos no decorrer da matéria:
– Gabriela da Bola Branca na Zona Sul de SP. Com capelinha, e veja, a placa deveria ir no meio do para-choques, abaixo da estrela da Mercedes.
Porém está ao lado dela, bem mais alta que o normal. Não resta qualquer dúvida que essa foto foi captada no Sudeste Brasileiro;
– Zona Sul do Rio. Repete-se ‘ipsis leteris’ o que descrevi acima. O modelo é um Ciferal.
Note outra marca registrada do Rio, a viação escrita dentro de uma bola, logo atrás do número.
“Um dia faço emeio específico só pra falar disso”, eu escrevi na mensagem original de 2014.
Ao subir pra rede, um ano e pouco depois, eu fiz a ampliação e já falei disso como leram acima;
– Num de Belo Horizonte ainda na pintura livre (duas fotos abaixo, a esquerda), a placa igualmente está mais alta, e ainda há capelinha.
Entretanto, já desativada.
Com a implantação do modelo ‘Metrobel‘ passou a ser obrigatória a afixação bem grande do número da linha em um adesivo no para-brisas.
Aí a capelinha se torna supérflua, ou se preferir o vidro se torna a capelinha.
Ainda assim, essa foto comprova que um dia houve capelinha em BH.
O que nunca aconteceu em nenhuma cidade do Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, pelo menos até onde eu sei.
(Esse era o texto original, já atualizei que em Belém do Pará houve bastante, e achamos um único caso no PR.);
– Porto Alegre. Um Mono 2 da Carris (viação estatal municipal que ainda existe) com capelinha.
Essa manifestação fora do Sudeste é raríssima, e por isso muito específica. Só se materializou na exata combinação acima:
Não conheço nenhuma cidade fora do Sudeste que tenha tido exceto a capital gaúcha.
E lá, só na Carris, as particulares não.
E dentro da Carris, só nos Monoblocos, os de outro modelo de carroceria também não.
Vendo por essa ótica, não te é difícil apreciar a beleza dessa tomada, por sua raridade.
Uma joia preciosa da busologia brasileira, nada menos.
……..
– Chile: vários “Amarelinhos” de Santiago com capelinha e, se tudo fosse pouco, com a placa no alto.
Pra um busólogo brasileiro, ir a esse país trans-andino é um grande barato.
Vários aspectos encontrados nos ônibus do Brasil se refletem no Chile.
Pra conversa começar, 100% dos ônibus de Santiago são brasileiros.
100%, não tem um que não seja – me refiro aos de tamanho normal e articulados.
Entre os micros há muitos brasucas igualmente mas os de fabricação local ainda se fazem presentes.
Bom, estudar a arquitetura da periferia das cidades chilenas também é estupefaciente.
……..
De volta a busologia, e a Pátria Amada:
Em Florianópolis não houve capelinha acima do teto.
Ainda assim no fim dos anos 70 os busões da capital catarina tiveram uma ‘capelinha invertida’, dentro do pára-brisas;
– Muitos Gabis paulistanos com capelinha.
Entre outros, um da São Luiz parado na Praça da Bandeira esperando pra partir pro bairro que o nomeia, na Zona Sul.
E um da Bandeirante/Santa Cecília na Zona Oeste.
Há o nome de duas empresas porque logo depois da implantação da padronização de 78, as empresas formaram consórcios, e no começo dividiram as linhas e pinturas.
Depois houve um reassentamento e cada uma ficou com sua própria pintura e tabela de linhas.
Só que no começo dos anos 80 eram comuns veículos com nome de duas viações, como é o caso aqui;
– Amélia com capelinha? Rio de Janeiro, óbvio.
Só existiu lá, e em nenhuma outra parte. Explico.
Até os anos 70, o letreiro onde vinha a linha era estreito, isso universalmente em todos os modelos de carroceria, de todos os fabricantes.
Por isso criou-se a capelinha, pra poder ressaltar o número acima do ônibus, abrindo mais espaço pro nome da linha no pequeno letreiro disponível.
No fim do regime militar, como já falamos uma miríade de vezes, houve grande avanço no transporte brasileiro.
Pôs-se em ação o “Projeto Padrão”, que aumentou em muito a qualidade dos ônibus fabricados em nosso país.
Assim, nos modelos produzidos a partir dos anos 80, o letreiro foi alargado consideravelmente.
Contendo nessa configuração ampliada uma capelinha natural a esquerda, junto dele, dispensando a capelinha acima da lataria.
Como no Rio o número da linha tem mais importância que o nome da mesma, quiseram reforçar mesmo, e por um tempo houve essa capelinha dupla.
Em que então o número vinha repetido, como observam.
Mais uma vez, veja o nome da viação dentro de uma bola, traço marcante do Rio do começo do século 20 até os anos 90 do mesmo;
– Outro modelo amplamente registrado nessa postagem é Ciferal rodando no Rio, com capelinha e/ou placa no alto do Rio de Janeiro.
Um deles vai do Centro até o bairro do Caju, na Zona Portuária, entre as Zonas Central e Norte.
O segundo é da Pégaso, que serve a Zona Oeste.
Nos dois casos, de novo, o nome da empresa está numa bola na lataria;
– Gabriela da Zona Sul paulistana da Jurema ainda na pintura livre, com capelinha e placa no alto.
Clicado antes da padronização “saia-e-blusa” de 78.
Por isso a linha – na capelinha – só tem 3 dígitos.
Após a mudança passou a ser 4 dígitos ou 3 dígitos e uma letra;
– Em outra imagem vemos como ficou a Jurema pós-padronização, vestida já de “saia-e-blusa”;
– Há outro Gabriela clicado na Zona Sul, mas dessa vez no Rio. Com capelinha e placa no alto.
Inteiro vermelho? Evidente que só pode pertencer então a Viação Vila Izabel, e portanto liga a Zona Norte a Zona Sul.
Onde está escrito “Vila Izabel”? Dentro de uma bola. Estamos no Rio, afinal, nêgo.
Note que o veículo não tem aquelas aberturas no teto que melhoram a circulação de ar. É a primeira vez que vejo um ônibus nessa configuração, e justo no Rio, que é quente pra chuchu;
– Mais busões cariocas (Viação Amigos Unidos, Viação Verdun, entre outras), todos eles com capelinha e placa no alto.
Note que o espaço correto da placa, em que há um encaixe certinho pra ela, está vazio, preferiram parafusar acima.
Em todos eles, a denominação da empresa vem dentro de uma bola. Era o corrente no Rio, nos anos 80;
– Vários de Belo Horizonte. Alguns na transição, com capelinha ainda em uso. Mas já com a linha adesivados no vidro, igualmente.
Em outras tomadas da capital mineira veículos com a placa bem no alto.
Esse Gabriela amarelo (busque em todos os casos pela legenda, não custa lembrar) que faz linha Circular está sem capelinha, com o número da linha pintado na lataria.
Ressalvo que o nome da linha vem de novo acima do vidro, quase como se fosse uma capelinha.
Pois esse veículo tem a configuração de viagem, rebaixado a frente acima, e o letreiro pequeno dentro do para-brisas, o que foi típico de B.H..
Após a padronização ‘Metrobel’, pintaram a linha também na lateral do veículo. Obrigando que ele fique fixo nela, outro traço indelével de B.H.;
– Note o Amélia mineiro azul já com pintura padronizada, antes do Metrobel a linha pra Lagoinha era a 123. Depois passou a ser a 2227, adesivada enorme no vidro;
– Um pouco acima a direita tróleibus de Niterói. Foto raríssima. Com capelinha;
Correção: a esquerda vemos um Alfa em Manaus que foi emplacado em SP.
Por isso eu pensei que viera usado do Sudeste, e a princípio escrevi isso. Mas não foi assim que se deu. Um colega com mais conhecimento do fato apontou:
“Este carro jamais foi ex São Paulo, a empresa o emplacou com tarjeta de SP por ser esta uma das Empresas do Grupo Baltazar, mas todos chegaram 0Km em Manaus.“
Leia o comentário completo dele na seção de comentários, abaixo.
Agradeço a retificação, amigo, agora o texto está certo.
O número tem o prefixo em cor diferente (‘Costa Norte’ Brasileira).
A placa logo abaixo do vidro começa com ‘B’, denunciando duplamente o local do primeiro licenciamento.
Um busão que circulou no Norte mas foi comprado no Sudeste, portanto mescla traços de ambas as regiões.
A direita vemos a Porto Alegre dos anos 80, com os veículos na padronização EBTU da virada ds anos 70 pros 80.
Brancos com uma faixa colorida que indicava pra qual região da cidade ele ia.
A Carris é estatal, e por isso tinha linhas pra toda cidade. O Mono que puxa a fila com capelinha, o Incasel (precursora da Comil) sem.
Assim, seu bege não é indicativo da região, ao contrário das cores ostentadas pelas viações particulares.
No caso aqui, vermelho vem da Zona Norte (na época, hoje essa cor indica a Zona Sul).
– Em outra cena no Centrão de PoA observamos 2 Carris (na Praça do Mercado):
Um Mono 2 com capelinha e de contorno preto ao redor dos vidros, e um Nimbus TR sem capelinha, de branco ao lado dos vidros;
– Romeu-&-Julieta carioca. Com capelinha e viação dentro da bola.
Esse modelo, o ‘pai do articulado’, foi comum também em Porto Alegre, nesse caso sem capelinha;
– Agora (acima a direita, em P-&-B) um ‘Papa-Filas’ carioca. Igualmente tem capelinha e o nome da empresa dentro do cículo.
Nessa mesma postagem você também poderá conferir que eles também circularam (em todos os casos sem capelinha) em:
Brasília e São Paulo na mesma época do Rio, anos 50 e 60; em Manaus e Los Angeles-EUA mais recentemente (décadas de 80 e 90); e existem até hoje em Balneário Camboriú-SC e Havana-Cuba.
……….
De volta ao tema de hoje. Há pela matéria fotos de vários Monoblocos 1 do Grande Rio com capelinha:
Dois “Azulões” da CTC, o primeiro municipal do Rio, o segundo municipal de Niterói.
Depois vemos mais dois municipais de Niterói, mas esses particulares, da Viação Miramar.
Falemos primeiro dos “Azulões”- Frota Pública da CTC (Cia. de Transporte Coletivo).
Um pouco mais pra baixo, após a foto dos bichões celestes, o anúncio de quando uma leva foi entregue a viação estatal. E depois a garagem.
……….
Note a diferença de numeração, o municipal do Rio (direita) é simplesmente 100.746, enquanto o de Niterói é RJ-118.038.
Esses últimos, com prefixo ‘RJ’, além das linhas municipais de Niterói, operavam as inter-municipais entre ambos esses municípios.
Na tomada a esquerda no Centro de Niterói, em linha municipal.
Note que ele podia ser deslocado pra cruzar a Rio-Niterói, que então a maior ponte do mundo, novinha em folha.
Vemos também abaixo um Mono ‘Jurássico‘ (por isso me refiro ao Monobloco 0-321, fabricado entre 1958 e 1973):
A CTC-RJ também participou do costume carioquíssimo de assinar sua frota dentro de uma roda.
A capelinha está sempre ali, óbvio.
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Agora os particulares, da Miramar, vistos bem mais pro alto da página.
O da frente vermelho, na pintura pra época nova.
O de trás, branco com faixa azul, na pintura da empresa que estava sendo aposentada;
– Mais um municipal de Niterói com capelinha, agora um Caio da Viação Ingá.
Na imagem esse detalhe não aparece com clareza, mas o “Viação Ingá” está escrito dentro de uma bola.
Como é o padrão também no município do Rio, como já vimos e é notório;
– Mais dois Caio, agora CTC, municipal do Rio, com capelinha.
Essa pintura era exclusiva pras linhas de ônibus que integravam com o metrô.
A CTC foi privatizada, mas no Rio ainda existem essas linhas integradas ao metrô e trem com pintura personalizada, diferente do resto da frota.
Na foto abaixo a direita outro detalhe digno de nota são os táxis a direita, dois Fucas (o carro mais querido da história da humanidade) e uma Variante.
Nessa época aqui em Curitiba a maioria dos táxis era Fusca. Em Acapulco, no México, é até hoje.
Nos anos 80, a pintura dos táxis no Rio já era padronizada, como era em Curitiba e Porto Alegre, entre outras.
Em São Paulo, ainda não. Somente nos anos 90 é que houve a padronização de branco.
Curioso, não? O Rio demorou tanto a padronizar os ônibus, só o fez agora no começo da década de 10, mas padronizou logo os táxis.
SP padronizou logo os ônibus, mas demorou nos táxis. Curitiba padronizou tudo ainda nos anos 70.
Voltando aos ônibus, a esquerda um integrado com o metrô no Rio, em pintura já do século 21;
– Tróleibus muito antigo ainda circulava em Araraquara nos anos 90:
Por muitas décadas os tróleibus do estado de SP não tiveram chapas.
Essa era a realidade na Capital, e em Santos, Rio Claro e Ribeirão Preto.
Só foram emplacados depois da segunda metade da década de 90 na Grande SP, em Santos uma década antes.
Em Araraquara há uma foto de um tróleibus sem placa. Mas em várias outras os bichões estão emplacados.
É o caso dos que foram retratados nessa matéria, em deles a esquerda e outro mais pra cima na página.
E onde está a chapa?? Hein, hein, dou um doce pra quem adivinhar:
Logo abaixo do vidro, e onde mais seria, se é paulista?;
– Amélia da Jurema, Z/S de SP indo pro “Term. Sto. Amaro”, abaixo a direita.
Com a placa lá no alto. Um pouco mais alta e estaria dentro do para-brisas, né não?
No México é comum os ônibus em que a placa vai acima do vidro, quase no teto.
É até difícil de ler, como é nos caminhões de lixo no Brasil.
No Sudeste Brasileiro não se chegou nesse extremo nos ônibus, mas olha, não faltou muito.
Esse bichão aí da foto ao lado é um alimentador:
Vai de uma vila distante da região do Jardim Ângela, no extremo da Zona Sul, pro Terminal Santo Amaro.
Via Nações Unidas (mais conhecida como “Marginal Pinheiros”);
– Esquerda: Caio Bela Vista da Viação Penha-São Miguel ainda na pintura livre, ou seja antes de 1978.
Não um Bela Vista qualquer, mas o primeiro que saiu da linha de produção. Explico:
Hoje a fábrica da Caio é em Botucatu, interior de SP, como disse acima e é notório.
No entanto por décadas ela foi na Penha, Zona Leste da capital.
Pois bem. A Penha-São Miguel é a viação que atende a região, como o nome indica.
Por isso a Penha-São Miguel tinha o privilégio de comprar sempre o primeiro exemplar de cada modelo novo que a Caio lançava:
O 1º Bela Vista era da Penha-S. Miguel, o 1º Gabriela 1 também.
O 1º Gabriela 2 idem, vocês entenderam. Tradição que se manteve por muito tempo.
……..
– Esquerda: Rio, anos 90, carroceria da finada Thamco.
A Viação Barra vem dentro de um retângulo, a placa continua sendo afixada fora do para-choques;
– Articulado particular da Bola Branca, Z/S, com a placa no alto.
Nos anos 80, só 2 empresas tinham articulados no município de SP.
A estatal CMTC, que detinha 95% deles, e a Bola Branca.
Eram raríssimos os ‘sanfonados’ privados, e todos dessa mesma viação, como disse.
Só de dois modelos, esses Condor que vê um exemplar, e haviam alguns Amélias também.
…………
– Vários ônibus de SP com a placa no alto e/ou capelinha.
A direita um Ciferal CMTC muito antigo, deve ser final dos 60 ou comecinho dos 70. Um “arqueônibus”, outro dinossauro que só vi em fotos. Com capelinha.
Agora a sequência horizontal abaixo. Nessa leva todos Caio Gabriela de viações particulares ainda na pintura livre pré-78, e todas da Zona Sul:
– Esquerda: Monobloco “Jurássico” da Viação Leste-Oeste, ainda na pintura livre.
Alias, essa foi uma das muitas empresas que faliram na re-estruturação de 78.
A São José, que também está retratada no decorrer da mensagem, ficou no seu lugar;
– Direita: agora um Monobloco 1 da Alto do Pari, essa viação sobreviveu a mudança pro Saia-&-Blusa, mais abaixo na matéria uma tomada dela nessa padrão.
Voltando a época da pintura livre, vê que o desenho da Alto do Pari e Leste-Oeste era bem parecido. Imagens colorizadas digitalmente.
Por ‘Monobloco Jurássico’ quero dizer que foi fabricado dos anos 50 pra baixo, no máximo comecinho dos 60.
Porque eu numerei os Monoblocos cronologicamente, mas apenas aqueles que eu cheguei a ver ao vivo.
Assim, o que eu chamo de “Monobloco 1” foi produzido entre o final dos anos 60 e começo dos 70, e portanto circulou até o começo dos anos 80.
É aquele bem redondo com dois faróis de cada lado.
O “Mono 2” ficou na linha de produção entre os anos 70 e 80, um farol de cada lado.
E o “Mono 3” do fim dos 80 até o meio dos 90, dois faróis quadradinhos, e raspando o tacho uma última série com um farol redondo em cada lateral.
Assim, repetindo, o “marco zero” dessa contagem depende de eu ter visto os bichões na rua, rodando ao vivo.
Esse aqui eu não vi, por isso é um “Jurássico”, que só conheço por estudos arqueológicos, ou “arqueo-busófilos”, como um sítio define.
Já fiz várias matérias sobre os Monos, confira aqui, aqui, aqui e aqui.
……….
Vemos ainda espalhados pela página um Thamco da Penha-São Miguel (Z/ Leste), e muitos Caio Gabriela:
A direita logo abaixo um Gabi beeeem judiado da Viação Zona Sul.
Essa empresa foi a sucessora da Mar Paulista (ao lado) que faliu, depois a Zona Sul também faliu.
E veio uma empresa da Zona Leste chamada Trans-Leste no lugar, ela manteve o nome “Trans-Leste” mesmo servindo a Z/S;
E por fim, a esquerda indo pra Zona Oeste (saia laranja), um da Santa Cecília.
Note que o veículo está em movimento, mas com as portas abertas.
Um cara se pendura pelo ferro porque não há espaço no interior do mesmo pra ele subir.
Esse era o padrão em São Paulo e diversas outras metrópoles brasileiras como Rio, Goiânia-GO, Porto Alegre e Salvador-BA nos anos 80.
Um parente meu que morava em SP nessa época, um dia andava pendurado pra fora do ônibus e caiu, com o veículo em movimento.
Ele chegou a se machucar, felizmente sem gravidade.
Em Curitiba, justiça seja feita, isso nunca aconteceu.
Aqui sempre foi proibido andar com gente pra fora do veículo, e essa determinação foi respeitada.
Hoje nas outras cidades também é, mas na época não era e esse registro comprova.
………….
Na sequência horizontal abaixo, mais alguns ônibus cariocas com capelinha e placa mais alta.
Informo a viação de alguns, mas não sei esse detalhe pra todos deles.
A esquerda São Remo e Gabriela da Verdun (RJ)..
Detalhe: a direita você vê um Condor da Viação Paratodos, empresa da Zona Sul de São Paulo.
Na sequência abaixo veremos ônibus do mesmo modelo operando no Rio.
Somente um Caio Amélia e os demais Condor/Ciferal (Comércio e Indústria de Ferro e Alumínio, eis a sigla), que dominava o mercado carioca a época.
Atualização de junho de 2016: Como dito acima, um colega da busologia apontou que os ônibus em Belém também tiveram capelinha. Seguem as imagens:
Nas 2 primeiras a definição é bem ruim, por tratar-se de material antigo escaneado de jornal em P&B.
Mesmo nessas condições dá pra notar claramente a capelinha. Agradecimentos ao amigo que enviou.
Tem mais. nosso colega busólogo Leonardo Vieira minerou a internet.
E mandou um Romeu & Julieta de Belém com capelinha (esq.). Esse é uma raridade total.
Vai entrar também nessa outra postagem que mostra os “Romeu-&-Julietas” pelo Brasil e Suíça.
A direita um CSTC santista com capelinha. Desativada, entretanto. O veículo veio usado do Rio.
“PRESENTE DE GREGO”:
CAPELINHA NO VELHO MUNDO!!!
Aproveitando que estamos com a mão na massa, farei uma atualização (junho.16): a Grécia também teve capelinha.
Como prometido, busquei as fotos na rede mundial de computadores.
Clicadas na capital Atenas, meio dos anos 80.
Repare como a frota era velha, não só de ônibus como também os carros ao redor.
Pro que nos importa aqui que é a busologia, taí.
São quatro “Azulões” de Atenas com capelinha.
Num deles, o visto acima da sequência horizontal, é como no Brasil, o número da linha (ressaltei no detalhe).
No que abre a sequência há o nome por extenso do roteiro, e nos outros 2 está desativada.
Já fiz a versão com minhas próprias mãos desses busões (dir.).
NOVA ATUALIZAÇÃO (Julho de 2016):
NO URUGUAI TAMBÉM TEVE CAPELINHA
É isso mesmo. Essas fotos acima e ao lado mostram a frota estatal da prefeitura de Salto, Uruguai.
Diversos Nimbus TR sendo apresentados ainda na fábrica, no Brasil.
Mais curtos, com o eixo dianteiro a frente da roda. E… com capelinha.
Então Uruguai e Grécia tiveram capelinha, dos anos 60 aos 80 (pelo menos).
Agora segura essa. Como a legenda no começo da matéria já entregou o ouro:
BOMBA !
NA TAILÂNDIA AINDA EXISTE CAPELINHA !!!
Vamos a atualização de janeiro de 2018: é mole, nêgo? Andava eu (via ‘Google Mapas’) num subúrbio de Bancoque, capital da Tailândia.
Cidade que não é exatamente famosa pelo conforto no transporte coletivo:
Lá as pessoas viajam em caçambas cobertas de caminhões (numa versão local do tão famoso Jipe-Ney filipino).
Achei outra peculiaridade. Numa garagem de ônibus na periferia um busão com capelinha (ao lado).
Logo a seguir, no mesmo local de 7 enfileirados, 6 contavam com esse adereço sobre teto pra indicar o número da linha.
Tem mais. No Brasil, Uruguai, Holanda, França, Grécia, Egito (alguém sabe mais algum?) existiu capelinha. Existiu, no passado. Não existe mais.
Na Tailândia ainda existe. Sim, é verdade. O ‘Google’ fez essas filmagens em novembro de 2016, apenas 1 ano e 2 meses atrás (atualizo em jan.18 como informado).
Logo, obviamente não deu tempo de toda essa frota ter sido renovada.
Ainda que suponhamos que os todos os veículos novos venham sem capelinha, o que não é certeza.
Em pleno 2018, finalzinho da década de 10, a capelinha ainda existe na Ásia.
Décadas após ter sido eliminada da América, África e Europa. Só podemos concluir uma coisa, alias duas:
1) Ideias são Energia, e Energia nunca morre. Apenas se extingue num lugar, mas volta a se manifestar em outro (na busologia mesmo temos o exemplo);
E 2) o continente da Ásia é a realmente a Terra do Iluminado. A Terra do “Nirvana Sobre Pneus” – mesmo!!!
ATUALIZAÇÃO DE JUNHO DE 17:
Surfando na internet, descobri veículos mais antigos igualmente com esse acessório. Em azul, acima, Holanda, 1969.
Na tomada em preto-&-branco, Egito, também década de 60.
Provamos que esses dois países tinham também o número da linha saliente no teto do buso, nos anos 50 a 70.
ATUALIZAÇÃO (SETEMBRO.16) – CAPELINHA NO PARANÁ:
Se vira com essa outra bomba agora: Gabriela com capelinha fazendo linha metropolitana em Maringá (esq.).
ATUALIZAÇÃO DE OUTUBRO-16: BRASÍLIA, DISTRITO FEDERAL
Virada pros anos 70, numa Esplanada dos Ministérios ainda novinha em folha.
Vemos um Marcopolo Veneza da T.C.B. com capelinha ao lado.
A imagem não é das melhores, mas dá pra perceber. Mas não para por aí.
A esquerda duas ‘Zebrinhas’. São Caio Carolina micro, esse modal fazia pequenas linhas no Plano-Piloto.
O número da linha também vem na capelinha, nesse caso 7 e 11, acima já vimos outra ‘zebrinha’ na linha 9.
Voltando ao texto original, onde eu falava das fotos que estão espalhadas pela página:
– Um Caio da Viação Alto do Pari, Zona Norte de São Paulo (saia marrom);
– Um Monobloco 1 da mesma empresa, antes da padronização (foto colorizada artificialmente).
Assim podem comparar a empresa antes e depois da padronização ‘Saia-e-Blusa’.
– O mesmo ocorre agora com a Viação Bristol, da Zona Sul, vista em duas tomadas.
Dois Gabrielas, pintura livre e depois de saia azul-escura;
– Já vimos mais pra cima um Mono 1 da Santa Cecília pré-padronização, imagem que também ganhou cores no computador;
– Há também a mesma viação já com a saia laranja da Zona Oeste;
– Gabriela da Gatusa, pintura livre. Pós-padronização ela usou saia vermelha e blusa azul-escura, exatamente igual a Tânia;
– Condor da Paratodos, Zona Sul, saia azul-clara. Desse vi muitos na pista, andei em alguns;
– Gabi da São José. Saia amarela, Zona Leste, claro.
Essa foi a viação que encampou as linhas da Leste-Oeste quando esta foi descontinuada, como já dito.
…………..
– A esquerda (parado em frente ao Bradesco):
Mono ‘1’ da São João Clímaco indo pro Parque Bristol (alias uma dupla desse modelo).
Vê que é saia azul-escura, Zona Sul, mesma da Viação Bristol.
Engraçado, né? A Viação Bristol (abaixo a direita, saia azul e blusa branca) tem esse nome por causa do Parque Bristol.
E as linhas da Bristol iam ali pertinho, pra região do Zoológico.
Porém essa linha específica do Pq. Bristol quem fazia era outra empresa.
As Viações Taboão e São João Clímaco eram do mesmo dono e usavam a mesma pintura.
Ambas imitavam uma característica carioca, falada acima:
Tinham uma bola com as iniciais do nome da empresa, inspirada nitidamente nos ônibus do Rio.
A esquerda um Amélia da Viação Tabu (Z/L de SP). A iluminação engana, a saia parece vermelha e a blusa azul-clara.
Na verdade a saia é laranja (deveria ser rosa, mas se recusaram) e a blusa um azul bem acizentado,
….
Nas laterais: Mafersa em pintura de testes nas 2 pontas da Via Dutra. A direita pela Rio-Itá, no Grande Rio (do outro lado da Baía de Guanabara);
A esquerda em SP pela Trans-Leste, que apesar do nome operava também na Zona Sul, região do Jd. Míriam.
Sua origem é a Z/L, mas quando a Viação Zona Sul faliu ela assumiu o lugar.
Fechamos com mais alguns ônibus paulistanos, sempre com capelinha ou placa no alto:
“Deus proverá”
SEM QUERER SER SIMPLESMENTE CONTRÁRIO, MAS EM S. PAULO OCORREU MUITO POUCO O USO DE CAPELINHA…….!!!!!
ALIÁS SEMPRE AVALIEI O SISTEMA DE PINTURA, A MENÇÃO DO NOME DA EMPRESA DENTRO DE UM CÍRCULO, A NUMERAÇÃO DE PREFIXO DOS VEÍCULOS E A ASSINALAÇÃO NO PARA BRISA DIREITO DOS LOCAIS SERVIDOS PELA LINHA MUITO MAIS ORGANIZADO NO RIO DE jANEIRO.
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Bem, respeito sua opinião mas os fatos o desmentem.
Só o Rio teve mais capelinha que SP. De todas essas cidades do título (Rio, SP, BH, Brasília, Belém e Porto Alegre), São Paulo foi a única que pude conhecer a fundo nos anos 80, as demais fiz o estudo pela internet.
Em São Paulo a capelinha era sim comum. Não era na maioria dos ônibus, claro que não. Se era que isso que você queria dizer, é verdade. Ainda assim foi muito mais frequente que em qualquer outra cidade do Brasil exceto o RJ.
Apenas aqui na página tenho publicado ônibus com capelinha da CMTC tanto tróleibus quanto a dísel. E das viações particulares em nada menos quase 30 empresas:
Na Gatusa, São Luiz, Alto do Pari, Bristol, Penha/São Miguel e Paratodos há registros tanto na pintura livre quanto na padronização ‘Saia-&-Blusa’.
Apenas na pintura padronizada na Tânia, Bandeirante sozinha, Consórcio Bandeirante/Santa Cecília, Bola Branca, São José, Parada Inglesa e São João Clímaco e 3 em viações que não pude identificar.
Apenas na pintura livre que vigorou até 1978 na Santa Brígida, Canaã, Leste/Oeste, Alto da Mooca, Taboão, Paulista, Rio Bonito, São Lucas, Pompéia, Santa Cecília e Santa Madalena.
Isso apenas que eu tenho publicado aqui na página. Se eu fizer um pente-fino na internet acharei outras dezenas de fotos, dessas viações e de outras.
Há uma foto na Zona Sul em que há 3 busos, todos com capelinha. Outra na Zona Leste, dos 3 busões registrados 2 têm capelinha da mesma forma.
Então não é verdade que em Sampa a capelinha foi esparsa. Ela foi comum. No Rio foi ainda mais comum? Sim. Não muda o fato que em SP ela era corrente igualmente. É um fato, e fatos independem de nosso gosto pessoal.
Quanto a sua preferência pelo modo que as viações cariocas organizavam seus dados no veículo, isso sim é uma questão de gosto, essas preferências são subjetivas, cada um tem sua escolha.
Publico todos os comentários que sejam civilizados, excluindo apenas os que partem pra ofensas. Mas fatos são fatos. São Paulo teve bastante capelinha nos anos 70 e 80.
Abraços.
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Essa questão da placa fora do parachoque foi uma solução encontrada pelas empresas para evitar danos ou perda da placa, já que era comum um ônibus empurrar o outro para ligar o motor em caso de falta de energia na bateria
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Opa, valeu pela informação amigo. Eu não sabia que o motivo era esse. Apenas observei que isso também acontecia nos caminhões e é típico do Sudeste, em outras regiões do Brasil é bem mais raro – embora no Chile e Argentina seja comum também.
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Esse comentário é resposta ao comentário do Paulo, logo abaixo:
Pois é. Eu não sabia que as 7 eram do Jacob Barata, mas eu conheço a história desse empresário. Na matéria sobre Belém
eu falo que ele é paraense, e formou um grande conglomerado no Rio, Belém e Fortaleza.
Ademais, eu vou sempre pra SP pois minha família é de lá, e presenciei muitas vezes os busos da Guarulhos com a pintura da Acari. Breve vou fazer uma matéria sobre as pinturas-clones, e uma das que serão abordadas será exatamente essa.
Valeu pelas informações.
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A Viação Acari também faz parte do grupo de empresas do Jacob Barata
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Em primeiro lugar, quero parabenizar pela página, muito rica em fotos e informações. Acerca das 7 empresas cariocas com a mesma pintura, cabe salientar que pertenciam ao mesmo grupo empresarial, do sr. Jacob Barata, um dos maiores empresários de ônibus do Brasil. Era tipo um padrão de pintura que ele adotava (diga-se de passagem, das pinturas mais bonitas que já vi). Esse padrão, inclusive, foi “exportado” para a cidade paulista de Guarulhos, quando o sr. Jacob assumiu a maior empresa da cidade, em 1991, a Empresa de Ônibus Guarulhos S.A., trocando a pintura verde e amarela por uma idêntica à da Viação Acarí. E com essa nova administração, veio uma das renovações de frota mais fortes que eu já assisti. Em apenas 2 anos, a frota foi totalmente renovada (estamos falando de trocar mais de 200 ônibus)
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Resposta ao que Leonardo escreveu (logo abaixo):
Grande Leonardo. Atualizado novamente, todo o material que você mandou foi pro ar. Através de tua colaboração constatei que em Belém a capelinha foi até mais comum que Porto Alegre – onde só existiu na Carris – e B.H. – onde foi eliminada com a chegada da padronização MetroBel.
Assim alterei até o título da matéria pra incluir o Pará no Panteão. Nada mais justo.
Tem mais: Belém teve também Romeu-&-Julieta (alias um Romeu-&-Julieta com capelinha!), e por isso atualizo também essa outra postagem:
Busquei na internet as fotos dos ônibus da Grécia também com capelinha, e já atualizei aqui ainda mais uma vez.
Valeu mesmo!!!
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Atualizado. Valeu a preza!
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Capelinhas: registro que consegui de Santos-SP:
http://litoralbus11.blogspot.com.br/2015/10/cstc-156.html
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Amigo,
Esta foto de Belém é do início da década de 1980:
http://onibusbrasil.com/foto/1939475/
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Mais uma resposta ao que Leonardo escreveu (logo abaixo):
Valeu pelo complemento, amigo. Eu li que em Brasília – cidade que eu encarnei – também existiu capelinha. Agora, realmente Juiz de Fora e Belém eu não sabia, nunca havia lido nem nunca vi em fotos. Se você ou qualquer leitor tiver imagens dessas cidades com capelinha me envie que eu adiciono na postagem mantendo os créditos.
Fora do Brasil, sei que foram utilizadas também no Chile – esse eu documentei – e na Grécia, pelo menos. Alguém sabendo mais casos escreva que nós retificamos novamente.
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OK, amigo. Acabo de me lembrar que em Santos (SP), também a empresa CSTC teve em sua frota alguns Gabriela II ex-RJ.
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Seguem algumas fotos de urbanos de Belém com capelinha:
http://onibusbrasil.com/foto/3453989/empresa
http://onibusbrasil.com/foto/1971510/empresa
http://onibusbrasil.com/foto/1971512/
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A respeito das capelinhas, quero fazer aqui uma correção: além do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Niterói e São Paulo (região sudeste) e Porto Alegre (região sul), as capelinhas também foram utilizadas nos ônibus urbanos de Belém (região norte).
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Boa Tarde,
Sugiro a correção sobre o que foi postado na foto de um Caio Alpha 1996 que pertenceu a Viação Cidade Manaus, este carro assim como os demais desta série de 50 Carros, jamais foram ex São Paulo, a empresa os emplacou com tarjeta de SP por ser esta uma das Empresas do Grupo Baltazar, mas todos chegaram 0Km em Manaus, desta série em específico fora na sequência do 06601 ao 06617 Modelo OF1318 e do 06618 ao 06650 OF1620.
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Obrigado pela correção, acertei a informação no texto.
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