Por Maurílio Mendes, O Mensageiro
Publicado em 22 de julho de 2015
Seguimos falando sobre o Chile.
Todas as fotos foram tiradas pessoalmente por mim entre março e abril de 2015. Exceto óbvio a que está acima da manchete.
Esta é claramente identificada como captada via ‘Google’ Mapas. Começaremos por ela, dessa forma.
Vou enxertar partes de um emeio que escrevi mais de dois anos antes de eu pisar em solo chileno, quando eu conhecia esse país apenas pela internet.
ZONA DE BOMBA?????
CALMA, AS APARÊNCIAS ENGANAM…
Publicado em 29 de janeiro de 2013.
Andava eu por Santiago do Chile via Visão de Rua do ‘Google’ Mapas quando, num bairro de classe média alta, vi uma placa que alertava:
“Zona de Bomba”. Como assim????
Evidentemente, “Zona de bomba” deveria ter outro sentido, que não atentados terroristas.
De fato assim é. Fui pesquisar, e pelo visto esse termo espanta todos os brasileiros que visitam esse país trans-andino. A ponto que um deles já esclareceu:
“Zona de bomba”, no Chile, significa simplesmente “corpo de bombeiros”.
Menos mal….
As aparências enganam, não é mesmo?
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Acaba aqui o emeio de 2013, retorna o material inédito feito em 2015.
Repare como em todas as tomadas o céu está absolutamente azul, sem nenhuma nuvem. O Chile é muito seco, quase não chove.
A vegetação que adorna suas cidades se daria muito bem no interior do Nordeste ou, melhor ainda, no Altiplano Boliviano, seco e frio como o Chile.
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Alias, no Chile há comunidades boliviana e peruana muito grandes. E também, em bem menor medida, colombiana.
Fazendo uma comparação com a Argentina, onde há muitos paraguaios, muitos bolivianos, poucos peruanos e alguns colombianos, bem menos que os peruanos.
Então, no Chile igualmente há muitos bolivianos (tanto quanto na Argentina), muitos peruanos (muito mais que na Argentina).
E alguns colombianos (poucos, mas ainda assim mais que na Argentina).
Em compensação, no Chile quase não há paraguaios, que existem em enorme número na Argentina.
No Chile há pouquíssimos negros. Chileno nativo praticamente nenhum, e mesmo imigrantes são raros.
90% dos (poucos) afro-descententes que você vê nas ruas chilenas são colombianos.
E alguns são brasileiros. Mas nossos patrícios que vão morar no Chile (de todas as raças) quase todos são de classe média pra cima.
Já os colombianos são pessoas simples, de pouco estudo, que vão fazer serviços braçais na construção civil e coisas do gênero.
Novamente isso inclui gente de todos os tons de pele, há muitos colombianos brancos, e eles também emigram pro Chile.
O que eu quis dizer é que há poucos chilenos negros, a maior parte dos que estão lá são estrangeiros.
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Há um setor do Centro Velho de Santiago que concentra a comunidade peru-boliviana.
Existem lado-a-lado no calçadão dezenas de centrais telefônicas onde você pode fazer ligações internacionais pelo preço de local (aproveitei e liguei pro Brasil).
E vários restaurantes típicos desses países. O preço é popular, muitos dos clientes são os próprios imigrantes.
Acontece que a massa trabalhadora chilena também come ali, pois é o que cabe no seu orçamento.
No Mercado Municipal de Santiago também há muitos restaurantes bolivio-peruanos.
Só que esses são caros, pois direcionados aos turistas.
Nós não almoçamos neles, andamos algumas quadras e achamos, veja você, um restaurante dominicano.
Bastante curioso. Eu fui a República Dominicana em 2013, e claro comi muitas vezes a culinária popular deles, porque fazia as refeições em restaurantes do Centrão, onde come o povo.
E agora, um ano e meio depois, num país que quase não tem negros, fui de novo a uma casa típica dominicana.
Acrescento que algo que nos chamou a atenção foi que não apenas nesse, mas em todos os restaurantes, bares e casas noturnas chilenos há um cartaz na porta que deixa bem claro:
“O estabelecimento se reserva o direito de impedir a entrada de pessoas, conforme julgue conveniente”.
Ou seja, gente sem camisa, embriagada, ou que de qualquer outra forma apresente comportamento dissonante, todos serão barrados na entrada, é uma prerrogativa legal do comerciante.
(Nota: na África do Sul é o mesmo. Absolutamente todos os estabelecimentos [de rodoviárias a lojas a restaurantes e até mesmo condomínios residenciais] têm esse mesmo aviso na frente.)
Já que estamos na culinária, eu creio que no Chile eles não têm muito costume de comer azeite de oliva.
Fomos numa pizzaria. Refinada, essa não tinha nada a ver com os restaurantes mais simples do calçadão onde almoçam os imigrantes. Ao contrário.
Num bairro de classe média, com quadros na parede, ambiente de meia-luz, mesas na calçada.
Não era de luxo, mas não era simples e nem barato, você entendeu.
Pedimos azeite. O cara demorou uma eternidade, achamos que ele tinha ido moer as azeitonas.
E no fim . . . o garçom trouxe numa tigela um pouco de óleo de soja.
É mole? E não foi falha na comunicação.
Eu sei, ‘aceite’ significa nossa palavra ‘azeite’, e também a palavra ‘óleo’.
Tanto o óleo comestível quanto o que se põe no motor do carro.
Acontece, óbvio, que nós explicamos, e oras, no Brasil é padrão em toda pizzaria o azeite já fica na mesa, nem é preciso pedir.
Pedimos, e explicamos bem, mas não veio, pior, veio outra coisa.
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Voltemos a falar dos imigrantes.
Na capital Santiago há um número muito elevado deles.
O Chile tem a economia muito mais desenvolvida que os vizinhos que ele bateu na ‘Guerra do Pacífico‘.
Assim acolhe uma porção significativa de peruanos e bolivianos que vão lá trabalhar.
Em Valparaíso essa concentração é bem menor, mas existe.
Fotografei um restaurante no Centrão dessa cidade portuária (esquerda).
Alias já que falamos dessa região, a Zona Central de Valpo.
Se alguma construção pegar fogo vão ligar pra “Bomba Espanha” (dir.):
Trata-se de um grupamento do corpo de bombeiros local, visto acima.
Corporação que em sua fundação, no século 19, teve grande impulso dos imigrantes britânicos.
Por isso os nomes de várias estações são em inglês.
Ao lado uma singela homenagem a esses profissionais.
Voltando ao foco de nossa matéria: o Chile sofre enorme influência da Inglaterra.
Tanto quanto na Argentina, e muito mais que no Brasil.
Pra nossa Pátria Amada vieram poucos ingleses no século 19.
Inversamente, pras cidades portenhas da Argentina e Chile (Buenos Aires e Valparaíso) foram em grande quantidade.
Exatamente por isso o nome de boa parte dos clubes de futebol dessas nações são anglófilos, como, vimos, ocorre igualmente com os bombeiros.
Deixando a Argentina pra lá, que não é nosso foco hoje, todo Chile foi muito moldado em seu ‘ethos’ pela Inglaterra.
Urbanisticamente falando Santiago é uma cidade britânica:
Pontilhada de conjuntinhos geminados, como já mostrei melhor em outra oportunidade.
Ainda assim, na composição racial Santiago é muito mais americana que Valparaíso.
Por isso quero dizer mais indígena. Na capital os ameríndios são 40% do total de pessoas, mais ou menos.
O litoral é mais branco no geral, ali os descendentes de americanos nativos são cerca de um terço.
E mais inglês em particular, na Grande Valparaíso nota-se mais que em Santiago os resquícios da cultura britânica levada pelos marinheiros ingleses
Em compensação, urbanisticamente Valpo é América pura, é 100% americana da corpo e alma.
Ao contrário da capital ela tem dezenas de favelas nas encostas de seus morros.
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Comentemos as imagens espelhadas pela página.
Lembre-se, nem sempre a descrição corresponde a foto que está mais perto, busque sempre pela legenda.
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Acima: Clube Palestino.
Aqui é a sede social, num bairro de classe média-alta.
Entre o Centro e a Zona Norte de Santiago, ao pé do morro São Cristóvão.
Eles têm um time de futebol, inclusive fui ao estádio ver uma partida dessa equipe no estádio, em Valparaíso.
Direita: sede da Associação de moradores do bairro Britânica, em Vinha do Mar, Grande Valparaíso.
Eu fiquei hospedado no ‘Bairro dos Ingleses’, no município de Valparaíso.
Tudo isso mostra o quão arraigada é a presença dos súditos da rainha Elizabete no litoral do Chile.
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Tem mais. Visitamos (a pé) uma cohab no alto do morro em Vinha do Mar.
Não é perto da ‘Britânica’, vista acima.
Pois a Britânica é no pé do morro, próximo ao Centro, ainda na parte plana da cidade.
A cohab que nós fomos é, ao contrário, na Cidade Alta, no alto da montanha.
A associação de moradores (direita) chama-se ‘John Neary’, mais um britânico evidentemente.
E ainda não para por aí. Fomos em dois conjuntos, vizinhos.
O primeiro é de sobrados geminados, como visto nas fotos acima.
Se você conhece a periferia das cidades do Reino Unido e da Irlanda (ainda que só por fotos e filmes, como é meu caso) sabe que o cenário é idêntico, sem tirar nem pôr.
Abaixo mais cenas da cohab de sobradinhos em Vinha.
Um cara ergueu a parte de cima do sobrado de madeira.
Ficando misto, pois o andar de baixo é alvenaria.
Essa hibridização de modais é muito comum na periferia do Chile.
Verão mais exemplos nessa outra postagem.
Voltando a cohab de Vinha, veja a vista que os moradores têm:
E depois fomos, logo ao lado, a uma cohab de prédios baixos, os pombais.
Iguais as milhares que há nas periferias das cidades brasileiras.
Entretanto com uma diferença fundamental: ela ainda não é cercada.
Qualquer um pode entrar e passear por seu pátio, estacionamento, parquinho. Fica no alto do morro, e tem uma praça com belo mirante.
E de fato foi o que fizemos. Foi uma volta no tempo. Até o começo dos anos 90 os prédios no Brasil (em Curitiba pelo menos) não tinham grades.
Você podia fazer exatamente isso que fizemos no Chile, usufruir das áreas comuns do condomínio mesmo sem ser morador, e sem ser convidado de nenhum morador.
Porém atenção: a imensa maioria dos edifícios no Chile é cercada, e muitíssimo bem cercada.
Mando muitas fotos em outra mensagem:
Seja de classe média ou no subúrbio 99% dos prédios desse país tem muros e cercas altas e afiadas a protegê-los.
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Não pensa que o Chile é um oásis de tranquilidade porque esse está muitíssimo longe de ser o caso.
Em Santiago, em Valparaíso e mesmo na própria Vinha do Mar em todos os outros conjuntos há muros e portaria.
E só entra quem for devidamente autorizado. Esse aberto é a exceção de confirma a regra.
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Vamos ver as rodoviárias de Santiago. São duas. A maior é a Central, mostrada a esquerda.
Anexa a estação de trens, dali saem ônibus pra todo Chile e pros países vizinhos americanos.
Mais uma linha pro Aeroporto, feita por 2 viações, uma delas têm aqueles busos dois andares.
E há a Rodoviária “dos Passarinhos” na Zona Oeste.
Tem esse nome porque fica na avenida de mesmo nome.
Todas as linhas partem da Estação Central. Todas, sem exceção.
No entanto as linhas que saem da cidade pelo oeste fazem uma segunda parada na ‘Passarinhos’.
Assim quem é da região não precisa ir ao Centro, embarca ali mesmo.
Isso vale pros busões que seguem rumo ao litoral e também o que vai pro aeroporto.
Traçando um paralelo com São Paulo, é como se as linhas pra Baixada Santista partissem do terminal Tietê, cruzassem a capital pelas Marginais.
E parassem no Jabaquara antes de pegarem a Imigrantes/Anchieta. Não é assim que acontece no caso paulista, os busos saem direto do Jabaquara.
Se você for ao Tietê querendo ir pra praia perderá a viagem.
No Chile é diferente, você pode embarcar em qualquer uma das rodoviárias.
Essa mamata é pra poucas linhas, a maioria delas é só na Central. Mas pro litoral é possível.
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As duas maiores viações do Chile são a Tur Bus, com sua frota verde clarinho, e a Pullman Bus, que pinta os ônibus de …, de …., ah sei lá como dizer.
As mulheres são melhores pra definir tons de cores.
Como eu sou homem, vou simplificar:
É da cor que vocês estão vendo na foto da Rodoviária, logo acima dessa dos Fuscas:
Meio vermelho, meio bege, sei lá, é isso que você vê na foto, repito.
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Detalhes: primeiro, buso Zhong Tong, fabricação chinesa óbvio.
Na República Dominicana também fui da capital ao litoral em ônibus chinês. O mundo está mudando.
De volta ao Chile, os rodoviários são chineses e brasileiros.
E, segundo, assim que você adentra no veículo vê uma placa no banheiro: “Exclusivo pra urinar”. Ou seja, fazer o ‘número 2’ a bordo nem pensar.
Se você estiver apurado e necessitar, é pra avisar o motorista que ele para num posto. Na Argentina é exatamente igual.
Além daquela cidadezinha que não sei o nome mostrada acima, fotografei diversas vinhas no caminho entre a capital e o litoral.
Não por acaso o ‘Guarujá Chileno’ chama-se ‘Vinha do Mar’. Eu traduzo tudo pro português, se alguém não sabe. ‘Vinha’ é exatamente originada de ‘vinho’, e não do verbo ‘vir’.
Esquerda: passeio de carroça nas áreas turísticas de Vinha – no final da matéria há um desenho que retrato a ‘carruagem’ em ação.
No Brasil não temos esse costume. Mas em diversos países é comum.
Se você já foi a Nova Iorque-EUA, ou viu filmes dessa cidade, sabe que essas carroças existem as centenas no Parque Central.
Bem, eu fui a Nova Iorque, fui ao Parque Central, vi as carroças, mas lá não andei nelas. No Chile, igualmente, eu apenas observei, sem utilizar.
Todavia, em Acapulco-México eu andei. Foi uma experiência interessante.
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Digo, andar de carroça não é novidade pra mim.
Já várias vezes fui a fazendas no interior, no Paraná e outros estados.
Então em diversas oportunidades me locomovi em veículos de tração animal.
Dentro da cidade, como uma coisa turística, eu vi nos EUA e Chile mas não usei, e no México vi e usei.
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Em Vinha do Mar alguns bairros têm as ruas numeradas, tipo “Rua 1 Oeste”, a seguinte é a 2, etc.
Como em Nova Iorque, mas adiciona-se após o numeral a posição geográfica em relação ao Centro: Norte, Leste, etc.
Já em Santiago, na periferia, há uma avenida principal.
As transversais, as vias locais, ou são numeradas, ou repetem o nome da principal mais um número ou letra.
Exemplificando é mais fácil entender. A principal da vila é a Rua Camarões. A ‘Passagem nº 1′ é a primeira transversal depois obviamente vem a 2.
Se surgir mais uma rua entre ambas vira a ‘Transversal 1 1/2.’. Isso mesmo. Transversal ‘Um e meio’.
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Acima, a Av. José Arrieta. As transversais têm o mesmo nome, vai subindo aquelas letras embaixo.
A próxima transversal leva a identificação E, F, G. E assim vai.
A direita a Av. Peru, a beira-mar de Vinha. Cruzando com a “Rua 6 Norte“.
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Então na galeria horizontal abaixo cenas do entorno não-favelizado da mesma montanha.
1) O São Cristóvão visto bem do Centrão.
2) Estamos nos aproximando dele, foto tirada ao sopé no Centro.
Um bairro boêmio e de classe média-baixa, cheio de bares, repúblicas de estudantes e pensões, parecido com a Lapa-RJ.
3 e 4) Estou contornando-o. Aqui já é uma região de classe média-alta, onde fica a sede do Clube Palestino, cuja foto vemos no topo da página. No comecinho da Zona Norte, ainda perto do Centro.
As fotos ao lado e logo abaixo mostram outras partes da capital. Na próxima galeria, logo a seguir, vejam como é o subúrbio da Zona Norte, também no pé do morro mas já bem distante do Centro, no fim da montanha.
1) Bairro de classe média logo na descida da ladeira.
2) Uma região bem mais humilde que há logo depois. As ruas sempre de cimento.
Aquelas casas simples, de alvenaria, com saída pra rua, são a periferia típica do Chile, e também da Argentina – curiosamente, no Nordeste brasileiro é igual.
3 e 4) Uma avenida comercial nas redondezas. Sempre as montanhas ao fundo, é a paisagem normal em Santiago.
Esse não é o monte São Cristóvão, que está a minhas costas, e nem os Andes, que são longe dali. É uma outra cadeia que emoldura a cidade no sentido boreal.
5) Já estou chegando no Centro onde há esses prédios.
E 6), estou de volta a Zona Central. Logo depois que captei essa tomada cruzei o Rio Mapocho, ou seja o coração da cidade.
A Zona Leste de Santiago, porção elitizada da capital chilena.
Só que que também tem casas mais humildes, como visto a direita.
Agora na sequência horizontal abaixo:
Avenida ‘Diagonal Oriente’.
Como o nome indica, corta toda a Zona Leste da capital.
De sua porção extrema (1ª foto) que já fica na subida da Cordilheira até o Centrão (2ª).
Tem fluxo reversível, de manhã é periferia-Centro, inverte no pico da tarde.
Zona Central de Santiago:
Passamos pro Centro de Valparaíso.
Os morros ao fundo. Se Santiago é bastante europeizada – ao menos urbanisticamente – ‘Valpo’ é América Latina de forma plena.
Um interessante contraste entras as duas maiores cidades chilenas – ambas são capitais nacional, Santiago nas esferas administrativa e judiciária e Valparaíso na legislativa.
Na antepenúltima tomada um cartaz da Gnose (doutrina muito forte na Colômbia) alerta pra chegada de ‘Hercóbolus’:
Um ‘planeta intruso’ ao sistema solar que segundo muitos creem provocará grandes desequilíbrios na Terra. É esperar pra ver . . .
Já fotografei o mesmo cartaz em Joinville e Blumenau no Brasil.
Voltando aos temas terrenos, flagrei mais um guerreiro Fuca, clicado também no Centrão de Valpo.
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Periferia de Valparaíso, morro no bairro São Roque.
Começando a direita por essa casa de madeira, que no Chile é tão comum quanto no Sul e Norte do Brasil.
E fechamos com a orla de Vinha do Mar.
“ASSIM SÃO OS CHILENOS” –
Retratos de próprio punho do país, mostrando um pouco seus habitantes.
Veja a última foto do “carrossel” acima: Vinha do Mar tem um castelo de verdade.
Já falo dele. Além disso, dizendo de novo, na orla de Vinha do Mar você pode alugar uma carruagem com cocheiro e tudo.
Não para por aí: na beira-mar e imediações até os postes são floridos. Daí o título do desenho a esquerda.
O castelo, agora sim, foi inaugurado perto da virada do século 19 pro 20, por um imigrante alemão muito rico.
Que queria relembrar desse lado do Oceano um pouco de sua Europa natal.
Ele precisou de um alvará especial, pois no Chile como no Brasil é proibido construir diretamente na praia.
Foi concedida, ele fez sua obra, e ali residiu até se despedir desse mundo.
Sua viúva continuou na mansão-castelo, mas modificou-a, entre várias mudanças demoliu 2 de suas 3 torres originais, restou 1 de lembrança.
Após a morte dela também, o castelo alternou períodos vago com os que funcionou como museu.
E desde o começo de século 21 abriga órgãos da secretaria de turismo da prefeitura de Vinha do Mar.
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Abaixo uma mensagem que subiu pra rede em 17 de outubro de 2016.
Um casal, aproveitando pra se banhar no Pacífico Sul, em Vinha do Mar, Grande Valparaíso como sabem.
Ao menos eles tentaram. Mas não deu pra ficar dentro d’água:
A costa do Chile é cortada por uma corrente marítima vinda direto do Polo Sul.
Por isso o mar é indescritivelmente gelado (na Cidade do Cabo/África do Sul ocorre exatamente o mesmo).
Talvez apenas no auge do verão – dezembro e janeiro – você consiga entrar. Nos outros meses não dá.
Aí eles ficaram comendo churros. No Chile foi o único país além do Brasil que eu vi churros.
Não quer dizer que não existe em outras nações, mas sim que eu não me deparei.
Bem, nessa praia de Vinha eu achei essa receita. No Brasil o churro é tamanho único.
No Chile é diferente. Digo, existe o igual nós conhecemos aqui.
Só que também se vende nas banquinhas um mini-churro, um quarto do tamanho normal.
Um último detalhe da orla de Vinha: não jogue comida pros pássaros.
Ou você se verá cercado por uma horda de pombas. Numa refilmagem amadora do filme ‘Os Pássaros’.
Veja que os bichos estão rondando o casal, pra ver se sobra uma faísca.
Por isso a mensagem se chamou “Mar Gelado, Churros e Pombas: Isso é Vinha do Mar”.
……….
Dessa ao lado até o fim: outros retratos de pessoas tatuadas, dessa vez sem relação com o Chile.
No casal chileno a dir. acima preste atenção em seus braços:
A moça é sensível como uma borboleta. Seu marido é letal como uma serpente.
A esquerda, na mesma frequência, ela é quem explica:
“Sou uma sereia. Ele é um escorpião” (gravura de agosto de 2017).
Em preto-&-branco um de 2018: a garota levanta o braço pra exibir a tatuagem recém-feita.
“A MULHER TATUADA” –
Agora uma adolescente, publicada em 3 de setembro de 2014.
Ombros decorados, maria-chiquinha, roupa hiper-justa, e muita bijuteria (detalhe).
FLORES DO PACÍFICO E DOS ANDES –
Fechamos com essa mensagem publicada em 14 de abril de 2015.
Deus proverá