Praia, Morro, Canal & Casa de Madeira: isso é Santos

do alto do morro

Panorâmica de Santos do alto do morro. Tirada de um ônibus em movimento, daí o parapeito entortar.

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 5 de dezembro de 2015

Mensagem-Portal da Série sobre a Baixada Santista.

Ao final do texto ancoro a ligação pra todas as outras mensagens da série.

Alguns esclarecimentos:

Praia do Gonzaga, perto da Av. Ana Costa, olhando pra Ponta da Praia.

1) Quase todas as fotos foram batidas pessoalmente por mim, as que não forem eu indico na legenda ou no texto.

2) Já que vamos falar de futebol: Eu não torço pelo Santos F.C. nem pelo C.R. Flamengo. 

Fui ver essa partida simplesmente porque gosto de ir a estádios quando viajo.

Pelo espetáculo em si, não me importava em nada quem ganhe ou perca. Portanto não inicie uma discussão com viés clubístico porque aqui não é espaço pra isso.

Agora mirando o Itararé, do lado oposto. Ao fundo a Ilha Porchat, São Vicente.

3) Eu não falo em ‘morro’ com desprezo ou preconceito, como fazem muitos.

Eu gosto de periferia, e não por outro motivo morei 15 anos (2002-2017) numa vila – antiga favela – de beira de rio da Zona Sul de Curitiba.

……..

Isto posto, podemos falar da Baixada Santista. Começamos pela geografia.

Canais, marca registrada de Santos. Esse é o Canal 3 (oficialmente Av. Washington Luís).

Como se sabe, essa é a Grande Santos, mas ninguém usa esse termo.

E sim ‘Baixada’. RMBS = Região Metropolitana da Baixada Santista, como consta inclusive nas placas da orla do Guarujá.

A Baixada tem população de 1,2 milhão de habitantes, sendo assim a 3ª maior cidade do estado de SP, atrás da Grande SP e Grande Campinas.

Divididos em (dados do Censo de 2010):

Santos, 419 mil. O núcleo da R.M., sua sede. Onde está o porto.

Casa de madeira, outro traço muito forte da cidade. Essa é no Morro Nova Cintra.

Tem enorme porção continental desabitada, que é área de preservação ambiental. A parte urbana é apenas insular.

São Vicente, 331 mil. Divide com Santos a Ilha de São Vicente. Os municípios são umbilicalmente ligados, formam uma cidade só.

Digo, toda a Baixada (incluindo Guarujá, Praia Grande e Cubatão) é uma mesma cidade.

fila pro porto

Fila de navios pra entrar no Porto.

Só que entre Santos e São Vicente a ligação é unha e carne, são uma e a mesma.

A Ilha é pequena, e ambas estão ali compartilhando esse pequeno espaço.

Tanto na orla quanto no subúrbio você não percebe quando sai de Santos e entra em S.V., e vice-versa.

Pela Ilha estar limitada por cabos em ambos os lados, as praias de Santos e S. Vicente são de baía. Ou seja quase sem ondas.

Bem no Centrão da cidade, perto da Pça. Mauá: favelas tomaram a encosta.

Ao contrário de Santos, São Vicente tem uma parte continental densamente habitada. Abaixo falamos mais disso.

Mesmo na porção insular de S.V. os bairros são bem mais humildes que em Santos, formando na verdade o subúrbio proletário da cidade.

Guarujá, 138 mil. Isso de população fixa. Nos feriadões do verão Guarujá beira ou mesmo supera 1 milhão.

O Guarujá é decididamente o balneário mais elitizado entre todos os municípios da Baixada. Pois é ali que boa parte da elite e classe média alta da Grande SP e também do interior mantém suas casas de veraneio.

baixada do funk

‘Cidade do Funk‘: esse é o batidão que faz a cabeça da Baixada.

Entretanto, no Guarujá, como de resto em todo Brasil, várias favelas ocupam as encostas do morro.

O Guarujá tem praias de mar aberto, que portanto proporcionam ondas fortes.

Cubatão, 118 mil. De todos o único que não tem mar. Trata-se de um subúrbio industrial entre o litoral e a serra.

Cubatão já foi uma das cidades mais poluídas do mundo. Hoje, com maior controle ambiental, a questão se reduziu significativamente, embora alguns problemas permaneçam seríssimos.

favela beira-mar - divisa

Favelas quase na beira-mar (veja a areia).

O Centro de Cubatão é muito bonito, calmo, parece uma cidade do interior (sem ser pejorativo, no bom sentido do termo).

A maior parte de seus bairros, entretanto, tem o perfil típico de subúrbio de metrópole, com todas as questões que isso acarreta.

Em uma outra ida ao Litoral Paulista, em 2012, eu fui conhecer a Cota 200, comunidade (antiga favela) na encosta da Serra do Mar.

O nome é porque o bairro já está 200 metros acima do nível do mar. Foi urbanizado e melhorou muito, mas seríssimos problemas permanecem.

Praia Grande, 201 mil. Também de mar aberto. Alias, como o nome indica é uma praia gigantesca em extensão. Só no município são 23 km da mesma praia, sem um cabo ou rio a interrompê-la, e ela ainda continua pelos vizinhos municípios de Mongaguá e Itanhaém. 

iemanjá mar gonzaga praia oceano areia água oferenda estátua rainha umbanda santos interior litoral paulista baixada novembro 2015 11/15

Salve Iemanjá, Rainha do Mar.

A Praia Grande já foi conhecida como um local com pouca infra-estrutura, que atraía apenas os ‘farofeiros’.

De umas décadas pra cá, entretanto, se desenvolveu intensamente e hoje não faz feio a nenhum outro balneário.

CASAS DE MADEIRA:

EM SANTOS E REGIÃO O PASSADO ESTÁ VIVO –

Fim-de-tarde no Gonzaga.

Já escrevi com muito mais detalhes em outras postagens: no Brasil, as casas de madeira são abundantes no Sul e no Norte.

No Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste elas só existem em quantia significativa em 5 cidades (ao menos até onde eu sei):

Cuiabá-MT, Vitória-ES, Marília-SP, Campos do Jordão-SP (disparado onde mais tem, um pedaço do Sul no coração do Sudeste) e Santos.

Não sei quanto ao Nordeste. Mas no passado esse modal de construção foi comum também no Sudeste e Centro-Oeste. Com o tempo foi eliminado. Pois bem. Em Santos não foi de todo. Ali, os chamados ‘chalés’ ou ‘bangalôs’ ainda existem em bom número.

3 do Centrão: essa é da Pç. Mauá.

Uma matéria que eu fiz sobre esse tema foi publicada num outro sítio.

E lá, nos comentários, alguém que assinou como ‘Santista’ acrescentou (eu corrigi o gentílico e os estrangeirismos):

“  Para quem tem curiosidade, só na Rua Comendador Alfaia Rodrigues, no bairro do Macuco há pelo menos uns 15 Chalés da década de 1960.centro velho

Quase todos eles bem conservados. Busquem no Visão de Rua do ‘Google’.

A construção de casas em madeira no Brasil e naquela época era uma alternativa da classe pobre em obter sua moradia com mais rapidez e custo baixo.

Enquanto os ricos e mais abastados construiam em alvenaria. As casas em madeira são melhores, que digam os estadunidenses.   

centrao1O detalhe é que a boa parte das casas que eu vi dessa vez as toras estão na posição horizontal.

Que no Brasil só é majoritário no Amapá, embora seja o predominante no Caribe e América do Norte.

Outra coisa que vi em Santos foram muitos sobrados bi-modais, térreo de alvenaria, andar de cima de madeira. No Chile isso também é infinitamente comum.

guia

Municípios de Santos, S. Vicente, Guarujá, Praia Grande e Cubatão (esse último não entrou no guia porque não é turístico).

Sempre que eu falo ‘Santos’ me refiro a Santos e Região Metropolitana, a toda Baixada Santista. Quando for restrito ao município de Santos eu especifico assim.

Digo isso porque São Vicente, sendo irmã-gêmea de Santos em espírito, também tem inúmeros chalés de madeira.

………..

Outro traço indelével de Santos – e aqui é só o município – são os ‘Canais.

Hoje Santos é apenas o 10º município paulista em população, atrás da capital e 4 de seus subúrbios (Guarulhos, São Bernardo, Santo André e Osasco); e também de Campinas, São José dos Campos e Ribeirão Preto no interior.

Visão aérea da Baixada Santista.

Nem sempre foi assim. Até perto da metade do século 20 Santos era a maior cidade paulista excetuando a capital obviamente.

O porto empregava muito, mas muito mais gente que hoje.

Pois os navios eram carregados e descarregados de forma muito mais manual, enquanto que agora está tudo mecanizado. Um cara operando um guindaste faz o serviço que necessitava 20 ou 30 homens antigamente.

A Ilha de São Vicente, dividida por esse município e Santos, com morro no meio. Santos tem quase 2/3 da ilha.

Ademais, o interior do estado também cresceu muito.

Digo tudo isso pra que dimensionemos que Santos já foi muito mais relevante em termos econômicos e políticos que atualmente.

E foi nesse período dourado que surgiu outro marco indelével da cidade: os canais.

Em fins do século 19 a cidade alagava com muita facilidade, por ser plana e ao pé da Serra do Mar.

Balsa Santos/Guarujá.

Por isso fizeram esses canais de drenagem. A ordem de construção é aquela que são numerados, o 1 é centenário, o 7 é o mais recente, com cerca de 3 décadas (texto de 2015).

Além de obra sanitária e arquitetônica, os Canais são uma referência urbanística.As avenidas que os margeiam não são chamadas por seu nome, mas pelo número do canal.

Assim como em São Paulo se fala nas ‘Marginais Pinheiros e Tietê’, em Curitiba nas ‘Vias Rápidas’ e na ‘Avenida das Torres’. Pouquíssima gente sabe a denominação oficial dessas vias.

Tróleibus na Praça Independência.

Em Santos são os Canais. Repare na foto (mais abaixo na página) que a prefeitura inteligentemente escreve maior acima o ‘nome de guerra’: Canal 3.

E só abaixo, como uma nota de rodapé, vem em fonte bem menor, quase com vergonha: também conhecida como ‘Av. Washington Luís’.

Mais que avenidas, os ‘Canais’ de Santos são quase como o nome do bairro que o rodeia.

Além dos 7 principais, há outros canais menores, não numerados pois não chegam ao mar.

estação interior baixada santos litoral paulista bonde moderno trem vlt transporte emtu

VLT, o bonde moderno. Leia matéria específica sobre o transporte.

O detalhe curioso é que – talvez exceto em dias de chuva forte – a águas dos canais fica parada, e não correndo, como alguém poderia esperar.

Tanto que eles são bem largos, eram até navegados no passado. Mas sua foz no mar é um filetinho de água minúsculo.

……….

Veja os mapas da Região Metropolitana da Baixada Santista, e depois fechando o foco a Ilha de São Vicente e arredores.

Como em Florianópolis-SC e Vitória-ES, há um morro bem no meio da ilha.

Santos.

E, também como nessas 2 capitais, algumas encostas ficaram pra classe alta mas boa parte delas está favelizada.

O que faz com que Santos tenha muitas favelas no Centro, e também algumas muito próximo da praia, ao lado dos prédios de luxo.

Qualquer semelhança com o Rio de Janeiro não é mera coincidência.

Alias em muitos aspectos, no jeito de ser do povo e não apenas na topografia e urbanismo, Santos tem uma cultura carioca.

Pitangueiras, Guarujá.

No hotel respondemos a uma enquete sobre a cidade, da secretaria de turismo.

Perguntavam: “pra você o que resume a imagem de Santos?”. Respondi na lata: Praia e Morro”.

Ou, tudo somado como está no título: Praia, Morro, Canal e Casa de Madeira.

bonde gonzaga1

Bonde do Gonzaga; esse não sai do lugar.

15 ANOS DEPOIS, SANTOS X FLAMENGO NA VILA FAMOSA: TUDO QUE TEM QUE ACONTECER REALMENTE ACONTECE –

Como já coloquei no cabeçalho, eu gosto de ir a estádios.

Já fui a todos aqui em Curitiba, e em São Paulo muitas vezes no Pacaembu, Morumbi, Parque Antárctica e Canindé.

Só que até 2011 eu nunca havia ido a um campo fora dessas duas cidades.ingresso1

Digo, em 2006 fui na própria Vila Belmiro e no começo da década de 90 no Olímpico do Grêmio em Porto Alegre-RS.

A questão é que nesses 2 casos uma visita turística, sem ter partida, com o estádio vazio.

Ver jogo mesmo, com a arquibancada pulsando, até 2011 só em Ctba e SP. Aí nesse ano assisti duas partidas na Colômbia ‘in loco’, os clássicos de Bogotá e Medelím.

ingressoEm 2012 fui no Independência em BH-MG, e no ano seguinte ao lendário Defensores do Chaco em Assunção-Paraguai.

E em 2015 ao estádio Praia Grande (‘Playancha’, no original), Valparaíso-Chile.

No fim do mesmo ano enfim voltei a Vila Belmiro, dessa vez pra ver um jogo de futebol.

Ilha Porchat, bairro elegante e arborizado de São Vicente.

Curioso, sabe? Tudo que tem que acontecer realmente acontece. Em 2000 fiz outra visita a Baixada.

Peguei um ônibus metropolitano e fui conhecer o bairro de Samambaia, na Praia Grande. Naquele dia iria ter Santos x Flamengo na Vila.

Na volta de P.G. já vi a galera com a camisa do Peixe rumando ao estádio. Fiquei com vontade de ir também.

O problema que eu tinha dinheiro pra pagar o ingresso, mas aí não teria o suficiente pra pegar o ônibus de volta pra SP.

Assim não pude conhecer a Vila Belmiro naquele dia. Tive que voltar a casa de meus parentes, e subir a serra com eles de carro.

No entanto, passaram-se 15 anos. E a Vida abriu a oportunidade.

Dessa vez tudo deu certo, assim lá estava eu, nas arquibancadas da também lendária ‘Vila Famosa’ (esq.).

O que tem que ocorrer realmente acontece. Basta saber esperar.

Beira-Mar no Guarujá.

……..

Quanto a partida em si, os dois times não estavam com a cabeça no Brasileiro.

O Flamengo apenas cumpria tabela, não iria mais pra Libertadores nem corria riscos de rebaixamento.

O Peixe se focava somente na final da Copa do Brasil contra o Palmeiras que seria uns dias depois – e que ele acabou perdendo.

vila belmiro 19-11-15Assim o Santos x Flamengo pelo 2º turno do Brasileirão/15 foi uma partida em que sobrou vontade mas por vezes faltou técnica.

O Flamengo foi um pouco melhor, ainda assim no apito final o placar continuava como estivera no apito inicial.

Um 0x0 sem graça que frustrou os 8 mil torcedores presentes.

Não levei câmera. Pra compensar puxei da rede a foto a esquerda, Ricardo Oliveira disputando a bola contra a zaga do Fla, pra ilustrar.

……….

estatua na ilha

Estátua na ilha, próximo a divisa Stos/SV.

Curiosidade: no Canal 2, não muito longe do estádio do Santos F.C., está um dos menores postos de gasolina do mundo, senão o menor. Visto logo acima.

Trata-se da ‘Bomba Campo Grande’. São duas bombas na calçada, o cara encosta e abastece, não há um pátio, lojas, nada disso.

Se mantém como era em 1940. “Do tempo que Gazolina se escrevia com ‘Z’ ”, diz a placa (mais pra baixo na página há outra foto onde esse detalhe está destacado, ambas as imagens obtidas via ‘Google Mapas’). pichacao - v. belmiro

No quesito das casas de madeira, ir a Santos é uma volta ao passado. Abastecer no Canal 2, idem. Dizem que há outro igual no Canal 5. 

………..

Voltando a falar do espírito, do ‘ethos’ da cidade.

pichacao - guarujaSe preferir de outra forma Santos é uma ‘ponte energética’ entre o Rio e SP. Em Santos se ouve muito ‘funk’, como no Rio.

Só que a letra das pichações é idêntica a da capital paulista. Como você pode conferir nas fotos. Acima próximo a V. Belmiro.

A esquerda no Guarujá, e a direita abaixo prédio detonado no predio centroCentrão de Santos.

Por esses 2 exemplos da cultura de subúrbio vemos que a cidade tem um pé em cada lado da Via Dutra, falando simbolicamente.

Pra começar, na Baixada há muito mais negros que na Grande SP, o que também a torna similar a ‘Cidade Maravilhosa’.

No Centro de Santos eu peguei um micro-ônibus que sobe o morro – não uma van, esse modal não deu tempo de utilizar. Catei um micro.

Fiz uma volta por toda parte favelizada ao lado do Centrão. Parecia que eu estava no Rio, veja as fotos.

Toda florida, a Praça 21 Irmãos-Amigos, São Vicente. Bandeiras do Brasil, do município e dos 27 estados. Quando foi criada eram 21 estados, aumentaram as bandeiras, o nome ficou (placa a dir.).

E não apenas ali. Quando chegávamos a Baixada entramos na cidade pela parte continental de São Vicente:

Bairros Samaritá, Parque das Bandeiras, Vila Ema, aquela região.

Ali não há encosta, é plano. Mas é uma periferia bem depauperada.

Parecia que eu havia entrado na Baixada Fluminense. Infelizmente não pude tirar fotos porque eu estava dirigindo.

Quem conhece sabe: no Plano e no Morro, a Baixada Santista é muitas vezes um xerox da capital carioca e seus subúrbios. praca 21 amigos - sv1

Inclusive e principalmente na trilha sonora, são “As Cidades do Funk”.

……….

Há também uma parte de periferia plana na Ilha.

Há a distância de S.V. a cada estado (no ex. o Espírito Santo). Outro detalhe: São Vicente é a 1ª cidade do Brasil, do ponto de vista europeu que não considera os índios. A ‘Célula-Mãe’ da Pátria, como está em seu escudo.

Indo pela praia quando a montanha chega perto do mar é a divisa, a direita é Santos, a esquerda São Vicente.

A questão é que no lado oposto da ilha, a da periferia, é diferente. Ali, o município de Santos avança na parte plana ocidental.

Vou colocar assim que é mais fácil de entender.

Grosseiramente falando se o morro fosse a divisa de município Santos e São Vicente teriam cada um metade do território. Mas não é assim, Santos é maior.

A leste do morro é tudo território santista, e a oeste, onde está São Vicente, um naco também é de Santos, que tem portanto quase 2/3 da área da Ilha.

Essa parte plana e periférica, do ‘outro lado’ do morro (tendo o Centro de Santos como referência) é a chamada “Zona Noroeste”.

Na Praça do Gonzaga, Santos, onde há o bondinho, também estão todas as bandeiras da Pátria Amada.

O município de Santos tem portanto duas áreas de periferia, a Zona Noroeste, que é plana e mais distante do Centro, e as encostas favelizadas do morro, que são mais centrais.

Mas no geral é um município muito rico, majoritariamente de classe média. Perto da orla média-alta.

……………….

Já que tocamos nesse ponto, um adendo: até 1978 a altura máxima dos prédios em Santos era 12 andares, quando foi pra 20, ou perto disso.

galera do surfeEm 1986 houve nova ampliação, mas ainda pra bem menos de 30.

Só nos anos 90, não sei o ano exato, foi liberado acima de 30 e mesmo 40 andares.

Por isso você vê, na orla e mesmo um pouco mais pra dentro nas regiões de alto padrão:

Favela do Morro do Engenho, Guarujá.

Um paredão de edifícios de altura não tão elevada, perfurado por alguns espigões mais modernos que são muito mais altos.

Na imagem a esquerda isso fica claro:

Uma linha uniforme de prédios em frente ao mar, relativamente baixos pois seguiam a legislação vigente que restringia severamente o número de pisos.

E uns poucos mais novos, já sem o limite, vão bem além.

Outro detalhe é a galera surfando. Santos em geral tem poucas ondas pois é praia de baía.

filete-canal

Os canais são bastante largos. Mas a foz deles no mar é um filete.

Ao lado dessas pedras a coisa fica um pouco mais forte, e a turma que curte uma prancha aproveita ao máximo.

…………..

Bem, próximo ao Centro e ao Porto também há umas partes planas que são mais de subúrbio.

A burguesia abandonou o Centrão há décadas. Na verdade o centro econômico e cultural da cidade foi transferido pra orla.

Vicente de Carvalho, Guarujá. Uma região plana, bem de periferia. Atrás do Porto, que é o sustento da maioria das famílias do bairro.

O Centrão ficou abandonado, e estava bem feio. Foi recuperado nas últimas décadas e agora é possível andar nele com segurança durante o dia.

Ainda assim Centrão é sempre Centrão. Em Santos não é diferente.

Melhorou bastante, mas o ‘charme’ se foi, e não irá retornar. Assim a burguesia evita o local após o anoitecer.

O Centro, onde a cidade começou, econômica e culturalmente hoje está mais pra uma periferia. Como alias acontece também em Acapulco, outra cidade marítima.

muro típico-gja

Esse muro vazado é típico da Grande Santos. Aqui no Guarujá.

De volta a Baixada: o Centro, os morros que vem logo a seguir, e a Zona Noroeste do outro lado da montanha na verdade formam um contínuo. 

Que poderíamos classificar como ‘o lado B’ de Santos.

Fora essa parte a cidade é de renda relativamente elevada, como dito acima e é notório.

E não estou me referindo sequer a beira da praia, mas ao espaço intermediário entre o Centro e a orla.

independencia noite

Noturna da Pç. Independência.

Em São Vicente a situação já é distinta. Claro que na beira-mar há prédios caros.

Só que assim que passamos peloque nesse caso é perto da praia – o padrão dos bairros já se torna bem mais popular.

E no Continente então esse processo se acentua.

………

placa na pracaA Grande Santos tem um padrão econômico mais baixo que a Grande São Paulo.

Proporcional a população as favelas da Baixada são bem maiores.

Na Baixada há ainda muitas favelas com palafitas sobre o mangue, que na capital não existem mais em larga escala.

sem-teto

Sem-teto no Centrão.

Natural, há menos atividades econômicas pra se gerar empregos.

……….

A Baixada Santista me lembra muito a Metrópole Costeira chilena.

Nos dois casos há um município-núcleo que é a sede, por abrigar o porto: Santos no Brasil e Valparaíso no Chile.

Embarcações de diversos tamanhos perto do porto.

No entanto os prédios mais caros são num município vizinho, o Guarujá no Atlântico e Vinha do Mar no Oceano Pacífico.

……….

Com satisfação notamos que a violência em Santos e região é significativamente mais baixa que em outras cidades.

Mesmo os edifícios elegantes da Beira-Mar têm os muros bem mais baixos que em São Paulo, Curitiba e outras cidades. Sinal que há bem menos assaltos.

São Vicente.

Não é somente uma questão da cidade ser maior ou menor. A Grande Florianópolis tem população igual ou menor que a Baixada.

E na capital de SC os muros na parte rica são bem mais altos – e com muito mais camadas de cerca elétrica.

……..

No Centro de Santos há uma linha ativa de bonde antigo, reativado em 2000, como já mostramos na matéria sobre transportes.

Na Praia do Gonzaga há um outro bonde preservado (imagem abaixo).

Foi totalmente restaurado, anúncios, equipamentos, etc. Exatamente igual aos que circulam.

Porém esse do Gonzaga não sai do lugar. Nem tem como, não há trilhos ou rede elétrica. É só um posto de informações turísticas.

……….

Foi o que observei na Baixada. A matéria não terminou, abaixo ainda há muitas fotos.

Antes já iremos ligar as outras mensagens da série:

Bonde moderníssimo (VLT), bonde antigo, ônibus elétricos e a dísel, micros brancos e vans que sobem os morrosA Grande Santos é Multi-Modal no transporte. Texto de novembro de 2015.

bonde Santos vermelho cinza bonde antigo trilho z/c centrão trânsito árvore céu azul limpo baixada interior litoral paulista praça mauá ponto final

O bonde moderno vimos acima. E também um antigo que não sai do lugar. Agora, esse funciona mesmo, dá uma volta pelo Centro.

Santos no Céu. Parte de nossa série Astronômica. Levantado pro ar em dezembro/15. Fotografei o Horizonte, como sempre. Em todas condições:

Azul, cinza, primeiros raios de Sol no amanhecer, últimos no entardecer, e a Noite escura. Abaixo um aperitivo, o Pôr-do-Sol na Praia.

Atualizei a postagem pra incluir as “Flores da Baixada”, e também uma matéria feita em 2012 Litoral Norte de SP, mostrando Bertioga e São Sebastião.

…………..

As pessoas se despedem do mar naquele dia.

Pessoal, antes de fecharmos faremos várias sessões de fotos.

A foto ao lado e a primeira da sequência abaixo feitas no Gonzaga, em Santos. Podem ver claramente o detalhe do zoneamento que delineei acima:

Antes os prédios tinham altura bastante limitada. Os mais novos podem subir a vontade.

Todas as demais desse ‘carrosel’ no Itararé, São Vicente.

Algumas praças da Beira-Mar em Santos. As  duas 1ªs são daquela do Gonzaga que tem as bandeiras e o bonde, que não aparece nessa imagem:

aluguel de bicisMais alguns detalhes da cidade:

Empréstimo de bicicletas (ao lado).

Pela cor laranja vemos que antigamente esse projeto era patrocinado por um banco privado.

Como ainda acontece em São Paulo, Recife-PE, Salvador-BA e Santiago do Chile (entre outras).

Entretanto no caso de Santos agora é tocado pela prefeitura mesmo;

Placa do Canal 3, oficialmente Av. Washington Luis, bairro Boqueirão (mesmo nome do bairro que eu morei por 15 anos aqui em Curitiba).

Voltando a Santos, veja um ônibus antigo [Amélia] da finada C.S.T.C. que ia pro Boqueirão;

Jacaré Scania no Porto de Santos.

Já fiz uma matéria com dezenas de fotos pra homenagear esses possantes.

Mais uma sequência de imagens:

Próximas 7: caminhões pelas ruas de Vicente de Carvalho.

Vamos pra periferia do Guarujá. O bairro Vicente de Carvalho é visto nas próximas 11 fotos (as 7 laterais como a legenda informou e as 4 primeiras da sequência horizontal que virá depois delas).

Depois veremos (também dentro da galeria de imagens) o Morro do Engenho.

Começamos em Vic. de Carvalho. Como já dito e é notório, uma periferia plana, atrás do Porte e que se sustenta levando carga pros navios.

Na verdade o ‘Porto de Santos’ fica metade em Santos, metade no Guarujá.

Pois eles tem atracadouros dos dois lados do canal que divide os municípios.

Daí uma infinidade de carretas velhas pelas ruas, do pessoal que puxa carga do e pro navio (acima um Volvo mais novo, cara-chata).

Situação que se repete em outros subúrbios em Santos e São Vicente. Mas aí não pude fotografar.

Em compensação, já registrei essa mesma cena também em Paranaguá-PR e Valparaíso-Chile. Mas aqui estamos em Vic. de Carvalho:

Acima, um belo Mercedão ! Certamente pra quem adora esses bichões redondos, meu caso certamente.

Mesmo sem estar ali fisicamente, “a Estrela Brilha”, Sempre e pra Todo Sempre  . . .

Ao lado mais um 11-13 (chapa no alto, quase acima da estrela, porque estamos no Sudeste do Brasil, caramba!!). Esse do modelo mais novo:

Por isso me refiro de 1983 ao fim dos anos 80, quando o desenho era mesmo (portanto capô saliente e redondo) mas com 4 faróis quadrados, ao invés dos 2 redondos que predominaram dos anos 60 ao começo dos 80.

Nas fotos acima (com mais um Mercedes amarelo 11-13 antigo) e ao lado cohabs que o governo construiu por lá.

Um ponto chama a atenção: as casas são muito pequenas, sem garagem, muro ou quintal.

Ou seja sem privacidade nem segurança. O povão resolveu essa questão fazendo um puxadinho.

Um Volvo e Mercedes, ambos brancos (ou quase) e com motor saltado a frente.

Garagem embaixo, o carro não dorme mais na rua a mercê de ladrões, e mais uma espaçosa sala com varanda em cima.

Outro detalhe visto a esquerda, de novo uma multidão de caminhões nas ruas, a maioria bem velhos. Aqui vemos pela ordem:

1 Volvo,  2 Scanias – o 1º outro Jacaré –, 1 Mercedes (esses 4 mais antigos, da época que os caminhões tinham motor saltado) e 1 que não identifico a marca, mais novo, quando os cara-chatas se tornaram onipresentes.

Esq: Ford e 2 Mercedes, todos bicudos e azuis (ou quase); a dir. um VW cara-chata branco (Volks sempre foi cara-chata).

…………

No ‘carrosel’ de fotos, continuamos na periferia do Guarujá. Ressalto novamente: nas 4 primeiras, Vicente de Carvalho.

Nas 5 que fecham a sequência, a ‘Comunidade’ (termo oficializado até nas placas da prefeitura) do Morro do Engenho.

Trata-se claramente de uma antiga favela, agora urbanizada e transformada numa vila popular.

Ainda o Guarujá. Aqui as praias e sua parte de classe média e alta que a cercam .

Não sei porque a placa diz ‘Enseada’, pois essa é a Praia de Pitangueiras.

Afinal estamos no momento da foto a oeste do ‘Morro do Maluf’.

E até onde eu sei é esse marco geográfico quem divide as praias.

Seja como for, notem que foi oficializada a sigla R.M.B.S. = Região Metropolitana da Baixada Santista.

parque - periferiaVamos ver os pássaros de Santos e região.

Na periferia há um bonito parque com um lago (visto ao lado).

Quando passei ali  nas margens havia uma garça, mostrada a direita.

Porém nesse caso específico fiquei na dúvida se é de verdade ou uma estátua.garca no parque

Falando nisso, também já fotografei patos em Curitiba, e mesmo um cisne.

De volta a Santos, as fotos do parque, como as do morro, foram feitas de dentro de um ônibus em movimento, assim não foi possível averiguar.

As outras aves vistas abaixo é certo que são vivas, de carne e osso.

A primeira foto foi feita no parque citado acima, as demais onde os canais desaguam no mar.

Falar nisso, vamos dar mais um rolê na parte alta da cidade. Com vocês os morros santistas.

Nas laterais, em duas escalas a mesma cena no bairro Jabaquara.

Fui a Vila Belmiro (onde comprei o ingresso do jogo Santos x Flamengo).

No Canal 2 eu peguei um ônibus, o micro que faz a linha 181.

Ele subiu o morro, passou pelo Centro e me deixou no Terminal do Valongo.

Seguimos na periferia de Santos. Nesse caso no município mesmo. Casas de madeira, casas de vila geminadas, predinhos baixos sem elevador.

Ao lado sobrado misto (bi-modal): embaixo de cimento, acima de madeira, muito comum na Baixada e também no Chile. E abaixo conjunto geminado no bairro Jabaquara

Abriremos a sequência do ‘carrossel’ no mesmo tom, mais casas de madeira.

Algumas no morro, mas nem todas – várias ficam na parte plana e de classe média da  cidade. Ainda que seja a classe média-baixa suburbana.

Note a porta de saída já na via pública (imagem obtida também via ‘Google Mapas’).

E depois veremos exatamente esse subúrbio de classe média e média-baixa nos bairros planos.

Com seus ‘pombais’ (edifícios de poucos andares, muitos deles nos canais mas não apenas ali) e casas geminadas.

Cliquei várias de dentro do bonde moderníssimo (VLT), que quando estive lá (nov.15) estava em testes. Algumas outras nos morros, e também captei imagens na Vila Belmiro.

Do outro lado desse cabo (onde há um parque) é o único lugar que é possível surfar em Santos, pois as ondas são um pouco melhores. Ao fundo vemos São Vicente.

Mostramos a divisa entre Santos e São Vicente (Praia de Itararé). Uma região de contrastes, atrás dos prédios da beira-mar há um morro.

Parte dele ocupado por mansões, parte por favelas – as vezes fazendo divisa de muro, mas é o Brasil né? Digo, é a América Latina, já flagrei o mesmo contraste no Chile.

Em Santos os ônibus são verdes, incluso os micros, e não há vans (exceto umas poucas linhas ‘sobe-morro’, que saem do Centro, não passam na orla).

Micros e vans brancos em S.V. (no detalhe a resolução original de parte da imagem): foto de 2015, em 2019 uma viação oficial retornou a cidade e acabou o transporte alternativo.

Em São Vicente, inversamente, não há ônibus grandes municipais (um dia houve mas não mais), só vans e micros. E eles são brancos, alguns com detalhes vermelhos.

Portanto quando você começa a ver transporte branco, sabe que mudou o município – no México é exatamente igual.

Nas 3 primeiras o bairro Ilha Porchat, que não é uma ilha de verdade, mas uma península. E as outras 6 foram feitas na (ou próximo da) divisa de município.

Agora nas 3 primeiras o Centro de Santos, depois a Av. Ana Costa, que liga ele a orla:

beira-mar noturnaAlgumas noturnas ou em diversas fases do anoitecer no Gonzaga. Já fiz matéria específica, ‘Santos no Céu’.

Ao lado a Beira-Mar.

Nas três 1ªs da sequência horizontal a Pç. Independência.

Abrindo com uma flor que aparece na frente do trânsito.

No próximo ‘carrossel’ de imagens as partes de classe média e alta de Santos. Nas 3 primeiras os canais e seu entorno, e as e a seguir o bairro da Pompéia.

verticalizacao zona portuariaComo podem ver nesses ensaios, Santos está mudando.

Por décadas predominaram os prédios nem tão altos na Beira-Mar, e nos Canais e no subúrbio as casinhas geminadas de vila e pombais sem elevador.

Agora convivendo com eles estão surgindo espigões. Verdadeiros arranha-céus, em todas as partes da metrópole, incluso na periferia. A esquerda na Zona Portuária, que por décadas foi evitada pela burguesia, agora foi ‘descoberta’ e se tornou ‘nobre’.

Não só isso. Veja os edifícios de alto padrão que surgem a beira do (revitalizado) trilho de trem, antes uma parte decadente de Santos e S.V., agora re-emergente. Natural, pois a que vai contar com transporte barato, rápido e eficiente. O que era um ônus pra cidade (os trilhos abandonados) agora é um bônus.

“A valorização, o desenvolvimento e a infra-estrutura caminham pra Zona Noroeste“, nas palavras da corporação Abyara. Tá bom pra ti? Imagem de um emeio de junho de 2010, após uma viagem anterior a Baixada.

Até a Zona Noroeste, antiga ‘Cidade Oculta’ da Baixada Santista, está tendo seu lugar ao sol aos olhos da classe média que se amplia.

……..

É isso aí. Do Canal 1 ao Canal 7, do Itararé ao Embaré, de Vicente de Carvalho até Samaritá, a Baixada Santista é assim.

P.S.: ainda dá tempo de vermos as últimas imagens de Santos e Guarujá.

Que Deus Pai Ilumine a todos.

“Deus proverá”

11 comentários sobre “Praia, Morro, Canal & Casa de Madeira: isso é Santos

  1. omensageiro77 disse:

    Cliquei uma parte aburguesada da cidade, num dos canais perto da orla, e por isso descrevi a foto como parte da ‘burguesia’.
    Um leitor fez alguns apontamentos. Como ele comentou diretamente na foto sou eu, O Mensageiro, quem assina esse comentário aqui nessa seção de comentários geral da matéria. Mas reproduzo as palavras dele, que foram:
    ” a parte dos canais que fica na zona da orla eh nobre mas do vlt linha da maquina pra tras eh um pouco mais classe media , media baixa …
    minha opinião vc pode discordar , zona da orla classe media alta e alta , zona intermediaria (marapé campo grande vila belmiro encruzilhada , macuco estuario jabaquara )classe media , media baixa , zona central media baixa e baixa, morros classe baixa na maioria , zona noroeste media baixa e baixa , area continental classe baixa …”
    ……….

    Eis minha tréplica:
    ” Ok, amigo, obrigado pelo apontamento.
    Não discordo não, concordo plenamente com sua classificação, alias você certamente conhece Santos bem melhor que eu.
    A legenda de uma foto é uma descrição sucinta por natureza, logo é preciso resumir bem as informações, o que acaba limitando o quadro. Na matéria completa (que vocês leram acima) a descrição que procurei dar da cidade bate com o que você colocou. ”
    Confira nosso diálogo:

    canal Santos litoral sp paulista avenida burguesia árvore palmeira prédios

    Curtir

  2. Santista ... disse:

    Nomes dos morros santistas , José menino , Marapé , nova Cintra , favelinha , tetéu , santa Maria , cuscuz , vila progresso/ vitória , Jabaquara , são Bento , Fontana , bufo , vila são Bento , Pacheco , boa vista , penha , saboó , tiro naval , monte serrat , ilhéu , morros de Cubatão , fabril , pinhal do Miranda , cota 200 , mantiqueira , morros Guarujá , bio , vila Júlia , vale da morte , vila baiana , cachoeirinha , engenho , santa clara , jd das flores , macaco … na baixada são esses morros aí …

    Curtir

  3. Adr disse:

    Li tudo amigo gostei muito da sua visão da regiao , tinha só passado o olho lido por alto , tem duas coisas q preciso t falar uma eh q a área continental santista não eh totalmente desabitada tem alguns bairros lá q tem uma certa comunidade , e lá existem áreas de expansão urbana q creio eu daqui a um tempo será bem habitado só sair um túnel ponte pra lá q vai crescer certeza são 24 km 2 de área d expansão , outra coisa voltando o assunto d criminalidade aqui a criminalidade eh alta sim conheço gente na zn q tem comércio e foi roubado dezenas d vezes idem a entrada da cidade assaltos são constantes tbm nas rodovias outra coisa comum na baixada eh explosão a caixas eletrônicos , tráfico d drogas intensos tbm com alguns casos d troca d tiros entre bandidos e policiais , não to falando isso com orgulho mas basta procurar no YouTube sobre a criminalidade aqui VC vai ver muita coisa incluindo guerra PCC PM , grupos d extermínios etc … Um forte abraço hj li tudo com calma ótimo trabalho…

    Curtir

  4. Adr disse:

    Sim essa facção criminosa ainda domina todas as favelas morros e bairros da baixada , o tráfico d drogas eh a principal fonte de grana , coloquei seu blog nos meus favoritos.

    Curtir

  5. Adr disse:

    Concordo com VC amigo , por ser menor eh menos violento mesmo , comparando com a capital ou RJ os índices são mais baixos mesmo , um forte abraço muito bom seu blog e essa matéria .

    Curtir

  6. omensageiro77 disse:

    Pois é irmão. Estudar os níveis de criminalidade, e também pobreza/desigualdade social, é uma coisa que eu dediquei toda minha vida. E não apenas na teoria, mas também na prática.
    Tenho uma origem de classe média, mas eu quis vir residir em uma das favelas de Curitiba, o Canal Belém. Nessa postagem

    de Ciclovia a Foz, a Saga do Canal Belém continua


    há fotos de minha vila, tanto de algumas partes bem favelizadas mesmo, quanto de minha rua que já está mais urbanizada mas ainda não tem nome oficial nem as casas têm escritura.
    Conheço todas as 300 favelas de Curitiba, uma por uma, porque conheço simplesmente todo o município de Curitiba. E a maior parte da Região Metropolitana.
    Quando vou a outras cidades, faço o mesmo estudo tanto quanto o tempo exíguo permite. Em minhas idas a Baixada, já fui a Zona Noroeste (o Rádio Clube e o Dale Coutinho), a porção insular (a parte do Jóquei Clube e Cidade Náutica) e continental de SV (os bairros Samaritá e Vila Ema, e como entramos por aquela ponte conheci também um pouco de Barreiros já na Ilha), a Samambaia em PG (quase na divisa com Mongaguá), ao Morro do Engenho e Vicente de Carvalho no Guarujá, a Cota 200 de Cubatão, fora os morros perto do Centro de Santos. Nesses morros e em Vicente de Carvalho já fui mais de uma vez.
    Nessa viagem de nov.15 você vê pelas fotos que eu fui a periferia do Guarujá, e peguei o micro que liga o Centro e o Terminal do Valongo aos Morros. Também descrevi que entrei na cidade pela parte Continental de SV, que é bem problemática. Não fotografei porque estava dirigindo, e precisávamos achar o caminho pra Santos, sendo que a gente não conhece a cidade a fundo.
    Mas você percebe que, tanto quanto é possível pra um forasteiro, eu conheço relativamente bem as periferias tanto em morro quanto planas da Baixada.
    E estudei os índices de criminalidade do estado de SP. Sei que na Baixada há bases de quadrilhas de bandidos. Alias em 2006 vi pessoalmente que a favela do Rádio Clube, em Santos, estava toda pichada com indumentária de uma facção criminosa, não sei se a situação permanece porque dessa vez não pude ir até lá.
    Portanto eu não sou ingênuo, sei que a Baixada tem problemas sociais seríssimos, tanto de desigualdade de renda quanto de violência.
    Ainda assim, o que apontei é que nos bairros ricos de Santos os muros são menores e com bem menos cercas elétricas que em várias outras cidades como São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, enfim a lista é longa.
    Sinal que sim, óbvio que há tráfico, assassinatos e roubos na Baixada. Mas os assaltos a condomínios, que são epidêmicos na Grande SP e embora não tão elevados ainda assim preocupantes nas demais cidades citadas, são menos comuns na Orla Santista. Que bom que é assim.
    Em tempo: sou nascido em Brasília, criado em Curitiba e minha família é de SP Capital. Mas eu também Amo a Baixada, e sempre que posso vou visitar esse pedaço tão bonito do Brasil.
    Abçs, que Deus Ilumine a todos.

    Curtir

  7. Adr disse:

    VC descreveu muito bem a região amigo , só uma coisa a criminalidade não e tão baixa assim , procura aí vizinhos do crime , eh sobre as favelas de santos , na baixada vive cerca de 300 mil pessoas nelas fora alguns bairros favelados q não foram incluídos .

    Curtir

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.