Metrô Cidade Industrial, Zona Oeste: é só mesmo em BH, uai

Avenida do Contorno, ao fundo o Centro.

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 3 de dezembro de 2012

Vamos falar mais um pouco de Belo Horizonte-MG.

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A cidade, que é planejada, foi inaugurada em 1897.

Abaixo falamos mais do motivo que Minas mudou a capital.

Veremos em várias tomadas a “Copacabana dos Mineiros”, a Lagoa da Pampulha e o parque linear que a rodeia, na Zona Norte.

Em 12/12/12 BH completou 115 aninhos (a matéria foi publicada – por emeio originalmente em 03/12/12).

Belo Horizonte cresceu mais pra oeste e norte. Por isso as Zonas Oeste e Norte são muito maiores que as Zonas Leste e Sul

Um adendo aqui. Eu só divido cidades em Zonas Central, Leste, Sul, Oeste e Norte.

Não reconheço “Zona Noroeste”, “Sudoeste”, “Sudeste” ou “Nordeste”.

dialeto mineiro

Minas tem dialeto próprio, o ‘Mineirim‘: em outros estados o diminutivo de Carlos é ‘Carlinhos’, lá é ‘Carlin‘. Pus a foto somente pra falar do idioma, não estou de forma alguma endossando o candidato em questão.

Assim as vezes eu divirjo de como os moradores falam. BH mesmo é o exemplo.

Lá se fala muito em Zona Noroeste, mas eu, embora respeitando os costumes locais, não endosso essa nomenclatura.

Estive no que se chama “Zona Noroeste” de Belo Horizonte. Mas aqui vou olhar o mapa antes de escrever.

Se o bairro estiver mais pra oeste, digo ‘Zona Oeste’. Se estiver mais a norte, vai pra ‘Zona Norte’. É simples assim.

transporte bh minas mg estação metrô cidade industrial z/o contagem divisa azul placa

É a Zona Oeste de BH, uai.

Em outras cidades ocorre o mesmo. Ipiranga é Z/S de SP, Vila Prudente é Z/L. Não existe “Zona Sudeste”.

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Nomenclatura a parte, Belo Horizonte tem metrô.

Uma linha apenas, e ela liga justamente a Zona Oeste a Zona Norte passando pelo Centro e pelo começo da Zona Leste.

bairro Sapucaias Contagem Z-O metrop.

Bairro Sapucaias, Contagem, Zona Oeste metropolitana.

Recapitulando um pouco do que já foi falado anteriormente:

Embora seja apenas uma linha (grosseiramente insuficiente, portanto), pelo menos ela passa pelas regiões mais populosas da cidade.

Na verdade o “metrô” de Belo Horizonte é um trem de subúrbio.

É bem parecido com os trens de subúrbio de São Paulo, totalmente de superfície, e puxa energia de fios acima dele, e não dos trilhos, como ocorre no metrô.

Sem-teto no Centrão.

Ele opera na antiga linha de carga, só que não precisa compartilhar a via com o modal cargueiro, pois a via foi triplicada:

2 pistas férreas pro trem de passageiros (uma em cada sentido) e 1 pra carga.

Ao contrário de Fortaleza-CE, Teresina-PI e algumas outras cidades do Nordeste que tem trem de subúrbio, onde a linha é compartilhada pelos dois modais.

Zona Norte do alto do morro do Jd. Europa.

Aí só pode correr 1 trem por hora, resultando num modal precário e sub-utilizado.

Andei nos trens de subúrbio nas capitais do Ceará e Paraíba, o preço da tarifa é baixo mas a qualidade idem. Fortaleza têm 2 linhas de trens de subúrbio.

Na que vai pra Maracanaú (Z/S) houve a ampliação e modernização pra metrô, esse sim um meio de transporte civilizado.

O outro ramal, que serve Caucaia (Z/O) ainda aguarda esse dia. Já joguei no ar as séries sobre J. Pessoa e Fortaleza.

Av. Vilarinho, bairro Venda Nova, Z/N.

Enfatizo que o metrô de Belô funciona infinitamente melhor que os trens de subúrbios de Fortaleza (na linha não-modernizada), Teresina e J. Pessoa.

Pois nesses construíram-se estações, mas não duplicaram a linha. Em BH (e 1 linha de Fortaleza) isso foi feito, como é domínio público.

É operado pelo governo federal, como o de Porto Alegre e os do Nordeste.

O metrô e trens de São Paulo, pra quem não conhece, são do governo estadual, com uma linha operada pela iniciativa privada. No Rio de Janeiro, tanto o metrô quanto os trens foram privatizados.

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De novo, Sapucaias em Contagem.

Uma única linha é insuficiente, como disse acima e é notório. Mas já está um nível acima de Porto Alegre, por exemplo.

Na capital gaúcha, há igualmente somente uma linha, que sai do Centro e corta a Zona Norte até o fim da região metropolitana.

Radial, portanto. Em BH, pelo menos o trem corta duas regiões passando pelo Centro, sendo então diametral.

Na ponta oeste do ramal, há uma estação Cidade Industrial, fica na divisa entre os municípios de Belo Horizonte e Contagem.

Capivara na Pampulha.

A que vem depois dela, a estação-terminal (ponto final) Eldorado, já está totalmente no município de Contagem.

E claro, Belo Horizonte, com uma única linha diametral insuficiente, está muitas décadas a frente de Curitiba.

Que não tem trem nem metrô e acho que nunca terá. Cidade Industrial é o bairro mais populoso de Curitiba, e fica na Zona Oeste. Deveria ter uma estação de metrô a servi-la, mas não tem.

Lagoa da Pampulha

Agora um contra-ponto. As águas da lagoa estão poluídas, e na Pampulha também habitam muitos urubus. Veja quantos deles eu captei nessa imagem.

Estação de metrô Cidade Industrial, Zona Oeste, operando a todo vapor. Eita trem bão.

Um sonho realizado. Pena que só em BH. Em Curitiba, nem pensar . . .

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Agora falando dos ônibus, em Belo Horizonte (como em Curitiba) a integração sem custos se dá exclusivamente nos terminais, lá chamados ‘estações’.

Estive nas estações Venda Nova, Zona Norte, e Barreiro, Zona Oeste. Há mais umas seis ou sete espalhadas pela cidade.

Falamos melhor de como funciona o sistema de ônibus de Belo Horizonte nessa outra mensagem

O Centrão foi ‘decorado‘ pelos pichadores. Boa parte dos bairros teve o mesmo destino.

Vou informar o quanto eram as tarifas, os valores são de 2012. Há 3 patamares, R$ 2,65, R$ 1,85 e R$ 0,65.

A mais cara é pras linhas mais longas, Centro-periferia, ou periferia-periferia cruzando o Centro.

A intermediária é pras linhas locais, menores, sejam centrais ou do subúrbio.

Nessa mensagem eu explico um sistema muito curioso:

Os terminais são integrados, ou seja, são fechados, há roleta pra entrar neles. Mas dentro, como há linhas de patamares diferentes de preço, há outra roleta, ‘um terminal dentro do terminal’, se quiser chamar assim.

Zona Oeste vista do Confisco

A Zona Oeste vista do bairro Confisco

Pra você passar da linha mais barata pra mais cara mas só pagar a diferença.

No sentido inverso, ou seja se você já pagou a linha mais cara, a integração é gratuita. Em Florianópolis-SC eu presenciei o mesmo.

Já as linhas mais baratas de todas, aquelas que custavam somente 65 centavos, são as “Sobe o Morro”, que servem as grandes favelas próximas ao Centro.alternativo Av. Vilarinho Zona Norte

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Em BH há ainda micro-ônibus amarelos, alternativos. A direita um deles na Av. Vilarinho, amplie e lerá a placa: “Europa e Serra Verde a direita”.

Então vamos dar uma pincelada nesse modal agora.

Essa e a próx.: Jardim Europa, Zona Norte.

Antigamente eram piratas, quando circulavam vans e até kombis, sem qualquer controle ou fiscalização.

Foram incorporados ao sistema, os donos formaram cooperativas.

E as cooperativas respondem ao órgão fiscalizador como se fossem uma empresa.

Não são mais permitidas vans, e tem que cumprir horário, manutenção, etc.

B.H., M.G.: “A Vida no Morro“.

O cartão também é aceito. Tudo isso é igual ao que ocorreu em São Paulo.

A diferença é que em Belo Horizonte os alternativos não entram nos terminais – não são integrados, portanto.

Os micros só fazem linhas locais, circulares, nos bairros.

Não podem ir ao Centro nem unirem bairros distantes. Por isso o modal é chamado “Suplementar”.

Aqui e direita: Gameleira, Zona Oeste

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Agora a integração no cartão. Se você desce de um ônibus fora do terminal e pega outro, só paga metade da segunda passagem.

Ou seja, dois ônibus pelo preço de um e meio.

Só pra quem paga em cartão, em dinheiro não há essa possibilidade. Até pouco tempo atrás, em Porto Alegre-RS também era assim, duas viagens de ônibus pelo preço de uma e meia.

Atualmente não mais. Na capital gaúcha, agora no cartão você pega dois ônibus e só paga um. Na capital mineira, ainda permanece.

Integração plena, só no terminal, e aí em cartão ou dinheiro. Na rua, só meia integração, e só no cartão.

Se você pega um ônibus e um metrô, no cartão, igualmente ganha 50% de desconto na segunda passagem.

Isso é assim até hoje tanto em Belo Horizonte quanto em Porto Alegre.

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municipal padrao antigo

Como já falamos e ilustramos amplamente, por décadas os ônibus de BH tinham a linha pintada na lataria, portanto o veículo tinha que ficar fixo nela. Aí houve mudança de pintura, onde entraram essas flechas (similar a que também vigorava em Fortaleza a época). Assim a linha continua na lateral, mas agora numa placa que pode ser removida.

Passemos pros ônibus metropolitanos de BH. No cartão, há a “meia integração” tanto entre dois ônibus metropolitanos quanto ônibus-metrô:

Pega duas conduções e só paga uma e meia. Não há integração entre ônibus metropolitanos com municipais.

A integração no cartão, o desconto de meia passagem pra segunda viagem, não vale pra ida e volta.

Ou seja, se vem de um bairro, não pode ter desconto pra voltar pro mesmo bairro.

Alias nos municipais isso funciona igual também. A bilhetagem é eletrônica, e o chip que há no cartão automaticamente autoriza ou veta o desconto.

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Nos modelos mais novos há um painel eletrônico, que informa nome e código da linha, e também o valor da tarifa.

Os ônibus metropolitanos tem diversos patamares de passagem, conforme a distância percorrida.

O municipal de Belo Horizonte custa R$ 2,65, na tarifa mais elevada.

Os metropolitanos, se eles forem até o Centro de Belo Horizonte, são sempre bem mais caros que isso.

Dos bairros de Contagem (Zona Oeste) até o Centro de BH, por exemplo, são R$ 4,00. Bem salgado, obviamente. Entretanto, há um paliativo.

Próximas 2: os ônibus metropolitanos têm adesivada na lateral a imagem da nova sede do governo estadual.

Há bairros de BH que tem muitos empregos, e são distantes do Centro.

Então o cara que vem da Grande BH desce ali, não precisa seguir até o Centro.

Dessa forma paga menos. Porque a linha que faz ponto final nesse bairro é mais curta, e portanto mais barata.

Das vilas de Contagem ao Centro de BH o preço da viagem é R$ 4,00, como dito acima.

Entretanto a linha que liga essa mesma vila ao Barreiro (Z/O, já no município de B.H., mas longe do Centro) sai por R$ 3,00, ou até por 2,65, preço do municipal de BH.

E no Barreiro há muitos empregos, não é mesmo preciso seguir até o Centro. Na Zona Norte é o mesmo:

Várias linhas do norte da Grande BH (Rib. das Neves, Vespasiano, Sta. Luzia ou alguns bairros boreais de Contagem) fazem ponto final na Venda Nova ou na Pampulha.

E por isso custam menos. Claro, em todas as direções há os que fazem o trajeto todo, até o Centro, mas são mais caros.

Sapucaias, Contagem.

Vocês entenderam, né? Há linhas metropolitanas que vem dos subúrbios em outros municípios e vão até o Centro de BH, e são bem caras.

Outras vem desses mesmos subúrbios e param dentro do município de Belo Horizonte. Custam substancialmente menos.

Pois o ponto final é bem antes do Centro, em bairros suburbanos que já se desenvolveram e oferecem uma boa gama de empregos, especialmente aqueles que exigem pouca qualificação.

Mais um morador de rua no Centro.

Permitindo a pessoas que residem nos bairros pobres metropolitanos trabalharem na capital mas pagarem menos, pois os trajetos são mais curtos.

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Mais alguns detalhes sobre a cidade. É comum as casas na periferia plantarem e venderem couve. Somente uma curiosidade, que observei.

Próximas 2: obras do corredor exclusivo pra ônibus na Zona Norte – era a fase final de obras do ‘Move’, inaugurado pouco depois. Essa matéria integra a ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Em Belo Horizonte há muitos negros, cerca de 30% da cidade. Me refiro aos negros mesmo, bem escuros.

Se você incluir os mulatos, os negros e pardos são maioria dos belo-horizontinos.

BH é mais escura que SP e um pouco mais clara que o Rio.

Com Curitiba a diferença é literalmente preto-no-branco: Curitiba é a capital mais branca do Brasil.

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Como a renda vem aumentando na periferia, e na periferia de BH há muitos negros, está surgindo uma classe média negra.

Agora já é comum ver negros dirigindo carros novos. Entretanto, é uma sociedade ainda extremamente desigual.

Sendo 30% da população, os negros são 80% dos lixeiros de Belo Horizonte.

Perto do Centro (em 2012) o corredor operava com veículos normais. Agora é com articulado e embarque em nível – tirei essas fotos de dentro do busão em movimento, nem sempre o enquadramento ficou o ideal, perdão.

Vi vários caminhões em que todos os lixeiros eram negros. Observação empírica minha, e não estatística científica.

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Quando eu saía de BH, passei pelo Hospital Risoleta Neves. Logo a seguir pela Cidade Administrativa Tancredo Neves.

E afinal cheguei no Aeroporto Tancredo Neves, onde peguei o avião. É definitivamente a terra dos Neves.

Nos Confins do “Vetor Norte” –

Zona Oeste.

O Aeroporto “Tancredo Neves” é na verdade o Aeroporto de Confins.

E assim ele continua sendo chamado por todos. Ele é realmente nos confins, são 40 km até o Centro.

Está completamente fora da cidade, em plena zona rural, não na Grande BH, mas já no interior de Minas Gerais.

O 2º aeroporto mais distante que já desembarquei, e olhe que já foram um número razoável, em vários países da América e as 5 regiões do Brasil.

No Centrão, ônibus verde no novo padrão de pintura.

Mais longe que esse, entre os que já usei, só Medelím-Colômbia, que fica a 50 km.

E como é preciso subir o morro, por vezes em pista única, leva bem mais de uma hora pra chegar a partir do Centro.

Voltemos a Confins. Esse aeroporto foi construído longe demais de BH. E por isso ficou sub-utilizado por muito tempo.

Agora o poder público vem voltando a atenção pra região, iniciativa que eles chamam de “Vetor Norte”, pra ver se Confins deixa de ser um “elefante branco”.

Algumas avenidas têm ciclovia no canteiro central. Essa é na Z/ Oeste.

Tempos atrás, cogitou-se inclusive transferir a sede do governo estadual pro pequeno e insignificante município de Confins, pra tornar o aeroporto mais atraente.

Agora isso praticamente foi feito. Digo, a sede do governo ainda fica dentro do município de Belo Horizonte.

Pois senão exigiria uma mudança na constituição estadual, pra poder alterar a capital. Mas por muito pouco, viu?

Bairro Eldorado, Contagem.

Ergueu-se a sede do governo no extremo do extremo do município de BH, dá a impressão de ser na região metropolitana, e quase é.

Basta atravessar a rodovia que você entra em Santa Luzia, e 100 metros a frente incia-se Vespasiano.

É um complexo enorme e moderno, pra desenvolver a Zona Norte, que na periferia é bastante pobre, e pra salvar o Aeroporto de Confins.

Bairro Confisco, Z/O.

Pois se ele é longe do Centro de BH, é perto da sede do governo do estado.

Enormes subúrbios a moda ianque como ‘Alphaville’ surgem na região.

Assim, a metrópole se espraia pro norte, agora não apenas sua parte mais depauperada.

Mas, ao contrário, pessoas com mais renda estão indo residir ali, muitos deles funcionários públicos.

Ainda assim alguns não se conformam. Segundo os detratores a Cidade Administrativa é mais um “elefante branco”.

Jardim Europa, Z/ Norte.

Ergueram um elefante branco pra fazer companhia ao primeiro.

Assim logo haverá uma manada desses monstros enormes, muito bonitos, mas de pouca utilidade prática, na visão dessas pessoas.

Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais . . .”

Confins foi feito muito longe de BH, e pra amenizar, querer levar BH até ele. Por isso a sede do governo agora é ali. Não apenas o gabinete do governador, mas também as secretarias e diversos órgãos estatais.

12 mil pessoas trabalham diariamente na Cidade Administrativa, fora centenas de outras que a visitam pra tratam de temas burocráticos, do baixo ao alto escalão. Pra quem vai do Centro e de outras regiões da cidade que não a Norte ficou péssimo.

Venda Nova.

Há uma linha direta de ônibus articulados – os únicos articulados que vi em BH (isso em 2012, hoje a realidade é diferente) – ligando a sede do governo as estações de metrô e ônibus Vilarinho, que é o ponto final do metrô.

É de graça pros funcionários públicos lá lotados, basta apresentar o cartão funcional.

Melhora mas não ameniza muito. Seja como for, está feito. A sede do governo é lá e não vai mudar.

Inclusive está estampada em todos os ônibus metropolitanos, os que já adotaram a pintura nova. É quase como se fosse mudança de capital ao estilo da que levou o Distrito Federal do Rio pra Brasília.

Bairro Sapucaias, Contagem.

Assim se vê que Minas Gerais tem vocação pra levar a sede do governo pro interior.

JK é mineiro, afinal, e a própria Belo Horizonte, quando foi erguida, se situava num local ermo e pobre do estado.

A nova capital foi prali justamente pra desenvolver essa região.

Belo Horizonte, Brasília, e agora o Vetor Norte. Uma longa linhagem de mudanças de capital pra desenvolver regiões esquecidas pelo progresso. “Ó Minas Gerais…”

Próxs. 2: Zona Oeste, as margens da rodovia.

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Comentemos as fotos. Nem sempre a descrição ao lado corresponde a imagem mais próxima.

Busque pelas legendas, que estão corretas. Vemos no decorrer da página:

A Lagoa da Pampulha. Em destaque o estádio do Mineirão e a Igreja da Pampulha.

Já mandei essas cenas em outras escalas em outras mensagens, as ligações estão ativas acima.

O parque em volta do lago é um local muito bonito, não por outro motivo JK projetou-o pra ser a ‘Copacabana dos mineiros’.

Pena que as águas estão muito poluídas. Observe a quantia de urubus. Na área verde em seu entorno moram também muitas capivaras.

Várias imagens do Centro.

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Placa na Av. Vilarinho diz pra você não passar nem perto dali em dias de chuva forte. Pois então ela se transforma no “Rio Vilarinho“, na boca do povo. Há avisos similares em diversas vias da cidade.

Algumas avenidas da cidade têm ciclovia. Fotografei uma na Zona Oeste.

Pra prefeito, vote no “Carlin” , diz a placa. No dialeto mineiro, eles comem o final do diminutivo das palavras.

Em outros lugares, esse seria o “Carlinhos”. Lá, é o “Carlin”.

Sozinho”, em Minas Gerais, é “sozim”, “carinho” é “carim”. “Estou tão sozim, preciso tanto de carim”, alguém poderia compor uma música. E assim vai.

Em tempo. Aqui estamos no município de Contagem, Zona Oeste da Grande BH. Carlin ganhou a votação;

Micro amarelo ‘Suplementar’ corta a mesma Vilarinho. Como o céu está bem limpo, não houve riscos nesse dia.

3 cenas do Jardim Europa, Zona Norte de Belo Horizonte. Saí do ônibus no alto do morro, vejam a cidade lá de cima, e vim descendo-o a pé.

Veem partes favelizadas junto com outras mais remediadas, e algumas de classe média;

Ao chegar lá embaixo, saí na Avenida Vilarinho, bairro Venda Nova.

Como observam, ela tem placas dizendo que não deve ser usada quando chove forte, pois se torna o “Rio Vilarinho”.

As enchentes são de fato fortes, vi moradores comentando delas. Todas as outras avenidas de BH que ficam nas baixadas ostentam o mesmo aviso;

Próximas 2: Lagoa da Pampulha.

Onde há uma grade a frente da avenida (tiradas na passarela sobre ela), estamos na Gameleira, Zona Oeste, ao lado do metrô de mesmo nome.

O ônibus metropolitano visto na avenida se dirige ao bairro Nacional, em Contagem, também Zona Oeste;

Mais algumas favelas na Zona Oeste, no município de BH.

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O sistema de ônibus em Belo Horizonte é relativamente precário (o texto é de 2012, lembre-se).

Não há articulados (exceto os que vão pra Cidade Administrativa, que têm inclusive pintura exclusiva pra eles), e por serem poucos terminais, há poucas opções de integração. Até pouco tempo atrás, não haviam corredores (canaletas) exclusivos.

Essa e a direita: bairros de classe elevada na Zona Norte, próximo as margens da Lagoa.

Só que tudo isso está mudando.

Alguns corredores foram inaugurados recentemente, e estão sendo ampliados. As imagens deixam claro.

Também está sendo construído um trecho onde irão operar articulados e bi-articulados, com plataformas elevadas com embarque pré-pago e em nível.

Como o Trans-Milênio de Bogotá-Colômbia e a Linha Verde aqui de Curitiba.

Atualização: agora já está operando, é o sistema Move. De volta ao texto original.

Escrito antes da inauguração do Move, quando ele estava em obras. E aí só cabia especular como funcionariam as opções de integração.

Alias, nem é preciso sair de Minas Gerais pra ver um sistema modelo de ônibus.

Mais uma da Av. Vilarinho.

Em Uberlândia, há anos que já há esse sistema de estações elevadas, com terminais de integração e corredores exclusivos pra articulados.

Basta a capital mineira copiar a maior cidade do interior, eu escrevi a época. E assim de fato foi feito.

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Fotografamos algumas regiões em que há casas melhores, nas ruas em ladeira arborizadas. São os bairros ricos as margens da Lagoa da Pampulha, Zona Norte.

Aqui e a esquerda: Centro da cidade.

5 fotos do bairro Sapucaias, em Contagem, Zona Oeste metropolitana.

Quando estive lá (nov.12) uma construtora acabara de fazer um conjunto gigante.

Com mais de 40 blocos de prédios divididos em vários condomínios.

Alias, além de Sapucaias, há em BH também um bairro (e um ônibus) chamado Cachoeirinha.

Pichação no prédio abandonado.

Se você conhece a Grande Porto Alegre-RS, já entendeu porque estou fazendo essa observação.

Vejam o bairro do Confisco, Zona Oeste, no município de Belo Horizonte mas já na divisa com Contagem.

O bairro de Eldorado, Contagem, em frente ao metrô, no coração da Zona Oeste.

Insiro em bloco algumas imagens que não ficaram das melhores, pois eu errei no contraste da iluminação.

Fechamos com mais homenagens a Belo Horizonte.

Em uma das muitas matérias sobre busologia no sítio, publiquei a foto ao lado (extraída da página Bus MG).

Um ‘Trovão Azul’ no saudoso padrão Metrobel, e “em frente ao parque”.

Um colega, que morou em BH, se emocionou em lembrar sua infância.

TROVÃO AZUL” & “DOMINGO NO PARQUE”, EM B.H. – Publicado em 26 de junho de 2017.

Foi ele quem falou que a tomada foi feita “em frente do Parque”.

Quando eu disse que desenharia a cena, novas recordações afloraram em sua mente.

Eis suas palavras se referindo primeiro ao busão, e depois a cidade:

“   Rá, era demais ouvir a resfolegante respiração deles, bem mais ágeis e rápidos do que seria de se supor, descendo a ladeira!

Minas do Metal“: ele pensando nela. A guria também é roqueira (esq.).

Ah, e os cheiros? Final da tarde, começando a abrir as florzinhas “damas da noite”.

Aquele cheiro açucarado, o piso de ardósia, e os  Mercedões rugindo pela rua…

Oh, Minas Gerais, quem te conhece não esquece jamais!   ”

Depois de ver a gravura publicada ele voltou a carga:

Caramba, o Parque ficava a algumas quadras de casa, no Santa Efigênia. Vira e mexe íamos até lá.

Aliás, MUITO oportuno a camiseta do SEPULTURA (detalhe ao lado).

Não me provoque, tou de rosa-choque” – esse é de 7 de janeiro, 2015.

Banda mineiríssima e expoente da nossa música, ao lado de SKANK, Milton Nascimento, Lô Borges, enfim, todo o pessoal do “Clube da Esquina”.

Íamos ao parque, porque além de eu e minha irmã podermos brincar, a _______ (oculto o nome da babá da família porque não vem ao caso), que era a nossa “cuidadora, babá, amiga, secretária” ia encontrar lá com o namorado.

Note que as coisas não eram às escondidas: minha mãe sabia que ela ia encontrar com o rapaz. Não era segredo.

Eles ficavam lá de mão dada num banco, eu e minha irmã brincando, às vezes ele pagava pipoca, dava sorvete.

Tudo na maior naturalidade, sem nenhuma malícia, nesse estilo cuja mineirice é indiscutível. Bastante bucólico.

Eu realmente não me lembrava desses ônibus serem Volvos.

Daqui até o fim: as flores de B.H., nov. de 2012; essa e a próx. as margens da Pampulha, evidente. Aqui aparece até um clube.

Talvez por que nessa época, pra mim, todo e qualquer veículo pesado que não fosse “Scania” era “Mercedes”….

KKKKKKKKKKKK. Mas a “pintura” ficou mesmo perfeita.

O artista conseguiu capturar a casualidade, esse ritmo tranquilo, essa serenidade – e não vagar – que o mineiro tem.

Tudo muito a seu tempo, tudo nem antes, nem depois, mas sempre no momento preciso, certo.

Como o tópico levantado pelo infalível MENSAGEIRO, o Miguel Jordão da comunicação.

É BH P*rra! De fato! Bons tempos, sem dúvida!

FLORES DE MINAS –

Publicado (originalmente via emeio) em 28 de novembro de 2012.OLYMPUS DIGITAL CAMERA

Várias das imagens foram capturadas na Lagoa da Pampulha e imediações, como as duas acima.

Nem todas. A direita cliquei em Betim, Zona Oeste Metropolitana.

Fecho com mais cenas de Belo Horizonte enfeitada pela natureza.

Deus proverá”

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