‘Onde o Sol Nasce’: João Pessoa, Paraíba

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Praia do Cabo Branco, pouco depois das 5 da manhã: o Sol surge do Atlântico. J. Pessoa é a 1ª cidade da América a vê-lo.

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado (via emeio) em 15 de setembro de 2013

Levantado pra rede em 15 de setembro de 2016, exatamente 3 anos depois.

Abrimos a série sobre a Paraíba. Essa mensagem é um Portal. Ao final do texto ancoro as ligações pras outras matérias sobre esse estado.

Estive em João Pessoa-PB. E agora vou contar o que observei por lá.

João Pessoa é a “Terra do Sol Nascente” americana (‘América’ é um continente, não um país).

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Ponta Seixas, a Extremidade Leste da América. Ao fundo a linha de prédios da orla da Zona Leste, a parte de padrão social mais alto da capital paraibana.

Ali está a Ponta Seixas, ponto mais oriental da América – vista ao lado.

Portanto a cidade que recebe o primeiro raio de Sol de todo continente, exatamente o que retratei em várias nas fotos.

O céu começa a clarear pouco depois das 4:30 da manhã, por volta de 15 pras 5 o Sol inicia seu aparecimento

Logo depois das 5 da manhã ele já está todo mais alto que o horizonte e forte.

…..

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Cabo Branco e ao fundo o Altiplano, Z/ Leste.

A Grande João Pessoa, núcleo mais subúrbios metropolitanos, tem por volta de 1 milhão de habitantes.

Os municípios que a compõem são, por ordem de tamanho populacional (os dados são do censo de 2010):

– João Pessoa, 723 mil moradores

– Santa Rita (Zona Oeste), 120 mil

– Bayeux – pronuncia-se ‘Baiê’ – (Zona Oeste), 99 mil

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Praia de Manaíra, também na Zona Leste.

– Cabedelo (Zona Norte), 57 mil

– Conde (Zona Sul), 21 mil.

A Paraíba no total tem 3,7 milhões. A maior cidade do interior é Campina Grande, onde residem 385 mil pessoas.

……….

O ponto mais oriental da América se chama Ponta Seixas, como é conhecimento público.

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Cabo Branco, exatamente 5 da manhã: começa a clarear o dia 05/09/13. Os primeiros raios foram perto das 4 e meia – já documentei a mesma coisa no Recife, onde o sol nasce apenas alguns minutos depois de J.P. .

Eu estava na Praia de Cabo Branco, ao lado dele. Numa imagem (abaixo a direita) temos precisamente a Ponta Seixas vista do Cabo Branco.

Em outra tomada, estou no mesmo local, olhando pra direção oposta, e há mais uma (ao lado) em que estou chegando a praia.

Eram 5 da manhã, e eu via o primeiro raio de sol da América.

Em qualquer parte do continente que você estivesse, se estivesse olhando pro céu nesse exato minuto você viu apenas um breu. Mas em João Pessoa já clareava.

Infelizmente estava ligeiramente nublado, e não pude ver o Sol saindo exatamente do mar.

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Assim que cheguei na praia (a tomada foi 5:03): olhando pro oeste ainda estava escuro.

Tirei uma foto que retrata quando enfim ele venceu as nuvens e se mostrou, em sua Glória e Esplendor. Passava um pouco das 5:20.

Em outra mensagem segue uma foto tomada minutos antes:

A primeira visão do Sol em toda América naquele dia, quando ele ainda estava um pouco mais fraco.

Escolhi esta pra abrir a série porque ele já se mostra mais avermelhado.

………….

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Ainda 5:03: virei pra direita olhando pro leste, e o firmamento já estava claro. Aqui vemos (a partir do Cabo Branco) a Ponta Seixas.

Vemos várias cenas em que estou na Ponta Seixas.

Acima do barranco passa uma avenida, e ali há um mirante com um marco comemorativo.

A praia tem um arrecife de corais, o que faz com que ela não tenha ondas. É uma piscina natural, o que permite que pescadores pesquem manualmente caranguejos, etc.

As Praias mais famosas e badaladas de João Pessoa são as do Cabo Branco – onde fiquei – , Tambaú e Manaíra.

Todas elas são vizinhas e ficam na Zona Leste, são a região mais abastada de João Pessoa, onde se concentram os arranha-céus e a classe alta e média-alta.

Agora, algo muito importante: os arranha-céus não são a beira-mar, é proibido. Nas primeiras quadras a partir da orla, só se pode fazer prédios de 6 andares no máximo.

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“O Sol Nasce Primeiro” é o mote oficial de Jampa, propagandeado nas camisetas vendidas aos turistas.

Os espigões só se iniciam a uma distância grande da praia. É isso que mantém João Pessoa fresquinha:

A brisa que vem do mar penetra na cidade, não é bloqueada pro um paredão de concreto como ocorre em outros locais.

João Pessoa é uma cidade pra pessoas. Que, pelo menos nesse ponto, fez seu zoneamento pensando no todo, rejeitando o dinheiro das construtoras.

Outro detalhe significativo:

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Praia Central de Cabedelo, Zona Norte metropolitana.

João Pessoa (carinhosamente chamada ‘Jampa‘ ou J.P.) é uma das cidades mais verdes que já estive, ao lado de Curitiba e Assunção-Paraguai.

A imensa quantia de bosques e a proibição de arranha-céus a beira-mar faz com que a capital da Paraíba tenha o clima ameno.

Lá é muito, mas muito mais fresco que em Manaus-AM, Belém-PA, Fortaleza-CE, Teresina-PI e Cuiabá-MT. Nem há como comparar.

Estive em todas elas, são um forno, você se sente sendo derretido vivo quando o Sol está no pico.

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Cabo Branco.

Em João Pessoa, bem ao contrário, a temperatura é bastante agradável, quente sem ser tórrida.

………….

João Pessoa tem Zona Leste. Tem as Zonas Norte, Leste, Sul e Oeste, como Curitiba, São Paulo e a maioria das cidades que não são na praia.

Porém as cidades de praia geralmente não tem uma das ‘Zonas’. J.P. tem todas elas.

Próxs. 5: Praia da Ponta Seixas. Por um arrecife de corais, a praia é uma piscina natural, sem ondas. Pescador trabalhando sozinho, e ao fundo mais uma vez os prédios da orla da parte aburguesada da cidade. Nas tomadas abaixo em escala maior.

O que quero dizer com isso é: o Centro de João Pessoa é afastado da praia.

Geralmente quando uma cidade é no litoral, o Centro é perto da água, pois é ali que a cidade começa. E assim, uma das ‘zonas’ não existe.

Exemplificando fica mais fácil entender. Rio de Janeiro, Recife-PE, Aracaju-SE, Chicago-EUA, todas elas não têm Zona Leste.

Pois essa estaria dentro d’água, o mar nas duas primeiras, um rio em Aracaju e o lago na cidade ianque.

Manaus e Maceió-AL não tem Zona Sul, Belém e Porto Alegre-RS não tem Zona Oeste, e Fortaleza não tem Zona Norte.

praia-de-ponta-seixas-manaira-e-tambauSempre pelo mesmo motivo, a cidade começou perto da água, seja mar, rio ou lago, e assim não dá pra cidade crescer numa direção geográfica, precisa ocupar as outras 3.

Já cidades que surgem longe de lagos, rios, mares ou montanhas crescem pras 4 direções. Como disse acima:

São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte-MG, Londrina-PR, Campinas-SP, Goiânia-GO, entre muitas outras, todas elas tem Zonas Leste, Sul, Oeste e Norte. pescando-na-ponta-seixas-j-pessoa1

A cidade começou num lugar plano, seco e limpo, e pode se espraiar pra todos lados, sem impedimentos.

Então. O Centro de João Pessoa é, repito, afastado da orla. Assim, mesmo tendo o Oceano a leste, há bairros entre ele e o Centro, configurando-se uma Zona Leste.

ponta-seixas-ponto-mais-oriental-da-america-j-pessoaEscrevi tudo isso pra dizer que João Pessoa teve seu núcleo pioneiro longe do mar. Você visualizando isso, ficará fácil entender como a cidade se desenvolveu.

Abra o ‘google’ mapas e vá acompanhando o que vou descrever.

As Praias da Zona Leste (Cabo Branco, Tambaú e Manaíra) são a parte rica da cidade.

Seguindo a orla a norte, passamos pelo Jardim Oceania e chegamos na Praia e bairro do Bessa.

Ali já é uma região bem mais tranquila, com muitas áreas por urbanizar (ainda há ruas de terra no Bessa, por exemplo, não longe do mar), não de renda tão elevada.

Embora atualmente esteja havendo um ‘transbordamento’ da parte mais chique prali também, então estão começando a surgir prédios altos onde antes nem mesmo muitas casas haviam.

João Pessoa está se desenvolvendo muito.

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Agora vamos ver o bairro da Ponta Seixas. Além de ser o ponto mais oriental da América (como já dito várias vezes), a Ponta Seixas é digamos um ‘Portal’: João Pessoa é uma cidade de uma lado da Ponta, e se transforma em outra completamente distinta do outro lado. Explico. A Ponta Seixas separa a Zona Leste da Zona Sul. A Zona Leste é a parte rica da capital paraibana, então a orla é extremamente urbanizada, chique, tudo tomado por concreto e asfalto, etc. Mas a Zona Sul é diferente. Digo, há o subúrbio da Z/S, a região de Mangabeira e Valentina, etc, que é subúrbio de metrópole, densamente urbanizado. Mas a orla da Zona Sul não é urbanizada, vejam vocês, é o que quero dizer. Mesmo ao lado do mar as ruas são de terra, calmas, sem comércio, só há casas térreas. E muita área verde, muito espaço ainda vago. Eis a prova, aqui estou na quadra do mar. A rua é sem pavimentação, não prédios, comércio, linhas de ônibus, agito, balada, nada. O litoral da Zona Sul de Jampa parece uma cidade do interior – não há uma conotação pejorativa na afirmação, ok?

Lembram-se do que lhes descrevi de Belém, que está uma “Dubai Brasileira”, com dezenas de prédios altos, tanto na estatura quanto na renda, sendo erguidos ao mesmo tempo?

Então, é a mesma coisa. Estive em João Pessoa e Belém em 1989 e agora em 2013. É chocante a mudança. Passaram-se 24 anos, mas parece que mudamos de galáxia.

Por todo século 20 a Paraíba oferecia poucos empregos, daí a emigração em massa pro Sudeste e depois também para Brasília-DF.

Pois morar num barraco de papelão nas favelas do Rio, São Paulo e da Capital Federal era considerada uma ascensão social impossível na Paraíba.

Até os anos 90 sua capital tinha poucos prédios altos, porque tinha uma classe média não tão numerosa

A coisa mudou. João Pessoa enriquece e se verticaliza a passos gigantes, como Belém, Teresina, Natal, Manaus, etc.

Por isso uma certa pujança não mais se circunscreve a trindade Cabo Branco, Tambaú e Manaíra, na Zona Leste.

A expansão de prosperidade começa a atingir a Zona Norte, que vem na sequência.

Assim, os balneários e bairros do Beça e Intermares começam a se verticalizar, e a possuir perfil de classe média.

E mesmo nos subúrbios mais miseráveis de João Pessoa a coisa melhorou bastante.

……….

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Aqui e a esquerda: bairro da Ponta Seixas, muita área verde, sem asfalto, sem comércio, sem prédios, ao lado do mar, enfatizo de novo porque é incrível: você cruza o cabo, anda algumas centenas de metros, mas parece que viajou centenas de quilômetros. Um pouco mais pra frente há até algumas chácaras.

Já chegamos lá. A região mais pobre de João Pessoa é a Zona Oeste, a parte afastada do mar. Falaremos dela a seguir. Por hora, de volta a orla:

Até 20 anos atrás, a cidade quase não tinha prédios altos – digo, é óbvio que já haviam vários. Mas eram poucos comparados com o que há atualmente, é o que quero dizer.

A riqueza se espraiou pelo Norte/Nordeste, e agora a Zona Leste da capital paraibana parece Dubai, de tanto arranha-céu sendo levantado simultaneamente.

Tanto que foi preciso expandir a parte rica da cidade pra Zona Norte. Jardim Oceania, Bessa e Intermares também estão mudando muito.

Deixando de ser subúrbios pacatos e depauperados, onde haviam chácaras, grandes terrenos e só casas térreas pra serem inseridos no circuito elegante litorâneo da cidade.

ponta-seixas-z-l-j-pessoaBessa e Oceania ficam no município de João Pessoa, são os únicos dois bairros da Zona Norte municipal.

Logo após entramos no município de Cabedelo, onde fica Intermares. Cabedelo era, como toda a periferia de João Pessoa, uma parte esquecida até pouquíssimo tempo atrás.

Mas agora achou sua vez na esteira da prosperidade. A sorte de Cabedelo é que é também no litoral.

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Ao fundo vemos Cabedelo, Z/ Norte, com as instalações do porto. Em outra mensagem falarei melhor da região, com várias fotos. Essa tomada foi clicada por um colega, as demais de minha autoria.

Já os municípios de Bayeux e Santa Rita (na Zona Oeste), por não terem praia, ainda aguardam o dia que a pujança aportará ali também.

É gritante a diferença entre as Zonas Leste e Oeste de João Pessoa. A Leste, na orla, é rica, embora ponteada por enormes bolsões de miséria.

Estive na Favela do Ipês, onde a situação é desesperadora de forma multidimensional.

E essa invasão (que é sobre o mangue) fica na Z/L, logo atrás de enorme templo de consumo, um centro comercial.

Além dela, há muitas outras favelas dentro da área mais rica da cidade, como ocorre no Rio de Janeiro e em todos os lugares.

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Antigo cartão-postal: Parque da Lagoa Solón de Lucena, Centrão de J.P., anos 80. Não se modificou muito. por ser longe da praia ainda não há muitos prédios altos. Em compensação, veja quanta área verde. e estamos no entorno do marco zero da cidade.

Ainda assim, invasões a parte a Zona Leste é a região ‘dourada’ de João Pessoa.

E mais recentemente a Zona Norte, que lhe é vizinha e também tem praia, está pegando uma fatia do bolo.

Já a Zona Oeste é o legítimo “subúrbio ferroviário”, onde o vive a classe trabalhadora.

A Zona Oeste dentro do município de João Pessoa, como a Zona Norte, é pequena. Se circunscreve a região dos bairros Alto do Mateus, Ilha do Bispo, Cruz das Armas, etc. 

A maior parte da Zona Oeste da cidade se compõe dos municípios de Bayeux e Santa Rita, que vem na sequência.

A coisa melhorou um pouco, mas a caminhada apenas principia. Há muito ainda por fazer. 

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Outro postal: orla de João Pessoa, provavelmente virada dos anos 70 pros 80.

Em outras mensagens conto mais de minha voltas pela região, inclusive com fotos.

Nota: eu fiquei pouquíssimos dias na capital paraibana. Assim, eu estou dividindo os bairros em ‘Zona Oeste’, ‘Zona Norte’, etc, olhando pelo mapa.

Pode ser que minha classificação divirja daquela que os moradores adotam. Se alguém fizer alguma retificação eu incluo aqui na matéria.

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Em tomada puxada da rede, vemos a orla hoje. Em 1º plano a direita o Cabo Branco. A esquerda o Altiplano. Veja que perto do mar não são permitidos prédios altos, pra não matar a brisa marítima que refresca a cidade.

A Zona Sul também é bem extensa e povoada, e essa é quase que somente municipal, ou seja, sem região metropolitana.

Há o município do Conde, mas ele é pequeno, só moram 20 mil pessoas.

Já dentro do município de João Pessoa mesmo, na Zona Sul é que estão os bairros mais populosos da cidade, como Mangabeira, que tem mais de 100 mil habitantes.

Diversos bairros vizinhos começaram como enormes Cohabs e conjuntos populares, como Geisel, Valentina, Funcionários, etc.

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Voltam as tomadas de minha autoria, e vamos ver uma parte triste. Próximas 2: estive na favela do Bairro dos Ipês, um bolsão de miséria incrustado na riquíssima Zona Leste, bem perto do ‘shopping’ Manaíra. Mas a situação é que presenciam aqui, tudo estava alagado por uma chuva forte que ocorrera na véspera.

Entretanto, e isso que é curioso, a Zona Sul só é densamente povoada longe do mar. Ela também tem litoral, mas a orla da Zona Sul não se desenvolveu.

A beira-mar ainda se acham bairros pacatos e esparsamente habitados, com ruas de terra e apenas casas térreas.

Há vilas mesmo que ainda parecem zona rural, com chácaras e enormes terrenos, a poucos metros da praia, parece até uma miragem.

Especialmente se considerarmos que estamos ao lado a Zona Leste hiper-valorizada e já toda ocupada.

Repare no bairro Portal do Sol no ‘google’ mapas.

Já pelo satélite você nota que é uma área ainda por urbanizar, há pouquíssimas casas por quadra, e mesmo quadras inteiras vagas.

alagamento-favela-dos-ipes-z-l1E estamos ao lado do Altiplano, bairro que tem o m2 mais caro da cidade.

Três fotos mostram o bairro da Ponta Seixas, que margeia a praia de mesmo nome e a ponta em si, o extremo oriente da América.

Veja: ruas de terra, com muitos terrenos vagos, muito verde, só casas térreas, sem comércio, sem trânsito. E estamos na quadra da praia.

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Dentro da Unidade de Saúde, cena triste: inundada, situação precária.

Pelo que eu te falei. A cidade enriqueceu na Zona Leste (Altiplano, Cabo Branco, Tambaú e Manaíra), e a parte degradada, suburbana, foi pras Zonas Norte e Oeste, e pra Zona Sul longe do mar.

A orla da Zona Sul ficou por desenvolver num momento futuro, resultando que nos bairros Portal do Sol, Ponta do Seixas e Penha ainda é uma parte pacata, meio que rural mesmo da Penha pra frente.

Mas tudo isso vem mudando. A Zona Leste já atingiu boa parte de seu potencial.

Logo, a parte mais rica da cidade começa a se espraiar. Primeiro pra Zona Norte, começam a surgir prédios altos ali também.

Mas os subúrbios da Zona Oeste e da Zona Sul longe do mar também progridem, favelas vem sendo urbanizadas e bairros que só subsistiam começam a adentrar na classe média.

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O problema não se restringe a favela, ao contrário é geral. Talvez pela urbanização descontrolada, J. Pessoa tem seríssimos problemas de drenagem que geram inundações severas. Próximas 2: Cabo Branco, bairro de classe alta. Chovera na madrugada de 3ª. Na 4ª perto da hora do almoço, após um dia e meio de sol forte sem chuva, os pontos alagados persistiam.

Nessa metamorfose das classes C, D e E tão debatida em nosso país, mas que em João Pessoa é muito gráfica.

Pois ali quase a totalidade das pessoas eram dessas classes desfavorecidas até pouco tempo.

Assim, vem surgindo prédios, por hora baixos, sem elevador, mas já de classe média, por ali.

Atualização: o texto é de 2013, quando o Brasil ainda vivia grande onda de prosperidade criada na virada do milênio.

A partir de 2015 a economia entrou em recessão, assim obviamente a velocidade com que a periferia se aburguesa também se reduziu.

Ainda assim, o que está feito está feito. Nesse década e pouco que o Brasil cresceu a periferia mudou muito seu perfil, e isso não volta mais atrás.alagamento-cabo-branco-z-l1

Quem vai a Mangabeira, no subúrbio da Zona Sul de Jampa, encontra hoje um bairro muito, mas muito diferente do que existia digamos em 1993. Retorna o texto original.

E a orla da Zona Sul também está se valorizando muito. Breve, ficará pra trás esse ar bucólico.

Quem não comprou terreno ali na época que era barato, não comprará mais, a não ser que despenhe altíssimo capital.

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Em outros pontos da cidade a situação é ainda pior. As próximas 3 tomadas mostram a Zona Norte, e já no final da tarde de 4ª, portanto quase dois dias depois da chuva. E certas ruas continuavam intransitáveis.

Na Zona Sul está sendo feita a ‘alphaville’ de João Pessoa. Um bairro planejado, chamado Cidade Jardim, está sendo erguido, e vai mudar pra sempre essa face da cidade.

Grandes condomínios fechados já despontam ali, manifestação até há pouco desconhecida na Paraíba.

O governo vem incentivando esse movimento, está a duplicar a avenida que corta a região, e construiu um centro de convenções ali.

Tudo isso tem um lado bom e um lado ruim, na verdade. Certamente vai gerar muito emprego e renda. Mas as consequências sociais e ambientais serão severas.

Ocorrerá o que se chama ‘gentrificação’, a elitização de um bairro atraindo uma classe mais alta, expulsando a classe mais baixa que morava antes no local. alagamento-z-norte-j-pessoa

A Zona Sul litorânea de J. Pessoa é local de moradia de uma classe mais humilde, que pode residir perto tanto da praia quanto do polo de empregos da cidade.

Com a valorização que vem na esteira da especulação imobiliária, os que pagam aluguel serão imediatamente expulsos pros subúrbios.

alagamento-cabedelo-z-norte-j-pessoaE mesmo os que são donos de seus terrenos acabam vendendo e saindo. Além disso, vai se cimentar vários bosques e riachos.

Nem é preciso me estender no caos térmico e de falta d’água que essa decisão gera. Infelizmente, o dinheiro fala mais alto.

João Pessoa resistiu a tentação de erguer espigões na beira-mar, mas aqui sucumbiu.

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A partir daqui vamos ver os ônibus de J. Pessoa – essa matéria integra a ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO. Na Paraíba há muitos Tribus Urbanos (ônibus trucado com 3 eixos). No vizinho Rio Grande do Norte e em São Paulo, também. Já fiz matéria sobre isso, com dezenas de fotos de Tribus por todo o Brasil. Falando agora especificamente dessa imagem, é um São Jorge, linha municipal, fotografado na BR-230 (Trans-Amazônica) em frente ao Estádio Almeidão, Zona Oeste.

A orla da Zona Sul deveria ser considerada área de preservação permanente, e quem já mora ali tem direito adquirido, claro.

Mas deveriam dificultar ao máximo a construção de novos empreendimentos no local.

Nas Zonas Leste e Norte, que já estão urbanizadas e portanto o impacto ambiental já está feito, não falta espaço pra moradias de luxo.

Elas deveriam se restringir a essas regiões onde já não há mais mata nativa. O governo, entretanto, incentiva o oposto, a ocupação de áreas ainda virgens.

Ocupação ‘controlada’, segundo eles, com ‘correto manejo de resíduos’. Entretanto não há como desmatar ‘controladamente’, ou o bosque está ali ou não está.

E os bosques vem sendo derrubados para dar lugar a condomínios fechados.

Não tenho nada contra os condomínios fechados nem contra a alta burguesia. Apenas creio que os novos condomínios não deveriam ser feitos em área de preservação, eliminando bosques, mangues e riachos.

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Esse é também municipal, da Trans-Nacional (opera também no interior, em Campina Grande). Antes vinha o nome da viação na lateral, agora está pintado ‘Unitrans’, o consórcio. A pintura ainda é da Trans-Nacional, uma faixa tricolor verde, vermelha e azul. Fotografado na Zona Sul.

Repito, não falta espaço nas Zonas Leste e Norte de JP para esses novos empreendimentos, são áreas nobres (especialmente a Z/L), perto do mar, e ali o impacto ambiental seria significativamente menor.

Não precisariam destroçar a Zona Sul, que perto do oceano ainda é bucólica, parece uma cidade do interior. Enfim, o dinheiro compra mesmo tudo, então que seja …

…………..

E olhe, mesmo sem essa “Cidade Jardim”, que será uma pujança econômica mas uma situação bem complicada em termos ambientais/sociais, João Pessoa já tem seríssimos problemas ambientais.

Chegamos lá, na madrugada de 4/09/13, sob forte temporal, com diversos pontos de inundação. Aí, amanheceu, e parou de chover. 

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Esse é municipal, da Reunidas. Essa viação e a Trans-Nacional formam o consórcio Unitrans, e, digo de novo, antes vinha a viação na lateral, agora nos municipais o consórcio. Mas, assim como o que está a esquerda acima, o buso ainda não foi repintado, ainda ostenta a pintura da Reunidas, um retângulo com faixas onduladas em vermelho e azul. Clicado em Cruz das Armas, Zona Oeste.

Acontece que o alagamento persistiu por todo o dia, o dia seguinte, e nos locais mais críticos mesmo por ainda mais um dia.

Totalizando nada menos que 3 dias de ruas inundadas. E isso sob Sol bem forte.

Um mês depois, presenciei exatamente o mesmo em Santo Domingo, República Dominicana.

De volta a Paraíba, vejam as fotos, tiradas já quase 2 dias depois do temporal. Sol a pino, sem nuvens, mas diversos bairros da cidade embaixo d’água.

Fui na favela que fica no bairro dos Ipês. É uma enorme ocupação irregular, logo atrás do centro comercial de Manaíra. 

A situação pavorosa vocês podem ver por si mesmos em 3 imagens, a parte baixa da favela foi aterrada sobre o mangue.

Quando vem tempestade, o mangue retoma o que é dele. Nada mais natural.

…………..

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Com fusão ou sem fusão? Com fusão! Veja, esse busão da Unitrans já foi repintado. Fundiram os emblemas das duas viações: manteve-se o retângulo na parte traseira da Reunidas, mas adicionou-se uma faixa verde no meio, pra manter o tricolor da Trans-Nacional. Detalhe: em 2013 em J. Pessoa ainda se entrava por trás (como em Salvador-BA e Fortaleza-CE), mas era o momento da transição, estavam começando a inverter pra frente, vi alguns busos no novo padrão com um adesivo no para-brisas informando a mudança. Foto no Tambaú, Zona Leste. Atualização: depois que esse texto foi escrito a capital baiana e a cearense passaram a entrada pra dianteira.

Uma das imagens eu captei em um posto de saúde da periferia da cidade.

Condições precaríssimas, quanta infiltração, o tamanho da poça no chão, e não está mais chovendo a muitas horas.

Tudo é difícil, os funcionários e a comunidade por vezes têm que fazer vaquinha pra insumos básicos como gás de cozinha, água de garrafão, etc, e também pequenas reformas para tapar goteiras.

Além disso, há muita violência, membros da própria favela ao redor destelham o local pra roubar o que for possível (e por isso as infiltrações).

Recentemente dois guardas municipais pediram pra ser transferidos dali porque são ameaçados por criminosos.

Em João Pessoa – ao contrário de Curitiba, Belém, São Paulo e Foz do Iguaçu-PR entre outras – os guardas ainda trabalham desarmados.

Nota aos amigos da Paraíba: foi o que presenciei ‘in loco’ em setembro de 2013, sendo relatado por moradores e trabalhadores da U.S.. 

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Sanfonado da Unitrans (já com pintura fundida) ruma ao então (set.13) recém-inaugurado Terminal Integrado do Bessa, Zona Norte. Essa linha é municipal, mas do terminal partem linhas metropolitanas pros bairros de Cabedelo mais próximos da capital. Só a Unitrans e a São Jorge têm veículos articulados.

Entendam que não escrevo isso com objetivos políticos, de apoiar ou atacar a situação ou a oposição.

O texto sobe pro ar poucas semanas antes da eleição municipal de 16, mas não há relação de causa e efeito.

Eu voto nulo aqui em Curitiba, e sequer sei quem é o atual prefeito de João Pessoa, muito menos quem são os candidatos a sucedê-lo.

E ao jogar isso no ar não pretendo puxar votos para nenhum deles.

Apenas meu compromisso é, em todas cidades que visito e também naquela que eu vivo, relatar o que eu vi.

E o que eu vi com meus próprios olhos em João Pessoa foi isso. Volta o texto original. 

Com condições naturais e humanas muito longe do ideal, não é a toa que há epidemias de doenças facilmente preveníveis e já erradicadas de outros locais.

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Ônibus da Reunidas. Linha metropolitana, portanto aqui não há a inscrição ‘Unitrans’. Foto no Centrão, vai pra Cabedelo, Zona Norte. A frente um Wilson, também metropolitano, que vai pra Zona Oeste.

As pessoas comentavam de parentes e amigos que estão morrendo de leptospirose, moléstia medieval mas que continua a ceifar vidas nas favelas de João Pessoa, em pleno século 21.

E algumas favelas são em plena Zona Leste, perto da orla e dos centros comerciais, cercadas por um oceano de opulência…

……….

Falemos do sistema de transportes de João Pessoa. Há uma linha transversal de trem de subúrbio, que atende as Zonas Oeste e Norte passando pelo Centro.

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Mesmo local da anterior, virei a direita e invertemos a ordem: um Wilson, no meio um encoberto pelo caminhão, ao fundo fazendo a curva um Reunidas, todos metropolitanos.

Mas ele não passa pela Zona Leste, que é o polo de empregos da cidade, e por isso tem pouca utilidade. Falo dele em outro texto, inclusive com fotos.

Aqui, vamos comentar dos ônibus. João Pessoa tem dois terminais de integração, um no Centro e outro na Zona Norte.

Esse último inaugurado recentemente (repito, tudo que escrevo remete ao que era realidade em setembro de 13, pode ter havido alterações que não estou a par).

De forma que você pode pegar duas linhas pagando apenas uma. Além disso, há ônibus articulados nos trajetos de maior demanda.

O novíssimo Terminal do Bessa, na Zona Norte, permite integração inclusive com algumas linhas metropolitanas que atendem o vizinho município de Cabedelo.

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Viação Santa Maria, que tem linhas municipais e metropolitanas (pro Conde) na Zona Sul.

Um melhoramento excelente, pois agora os moradores dos bairros Intermares e Renascer, nesse citado município, tem acesso ao sistema municipal de João Pessoa.

Em João Pessoa ainda vigora pintura livre, ou seja, cada viação pinta seus veículos como bem entender, não há padronização, nem municipal nem metropolitana.

No sistema municipal se entra por trás, e no metropolitano pela frente. Apesar que agora começam a alterar a entrada pra frente no municipal também.

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Viação Marcos da Silva, municipal, foto no Cabo Branco, Z/Leste, perto da Ponta Seixas.

A passagem municipal integrada de João Pessoa é R$ 2,20 (set.13, não custa enfatizar ainda mais uma vez), baixou R$ 0,10 na onda de protestos que sacudiu o país no meio desse ano de 2013.

A passagem metropolitana varia conforme a distância. Fui de ônibus até o distante subúrbio de Santa Rita, na Zona Oeste. Paguei R$ 2,65.

Os ônibus municipais dos subúrbios metropolitanos são incomparavelmente mais baratos, oscilando entre R$ 1,10 a R$ 0,75.

Em João Pessoa, como sói ocorrer em todos os locais, o transporte público é altamente concentrado em pouquíssimas mãos privadas. No passado houve uma viação estatal, a Setusa, que foi extinta. Falo melhor dela, inclusive com fotos, em outra mensagem. Centremos fogo no que existe:

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Outra pintura da Wilson, metropolitana, liga o Centro de J.P. a Bayeux, Zona Oeste.

O grupo A. Cândido tem as três maiores empresas, Trans-Nacional, São Jorge e Reunidas, e ainda a Santa Maria, esta última de menor porte.

Isso na capital da Paraíba. O grupo também tem viações em Campina Grande-PB e Natal.

Alias o transporte de CG apresenta alguns modais curiosos: ali operam até Jipe-Neys!

Falando especificamente de J. Pessoa: a Santa Maria e São Jorge conservam o nome próprio.

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Santa Rita, metropolitano, vai até o município de mesmo nome, também Z/O.

Mas a Reunidas e Trans-Nacional eles fundiram sob a denominação Unitrans.

Até pouco tempo atrás, eles colocavam o nome da empresa (Reunidas ou Trans-Nacional) na lateral do veículo.

Agora vem somente a inscrição ‘Unitrans’, como se fosse um consórcio, o nome específico da viação está só na traseira.

Isso nas linhas municipais de J. Pessoa. Pois que a Unitrans opera tanto transporte municipal quanto metropolitano.

Nas linhas inter-municipais a viação ainda vem identificada. Já a São Jorge só opera no sistema municipal.

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Viação Madacaruense, municipal.

A Unitrans e a São Jorge (que pertencem ao mesmo grupo) são as maiores, e dominam a maior parte de João Pessoa, e são as duas únicas que possuem articulados.

Há também algumas viações menores, como Mandacaru, Marcos da Silva e Santa Maria (repito, essa última também do grupo A. Cândido, da Unitrans).

As duas primeiras só tem linhas municipais de João Pessoa, e a Santa Maria municipais e também metropolitanas.

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Há as empresas que só operam no sistema metropolitano, ou seja, ligam João Pessoa aos municípios vizinhos, mas não operam linhas municipais da capital.

Fotografei várias delas, identifico nas legendas.

onibus-alternativo-mun-s-rita-z-o-j-pessoaNo município de João Pessoa, não há transporte clandestino. Mas na região metropolitana aparentemente .

Veja as fotos acima e ao lado, tiradas no Centro de Santa Rita: veículos que não pertencem a empresa alguma, d[a a impress’ao que simplesmente alguém comprou e botou pra rodar.

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Próximas 3: vários São Jorge, linhas municipais. Esse indo pro Muçumagro, Z/S. Entrada já pela dianteira, invertida.

Sem qualquer fiscalização pelos órgãos públicos. Pelo menos custa só R$ 0,75 (set.13).

Nota a esquerda que inclusive um deles tem placa cinza – pra ser regular teria que ser vermelha – e se chama “transporte popular” (??????????).

Tá bom pra ti ou quer mais?

……..

Comentemos rapidamente as fotos dos ônibus, aí falo um pouco mais das viações. Busque pelas legendas. Vimos os veículos das viações:

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Já esse vai pro subúrbio das Zonas Oeste e Sul, bairros Geisel e Alto do Mateus via Cruz das Armas e UFPB. O letreiro de lona também é nesse estilo carioca que está sendo descrito ao lado.

Marcos da Silva, que é independente, de porte menor. Só municipal. Linha Cabo Branco. Opera na orla, a parte mais elitizada da Zona Leste;

Mandacaruense, que é independente, de porte menor. Só municipal. Linha Mandacaru via Ilha do Bispo. Opera na Zona Leste, mas não na orla, e sim numa parte mais de periferia.

Na verdade eu diria que o bairro de Mandacaru fica entre as Zonas Central e Leste. Já a Ilha do Bispo é Zona Oeste. 

Amplie o Mandacaruense pra reparar que o letreiro, ainda de lona, tem a linha escrita em duas camadas: ‘Mandacaru’ em cima, e ‘via Ilha do Bispo’ formando uma meia-lua por baixo:

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Ponto final do bairro Valentina, Z/ Sul.

Estilo que o Rio de Janeiro criou e consagrou nos anos 70 e 80, e, como Energia nunca morre, ainda se faz presente em outras partes do Brasil.

Nesse São Jorge a esquerda logo acima o mesmo se repete, ‘Geisel/Alto do Mateus’ por cima, e na meia-lua em vermelho ‘via  Av. Epitácio Pessoa’;

Santa Maria. Sua área de atuação é a Zona Sul, na orla. Opera tanto o sistema municipal quanto metropolitano, pra vilas que já ficam no município do Conde.

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Viação Sonho Dourado, municipal de Stª Rita, subúrbio metropolitano da Zona Oeste.

As 3 viações acima (Stª Maria, Mandacaruense e Marcos da Silva) não tem articulados;

São Jorge. Essa é de porte grande, e tem articulados, infelizmente não deu certo fotografar.

Opera só sistema municipal, nos subúrbios das Zonas Sul (longe do mar) e Oeste. 

Vimos bem pra cima um veículo trucado (com 3º eixo) fazendo a rótula na BR-230 em frente ao estádio Almeidão.

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Micro ‘Opcional’, Almeida, metropolitano. O ônibus é menor mas a tarifa é maior.

E a direita logo acima o ponto final no bairro Valentina, Zona Sul.

Vários bichões esperando juntos a hora de zarpar, como já lhes falei infinitas vezes, característica indelével de nossa querida América.

Que eu já fotografei no México (capital e interior), Chile, Paraguai, e aqui no Brasil em S. Paulo, B. Horizonte, Belém e até na Grande Curitiba.

Retornando a JP, aqui só vem 2, mas há 4, estou dentro de outro e há mais um num ponto cego a câmera.

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Outro Almeida metropolitano, esse de tamanho e preço normais. Serve Bayeux, Z/O.

Logo acima do ponto final já havíamos visto um outro indo pro Muçumagro, Zona Sul, com letreiro eletrônico e com a entrada já cambiada pra porta da frente.

Percebe que esse como vários outros ônibus vem escrito “integração”, indicando que para no terminal onde é possível pegar outra linha sem pagar de novo.

Unitrans, que domina João Pessoa, e tem presença também no interior da Paraíba e mesmo no Rio Grande do Norte. Opera municipal e metropolitano;

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Viação das Graças, metropolitano.

Todas as fotos de ônibus metropolitanos foram tiradas no Centrão de João Pessoa, em frente a Rodoviária.

Acima falamos das viações municipais de João Pessoa. Resumindo, há duas gigantes do mesmo dono, a Unitrans e a São Jorge. São as duas únicas que atendem vários bairros, e por isso as 2 únicas com articulados.

A S. Jorge só municipal, e a Unitrans municipal e metropolitano, pra Cabedelo (nos metropolitanos ainda consta ‘Reunidas’ na lataria, enfatizando: a esq. um exemplo).

onibus-reunidas-metropolitanoAs viações Marcos da Silva, Mandacaruense e Santa Maria são menores, operam menos linhas. A Stª Maria municipal e metropolitano, as outras duas só municipais.

Agora vamos falar das empresas independentes metropolitanas, de porte pequeno. Todas as viações citadas abaixo vão pra Zona Oeste (Bayeux e Santa Rita):

Wilson. A linha fotografada vai pra Tambay, bairro de Bayeux;

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FORTE DOS REIS MAGOS, NATAL, EM POSTAL DOS ANOS 80: eu não estive no Rio Grande do Norte nessa viagem de 2013. Mas como é próximo a Paraíba, são imagens antigas e não daria pra fazer uma postagem só pra publicar essas 2 fotos, segue de brinde (essa e a seguir também não são de minha autoria).

Santa Rita, que serve o município de mesmo nome;

Almeida, que opera na região do bairro Mario Andreazza, Bayeux. Além do ‘carro’ convencional, de tamanho maior, registrei também um micro ‘Opcional’ da Almeida.

Esse modal tem ar-condicionado e bancos estofados, e só se pode viajar sentado. Por tudo isso, é mais caro.

Seguirá pro bairro Sesi, em Bayeux. Note, mais uma vez, o estilo carioca de letreiro, o ‘Sesi’ em meia-lua sob o ‘Circular’;

Viação das Graças, também vai pra Bayeux;

Agora, estou no Centro de Santa Rita, um subúrbio metropolitano da Zona Oeste, perto da estação de trem. Ali cliquei:

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Idem: Natal, em tomada dos anos 80.

– Ônibus municipal de Santa Rita da viação Sonho Dourado. Esse é de uma empresa estabelecida, e custa somente R$ 1,10;

– E dois sem empresa, transporte aparentemente irregulares, o micro branco que vai pra Tibiri, e o Vitória com chapa cinza “Transporte Popular”.

………………………

penha divisa z/s z/l joão pessoa pb jp paraíba estátua

De volta a João Pessoa (e as cenas captadas pessoalmente por mim em 2013): bairro da Penha, entre as Zonas Sul e Leste.

Eis a série sobre a Paraíba, toda ela publicada em setembro de 2013:

“João Pessoa é uma Mãe”, assim definiu o taxista (recifense de nascimento) que me levou do aeroporto.

Um pouco do clima, vegetação, e muitas fotos da periferia da cidade.

Até Bayeux tem “metrô:

Minha ida ao subúrbio da Zona Oeste – Bayeux e Santa Rita – de trem. santa sta. rita z/o estação joão pessoa jp pb paraíba jampa trem transporte ebtu cbtu locomotiva dísel

A tarifa é simbólica, R$ 0,50 (esse é o valor da época, 2013).

Damos uma pincelada também no futebol na Paraíba.

Afinal esse 2013 foi justamente mais glorioso da sua história.paraiba

Foi quando o estado levou seus dois maiores títulos, a série D do Nacional e a Copa do Nordeste.

N. Sra. das Neves, Philipéia, Fredericoburgo, Cid. da Paraíba: até J. Pessoa ser morto na Cid. de Maurício.

flores joão pessoa j.p. jp jampa pb paraíba violeta primavera árvore cabo branco z/l vermelha burguesia classe média alta elite prédio construção obra altiplano barranco encosta vários dubaiContamos brevemente da história do estado, os 5 nomes que J. Pessoa já teve.

No embalo mostramos 2 bandeiras anteriores paraibanas, até ela chegar ao atual modelo aqui retratado (de propósito com grafia antiga, atualmente o acento foi eliminado).

Atualizei a postagem pra mostrar “as flores mais orientais da América”.

Que são as de J. Pessoa, é claro. Ao lado foi clicada no Cabo Branco, ao fundo o Altiplano;

“Terras do Tribus Urbano”:

A Paraíba, ao lado do vizinho Rio Grande do Norte e de São Paulo, concentram os ônibus trucados (com 3º eixo) no Brasil.  Esse eu cliquei em frente ao estádio Almeidão.

Deus proverá”

2 comentários sobre “‘Onde o Sol Nasce’: João Pessoa, Paraíba

  1. miguel disse:

    …. Você é o cara….. o melhor narrador de João Pessoa pb. Estou aqui em pleno março de 2020 caçando na internet informações e achei Vc é seus comentários de 2013. Maravilha. Amei seus comentários bem equilibrados. Parabéns…. parabéns

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