Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”
Publicado em 27 de julho de 2010
Vamos iniciar uma série de escritos sobre a cidade de Curitiba.
Falaremos dos bairros, sua geografia, história e fatos curiosos, do Centro Cívico a Cidade Industrial.
Veja algumas denominações dos bairros e municípios vizinhos anteriormente.
E nessa postagem a história de como várias favelas na periferia se formaram, muitas delas antecedendo eleições.
……….
Pra começar, vamos falar um pouco de como a cidade se divide.
Reparti Curitiba da seguinte forma: a Zona Sul é a Zona Vermelha, a Zona Leste é a Zona Amarela, a Zona Norte é a Zona Azul, a Zona Oeste é a Zona Verde e por fim a Zona Central é a Zona Cinza.
E por que adotei esses tons? Que o Centro é cinza é óbvio. Mas e o resto? Me inspirei, em parte, na divisão que São Paulo adotou pros seus ônibus nos anos 90.
Nesse critério, que já foi aposentado e não está mais em uso, as Zonas Oeste e Leste são mesmo verde e amarela, respectivamente. Mas lá a Norte era marrom, e a Sul é quem era azul.
Então não foi apenas xerocando SP, obviamente. E sim, porque, oras, a Zona Sul é mesmo a parte vermelha da cidade.
A Zona Norte é azul porque é a mais europeia. E azul é a cor da Europa, veja a bandeira da U.E. .
A Z/O é verde porque é a mais verde. Confira aqui e aqui, por exemplo. E a Leste é amarela por causa do Sol, afinal ele nasce ali.
Veja os mapas, o do topo da página do município com a divisão por bairros, e depois a Grande Curitiba, com os subúrbios metropolitanos.
Nesse último podemos ver onde é densamente habitado, zona urbana portanto, e onde, inversamente, ainda há zona rural.
…………
Entre nos portais específicos que agrupam os ensaios que tratam de cada parte da cidade:
……..
Agora vejamos como a população da cidade se distribui por cada região, e dentro dela em cada bairro.
Escrevi esse texto em julho de 2010, quando o Censo estava em andamento. Entretanto, eu o atualizei pra jogar no ar em 2015. Portanto os dados são os oficiais do Censo.
A população de Curitiba em 2010 era de 1,7 milhão de pessoas, divididos aproximadamente da seguinte forma:
Zona Central: 186 mil pessoas, 10,3% do total municipal
Bairro | População | Observações | |
1 | Água Verde | 51 mil | 9º lugar geral na cidade. Na Zona Central, único entre os 10 mais, e único acima de 50 mil. |
2 | Centro | 37 mil | Foi o bairro mais populoso da cidade da fundação oficial de Curitiba, em 1693, até o Censo de 1970. |
3 | Vila Guaíra | 14 mil | |
4 | Rebouças | 14 mil | |
5 | Mercês | 12 mil | |
6 | Parolin | 11 mil | |
7 | Batel | 10 mil | |
8 | Alto da XV | 8 mil | |
9 | São Francisco | 6 mil | |
10 | Prado Velho | 6 mil | |
11 | Alto da Glória | 5 mil | |
12 | Centro Cívico | 4 mil | 67º lugar de Curitiba, entre 75. |
Zona Sul: 675 mil habitantes, disparado a mais povoada, com 37,5% de Curitiba. Clique na ligação em vermelho e confira matéria completa.
Bairro | População | Observações | |
1 | Sítio Cercado | 115 mil | 2º lugar geral. Ao lado da CIC, únicos 2 bairros com mais de 100 mil habitantes. |
2 | Boqueirão | 73 mil | 4º de Curitiba. Dos 5 maiores, 2 estão na Z/S, 2 na Z/L e a CIC majoritariamente na Z/O. |
3 | Xaxim | 57 mil | |
4 | Alto Boqueirão | 53 mil | |
5 | Tatuquara | 52 mil | |
6 | Pinheirinho | 50 mil | 10º lugar na cidade. Dos 75 bairros de Curitiba, os 10 maiores têm mais de 50 mil moradores. Desses, 6 estão integralmente na Zona Sul. |
7 | Novo Mundo | 44 mil | |
8 | Portão | 42 mil | |
9 | CIC Sul – Cid. Industrial * | 40 mil (aprox.) | A maior parte da Cidade Industrial fica na Zona Oeste. Vide explicação abaixo. O total do bairro é 172 mil. |
10 | Capão Raso | 36 mil | |
11 | Campo de Santana | 27 mil | |
12 | Umbará | 18 mil | |
13 | Hauer | 13 mil | |
14 | Ganchinho | 11 mil | |
15 | Vila Lindóia | 8 mil | |
16 | Vila Fanny | 8 mil | |
17 | Caximba | 2 mil | 72º da cidade, de um total de 75. |
Zona Oeste: 373 mil moradores, 20,7% da cidade.
Bairro | População | Observações | |
1 | CIC Norte e Central – C. Industrial * Uma parte da Cid. Industrial fica na Zona Sul. Vide explicação abaixo. | 132 mil (aprox.) | O total do bairro é 172 mil. Maior de Curitiba, com 10% da população da cidade, único acima de 150 mil, na verdade único acima de 120 mil. |
2 | Santa Felicidade | 31 mil | 17º de Curitiba. Afora o CIC único da Z/O com mais de 30 mil. Alias, se você excluir o CIC, a Z/O é rica e pouco povoada, parecida com a Z/N, e por elas e pelo Centro passa a Linha Turismo. Veja o mapa abaixo. |
3 | Campo Comprido | 28 mil | |
4 | Bigorrilho | 28 mil | |
5 | Fazendinha | 28 mil | |
6 | São Braz | 23 mil | |
7 | Butiatuvinha | 12 mil | |
8 | Santa Quitéria | 12 mil | |
9 | Vila Izabel | 11 mil | |
10 | Vista Alegre | 11 mil | |
11 | Mossunguê | 9 mil | |
12 | Orleans | 8 mil | |
13 | Campina do Siqueira | 7 mil | |
14 | Seminário | 6 mil | |
15 | Augusta | 6 mil | |
16 | Santo Inácio | 6 mil | |
17 | São Miguel | 4 mil | |
18 | São João | 3 mil | |
19 | Cascatinha | 2 mil | Os 3 bairros menos populosos da cidade são na Zona Oeste. Cascatinha é 73º, de 75. |
20 | Lamenha Pequena | 1 mil | 74º e penúltimo. Até o Censo de 2000 tinha menos de mil moradores, acaba de superar essa marca. |
21 | Riviera | 289 moradores | Menor da cidade em população. Não tem nem 300 habitantes, menos que um prédio no Centro. |
Zona Leste: 301 mil habitantes, 16,7% de Curitiba
Bairro | População | Observações | |
1 | Cajuru | 96 mil | 3º da cidade. |
2 | Uberaba | 72 mil | 5º de Curitiba. Dos 5 maiores, 2 estão na Z/L, 2 na Z/S e a CIC majoritariamente na Z/O. |
3 | Bairro Alto | 46 mil | |
4 | Capão da Imbuia | 20 mil | |
5 | Jardim das Américas | 15 mil | |
6 | Cristo Rei | 13 mil | |
7 | Guabirotuba | 11 mil | |
8 | Tarumã | 8 mil | |
9 | Jardim Botânico | 6 mil | |
10 | Jardim Social | 5 mil | |
11 | Hugo Lange | 3 mil | 70º de Curitiba, de um total de 75 |
Zona Norte: 234 mil habitantes, 13% do total.
Bairro | População | Observações | |
1 | Santa Cândida | 32 mil | 16º de Curitiba. A Z/N é rica e pouco povoada, parecida com a Z/O (exceto CIC), e por elas e pelo Centro passa a Linha Turismo. |
2 | Boa Vista | 31 mil | |
3 | Pilarzinho | 28 mil | |
4 | Bacacheri | 23 mil | |
5 | Barreirinha | 18 mil | |
6 | Atuba | 15 mil | |
7 | Abranches | 13 mil | |
8 | Cabral | 13 mil | |
9 | Vila Tingui | 12 mil | |
10 | Juvevê | 11 mil | |
11 | Ahú | 11 mil | |
12 | Cachoeira | 9 mil | |
13 | São Lourenço | 6 mil | |
14 | Bom Retiro | 5 mil | |
15 | Taboão | 3 mil | 69º da cidade, de um total de 75. |
Comentários sobre como foi feita a divisão:
1) Como em Curitiba esse conceito não existe oficialmente, eu quem tive que determinar o critério.
Toda padronização é de certa forma arbitrária, então, principalmente na divisa da Zona Central com as demais, outras pessoas podem ter outras ideias.
…….
O Bom Retiro, por exemplo, que eu coloquei na Zona Norte, poderia ser considerado Zona Central pra alguns.
O mesmo pode ocorrer com diversos outros bairros.
Não há problema. pra estudar algo é preciso representá-lo de alguma forma e eu representei assim.
Quem quiser pode ver de outra forma, é só uma referência o que envio.
2) Fiz com que a divisão por zonas respeitasse a divisão por bairros.
Ou seja, se a maior parte de um bairro pertence a Zona Norte todo ele está na Zona Norte.
Ainda que uma parte esteja mais ligada com os vizinhos da Zona Leste que com o núcleo mesmo do bairro. Não houve fracionamentos.
Entretanto na CIC isto não é possível, por ser um bairro artificial e muito grande.
Veja a história da Z/O, como se formaram os bairros que depois ajudaram a formar a CIC.
A Cidade Industrial e o Centro Cívico são os dois únicos bairros não-naturais de Curitiba, foram planejados, existiram antes na prancheta e só depois se materializaram. Ambos foram desmembrados de outros bairros.
O Centro Cívico é um bairro pequeno, e não há qualquer dúvida que todo ele pertence a Zona Central.
No entanto a Cidade Industrial não pode ser enquadrada em uma só zona, pois é enorme, tem mais de 15 km de extensão no sentido norte-sul.
Assim, sua maior parte (a CIC Norte e CIC Centro) pertence a Zona Oeste, mas a CIC Sul pertence a Zona Sul.
Pra visualizar melhor, a CIC Sul é a Vila Verde, Vitória Régia e o entorno do terminal CIC (Nossa Senhora da Luz, Osvaldo Cruz, etc).
Aproximadamente 40 mil pessoas.
Todo o resto (Vilas Barigui, Conquista, Sabará, Caiuá, Itatiaia, Santa Helena, Atenas, Augusta, Vila Sandra, Gabineto, Porto Belo) é Zona Oeste.
132 mil moradores, mais ou menos. O total do CIC é 172 mil.
…………..
Escreverei também sobre a parte da cidade que não pertence ao município de Curitiba, a chamada Região Metropolitana.
Afinal, malgrado hajam divisões políticas, os subúrbios metropolitanos pertencem a mesma cidade, que é a Grande Curitiba.
Note que pra mim os conceitos de município e cidade nem sempre são equivalentes.
Alias exatamente por isso vamos enxertar agora um outro emeio, que fala dos subúrbios metropolitanos.
A Grande Curitiba na prática é bem diferente da que que consta nos registros oficiais.
Pois exatamente eles levam em conta somente critérios políticos, e não urbanísticos e sociais.
a grande curitiba
Publicado em 21 de agosto de 2010
O mapa oficial da Grande Curitiba é uma peça de ficção. Inclui cidades que são interior, não têm qualquer relação com Curitiba em termos urbanos, apenas políticos.
São cidades paranaenses e portanto seus prefeitos têm que vir pra cá pra tratar de assuntos políticos. Mas suas populações não trabalham aqui.
E interesses políticos é exatamente o que determinou a inclusão de cidades como Lapa, Doutor Ulysses, Cerro Azul, Adrianópolis, Rio Negro, Campo do Tenente e Piên.
Quem já foi a qualquer um desses locais sabe perfeitamente que eles não guardam qualquer relação com o espaço urbano que é a Grande Curitiba.
Bem ao contrário de municípios como Colombo e São José dos Pinhais, que não podem ser dissociados da capital.
Os critérios que adotei são os seguintes: região metropolitana implica metrópole, ou seja, um núcleo em torno do qual gravitam satélites.
Assim, são Grande Curitiba de fato apenas municípios em que população seja majoritariamente urbana e cuja parcela significativa dela trabalhe em Curitiba.
Ou em um outro município que esteja ligado umbilicalmente a Curitiba (como São José dos Pinhais ou Pinhais).
Obviamente, esse não é o caso de Doutor Ulysses e Lapa. Qual a porcentagem da população de Ulysses que se desloca diariamente a Curitiba? Zero. E da Lapa? Menos de 1%.
Em Itaperuçu, entretanto, 80% de seus habitantes trabalham em Curitiba, Rio Branco do Sul ou Almirante Tamandaré. É nitidamente um município-dormitório.
Satélite de outros maiores e de economia mais próspera. Ainda que não esteja conurbado fisicamente. Mas cultural, econômica e socialmente o está.
Há uma ‘nota de corte’ prática excelente, que é consequência do anterior.
Só foram contadas como RMC os municípios que têm serviço regular de ônibus urbano (2 ou 3 portas e roleta) com o Centro de Curitiba.
Esse critério é essencial mas não suficiente tem si mesmo.
Os municípios de Contenda e Mandirituba têm linha urbana que termina no Centro da capital.
No entanto uma boa parte de suas populações é rural e não trabalha em Curitiba nem em outros municípios.
Por isso, também não foram incluídos. Por enquanto. Isso porque esses dois municípios e Balsa Nova e Bocaiúva do Sul estão digamos em processo de metropolização.
Vêm se tornando cidades-dormitório, e com o crescimento deles e dos municípios que se interpõe entre eles e Curitiba (respectivamente: Araucária, Fazenda Rio Grande, Campo Largo e Colombo), dentro de 10 a 20 anos poderão ser considerados Região Metropolitana.
O texto é de 2010. Quando jogo pro ar, em 2015, esse processo já avançou um pouco.
………
Resumindo: fazem parte da Grande Curitiba: São José dos Pinhais, Piraquara, Colombo, Pinhais, Quatro Barras, Campina Grande do Sul, Rio Branco do Sul, Almirante Tamandaré, Itaperuçu, Campo Magro, Campo Largo, Araucária e Fazenda Rio Grande.
Dessas, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Quatro Barras e Campina Grande do Sul formam um 2º anel metropolitano, em laranja no mapa.
Ainda não estão conurbados, sua ligação é social (econômica, cultural) mas física ainda não.
Há um 3º anel, em amarelo. Ainda não são RMC, mas estão se metropolizando, e podem vir a sê-lo nas próximas décadas:
Bocaiúva do Sul, Mandirituba, Balsa Nova, Contenda e Quitandinha.
Não tem nada a ver com a RMC, fazem parte dela oficialmente por razões políticas:
Lapa, Agudos do Sul, Tijucas do Sul, Adrianópolis, Cerro Azul, Tunas do Paraná, Campo do Tenente, Rio Negro, Piên e Doutor Ulysses.
Em branco, pois sua participação efetiva na Grande Curitiba também está em branco.
E sendo dessa maneira, os ônibus que vão pras essas cidades não são ‘metropolitanos’, pois não fazem parte na prática da região metropolitana.
São o que no estado de SP se denomina ‘Suburbano’. Alias o ponto inicial dessas linhas nem mesmo é em Curitiba, e sim já em municípios nas bordas da Região Metropolitana.
……….
Aqui vai a população do que já é RMC em todas as dimensões: Capital e 1º e 2º anéis. Os dados são os oficiais do censo de 2010. Quando eu mandei o emeio essa contagem estava em andamento. Então seguiu uma projeção pra 2009. Mas na hora de subir pra rede eu atualizei.
Municípios | População (2010) |
---|---|
Curitiba |
1.751.907 |
264.210 |
|
212.967 |
|
Araucária |
119.123 |
Pinhais |
117.008 |
Campo Largo |
112.377 |
103.204 |
|
Piraquara |
93.207 |
Fazenda Rio Grande |
81.675 |
Campina Grande do Sul |
38.769 |
Rio Branco do Sul |
30.650 |
Campo Magro |
24.843 |
Itaperuçu |
23.887 |
Quatro Barras |
19.851 |
Comentemos um pouco sobre as imagens. Algumas estão bem pra cima, busque pela legenda:
Esquerda: o início da colonização da Vila Santa Rita (Tatuquara, Zona Sul). A foto não é atual, ressalte-se bem isso.
Anteriormente escrevi que a captura “certamente é da primeira metade da década de 2000”.
Essa matéria também foi publicada em outra página. E lá alguém retificou nos comentários que é um pouco antes, que essa tomada é do fim dos anos 90, ’99 no máximo‘ a pessoa especificou.
Taí, adicionei a contribuição desse leitor. Seja como for, hoje a região já está totalmente ocupada.
……….
Agora foto que mostra a fachada de uma igreja. Vamos pra Zona Leste. Trata-se da Vilinha, nas margens do Rio Atuba, na divisa com o município de Pinhais.
Pouca gente sabe, mas foi ali que Curitiba de fato começou. É claro que antes dos europeus por aqui chegarem a região já era habitada por índios.
Porém, se formos focar apenas nas pessoas que vieram de outros continentes como faz a história oficial essa é a primeira construção de Curitiba:
Era um templo católico, erguido pra marcar o início da povoação lusa na região. Depois é que o núcleo da cidade foi deslocado mais pra oeste.
Ou seja, o Marco Zero de Curitiba é no Bairro Alto, e não na Praça Tiradentes.
É um local muito bonito, que já tive a oportunidade de visitar, e creio que fui um dos poucos a fazê-lo, já que muitos nem sabem que ele existe.
Bem, se algum de vocês não sabia, agora já sabe.
Além dessa marca histórica, ressalto que o Bairro Alto está na Zona Leste, e não Norte, como é comumente referido erroneamente. Nessa outra mensagem explico o porque dessa confusão.
……….
A tomada noturna é do Largo Baden Powell, que homenageia o oficial do exército britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, fundador mundial do escotismo.
Essa praça, que fica quase em frente a Rodoferroviária, está localizada no Rebouças (Zona Central), na divisa com o Centro e o Jardim Botânico.
Já lhes disse que a rodoviária e o Mercado Municipal estão no território do Jardim Botânico, embora isso seja quase ignorado por todos. Um dia toda essa região próxima ao Centro pertenceu ao Cajuru.
Enfim, a esquerda na foto, aquele prédio que se vê entre as árvores, que abriga um hotel, já está no Centro. Os postes de luz que você enxerga a frente estão no Jardim Botânico.
No primeiro plano, observa-se o expresso bi-articulado 17D19 (Volvo-Marcopolo) da viação Expresso Azul, que se prepara pra cruzar a Zona Leste rumo ao terminal do Centenário, no bairro Cajuru.
………..
Os espigões do Mossunguê, vistos logo acima da 1ª tabela:
A região do ‘Ecoville’, que se desenvolveu ao longo do eixo Oeste do sistema de ônibus expressos, e engloba os bairros do Mossunguê, Campo Comprido e mais recentemente Cidade Industrial.
É certamente nossa Barra da Tijuca. Analogamente ao que ocorreu no Rio de Janeiro, a burguesia daqui se deslocou para os subúrbios a Oeste, fugindo do tumulto da área mais antiga e central.
E por fim um trecho do calçadão da Rua XV de Novembro, popularmente conhecido por Rua das Flores, no Centro.
A foto é de 1975, com as flores que a nomeiam cobertas pela neve. Todo mundo sabe que nevou em Curitiba em 1975.
O que muita gente ignora, entretanto, é que essa não foi a primeira vez. Já havia nevado aqui em 1928.
Como diz um ditado árabe (língua que um dia dominou a Península Ibérica): “
Tudo que ocorreu apenas uma vez pode ou não voltar a acontecer, agora tudo o que ocorreu duas vezes fatalmente se repetirá ainda outras vezes”.
Resta saber se será em nossa atual encarnação que nevará ainda mais uma vez em Curitiba. Deus é quem sabe. A nós só cabe esperar.
Nota: esse texto foi escrito em 2010. De fato o ditado árabe estava certo, nevou em 2013 em Curitiba.
Mas nem tanto assim. Em Guarapuava nevou muito, mas muito mais.
Paz a todos.
“Deus proverá”
Por que o bairro Vila Izabel não consta em nenhuma das regiões de Curitiba, nas tabelas de população?
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Bem observado, amigo. Foi uma falha de minha parte, quando confeccionei a tabela esqueci da Vila Izabel. Alertado por seu comentário, corrigi o erro.
A Vila Izabel fica na divisa entre as Zonas Oeste e Central, então poderia ser incluída em qualquer uma das duas, sendo apenas uma questão de interpretação a escolha. E é próxima a Zona Sul, pois o Portão já é Z/S.
Adicionei a V. Izabel na tabela da Zona Oeste. Com os 11 mil habitantes que o bairro tinha no Censo de 2010, a Vila Izabel é 9º mais populoso da porção ocidental de Curitiba, logo atrás de Santa Quitéria que é vizinho.
Obrigado pela retificação.
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Muito bom
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Agradeço as palavras, abraço.
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