Juvevê, a “Nascente da Zona Norte”

Hospital São Lucas, na ladeira do Juvevê: marco zero de duas das principais avenidas da Zona Norte: a Anita Garibaldi e a Munhoz da Rocha.

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 10 de dezembro de 2017

Maioria das imagens de minha autoria. As que forem puxadas da internet identifico com um ‘(r)’, de ‘rede’.

…….

Nosso tema de hoje é o bairro do Juvevê, na divisa entre as Zonas Central e Norte de Curitiba.

Vamos dar uma pincelada também nos vizinhos Ahú e Centro Cívico. Uma boa oportunidade pra gente relembrar o passado da região.

Começando pelo nome. Há 2 versões pra origem: 1) ‘Juvevê’ é como os indígenas chamam a flor ‘paineira’.

Que pelo visto é comum na Zona Norte da cidade, pois há um ônibus Paineiras que passa pelo Juvevê e Ahú, e têm seu ponto final na divisa entre Barreirinha, Santa Cândida e Boa Vista;

Ahú, virada pros anos 70 (r). A esq. na foto Juvevê, ao fundo Alto da Glória e Centro.

2) Havia no bairro antes dele ter essa denominação uma cabeleireira chamada – ou apelidada – ‘Juve’.

E como boa comadre, ela cuidava da vida dos outros pra pode contar as novidades pras amigas/clientes.  Assim as pessoas diziam: “a Juve vê”.

Vê se a fulana tá de namorado novo, vê se ciclana deixou de fazer a sombrancelha ou relaxou na depilação…vê  e depois comenta, você sabe como é.

Seja qual versão for a correta, o que é fato é que ali começa a Zona Norte, é sua nascente. Mas mais que isso. No Juvevê estão também a nascente de 3 das principais vias da Z/N:

Esquina com 3 ruas formando estrela, traço do Juvevê (também do Boqueirão, Z/S). Foto via ‘Google Mapas’.

A Avenida Paraná começa na divisa do Juvevê com o Cabral.

Onde há a Igreja do Cabral e um tubo antes do terminal de mesmo nome. Isso muita gente sabe.

Agora vamos retornando mais um tubo em direção ao Centro. Assim veremos que o Juvevê justifica a alcunha de ‘Nascente da Zona Norte’ em mais uma dimensão:

A Erasto Gaertner (que começa Munhoz da Rocha e termina Monteiro Tourinho) e a Anita Garibaldi são duas das principais avenidas de Curitiba.

Ícone cai: em dezembro de 17 o Mercadorama do Juvevê deixou de existir. Por décadas foi um emblema do bairro, mas se tornou ‘Wal Mart‘ (corporação ianque que já era proprietária da rede a tempos). Flagrei o momento em que o logo do Mercadorama com o famoso ‘M’ foi jogado fora. Coisas da vida! Atualização: tudo vai e volta, não é mesmo?  Em 2019 volta a ser ‘Mercadorama’ por alguns meses: quando o Wal-Mart reduz muito as operações no Brasil retorna a antiga marca. Em 2021 assume o nome-fantasia de Nacional, que pertence a outra trans-nacional, a francesa Carrefour.

E elas cortam partes opostas e distantes da Zona Norte.

Só que pouquíssima gente sabe que elas nascem exatamente no mesmo ponto, uma em frente a outra:

Em frente ao Hospital São Lucas, no Juvevê. Você conhecia esse fato?

Se sim, você também é um ‘urbenauta’, um profundo conhecedor da urbe, da metrópole, em seus mínimos detalhes.

Entretanto, repito, a imensa maioria das pessoas não sabe. Mas assim é. Veja a 1ª foto da página. O hospital já citado. Destaquei nos detalhes:

A minha direita, a placa do marco zero da Avenida Anita Garibaldi. A esquerda, do outro lado da via do Expresso. a do marco zero da Munhoz da Rocha.

Ambas no mesmo ponto da João Gualberto, a quadra cuja sua numeração vai de 1770 a 1910, fato também realçado nas tomadas.

…….

Já voltamos a essa questão. Antes vamos, em tomadas antigas (várias delas ainda em preto-&-branco), voltarmos no tempo.

Viajaremos pros anos 60 e 70, antes e logo depois da construção do ‘Sistema Trinário’:

A via segregada do ônibus Expresso no meio, ladeada por duas estreitas pistas laterais de carros pro tráfego local.

E a uma quadra de distância pra cada lado, as ‘vias rápidas’, pro trânsito pesado de automóveis e demais linhas de ônibus.

Segura essa: rara foto da Av. João Gualberto ainda sem a canaleta nos anos 60 (r).

Curitiba e Lima no Peru disputam qual foi a cidade que inaugurou a primeira canaleta exclusiva pra ônibus do planeta.

Ambos os sistemas ficaram prontos no meio dos anos 70.  Depois a capital peruana parou de investir em transporte coletivo.

Assim por quase 30 anos (do fim dos anos 80 ao começo da década de 10) a coisa foi confusa em Lima, no transporte coletivo e múltiplas outras dimensões.

Típica rua interna do bairro.

Tanto que nessa década de 10 mesmo que ainda estamos (essa postagem é de dez.17) ainda circulavam lá Monoblocos produzidos nos anos 80.

Agora Lima despertou e modernizou seu transporte coletivo, concluiu seu metrô que estava inacabado e inoperante.

Também retomou a operação dos corredores de ônibus, reformando e modernizando o sistema que igualmente esteve mal-utilizado por décadas, após um início glorioso.

Início da Anita: a 1ª quadra é um calçadão, onde há uma feira livre nas 3ªs a tarde/noite.

Mostramos algumas dessas imagens, dos ônibus de Lima – os 1ºs. articulados de toda a América [EUA incluídos]-, resgatando a história do transporte peruano em outro dia. Aqui nosso tema é Curitiba.

Dei essa pincelada somente por isso, já que vamos falar da inauguração dos sistema Expresso, ressaltei que o Peru teve a mesma iniciativa na mesma época.

Vimos acima a descida da João Gualberto (pra quem vem do Cabral, a subida pra quem vem do Centro) ainda sem a canaleta. A tomada é dos anos 60.

E a foto que veio antes dela foi tirada um pouco depois no meio dos 70, a pista exclusiva já pronta mas ainda utilizada por ônibus convencionais.

O começo da Munhoz da Rocha: aberto aos carros mas veem que é quase sem trânsito.

Entre 74 e 76, ônibus convencionais operaram as atuais linhas de Expresso pela canaleta recém-inaugurada ou mesmo em fase de obras.

Esse busos ainda tinham entrada por trás, pintura livre (num padrão com listras horizontais em verde e amarelo) e motor dianteiro.

Nas obras da canaleta, e mesmo logo após a inauguração delas, eles primeiro fizeram improvisados as atuais linhas de Expresso.

Mesmo depois que chegaram os ônibus próprios do novo modal (vermelhos, embarque dianteiro, motor atrás e bancos de lado, costas pra janela e virados pro salão), por um tempo o velho e o novo co-existiram.

Quase no mesmo local, contraste entre o antigo e o novo. O casarão é tombado: no início do séc. 20 foi armazém. Até recentemente era funerária, que se mudou pro Centro. Agora está vago (mais ou menos: uma senhora reside no andar superior, e usam o térreo pra ajeitar as flores).

A partir de 77, quando aportaram ainda mais levas de Expressos propriamente ditos, é que foi tudo padronizado no vermelhão.

Já fiz matéria específica sobre o transporte de Curitiba nos anos 70, 80 e 90.

Onde tudo isso é explicado com imensa riqueza de detalhes, incluso com dezenas de fotos, confira.

…………

Isto posto, enxerto aqui o emeio de um colega que foi criado na divisa entre Ahú e Juvevê.

Como ele mesmo explicou, o prédio que ele morou fica no Ahú.

No entanto a ‘vida social’ de sua família (compras, etc.) era feita no Juvevê. Reproduzo parte de suas palavras:

”   A Manoel Eufrásio é uma rua muito agradável, apesar do movimento intenso.

No casarão há placa antiga, de quando o idioma português tinha outra grafia.

Nos anos 80, acredite, essa era também uma rua onde se jogava bola.

Exatamente no ponto em frente à entrada do Parque Pinheiros e do Chácara Juvevê (a propósito, o lançamento desse empreendimento foi nos anos 70).

A Rua Emílio Cornelsen, então, nem se fala. Até 1992, mais ou menos, era uma rua sem saída.

Ela acabava num terreno baldio logo depois do meu ex-prédio (que é um dos primeiros dessa via).

A foto panorâmica do Ahú (mais pro topo da página, a direita) capturei da internet há anos, do sítio da Construtora Galvão.

Ela foi a responsável por vários desses conjuntos de apartamentos dessa região.

As ruas em estrela – 3 vias se cruzam, ao invés de 2: onde há pouco movimento fizeram essas praças (flores violetas adornam a cena).

O primeiro deles foi justamente o que chamei de Parque Pinheiros.

Esse é famoso por sua torre grande de 15 andares e mais os quatro ou cinco menores de seis andares.

Creio que foram entregues em 1972 ou 1973.

Logo depois veio o Edifício Colibri e mais os dois menores ao lado.

Isso em 1976, com apartamentos construídos segundo a mesma planta do anterior.

Onde há mais trânsito é na raça – com 3 vias se encontrando, é perigoso cruzar as preferenciais. No meio da vemos a Via Rápida (sentido bairro). Destaquei com as flechas brancas: os dois carros que vêm nas transversais têm que cuidar não apenas dos que estão na preferencial, mas também um do outro. E ainda poderiam estar vindo carros em mais 2 lados. 3 ruas se encontram, sendo uma mão única e duas de mão dupla: pode acontecer de virem carros em 5 direções pra cruzar a mesma esquina simultaneamente. Quem planejou isso achou que era genial, mas se mostrou ser uma lambança daquelas!! Repito, no Boqueirão é igual. Em ambos os bairros aos poucos estão corrigindo (implantando rotatórias ou fazendo uma via sair em outra antes de ambas cruzarem a maior de todas), mas levará tempo até acertar tudo.

No fim dos anos 80, surgiram esses maiores da Manoel Eufrásio e aqueles azuis já no lado direito da Emílio.

Esses últimos sendo projetos para a elite da época, apartamentos de 4 quartos mais dependência de empregada.

Construído no mais alto padrão de acabamento e arquitetura disponíveis.

Os da Manoel Eufrásio, de cor avermelhada, já eram mais voltados para a classe média.

Pude comprovar uma vez que a planta dos apartamentos é praticamente a mesma dos dois conjuntos anteriores.

Apenas com uma ou outra modernização estrutural.

Voltando a falar da panorâmica em p-&b: imagino ser entre 1969 e 1970.

Pode-se notar que nem mesmo a Emílio Cornelsen está traçada, embora já exista uma clareira bem no início dela.

Restaurante homenageia a Pátria Amada.

Os edifícios do Parque Pinheiros já estão sendo levantados.

Estimei esses anos porque descobri que o Colégio Loureiro Fernandes foi inaugurado em 1968.

Pelo visto antes da própria Rua Marechal Mallet ser traçada na frente dessa citada escola.

 Além de que não se pode ver o Conjunto Residencial Juvevê, inagurado em 1970 na esquina da João Gualberto com a Constantino Marochi, já quase no Alto da Glória.

Próximas 2: casas de madeira pois é Sul do Brasil. Nota-se que no edifício ao fundo alguém também ostentou a bandeira brasileira.

O mais interessante dessa foto, no entanto é ver que a rápida que liga ao Centro ainda não existe.

Repare bem, a Anita Garibaldi termina na João Gualberto.

Bem em frente ao Hospital São Lucas (à esquerda na foto, ponto já tão comentado nessa matéria), e nada parece cruzar ela antes.

A Campos Sales, aparentemente, começava junto à Manoel Eufrásio.

Provavelmente a “rápida” cortou aquele mato só quando os expressos começaram a rodar ali, em 1974.   ”

Próximas 4: fotos feitas a partir do Juvevê, mas mostram casas e prédios no vizinho Ahú.

…………….

Aqui se encerram os preciosos apontamentos desse colega, volto eu, O. M. . Vamos a minha resposta a ele:

A rua que divide Juvevê e Ahú não é a Emílio Cornelsen como constatastes, mas a própria Manoel Eufrásio. 

Sim, é certo que na virada pros anos 70 as ‘Vias Rápidas’ não existiam, surgiram junto com as canaletas, e não por outro motivo Lerner chamou de ‘Sistema Trinário’.

Mais uma transição. Ainda existem velhas casas de madeira (em alguns casos com a fachada em alvenaria). Mas ao fundo já vemos subindo mais um prédio baixo de classe-média.

Lembra que nos primeiros Expressos (aqueles Marcopolo Venezas e Nimbus Haraganos) vinha a flecha tripla que mostrava justamente isso, antes do ‘Cidade de Curitiba’ surgir?

E por que essa matéria se chama “Nascente da Zona Norte”? 

Repetindo o que já foi dito acima (esse emeio circulou antes da postagem, foi o protótipo dela):

Oras, porque pouquíssima gente sabe, quase ninguém na verdade, que 3 das principais avenidas da Z/N nascem no mesmo ponto.

O conjuntos Chácara Juvevê e Pq. Pinheiros (ambos no Ahú, como dito) em 2014. O prédio que veem em obras já está pronto.

Gaertner e Monteiro Tourinho) têm seu marco zero no exato mesmo lugar.

Em frente ao Hospital São Lucas na esquina da Manoel Eufrásio com a João Gualberto.

Isso já foi amplamente analisado. Agora vamos as novidades:

Em sua primeira quadra elas quase não têm tráfego. Bem, a 1ª quadra da Anita é calçadão.

Na Chac. Juvevê, mais uma bandeira nacional. Foto em 2014, na Copa (antes do vexatório 7×1): a Zona Norte em dia de jogo do Brasil.

Aí então o fluxo de veículos motorizados é zero mesmo, excetuando o acesso as garagens.

No local há inclusive uma feira noturna as terças-feiras.

Do outro lado da J. Gualberto a situação não é tão diferente assim:

A quadra inaugural da Munhoz da Rocha é uma via calma, de paralelepípedos.

Mais uma das famosas ‘alamedas’ (ruas fartamente arborizadas) internas do Juvevê.

Ela contorna o Hospital São Lucas já tão citado. Ali os carros podem passar a vontade, mas pouquíssimos o fazem. É uma rua bem tranquila.

Se ela não fosse ladeira e nosso colega criado na Emílio Cornelsen ainda morasse na região, ele poderia até hoje jogar bola no comecinho da Munhoz da Rocha.

Agora que estou morando no Juvevê, eu me juntaria a ele: bota 4 pedras fazendo as vezes de traves, um time de camisas, outro sem, 5 vira, 10 acaba e vamos nessa!

Proxs. 2: divisa com Ahú. Estou no Juvevê, e os edifícios ao fundo também. Mas os prédios em 1º plano ficam já nesse vizinho bairro.

…….

Agora, se na 1ª quadra a Anita e a Munhoz da Rocha são calmas, calmíssimas, logo a seguir a situação se altera diametralmente:

Posto que aí a Anita e a Munhoz da Rocha são a Via Rápida por pouco mais de uma quadra (uma em cada Rápida, claro), antes de embicarem em rumos  opostos.

Você sabia disso, que a Anita Garibaldi e a Munhoz da Rocha são Vias Rápidas?

Nesse caso ainda estou no Juvevê mas só aparece o Ahú nesse ângulo da imagem.

Se sim, novamente você é a minoria, a imensa maioria desconhece esse detalhe.

A Anita Garibaldi é a Rápida que vem pro Centro, no trecho daquela descida em que no alto havia a fábrica da Tip-Top.

Já a Munhoz da Rocha é a Rápida que vai pro bairro, logo após a subida onde fica o asilo São Vicente de Paulo.

A João Gualberto testemunha a nascente compartilhada da Anita e da Munhoz.

Um rápido relance no vizinho Centro Cívico. Vemos na colagem, da esq. p/ dir.: 1- “Reforço Escolar” (o e-meio com a foto fez sucesso!); 2- Táxi de Pomerode, Santa Catarina, em frente ao ‘Museu do Olho’; e 3- a Rua Mateus Leme agora tem sentido único, em direção ao bairro. Inauguraram o binário com a Nilo Peçanha, que volta pro Centro – quando tirei essas fotos (dez.17), ainda estava na primeira semana da novidade.

Como já dito muitas vezes e aliás é notório. Isso em sua última quadra.

Aquela que leva a numeração de 1770 a 1910 como a placa comprovou, enfatizando novamente.

Ao concluir essa subida, chegamos a Praça São Paulo da Cruz. Onde está o tubo do Expresso chamado ‘Bom Jesus’.

Na praça é onde está a Igreja do Cabral, outro ícone da região.

Pois ali é justamente onde é a divisa entre o Juvevê e o vizinho Cabral.

Amanhece no Juvevê, 12 de fevereiro de 2014. De novo o Hospital São Lucas (essa foto é de autoria de um outro colega, não o mesmo que conta a história do bairro).

Muda o nome do bairro, a avenida permanece a mesma mas igualmente cambia de denominação:

A partir dali começa a Avenida Paraná, nome que ela manterá até a Igreja de Santa Cândida.

Quando então se tornará a Estrada Nova de Colombo (“Rodovia da Uva”).

……….

A Zona Norte é dividida basicamente em dois setores:

Pilarzinho e entorno, região por muitas décadas, até 2010, atendida pela finada Viação Marechal.

Ali as linhas de ônibus começam com ‘1’. Por exemplo, o Jd. Kosmos é a 169, o Primavera 171;

Boa Vista, Barreirinha, Santa Cândida, Abranches, Bacacheri e imediações.

Prédios do Juvevê num gelado “Anoitecer na Zona Norte“, ensaio feito em junho de 2014.

Até a “licitação” de 2010, essa era a área original de atuação da Viação Glória.

Onde as linhas começam pelo ainda pelo nº ‘1’ no Abranches, mas a partir da Barreirinha com ‘2’.

Por ex. o Cabral-Osório é a 201, o N. Sra. de Nazaré 280.

“Céu de Curitiba” emoldurando seus espigões. Em 1º plano Juvevê, onde estou. Ao fundo o Alto da XV e Cristo Rei, que ficam entre as Zonas Leste e Central (confira em qual ‘zona’ estão todos os 75 bairros de Curitiba).

Um dia ainda escreverei uma matéria mostrando o sistema na numeração das linhas de Ctba e São Paulo. Mas por hora de volta a nosso tema de hoje:

Pois bem. Como dito, as linhas pro Abranches embora já fossem da Glória desde décadas ainda começam com ‘1’.

Da parte ‘2’ da Z/N, as 3 principais avenidas são Munhoz da Rocha/E. Gaertner, Anita Garibaldi e Av. Paraná.

E dizendo ainda mais uma vez, todas começam juntas, no Juvevê, a ‘nascente’ delas.

Pôr-do-sol no Juvevê em dezembro de 2017.

Portanto o título está plenamente justificado. Digo, as duas primeiras juntas mesmo, frente-a-frente. E uma quadra depois somente a Av. Paraná.

No caso da Anita e M. da Rocha,  sua primeira quadra é calma, sua segunda quadra é via rápida (outro fato pouco conhecido).

A partir da 3ª quadra aí sim elas tomam a forma que são conhecidas da massa. Isso já foi dito.

Vista aérea do bairro em 1973 (r).

Recapitulei pra traçarmos um paralelo com a Zona Sul, onde residi mais tempo em Ctba. (15 anos).

A Av. Brasília – que divide o Novo Mundo do Capão Razo – é exatamente assim também:

Tem a nascente pouco conhecida e também na Estrutural do Expresso.

O Couto nos anos 60 (r).

Sua 1ª quadra é calma, é Via Rápida por umas quadras, depois embica pro bairro e toma sua forma conhecida.

1ª ATUALIZAÇÃO (AINDA EM DEZ.17) –

A direita: aérea do Juvevê, 1973. O ‘Sistema Trinário’ implantado no ano seguinte pela prefeitura já está pronto, ou ao menos em fase final de obras.

(O nome se deve que é constituído por uma canaleta exclusiva do Expresso, duas pistas laterais locais, e um binário de Vias Rápidas a uma quadra pra cada lado.)

Av. João Gualberto, 1939 (r). Não sei o que são essas motos, talvez um desfile militar – na época não existiam ‘moto-clubes’ como hoje.

Repare que o bairro praticamente não tinha prédios.

A Rua Euzébio da Motta (1ª paralela a Rápida pela direita, pra quem vai no sentido Centro) ainda tinha trechos de terra.

Acima: estádio Couto Pereira sem os anéis superiores nas curvas, mas já em uso. Foto dos anos 60na época ele ainda se chamava Belfort Duarte, a mudança de nome foi em 1977.

Importante: como eu já expliquei antes, eu não torço pelo Coritiba F.C. .

Av. João Gualberto, 2006.

Portanto não inicie uma discussão futebolística que não é o caso aqui. Nosso foco é relembrar o passado da metrópole.

Já publiquei em outras matérias imagens da Baixada, Vila Capanema e Pinheirão.

Além de muitos outros estádios, cito esses pra ficarmos restritos a Curitiba .

Assim como eu, você pegava filmes na locadora? É, estamos ficando velhos…

As imagens acima e ao lado são de 2006, e de autoria daquele colega que colaborou com essa matéria.

Eu relatei que naquele casarão funcionou uma funerária. Aqui a fachada ainda está pintada.

E a direita: a apenas 11 anos atrás (a postagem é de 17) ainda era rentável ter uma locadora, olhe o tamanho da ianque ‘BlockBuster’ na ocasião. As coisas mudam . . .

ATUALIZAÇÃO DE ABRIL DE 2018:

Em 28/03/18 (véspera do aniversário de 325 de Curitiba pela contagem oficial que só marca desde a chegada dos europeus) foi enfim inaugurado o Ligeirão Norte. Depois de 5 anos de atraso….ufa!

Ao lado ele no Juvevê, fotografei logo no 1º dia de operação.

“Deus proverá”

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