Por Maurílio Mendes, O Mensageiro
Publicado em 10 de junho de 2019
Desde 2015 (as 1ªs sementes em 2012) a Zona Oeste de Curitiba vem passando por grande onda de invasões.
É uma situação explosiva. Vocês devem ter visto na mídia, em dezembro de 2018 houve um incêndio criminoso numa favela da região.
Em meio a um confronto com a PM, começou o fogo que destruiu cerca de 300 casas (felizmente sem vítimas fatais).
Localizada exatamente nessa região que vamos abordar hoje:
A parte que fica ‘do outro lado’ do Contorno Sul (BR-376), nos bairros Cidade Industrial, São Miguel e Augusta.
Mesmo sem essas explosões de ‘Fogo & Fúria’, a situação já é insalubre e perigosa por si mesmo:
A favela – o complexo de favelas na verdade, pois são várias que se juntaram – fica nas imediações de um aterro sanitário.
Observe a imagem abaixo a direita. As casas no sopé do lixão.
O local recebe cerca de 100 toneladas de resíduos diariamente.
Grande concentração de urubus sobrevoa a vila permanentemente, e o odor é o característico.
Além disso, não há serviços regulares de luz e água, obrigando a população a se virar com ‘gatos‘ – o que gera risco de choques elétricos.
É a mesma situação que se verifica na Caximba, no extremo da Zona Sul da cidade.
As duas maiores favelas de Curitiba hoje ainda não-urbanizadas são justamente os complexos (em Minas Gerais se fala ‘aglomerados’) da Caximba e do São Miguel.
………….…
Já voltamos ao ponto acima. Antes, falemos um pouco do contexto.
Existe uma rodovia urbana que é o Contorno de Curitiba (o que em São Paulo é chamado ‘Rodo-Anel’, e na Cidade do México o ‘Periférico’).
Dividida em Contorno Sul, Contorno Norte e Contorno Leste. A volta ainda não está completa.
Falta um trecho do Contorno Norte no município de Colombo pra circundar totalmente a Grande Curitiba.
Não existe portanto o ‘Contorno Oeste’. De qualquer forma, o Contorno Sul é o trecho urbano da BR-376 (estrada que vai da divisa PR/SC próxima a Joinville-SC até o Mato Grosso do Sul).
Ou seja a 376 é a famosa ‘Rodovia do Café’, que corta o Paraná de Sudeste a Noroeste, ligando a Capital ao Norte do Estado.
Nosso foco é seu trecho urbano, dentro do município de Curitiba.
Onde a rodovia se chama ‘Contorno Sul‘, repetindo mais uma vez,
Ele quem corta a Zona Oeste da cidade, que nesse trecho corresponde ao bairro Cidade Industrial.
Há poucas vilas a oeste do Contorno. Boa parte das terras da região ainda não foram urbanizadas, e abrigam chácaras e pequenos sítios.
Entretanto existem, claro, porções industriais e residenciais. Pra servir a região, em 1999 foi inaugurado o Terminal do Caiuá. Esse é o menor e mais novo terminal do município de Curitiba.
(Escrevi esse texto em 19, quando acrescentei: “Por enquanto, já que o Terminal do Tatuquara, na Zona Sul, será inaugurado em 2020″.
Da Zona Sul nos ocupamos em outras oportunidades. Eu falava do Terminal do Caiuá, CIC, Zona Oeste. Ao redor desse terminal há o Conjunto Caiuá, que o nomeia.
O Caiuá é uma grande série de prédios sem elevador (‘pombais’). Foram construídos no fim do regime militar, entre o fim da década de 70 e começo da de 80.
Ao norte do Caiuá há outras vilas e conjuntos, como por exemplo Vera Cruz.
Seguindo chegamos ao bairro da Augusta, sobre o qual já fiz matéria específica.
Na divisa entre o CIC e Augusta surgiu em 2003 uma invasão.
A vila a princípio recebeu o nome de ‘Colina Verde’ (não confundir com a região servida pelo ônibus que sai do Terminal do Cabral, na Zona Norte).
Além disso, há ali algumas vilas antigas, simples, mas que nunca foram invasões, e sim loteamentos populares.
Já nesse milênio surgiram nas imediações várias cohabs (tanto de casas quanto de apartamentos) e mais um loteamento popular.
Uma das cohabs é a Moradias Aquarela, e o loteamento particular é as Moradias Passaúna.
Além de um grande fórum de Justiça. Por outro lado, o frigorífico que há décadas funcionava na região deixou de existir.
Por isso a linha de ônibus que atende a divisa entre Augusta e CIC em 2016 mudou de nome:
Deixou de ser Fazendinha/Caiuá/Frigorífico pra virar Fazendinha/Caiuá/Fórum.
Seguindo um pouco mais pra frente fica o bairro da Riviera.
O menor de Curitiba em termos de população, no Censo de 2010 a Riviera tinha somente cerca de 250 moradores.
Voltando ao bairro da Augusta, lá fica o Parque Passaúna (já na divisa com o subúrbio metropolitano de Campo Largo).
Onde podemos apreciar o pôr-do-Sol mais bonito de Curitiba.
Por toda região, ao redor do parque e pelo bairro como um todo, como dito, ao lado das partes urbanas há muitos bosques e pequenas propriedades rurais.
………
Voltando ao Caiuá, seguindo agora pro outro lado, pro sul. Ainda no CIC há diversas vilas:
Como Diadema, Marisa e a seguir a região das Vilas Conquista, Sabará e imediações.
A Conquista e Sabará começou com algumas invasões.
Algumas delas muito antigas, das décadas de 70, 80 e 90.
Há muitas vilas no ‘Complexo’, algumas com nomes curiosos como ‘Morro do Juramento’.
Nos anos 80 e 90 a região era conhecida como ‘Vila Conquista‘.
Inclusive o alimentador que atendia o local se chamava ‘Jardim da Conquista’.
Mais recentemente, adotou-se o nome de Vila Sabará, inclusive pra linha de ônibus.
As casas se espraiam entre os bairros da Cidade Industrial e o vizinho São Miguel.
Essa parte mais antiga foi urbanizada, os moradores em área de risco foram transferidos pra cohabs.
Uma grande favela quase as margens da represa do Passaúna, no São Miguel, foi removida.
Surgiram várias cohabs, muitas de casas pra reassentamento de favelas.
Uma das cohabs que foram criadas chama-se Moradias Corbélia.
Que igualmente fica no bairro São Miguel.
E por toda a região do Diadema e Marisa a prefeitura ergueu cohabs de prédios.
Como no bairro da Augusta, no São Miguel e no CIC perto dele ainda há diversas chácaras, ao lado de muitos barracões industriais.
Assim as coisas iam acontecendo do ‘outro lado do Contorno’.
Com uma pequena invasão na divisa entre Augusta e CIC, datada de 2003, como dito.
Todavia no geral até a virada pra década de 10 a região crescia ordenadamente:
Surgiam muitas cohabs, tanto de casas quanto de prédios baixos, como acabo de dizer.
Até que em 2012 veio uma invasão atrás das Moradias Corbélia – chamada ‘Nova Primavera’.
Surgiu em ano eleitoral, como é uma longa tradição em Curitiba.
Mais 3 anos se passaram. Chegamos a 2015 portanto.
Como é domínio público, então se desenrolaram os acontecimentos-chave que moldaram a situação como ela está hoje:
UMA “NOVIDADE QUENTE”: A ‘FAVELA DO LIXÃO’ VOLTOU –
No primeiro semestre correu grande onda de invasões, com 3 ocupações-gêmeas em sequência.
Uma delas é a Vila 29 de Março, foi no aniversário da cidade, em 29 de março de 2015, batizada com a data que ocorreu
Outra delas foi menos de um mês depois, no dia 21 de abril, chamada então de Vila Tiradentes.
E a 3ª ocupação não sei a data exata, mas foi próxima das outras 2.
Estive no local em julho de 15, e agora novamente em maio de 19.
Digo, várias outras vezes também, mas nessas duas ocasiões munido de máquina pra fotografar.
E nesses últimos 4 anos (escrevo em 19, lembre-se) elas aumentaram consideravelmente.
Se fundindo entre si e com a de 2012 num único ‘complexo’ de vilas.
Quando a invasão surgiu, as vilas eram esparsas, havia área verde entre elas.
E as casas e travessas não iam muito além da rua principal, que é a Estrada Velha do Barigüi.
Invasões sub-sequentes uniram todas as vilas, as de 2015, 2012, e outras anteriores, algumas delas não eram invasões.
Além disso, o crescimento natural de cada vila fez com que elas fossem se aprofundando, ganhando ruas paralelas e transversais a principal.
A região não tem qualquer infra-estrutura, as casas estão sendo erguidas onde antes era mata de araucárias.
Não há redes regulares de água e luz, e tampouco serviços suficientes de saúde e educação públicas.
O ponto positivo é que há uma linha de ônibus que serve a favela.
Chamada ‘Mário Jorge’ – antigamente um ramal da linha Vila Marisa, se tornou linha própria há alguns anos.
Mas o ponto mais preocupante é que, como as fotos mostram, a vila se localiza nos arredores de um aterro sanitário. Explico.
Até 2010 todo o lixo domiciliar da Grande Curitiba era depositado no aterro da Caximba.
Esse é exatamente o bairro da Zona Sul onde nesse mesmo ano de 10 surgiu a invasão nas margens do Rio Barigüi.
Então agora só quero relembrar que nesse ano de 10 o aterro da Caximba foi finalmente interditado, tendo esgotado sua capacidade.
A maior parte do lixo agora é levada pra novo aterro no subúrbio metropolitano de Fazenda Rio Grande.
Ali são despejadas 2,3 mil toneladas diárias de lixo de toda região metropolitana.
No entanto, e é aqui que nossa história converge ao São Miguel, outras 100 toneladas diárias passaram a ser depositadas num aterro que fica no município da capital.
Justamente no São Miguel, próximo a CIC (Cid. Industrial).
Segundo algumas versões que circularam a época, esse aterro receberia também lixo hospitalar, mas não posso confirmar se é um fato.
O que é fato é a região é insalubre, inadequada pra habitação humana.
Por maiores que sejam os cuidados da empresa que administra o aterro, e não estou colocando em cheque esses procedimentos.
Mesmo que todos as providências legais sejam tomadas, ainda é um aterro sanitário – ainda é um lixão, falando o português mais tosco.
A enorme quantia de urubus que sobrevoa permanentemente o local e o odor característico não deixam dúvidas disso.
Sendo assim, não precisa ser um engenheiro ambiental pra saber que o entorno não deveria receber habitações.
…………
Ilustro essa matéria com duas músicas. Andando pelo ‘Complexo do São Miguel’ em lembrei de ‘Relampiano’, de Zeca Baleiro.
Fala exatamente de como é a vida nas favelas. Diz a sua letra:
“Tá relampiano, cadê neném? Tá vendendo drops no sinal pra alguém”.
E no final conclui: “A cidade cresce junto com neném”, ou seja, as favelas vão aumentando em todos os sentidos.
Tanto dentro dos barracos vão nascendo mais crianças como vão surgindo novos barracos.
De mais gente que vem engrossar o cinturão de misérias as bordas da cidade.
E outro dia eu voltava pro Centro com o ônibus Caiuá. No rádio tocou a canção ‘Uns Dias’, do Paralamas do Sucesso.
Ela começa falando do “Expresso do Oriente”. Pois bem. O Caiuá é o “Expresso do Ocidente”.
(Assim como o Ligeirinho Bairro Novo é o “Trem-Bala da Zona Sul” e o Canal Belém é o “Trem-Bala da Zona Leste”.)
Depois Paralamas acrescenta: “Eu nem te contei uma novidade quente”.
Bem, no caso do São Miguel as novidades estão mesmo quentes.
Em dezembro de 2018, a polícia militar foi chamada na vila.
Supostamente pra atender uma ocorrência de “agressão doméstica”.
Os PM’s cumpriam seu dever exemplarmente, e adentraram a favela pra averiguar os fatos.
A questão é que era uma armadilha. Eles entraram no meio do beco.
No momento que estavam com a visão e locomoção mais prejudicadas uma chuva de balas atingiu os policiais.
Apesar do colete a prova de tiros, um deles recebeu um disparo no pescoço e veio a falecer.
Na mesma noite um incêndio criminoso destruiu 300 casas da ‘comunidade’ (como a esquerda gosta de renomear as favelas).
Evidente que trata-se de crime gravíssimo o incêndio.
Moradores suspeitam que foi a polícia militar quem ateou fogo as casas, por vingança.
Caso tenha sido mesmo assim mesmo – o que não posso afirmar, evidente – trata-se de um espiral de vinganças.
Pois os criminosos já haviam executado o PM pra vingar a prisão de um membro do grupo ocorrida dias antes.
Evidente que nada justifica essa retaliação de destruir a vila, se essa versão conferir com os fatos.
Pois prejudicou com essa ação mais de mil pessoas, sendo 99% delas inocentes da morte do PM.
Ainda assim, como toda história tem dois lados, é evidente que a polícia também já havia sofrido ato de covardia antes.
Afinal, os defensores das ‘comunidades’ reclamam que a PM não entra nas favelas pra proteger os moradores, apenas pra realizar grandes operações de prisões.
Pois bem. Nessa noite, a polícia havia entrado na favela não pra realizar uma ‘blitz’ e levar vários ‘robozinhos’ do tráfico presos.
Não. A polícia entrou na favela atendendo um chamado de agressão doméstica.
Nem era um caso de homicídio. Os PM’s foram, honravam sua profissão.
Entraram a pé num local onde ficavam vulneráveis a uma tocaia.
A noite, a favela tem becos estreitos e não há iluminação pública, tudo muito escuro.
Tudo pra proteger supostamente uma esposa que era espancada ou ameaçada pelo marido.
No fim era uma tocaia. Os criminosos do local executaram a sangue-frio o policial.
Isso não justifica, evidente, queimar centenas de casas. Nem precisaria ressaltar isso.
Pois 99% dos moradores nada tiveram a ver com o crime anterior, digo de novo e é óbvio.
A imensa maioria são trabalhadores honestos, que sobrevivem em duras condições.
A queima de casas prejudicou mais de mil pessoas, e o assassinato foi planejado e cometido por 5, no máximo 10 pessoas.
Seja como for, toda a história tem dois lados. Um pai-de-família foi morto cumprindo o dever.
E centenas, mais de um milhar de pessoas ficaram desabrigadas.
Por sorte não houve vítimas fatais, poderia ser bem pior, como não é difícil imaginar.
Já seguimos com o texto. Antes mais imagens do ‘Complexo do São Miguel’, maio de 2019.
Voltando. Eu falava acima do incêndio a favela. Isso me fez lembrar da África do Sul.
Nesse país frequentemente as diferenças são acertadas na base do fogo.
Tanto na época do ‘apartheid’ quanto agora na democracia.
Ou seja, quando possível muitas vezes simplesmente queimam vivos os adversários em qualquer contenda.
O famoso ‘micro-ondas’ (pôr uma pessoa entre pneus e incendiá-la ainda com vida), tão popularizado pelas quadrilhas de traficantes cariocas, foi inventado na África do Sul.
E até hoje é amplamente usado por lá. Em maio de 2017, eu estava em meio último dia da viagem a esse outro continente.
Andei boa parte da Zona Norte de Joanesburgo a pé, pra decifrar seus contrastes.
Passei pelo bairro que tem o m2 comercial mais caro da África (Sandton).
A seguir me dirigi a uma favela próxima, chama-se Alexandra (eles pronunciam ‘Alec-Zandra’).
Trata-se de uma das ‘partes quentes’ da cidade, epicentro de conflitos violentos.
E isso desde a época do regime racista, triste legado que ainda permanece.
Na praça antes da entrada de Alexandra, levei um choque:
Mais de 30 camburões policiais ocupam o local numa verdadeira operação militar. Embaixo do rodado de um deles havia um corpo coberto com jornal.
Pensei na hora que se tratasse de um jovem abatido a tiros num confronto.
Mas não. Depois li no jornal, uma viatura atropelou e matou uma menina adolescente, que voltava da escola.
Por isso um contingente policial tão gigantesco. Dezenas ali na praça mesmo.
Fora mais dois camburões fechavam cada uma das saídas da favela.
Uma operação pesada, porém há razões de ser de tantas precauções.
Em 2015, 2 anos antes desses fatos portanto, ali mesmo em Joanesburgo uma viatura atropelou fatalmente 2 jovens, dessa vez do sexo masculino.
A população não teve dúvidas, e fez justiça com as próprias mãos.
Cercou os policiais e ateou fogo neles, ainda vivos. Sem piedade.
Daí tamanha preocupação no dia que presenciei em 17, pro feito não se repetir.
Infelizmente, esse tipo de procedimento ainda é comum naquela nação de conturbada história.
E aqui voltamos ao Brasil, ao bairro São Miguel na Zona Oeste de Curitiba.
Na África em 2015 policiais foram queimados vivos numa retaliação.
Na nossa Pátria Amada, é o inverso, a suspeita foi de que policiais incendiaram uma favela em ato de vingança.
Seja como for, dos dois lados do Oceano o que é certo é que usa-se o fogo pra sanar as contendas.
“O avanço a civilização é lento. O retrocesso a barbárie é rápido”.
Alguém já disse essa frase, e constatamos que infelizmente é verdade.
………
Não para por aí o retrocesso. Nos anos 80 e 90 havia na Cidade Industrial de Curitiba uma ocupação chamada ‘Favela do Lixão’.
Se localizava bem ali perto, as margens do Contorno Sul.
Não é difícil entender o porque. Algumas décadas atrás existia um outro aterro sanitário na Cidade Industrial (não confundir com esse de agora).
Ficava, repito, as margens do Contorno Sul. E (provavelmente) no começo da década de 80 a área ao redor dele foi invadida.
Formando dessa maneira a primeira ‘Favela do Lixão‘ da cidade.
Acontece que o tempo passou, o aterro sanitário foi desativado e removido do Contorno.
A vila ao redor foi urbanizada, e a ‘Favela do Lixão’ deixou de existir.
No entanto, o tempo continuou seguindo sua marcha implacável.
Em 2010 novo aterro sanitário começa a operar perto do CIC.
E a partir de 2012 e muito mais a partir de 2015 grandes invasões ocupam o entorno.
Resultado: a “Favela do Lixão” voltou a Zona Oeste de Curitiba.
………
Estive no Paraguai, em 2013, viagem que apreciei muito.
Uma das coisa que mais me impressionou fui subir no Monte Lambaré.
Esse pequeno morro que é um parque fica na Zona Sul de Assunção.
Já quase na fronteira com a Argentina (que é do outro lado do Rio Paraguai).
Tive impressões positivas e negativas. Trata-se de uma belo e agradável bosque.
De cima de seu cume constatei como Assunção é uma cidade arborizada.
Muito mesmo. Tanto quanto o são Curitiba e João Pessoa-PB.
Ou seja, todas são extremamente verdes. Nessas 3 metrópoles já presenciei algo incrível:
Em alguns bairros você subir em pontos mais altos e enxergar praticamente só árvores, não ver casas.
Só que houveram visões tristes também. Observei bem o aterro sanitário de Cateúras, vi – e fotografei – uma favela que se ergue dentro dele.
Então amigos. Essa vizinha nação é o segundo país mais pobre da América do Sul.
Pois até hoje não se recuperou da destruição do que nós brasileiros chamamos ‘Guerra do Paraguai’ – eles dizem ‘A Grande Guerra‘.
Assim, no Paraguai uma das coisas que mais me chamou a atenção foi a essa situação:
As casas em meio aos dejetos, as margens de um riacho, com solo, água e ar contaminados.
A ‘Favela do Lixão’ de Assunção, não há como chamar de outra forma.
4 anos depois visitei a África, o continente mais pobre da Terra.
A África do Sul é uma das nações mais desenvolvidas africanas certamente.
Entretanto, ainda é parte e parcela da África, com tudo que isso acarreta.
E no ‘Continente Negro’, algo me impressionou profundamente de forma negativa:
A altíssima frequência com que algumas pessoas resolvem eliminar seus inimigos pelas chamas, queimando-os.
Triste constatar que, em pleno século 21, o Brasil de certa maneira também esteja vibrando nessa frequência.
Uma “novidade quente”: a “Favela do Lixão” voltou a Curitiba.
Bem quente. O negócio está pegando fogo!
Não é maneira de falar, infelizmente.
Que Deus Pai Ilumine muito a todos no planeta Terra.
Vamos precisar.
“Deus proverá”
Recentemente houve a condenação em juri popular do homem que matou o policial mencionado nesta publicação. Apenas 12 de reclusão. Uma lástima.
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Uma situação bastante complicada, realmente.
Obrigado pelo comentário.
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