a “Periferia Boreal”: Colombo, Zona Norte

Bairro Campo Pequeno: assim é Colombo.

Por Maurílio Mendes, o Mensageiro

Matéria reformulada pra incluir vários bairros de Colombo em 13 de fevereiro de 2019.

Publicada originalmente (o anoitecer no Jardim Monza) em 10 de dezembro de 2016.

Colombo  é um município que fica na Zona Norte da Grande Curitiba.

Moradia simples, sem muros (bi-modal, mista de madeira e alvenaria), no Jd. Monza – curiosamente, eu cliquei uma casa muito parecida na África do Sul, periferia da Cidade do Cabo. De volta a Colombo, as fotos no Monza são de 2016, as demais de 2018.

212 mil habitantes foram contados no Censo de 2010.

Hoje (2019) deve estar bem perto de 230 mil moradores.

Trata-se, é notório, da periferia da metrópole.

Um subúrbio proletário da Região Metropolitana da capital.

Nota: eu não falo da ‘periferia’ com preconceito ou o descaso típicos das pessoas esnobes da burguesia.

Exatamente ao contrário é verdadeiro, eu gosto de periferia.

Viaduto na Rodovia da Uva, todo pichado: “Rilex” é o nome do grupo, aportuguesação de ‘relax’, ou seja, ‘relaxa’. “Rilex, mano, estamos em Colombo”.

Leia mais abaixo esclarecimento completo. Isso posto, sigamos.

Falaremos um pouco exatamente dessa capital do estado, o município de Curitiba.

Pra depois voltarmos a Colombo, aí ficará nítido o que quero dizer.

No município de Curitiba, a Zona Norte é mais aburguesada.

Ela tem poucas vilas de periferia mesmo (aquelas de predominância das classes D e E).

Há, claro, partes na Zona Norte dentro do território da capital que são vilas bem populares:

Com loteamentos, cohabs e mesmo algumas favelas.

Aqui e acima da manchete: conjunto de ‘pombais’ (prédios sem elevador) no Alto Maracanã.

Especialmente nos bairros de Santa Cândida, Cachoeira, Abranches e Pilarzinho, inclusive com algumas favelas em morro.

Mas no geral a Zona Norte é mais arborizada e de padrão mais elevado, predominando a alta e média burguesias.

Ao lado da Zona Oeste (excetuando o CIC nesse caso) forma a ‘Cidade Verde’, a região aburguesada da capital do estado.

Terminal Roça Grande, onde iniciei a jornada aqui fotografada em agosto de 2018.

Não por outro motivo, a Linha Turismo concentra 95% de seu itinerário nas Zonas Norte e Oeste, além do Centro.

Pois a Linha Turismo mostra obviamente as partes mais turísticas, portanto as mais bonitas da cidade

(E por isso é bem cara, quando atualizo a matéria [fev.19] a tarifa é R$ 45, mais de 10 vezes mais a tarifa convencional, que está R$ 4,25.)

Pelo Centro e imediações é óbvio que a Linha Turismo tem que passar.

Rodovia da Uva (“Estrada Nova de Colombo”), no Trevo do Jd. Osasco‘. Um imponente Mercedão antigo branco ainda na ativa.

Pois foi ali que a cidade começou, então ali estão boa parte de seus prédios históricos.

Porém, por que além da Zona Central a Linha Turismo se concentra nas Zonas Oeste e Norte?

Por isso, porque as partes ocidental e setentrional da cidade são as mais aburguesadas.

Colombo ainda tem muitas ruas de terra. Essa no Jardim Osasco.

São as que concentram os parques e os bairros de classe média-alta.

Pela Zona Leste a Linha Turismo só faz uma incursão muito rapidamente pra mostrar o Jardim Botânico.

E pela Zona Sul ela nem sequer adentra, nem mesmo em sua porção mais central.

Pois, como é notório, a Zona Sul concentra a periferia de Curitiba.

Casa de madeira e terreno enorme, dá pra fazer um campo de futebol.

A Z/S concentra o grosso dos subúrbios proletários, repetindo, ao lado dos bairros Cidade Industrial (Zona Oeste) e Uberaba e Cajuru (ambos na Zona Leste).

Todos esses últimos 3 são relativamente próximos a Zona Sul.

Ou seja, no geral os mais humildes residem a Leste e Sul do Centro, os mais ricos a Oeste e Norte.

Próximas 4: panorâmicas nos bairros de Colombo, pra verem como é o município.

Há exceções, claro. O Jardim Social fica na Zona Leste, e é o 2º bairro de renda mais alta da cidade (só atrás do Batel que fica na Zona Central, a Oeste do Centro pois o Oeste é mais rico).

E a Cid. Industrial, que concentra 20% das favelas de Curitiba, está na sua maior parte na Z/O (e uma pequena porção na Zona Sul).

Além disso, na Z/O e Z/N mesmo nos e ao lado dos bairros mais prósperos há algumas favelas.

Uma vez que estamos no Brasil e América Latina, afinal.

…….

Existem exceções? Evidente. Mas no geral funciona assim dentro do município de Curitiba:

As Zonas Oeste (excetuando o CIC) e Norte – além da Central – concentram os bairros de classe média-alta da cidade.

Isso já disse, e todos que conhecem a cidade sabem.

Agora vamos enfim pra nosso tema de hoje, Colombo.

Inversamente e como uma compensação, a parte metropolitana da Zona Norte é a mais proletária, a mais suburbana.

Essa é no Jardim Osasco.

Por isso, os municípios de Colombo, Almirante Tamandaré, Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Campo Magro algumas vezes são conhecidos coletivamente como a “Baixada Paranaense”.

A referência ao Rio de Janeiro e sua ‘Baixada Fluminense’ é óbvia demais pra que necessite ser explicitada.

Comecei meu rolê na Estrada Nova de Colombo (Rod. da Uva), no bairro Roça Grande – se você quiser encomendar um violão ou vender latinhas, já sabe onde ir.

No entanto, a “Baixada Paranaense” não é uma baixada, pois ela não é uma planície.

Ao contrário, é a região da Grande Curitiba que mais tem morros, inclusive favelas em morros.

Portanto a analogia se refere ao nível social, geografia humana, e não topográfico, geografia física.

Quero dizer com isso o seguinte: a Baixada Fluminense se refere a uma série de municípios ao Norte da capital que são sua periferia, um subúrbio metropolitano.

No entanto, a origem do termo ‘Baixada’ quer dizer um lugar plano.

E é exatamente isso que a Baixada Fluminense é, uma planície.

Depois passei por esse bairros: Jardim Osasco, Rio Verde, Fátima e Campo Pequeno (note a placa do ponto de ônibus, as linhas inter-municipais são em fundo branco com letras azuis; as linhas de dentro do município de Curitiba são exatamente iguais, porem letras pretas num fundo amarelo, e vem escrito P.M.C. ao invés de ‘Metropolitano’).

A capital, o município do Rio de Janeiro, tem relevo muito acidentado.

Em outras palavras, tem  muitos morros, vários deles favelizados, como todos sabem.

A Baixada Fluminense tem esse nome porque inversamente tem menos morros. Tem muitas favelas, sim.

Só que poucas nas encostas. A maioria de suas favelas e periferias são planas.

Aqui no Paraná é o contrário, topograficamente falando.

O município de Curitiba é no geral bastante plano.

Em 2016 eu havia ido ao Jd. Monza.

Evidente, há ladeiras (algumas inclusive favelizadas), mas são poucas.

Já a Zona Norte metropolitana é, inversamente, a que mais tem morros, como já dito e é notório.

O analogia ao termo ‘Baixada’ se refere somente ao subúrbio, e não a planície.

Catraca até o alto pra evitar invasões no Terminal do Guaraituba. Aqui na Gde. Curitiba, apenas 2 terminais contam com esse equipamento, e os dois em Colombo (o outro é o Terminal Maracanã). Se serve de consolo, na África do Sul é pior: no Centro de Durbã presenciei essa catraca ‘de presídio’ até na portaria de prédios residenciais.

Colombo tem o relevo mais escarpado que o município de Curitiba, mas menos que os de seus vizinhos da ‘Baixada’.

Em Colombo há muitas ladeiras sim, mas gente morando em encosta da serra não.

Já em Tamandaré, Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Campo Magro é diferente.

Em todos eles há vilas e favelas nas encostas das montanhas mesmo.

Digo, em Itaperuçu, como em Colombo, não são tão acentuados os aclives. Entretanto nos outros 3 citados acima há algumas ruas que o carro não sobe em 2ª marcha.

Apenas em 1ª, e mesmo em casos mais extremos existem ruas que não se sobe de carro, especialmente se a pista estiver molhada.

Prédio pra classe média-baixa, sem elevador. Até a virada do milênio os prédios eram raríssimos em Colombo, mesmo os mais baixos. Agora se espalharam por todos os bairros.

É comum a todos eles, em determinados bairros a aguda inclinação do terreno e mesmo assim densamente ocupado. Mas muito mais comum em Tamandaré.

Afinal Tamandaré é bem maior que Rio Branco, Itaperuçu e C. Magro (tem mais de 100 mil habitantes, enquanto os outros oscilam entre 20 e 30 mil).

Assim fica fácil entender: Colombo é cheia de ladeiras, em certas partes da cidade se você se locomove a pé por lá dispensa academia, pois é sobe-e-desce o tempo todo.

Porém não há ocupações em encosta de serra, ao menos.

Como já mostrei em muitas matérias, antigamente os terrenos eram muito grandes na periferia da Grande Curitiba, tanto na capital quanto subúrbios. Esse aqui ainda se manteve, ao lado uma casa de madeira.

Em Colombo você sobe todas as ruas eu diria que na 3ª marcha, não é preciso nem pôr 2ª, e muito menos 1ª como há casos nos vizinhos.

……….

O município ainda conta com muitas ruas de terra, como vê nas fotos.

Em boa parte da Grande Curitiba isso já está se tornando raro.

Residência de madeira em terreno gigante, e outro edifício baixo de classe-média.

Escrevi em 2016 que no município de Curitiba, até uma década atrás (portanto por volta de 2005, 2006) as vias com pavimentação natural eram comuns.

No entanto as coisas mudam, hoje são praticamente inexistentes.

Diversos outros municípios da RM igualmente estão quase totalmente asfaltados.

Por exemplo: Araucária, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Pinhais.

Casa de madeira, e ainda outro predinho ao fundo

Nesses, eu repito, quase não há mais ruas de terra.

Mas em Colombo, como notam, elas ainda existem em grande número.

……….

Ladeira no Jardim Osasco, uma placa anuncia que ‘aluga 3 peça’. Bem-vindos a Colombo.

Já que estamos falando da malha viária, Colombo tem 3 estradas:

– a BR-116, nesse trecho chamada ‘Régis Bittencourt’.

Eis a principal rodovia brasileira, que liga o Sul ao Sudeste e depois ao Nordeste;

Já esse proprietário aluga ‘kitinetes’ (quarto-&-cozinha, com banheiro mas sem sala, área de serviço ou garagem).

– A Estrada da Ribeira, que é a BR-476, antiga ligação entre PR e SP antes de construírem a Régis.

É na Ribeira que estão os terminais Alto Maracanã e Guaraituba;

– E a “Estrada Nova de Colombo” ou “Rodovia da Uva” (PR-417)

Que liga a capital ao Centro do município. Na Estrada Nova fica o Terminal Roça Grande.

E seguindo pela Estrada Nova chegamos ao Centro de Colombo.

Pra quem pode investir mais: mesmo na periferia estão surgindo condomínios fechados (fotografei o mesmo na Zona Sul, no bairro do Tatuquara).

O termo se refere ao bairro ‘Centro’, ao centro político do município.

Pois em Colombo o Centro é afastado da região que mora a maior parte da população do município.

Não é difícil entender o porque. Eu já disse muitas vezes, ‘cidade’ e ‘município’ são conceitos diferentes.

Comércio no Jardim Osasco, Colombo. Quem conhece a capital paulista acha curioso o nome desse bairro. Na Cidade Industrial (Zona Oeste de Curitiba) há a Vila Diadema. Tanto Osasco quanto Diadema são municípios da Grande São Paulo, evidente.

‘Município’ é a divisão política, pra quem as pessoas pagam seu IPTU. Já cidade é a mancha urbana, onde as pessoas vivem de fato.

Assim, uma cidade pode ser formada por um único município, ou por vários.

Exemplificando ficará mais mais fácil de entender.

A cidade é a Grande Curitiba. E ela é formada por diversos municípios.

A Grande Curitiba, urbanisticamente falando, é uma massa de Energia só, em termos econômicos, culturais, etc.

Mas essa única cidade é dividida em diversos municípios, dos quais Colombo é um deles.

(E o 3º mais populoso, só atrás da capital e de São José dos Pinhais.)

Estr. Nova de Colombo, bairro Roça Grande, ponto inicial de meu passeio. Com uma careta Scania, um Mercedinho, e um buso articulado que chegou usado, procedente de Belo Horizonte-MG.

As pessoas moram em cidades. No caso dos que têm sua residência em Colombo, o que isso quer dizer:

O Centro de Colombo é o local histórico onde a povoação do município começou.

Isso há mais de um século atrás (em 2019 são 129 anos desde a fundação, sendo exato).

Estrada da Ribeira, o ponto final de meu passeio.

Só que Colombo obviamente é um subúrbio da Grande Curitiba.

E as pessoas, em sua maioria, querem morar o mais perto de Curitiba possível.

Posto que boa parte dos colombenses trabalha na capital.

E portanto migram pendularmente todos os dias a ela por motivos profissionais.

Assim, os bairros mais populosos de Colombo se concentram próximos a divisa com Curitiba.

Ali está o núcleo econômico, populacional e cultural de Colombo. 

Pra chegar ao Centro político do município, é preciso pegar uma estrada.

E essa estrada é justamente a Rodovia da Uva que falamos.

Pichação no “Osasco Loko!”

A imensa maioria dos colombenses nunca ou praticamente nunca vai ao Centro político – a chamada “Sede” do município.

A não ser que eventualmente tenham que resolver alguma questão na prefeitura.

Rua de terra no bairro Campo Pequeno, com um carrinho de mercado usado como lixeira.

Resultando isso, o Centro político de Colombo é afastado da cidade, fora dela, é preciso pegar estrada pra chegar até lá.

Em Almirante Tamandaré, Campina Grande do Sul e Piraquara (essas duas últimas na Zona Leste da Gde. Curitiba) ocorre o mesmo, e pelo exato mesmo motivo:

Sendo esses 4 subúrbios metropolitanos em que o local de fundação do município é distante da capital, poucas pessoas moram nele, pois elas preferem residir próximo a capital.

Próximas 2: bairro São Gabriel. aqui vemos que em Colombo ainda há muita área verde, entre os bairros existem áreas não-urbanizadas cobertas de bosques. A esquerda mercado no bairro.

Isso não é uma crítica, OK? Não estou depreciando o Centro de Colombo, ao contrário, trata-se de um bairro bastante agradável, apesar da distância pra Curitiba.

Mas se você não precisa se deslocar a capital todos os dias, o Centro de Colombo é muito aprazível como local de residência.

……….

Isto posto, posso descrever minha volta por Colombo empreendida no final de agosto de 2018:

Eu desci no Terminal da Roça Grande, que como dito fica na Rodovia da Uva. Dali segui a pé até a Estrada da Ribeira, passando pelos bairros:

Casas simples, sem muro, as margens de riacho no bairro Rio Verde.

Roça Grande, Jardim Osasco, Campo Pequeno, Rio Verde, Fátima, até as proximidades do Alto Maracanã.

Foram 2 horas de caminhada, subindo e descendo ladeiras muitas vezes. O resultado é esse ensaio fotográfico que estão vendo.

………

Antes de prosseguirmos, duas sequências com imagens. Primeiro panorâmicas da cidade:

E uma com as bandeiras da Pátria Amada e ônibus beges da Viação Colombo.

crepusculo

Daqui até o fim as imagens mostram o entardecer no bairro Jardim Monza, dez.16.

Agora vamos complementar nota que coloquei na abertura do texto:

Eu não falo da ‘periferia’ com desprezo ou preconceito, vejam vocês.

Não me prendo aos valores burgueses de equiparar a riqueza material a ‘sucesso na vida‘.

Ao contrário, eu gosto de periferia. Não por outro motivo morei 15 anos numa favela da Zona Sul de Curitiba, o Canal Belém, no Boqueirão.

Com o fim do casamento, retornei temporariamente a Zona Central (bairro Juvevê, já na “Nascente da Zona Norte”, na verdade).

crepusculo-2

Colombo ainda tem muitas vias sem pavimentação, dizendo ainda mais uma vez.

“Assim que for possível voltarei a morar no subúrbio da cidade. Quem sabe até na Região Metropolitana, e talvez mesmo em Colombo”, escrevi em 2019.

Atualizando, um ano e pouco depois de fazer essa matéria de fato eu voltei pro subúrbio. Moro agora no Jd. Aliança, Stª Cândida.

Ainda no município de Curitiba, mas na divisa com Tamandaré e Colombo – a profecia de certa forma se cumpriu.

casas-simples-2

Essas casas nem garagem têm.

Você pode ler na seção de ‘comentários’ abaixo que eu conheço por dentro todas as favelas do município de Curitiba, e são mais de 300.

Bem, morei numa delas por uma década e meia, na Zona Sul.

Além disso, conheço milhares de favelas que visitei pessoalmente nas 5 regiões do Brasil, em boa parte da América e até na África.

Madeira, sem muro, bananeiras no quintal.

Então, voltando, não falo com desprezo ou preconceito da periferia.

Fato são fatos, pouco adianta tapar o Sol com peneira embora muitos se apeteçam com isso.

Queiram ou não, Colombo e boa parte da Zona Norte metropolitana são o subúrbio da metrópole, com todas as questões que isso acarreta.

A residência a dir., agora desenhada por mim; publicado em 20 de janeiro de 2018.

Alias, dos municípios que citei acima na ‘Baixada Paranaense’, Colombo, Tamandaré, Rio Branco e Itaperuçu são Z/N mesmo.

Campo Magro é Zona Oeste mas próximo da Z/N, afinal se separou de Tamandaré.

Assim, resumindo, no município de Curitiba a Zona Norte tem pouca periferia.

Em compensação, a Zona Norte metropolitana é a mais periférica.

O casal no mesmo local.

Tudo somado: Colombo é a “Periferia Boreal” da Grande Curitiba.

Evidente, há ricos e alta burguesia em Colombo também. Afinal são bem mais de 200 mil habitantes.

No entanto, no geral predominam bairros com casas simples de gente trabalhadora.

QUEM CASA QUER CASA“: esse e o anterior em P-&-B fiz no Natal (25/12) de 2019.

……….

MAIS UM “ANOITECE NA ZONA NORTE” JARDIM MONZA, COLOMBO –

Já estamos vendo as fotos do Monza. Vamos agora ao texto da mensagem original. Foi publicada em 10 de dezembro de 2016.

Fui ao bairro Jardim Monza. Fotografei o pôr-do-sol. Mais um na Z/N, como já foram vários.

Quanto ao Monza,  as imagens deixam claro o perfil do bairro:

Moradias humildes, de madeira, sem muro. Ou as vezes de alvenaria, mas sem garagem, como visto a esquerda logo acima.acima-do-comercio

………

Agora olhe a foto mais pra cima a direita, a que diz ‘madeira, sem muro, bananeiras no quintal‘.

Fiz minha versão em desenho dela. Continuando o giro pelo bairro, a direita: casa acima do comércio. 

Repare na porta no canto da imagem. Está gradeada, ou seja, há uma segunda porta de ferro por sobre a de madeira.

Significa que a região tem arrombamentos frequentes. Bem, isso não é privilégio da Grande Curitiba.

Já fotografei a mesma cena em diversas partes da América:

Muitas vezes em Fortaleza-CE, em uma favela em João Pessoa-PB, no Centrão de Belém-PA e S. Domingo-Rep. Dominicana.duplex

E também no Chile, nesse caso tanto na periferia como em bairros de classe alta.

…………

Por hora de volta a Colombo. Continuamos a ver o Jd. Monza.

terra-crepusculoNa tomada a direita, mais um sobrado ‘artesanal’: antes era uma casa térrea. Quando a família juntou o troquinho, tirou o telhado e ‘subiu a laje’.

Agora repare nas próximas duas fotos, ao lado e  abaixo:

Começam a subir alguns prédios no Jardim Monza.contraste

Sinal que a região vem se aburguesando um pouco.

Claro, nesse caso é a uma pequena burguesia, classe média-baixa e média-média.

Como eu já fotografei também no vizinho município de Almirante Tamandaré.

Voltamos a Colombo, a tomada logo abaixo resume a situação:madeira-e-predio

Rua ainda sem asfalto, casa simples de madeira sem muro.

Ainda assim um pombal de classe média já faz parte da paisagem, bem no cantinho da cena.

Mais imagens do Monza (clique sobre pra ampliar):

Próximas 2: flores (hortências e margaridas, respectivamente) que adornam Colombo.

Em duas fotos da sequência acima (a 5ª e a 6ª) vemos pichação do Comando Norte da Império Alviverde.

Eu não torço pelo Coritiba. Apenas relato o que vi.

Se tivesse flagrado pichações dos Fanáticos ou da Fúria, fotografaria também.

Como no rolê de Tamandaré eu fotografei bandeiras do Atlético e do Coxa.margarida

Em Belo Horizonte pichações e cartazes do Galo e do Cruzeiro.

E em Belém bandeiras e pichações do Remo e do Paysandu.

Também do Atlético Mineiro – em plena Amazônia!!

Enfim, vocês entenderam.

lojaDeixando o futebol de lado, cheguei ao Monza pela Estrada da Ribeira.

Ao lado: Lojas Coppel do Alto Maracanã, na referida estrada.

Essa cadeia de lojas aportou poucos anos atrás no Brasil e tomou conta da Grande Curitiba.

Próximas 3: Estrada da Ribeira (BR-476), Colombo, fim de uma tarde chuvosa de dezembro de 2016.

(Atualização: em 2016 quando escrevi de fato era assim.

A Coppel havia aberto de uma tacada filiais em diversos bairros da Região Metropolitana.

Pouco tempo depois, entretanto, ela encerrou as atividades no Brasil.

Hoje [2019] todos os barracões que abrigavam lojas Coppel estão fechados e a venda.)

ribeira-2Voltemos ao texto original, quando a Coppel ainda estava ativa.

Eu dizia acima, ela havia chegado pouco antes e ‘tomado conta’ da cidade.

(Por isso ela faliu, quis abocanhar uma fatia do mercado muito grande de uma só vez.)

Seja como for, no auge da marca eu me impressionava com seu poderio.estrada-da-ribeira

Só que não sabia sua origem. Quando fui ao México, vi por lá também, e estranhei.

Aí que me informaram: a cadeia de Lojas Coppel é mexicana.

Nessa postagem eu fotografei uma Coppel na matriz, na Cidade do México.

céu anoitece Colombo Z/n rio verde ctba noturna entardecer

Fim do dia 4 de outubro de 2013.

…….

Pra fechar, ao lado: Rio Verde, Colombo, 2013. É em outro bairro, e foi feita como indicado 3 anos antes.

Ainda assim, como também mostra o entardecer em Colombo, insiro aqui também.

Que o Criador Ilumine a todos.

Deus proverá

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