moderníssimo metrô, micros caindo aos pedaços, Onças e o Táxi-Lotação: o transporte em S. Domingo

Santo Domingo Rep. Dominicana1

Santo Domingo – Rep. Dominicana.

INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Por Maurílio Mendes “O Mensageiro”

Publicado em 13 de novembro, 2013

Essa mensagem é parte da série sobre a República Dominicana (RD).

Vamos falar da rede de transportes públicos da capital. É um país não tão desenvolvido, onde parte de sua infra-estrutura funciona longe da forma que seria ideal.

Exceto num campo: Santo Domingo tem uma rede de metrô moderníssima, que é impecavelmente limpo, barato, silencioso, moderno e eficiente. Visto na foto ao lado, que não é de minha autoria, puxei da rede, alias está assinada.

……..

Embora fisicamente na América, a República Dominicana é em todas as outras dimensões um país africano.

frota velha e batida RD3

Frota velha e batida.

Entretanto, e eis a boa notícia, há algo no país impecavelmente asseado e moderno:

O moderníssimo metrô, que já conta com duas linhas, a segunda inaugurada a somente dois meses (texto escrito no fim de 13).

Não há um papel de bala sequer no chão, é absolutamente seguro, ninguém grita pois ali todos conversam em volume civilizado.

E respeitam-se os direitos alheios e se cuida dos mais fracos, as pessoas cedem lugares a idosos, deficientes, gestantes e a quem carregue crianças pequenas. Fora do metrô, tudo isso é bem mais raro.

As pessoas não usam capacete; note o ônibus-onça verde vindo em sentido oposto.

O orgulho dominicano, e com justa razão, uma ilha de paz, ordem e limpeza.

São duas linhas, uma sul-norte, inaugurada a poucos anos atrás , na década de 2000, e uma oeste-leste, novíssima, só tem 2 meses (escrevo em 2013), acaba de encerrar o período de testes e inciar a operação em horário comercial. Na Estação Central a baldeação entre ambas é gratuita.

A moeda dominicana é o peso, como em diversas nações americanas de colonização espanhola.

Cada real vale 20 pesos dominicanos. E essa é exatamente a tarifa do metrô. Ou seja, você cruza a cidade por apenas 1 real.

bilhete do metrô Santo Domingo RD

Bilhete do metrô de Santo Domingo.

……….

O modelo de bilhetagem mistura o arcaico e o moderno. Há o cartão-eletrônico, em que a pessoa encosta na catraca e tem sua passagem liberada automaticamente.

Mas quem não tem o cartão precisa entrar na fila e comprar de papel.

Aqui é que entra o arcaico: o bilhete vem com o horário e nome da estação onde foi adquirido (nesse caso a Estação Coronel Rafael Fernandes, dia 16/10/13 as 10:43) e só pode ser utilizado ali.

Corredor Independência Sto. Dgo. RD

Ônibus verde da Omsa, viação estatal federal, no ponto final da linha Corredor Independência, Z/L da Grande S. Domingo.

Quem está com o bilhete de papel entra pela portinha dos deficientes, que não é travada, basta empurrar que ela abre.

Pra evitar que as pessoas usem o metrô sem pagar, você precisa entregar o bilhete na saída, conforme vem indicado no mesmo, como notam na foto.

Geralmente há alguém controlando se você tem ou não esse papelzinho, e no Centro de fato assim se dava.

Mas em algumas estações de periferia que tem menos movimento não havia ninguém, ou seja quem quis andou de graça.

Todas as estações e dentro dos trens são fortemente policiados por seguranças, vários deles do sexo feminino. A maioria dos condutores são Homens, mas alguns trens são dirigidos por Mulheres.

aquário nacional ao fundo Zona Oeste Sto. Dgo. RD1

Foto tirada no Aquário Nacional, na Zona Leste. Ao fundo a Zona Oeste de S. Domingo.

Pode-se atravessar a composição inteira por dentro, os vagões são unidos um ao outro. Quando para na estação, a porta não abre automaticamente.

É preciso apertar um botão, tanto pra entrar como pra sair. Em Berlim-Alemanha há esse mesmo sistema de acionamento manual, me contaram pois nunca estive na Europa.

Atualização escrita em 2015:

Em Valparaíso-Chile é assim, igualmente, e por essa experiência passei de novo pessoalmente, estava no metrô e ao chegar na estação apertei o botão pra que a porta se abrisse pra eu descer. 

Voltemos a S. Domingo: Há lugares reservados pros deficientes/grávidas/idosos/portadores de crianças de colo.

E se essas vagas não são respeitadas, o segurança ou outros passageiros pedem, de forma educada mas firme, que quem está ali indevidamente se levante quando chega alguém com direito ao uso preferencial.

'Deus tudo pode' ônibus de viagem p- S. Cristóvão no Centro de Sto. Dgo. RD

‘Deus tudo pode’: escrito no ônibus de viagem que vai p/ cidade de S. Cristóvão.

Não há integração com o ônibus. Alias, não há qualquer transporte integrado na República Dominicana.

Sempre que pra chegar a seu destino você precisar fazer duas viagens em modais distintos (ônibus/metrô) ou no mesmo (dois ônibus diferentes), saiu de um paga tarifa integral no outro.

Não há terminais de ônibus no país, e só o metrô tem bilhete eletrônico, no ônibus é só no dinheiro vivo.

………..

Santo Domingo foi fundada na foz do Rio Ozama. A sul do Centro está o Oceano. Logo, a cidade não tem Zona Sul, apenas as Zonas Leste, Norte e Oeste. Por isso a redê de metrô não é uma cruz perfeita. A linha oeste-leste é retinha, oeste-leste mesmo. Mas a sul-norte é na verdade sudoeste-norte. Peguemos ela na extremidade norte.

micros asiáticos

Micros asiáticos em Sto. Dgo.: veja a porta aberta mesmo nesse temporal.

Quando chega no Centro, ela vira a direita, pois se seguisse reto entraria no mar.

Pra não fazer isso, ela segue paralela a orla na direção oeste, se tornando portanto paralela também a outra linha de metrô, de quem era perpendicular até a pouco.

A Zona Oeste é a mais rica da cidade, e por isso foi agraciada com duas linhas de metrô, paralelas, uma perto da orla e outra já mais periférica.

………

pessoas em caçambas de caminhão muito comum RD

Pessoas em caçambas de caminhão, muito comum na RD.

Há os seguintes modais de transporte em Santo Domingo:

– Metrô;

– Ônibus verdes, uma viação pública federal chamada OMSA, as iniciais em espanhol de Empresa Metropolitana de Transportes de Santo Domingo.

Escrevi ‘onça’ no título no embalo do trocadilho, que funciona em espanhol também. Nessa língua o animal é ‘onza’, igualmente pronuncia-se onça, como a empresa de ônibus.

Nas charges políticas dos jornais sempre que há escândalos de corrupção na viação é desenhado um felino voraz devorando o erário;

frota japonesa RD

Toyota – líder do mercado dominicano.

Micro-ônibus;

Vans;

Táxis normais;

Táxi-lotação;

O metrô e os ônibus verdes, de tamanho normal, são estatais, do governo federal. Os demais são particulares. Do metrô já falamos. Vamos ver então como são os outros meios de transporte público do país.

ônibus viação estatal nacional Sto. Dgo. RD1

OMSA – Frota Pública.

Os ônibus verdes da OMSA funcionam tal qual os brasileiros. São de tamanho normal e há até alguns articulados, você entra pela frente e paga 25 pesos ao cobrador, e desce por trás.

A foto do articulado não é de minha autoria, puxei da rede pois não deu certo esse registro. Os demais foram clicados por mim.

As linhas tem nome, e são indicadas pelo “corredor”, ou seja, pela avenida principal que ela cruza.

Como notam numa imagem acima, essa linha é a “Corredor Independência”, porque percorre toda a Avenida Independência, que corta a Grande Santo Domingo de oeste a leste.

Micro-ônibus em alta velocidade, com porta aberta e gente pendurada.

Peguei ele no Centro, na Avenida México em frente ao Palácio Presidencial, e percorri toda a Zona Leste.

Descendo no bairro de Los Frailes, município de Santo Domingo Leste, já próximo ao Aeroporto Internacional das Américas, que era por onde eu havia chegado ao país um dia antes.

A avenida que leva ao aeroporto também se chama “das Américas”, e vai margeando o oceano. É portanto a “Veira-Mar Leste” – com ‘v’ mesmo, não é erro de grafia. Abaixo explico o porque.

Essa avenida (na verdade uma rodovia) liga o Litoral Leste dominicano a capital. Nela, passei num memorial que relembra um dos muitos massacres da ditadura Trujillo. A história do país é conturbada, como dou pincelada na abertura da série.

Por hora sigamos relatando como fui de ônibus urbano a Santo Domingo Leste. No momento retratado, o busão fez o contorno e, no ponto final, pega os primeiros passageiros pro retorno ao Centro – todos negros, como podem observar.

espanhol dominicano4

Placa de rua em Santo Domingo: “não dobre direita“, sem preposição.

Na periferia da RD, não há brancos. Não há. Nos subúrbios, em 99% das oportunidades que você pegar um ônibus, só verá Homens e Mulheres negros e mulatos.

Seja como for, eu dispensei a viagem do volta, pois percorri os 13 km que separam Los Frailes do Centro de Santo Domingo a pé. Assim, conheci em detalhes toda a Zona Leste da cidade, ao menos a parte dela litorânea.

A garagem da OMSA, na Zona Oeste, é guardada por soldados do exército.

Vi essa cena pessoalmente. Toda RD é intensamente militarizada, exatamente como no México e Colômbia.

ônibus viação estatal nacional Sto. Dgo. RD3

Próximas 2: ônibus verdes da viação estatal nacional. Aqui no ponto final – Santo Domingo Leste, periferia. E a esquerda perto do Centro.

Porém nesses outros dois países os soldados têm composição multi-racial, com predominância indígena, pois indígenas são maioria em todo o México, capital e interior, e na Colômbia longe do litoral.

Já na RD todos os soldados são negros.

A Rep. Dominicana é onde a África encontra a América.

…..

Além desses modais estatais, há também os micro-ônibus. Todos particulares.

ônibus viação estatal nacional Sto. Dgo. RD Os urbanos e alguns de viagem não tem pintura padronizada, pois são operados pelo próprio dono, como podem observar.

São todos de fabricação asiática, japonesa, coreana e recentemente há bastante chineses também.

A passagem das linhas urbanas custa também 25 pesos – pouco mais de 1 real – e eles enfiam gente lá dentro até quando cabe.

frota velha e batida RD2E mesmo quando já não cabe mais as pessoas vão literalmente penduradas pra fora, se agarram em ferros e seguem, como pingentes, com o veículo em movimento.

Muitos estão em estado lastimável, batidos e não foram consertados. Isso vale pros carros e caminhões de lá, da mesma forma.

cobrador chama passageira Sto. Dgo. RD

Abordagem “pró-ativa”: quando o micro para no ponto o cobrador desce pra tentar convencer quem está no ponto entrar. Repare, ele está se dirigindo pessoalmente a Mulher que está na calçada.

Veja as fotos que estão espalhadas pela página. Em algumas a qualidade não ficou das melhores, mas você pode ver os veículos em altíssima velocidade – até por isso a câmera não conseguiu focar – com as portas abertas, e gente pra fora delas.

As linhas são numeradas, o micro verde visto acima na chuva cumpre a linha 99.

O cobrador vai pra fora dizendo o roteiro, tipo “Independência, Los Mameyes, Las Américas, Independência, Los Mameyes, Las Américas”, de forma ostensiva (em boa parte da América, e também na África, o mesmo se repete). Bota ostensiva nisso, repare na foto ao lado.

Peguei um desses micros. São tão baixos que eu não podia ficar reto de pé, tinha que curvar a cabeça pra caber, como já ocorrera na Colômbia. Além dos que estavam sentados, éramos em mais de 20 pessoas de pé, num espaço que se for pra ter o mínimo de conforto a lotação é metade disso.

Quando não entrava mais ninguém mesmo, um passageiro foi pendurado na porta, metade do corpo pra dentro, metade pra fora, e o cobrador foi totalmente pra fora, se segurando precariamente na barra de ferro.

………..

Peguei esse micro na Zona Oeste, a parte rica da cidade. Quase todos os passageiros iriam até perto do ponto final, na periferia da Zona Leste, do outro lado da cidade, onde eu já havia estado.

Mas nesse dia ia descer no Centro, onde fiquei hospedado. Como o negócio estava super-lotado, foi complicado pra eu descer.

ônibus de viagem - classe executiva RD

Próximas 3 imagens: Rodoviária informal na Cid. Colonial – S. Domingo.

Quando parou, umas cinco a seis pessoas tiveram também que desembarcar, pra que eu pudesse passar. Uma logística e tanto, pois o corredor é minúsculo e não comporta duas pessoas lado a lado.

Paguei os 25 pesos ao cobrador, que me agradeceu/elogiou de uma maneira paternalista: “Gracias, patrón”.

Tanto os micros quanto os ônibus normais verdes não tem cordinha nem botão pra alguém puxar e indicar que vai descer.

Você tem que gritar “parada”, ou “próxima parada”, pra indicar que salta no próximo ponto.

Quando alguém fala um pouco baixo no fundo do ônibus, e os passageiros que estão mais a frente acham que o motorista não escutou, eles reforçam o recado. Uma gritaria. É a República Dominicana, irmão. praça na Cidade Colonial Sto. Dgo. RD1

………..

Os micros que estão em pior estado, batidos, caindo aos pedaços – não é maneira de falar – são urbanos, ou seja ficam só na Grande Santo Domingo.

Há alguns em melhores condições, com ar-condicionado e cortinas nas janelas, em que não vai gente de pé, que são de viagem, ligam a capital a cidades do interior próximas.

classe executiva viagem Sto. Dgo. São Cristóvão RD

“Expresso”: ônibus de viagem, que vai pras cidades próximas

Veja que neles a linha vem indicada como “Expresso”. Esses aqui irão pra São Cristóvão, uma cidade que pertence a Grande Santo Domingo, em sua Zona Oeste.

Mas que já é relativamente afastada do núcleo principal, é preciso pegar um trecho de auto-estrada.

Vemos aqui uma praça no Centro Velho (chamado ‘Cidade Colonial’), uma rodoviária informal onde os ônibus aguardam a hora de partir.

Improviso ? República Dominicana !

Os micros urbanos, além da linha numerada, trazem o roteiro com a indicação “Corredor”, como os ônibus ônibus urbanos no Centro Sto. Dgo. RDde tamanho normal.

Notam bem, esses aqui estão no Centro, e irão pro bairro de Sabana Perdida, via Virgem Maria, em Santo Domingo Norte.

O micro é o mesmo. Se está escrito ‘Corredor’ é urbano, ficará dentro da cidade ainda que vá até um bairro afastado.

‘Expresso’ significa que é rodoviário, vai via auto-estrada a uma cidade próxima, mas já fora da área conurbada da Grande Santo Domingo.

urbanos linha 59 p- Sabana Perdida Z-N Centro Sto. Dgo. RD

Linha 59 p/ Sabana Perdida, Z/N.

Os condutores não personalizam tanto os ônibus quanto em outros países da América Latina.

Justamente por essa ser uma característica tipicamente americana, e na RD o ‘ethos’ está mais pra africano que americano.

Na RD, boa parte dos micros são brancos sem nada escrito, exatamente como na África. Mesmo os que são de outras cores não trazem desenhos ou muitas palavras em suas laterais.

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ônibus importado doo Brasil [RJ] Sto. Dgo. RD

Ex-Rio de Janeiro, operando na República Dominicana.

Além dos micros que são operados pelos próprios donos, há também viações que operam ônibus de viagem, micros e também de tamanho normal.

Uma delas é a Caribe Tours. No caso específico dessa empresa, vários de seus ônibus foram importados usados do Brasil, como percebem:

Fotografei em plena Santo Domingo um veículo que um dia cumpriu no Rio de Janeiro a linha 734, ligando Madureira ao Rio das Pedras, conectando as Zonas Norte e Oeste carioca, portanto.

Nem se deram ao trabalho de retirar esse letreiro. Presenciei – e fotografei – exatamente a mesma cena no Paraguai, em maio (de 13).

Também há vans no transporte urbano de Santo Domingo. Todos os defeitos dos micros que você leu acima repetem-se de forma piorada nas vans.

Andam super-lotadas, as portas nunca fecham mesmo em alta velocidade – e mesmo sob chuva torrencial – e nesse caso estão todas batidas, caindo aos pedaços.

porta aberta mesmo sob tempestade Sto. Dgo. RD1Nos micros, são só alguns que estão nesse estado lastimável, mas nas vans são todas.

É comum ver pedaços do veículo caindo/faltando, e colados precariamente ou mesmo substituídos por fita adesiva (!!!!!!!!!!).

Não é maneira de falar. O vidro quebra numa batida, o cara ao invés de consertar mete ali uma madeira, ou mesmo cobre de fita adesiva, e já era. Volta pra pista, tá pronto pra rodar.

O mesmo vale pra para-choques, portas, espelhos, etc. Isso é o padrão dos carros, igualmente. O que veem nessas imagens dá uma pálida ideia. Note que cliquei um caminhão que simplesmente não tem portas. E vi vários nessa condição.

Na RD, o surreal é o normal. Não estou brincando. Tem que ver pra crer.

……….

frota velha e batida

Táxis – frota velha e batida.

Em Santo Domingo há os táxis normais, iguais aos que há em todas as cidades do mundo, e também um tipo especial que só existe lá (pelo menos se há em outra parte eu ainda não vi):

O táxi-lotação. É um carro, mas que cumpre uma linha fixa, indicada acima do veículo como se fosse um ônibus.

Alias eles também usam a denominação “corredor” pra mostrar qual roteiro seguem.

(Atualização escrita em 2015: no Chile também existe táxi-lotação, e lá eu peguei eles).

Os passageiros vão embarcando e desembarcando pelo caminho. No horário de pico, ele também fica superlotado, e chega a levar 7 pessoas além do motorista, 5 atrás e 2 na frente.

Você já viu isso, um táxi em que a lotação flutua conforme o horário de pico, igual ocorre nos ônibus? Pois na República Dominicana essa é a realidade.

No Chile há o mesmo modal (como já dito) mas nesse caso eles respeitam a lotação normal do veículo, só viajam uma pessoa na frente (fora o condutor) e 3 atrás, 4 no total contra até 7 na RD.

‘Táxi-lotação’ é um nome que eu dei inspirado em algo parecido porém distinto que existe em Porto Alegre-RS, não sei como se chama esse tipo de transporte em Santo Domingo. No Chile eu sei, é o ‘táxi-coletivo’.

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nova frota chinesa chega a Rep. Dominicana

Nova frota chinesa chega a Rep. Dominicana.

O metrô, os ônibus verdes e os micros eu peguei, exatamente pra saber como é por dentro, na prática e não apenas na teoria. Agora, as vans e esses táxis-lotação eu não encarei.

Nesse caso, preferi assimilar o que pudesse apenas visualmente, diante de tanta precariedade e improviso.

Na Colômbia, México e muitos lugares no Brasil (SP, Rio, Belém-PA) eu andei em vans.

Em Valparaíso, Chile, a precariedade é menor, ou melhor dizendo não há precariedade. Ali eu embarquei no táxi-lotação. Valeu a pena. É mais caro que o ônibus, mas o conforto é infinitamente maior também.

Falo melhor da experiência em mensagem própria. Aqui é só uma pincelada, o que não rolou num país deu certo em outro, um ano e meio depois.

…………

FROTA VELHA E BATIDA, ORIUNDA DA ÁSIA –

Do transporte público creio que seja isso aí. Vamos dar mais alguns detalhes do setor automobilístico/de transportes dominicano. Os caminhões pesados (carretas) são imensa maioria estadunidenses, principalmente Mack e KenWorth. Essas marcas não existem no Brasil.

não há placas na frente RD

Na RD não há placas na frente.

Entre as que aqui estão estabelecidas, há vários da sueca Scania, com os modelos idênticos aos que rodam em nossa pátria.

A buzina dos caminhões ianques que operam na República Dominicana é mais alta que a usada no Brasil, parece um trem. Tudo isso é exatamente igual na Colômbia e México.

Os caminhões leves e micro-ônibus são quase todos asiáticos. Sou busólogo, por isso conhecia por fotos as marcas japonesas Hino e Isuzu, que não circulam no Brasil. Na República Dominicana, pela primeira vez vi ao vivo esses bichões na pista.

Além dessas duas, há também as marcas japonesas que conhecemos (Toyota, Honda, Mitisubishi, Nissan), várias coreanas e cada vez mais chinesas também nas ruas e estradas da RD.

Os carros de passeio são quase todos japoneses, Toyota é a líder de mercado. Como nos caminhões e ônibus, é infinitamente comum ver carros batidos, faltando pedaços e altamente improvisados. A vistoria do detran dominicano não é nem um pouco rigorosa. O país é pobre, e há que se ser condescendente.

Se fosse aplicar a legislação brasileira, 80% da frota dominicana seria recolhida, uns 60% ia pro pátio, e uns 20% nem isso, é perda total, direto pro ferro-velho. Mas lá eles não podem se dar ao luxo de serem tão seletivos, então tudo continua rodando, não importa o estado que esteja.

espanhol dominicano3

Espanhol dominicano: menos pontuação.

Na República Domincana, bem como em todos os países que falam espanhol, a picape que conhecemos por “Pajero” se chama ‘”Montero”.

Já que nesse idioma ‘pajero’ é o ‘punheteiro’, aquele que pratica o sexo solitário. Na América Central, ‘pajero’ também significa ‘mentiroso’. Não melhorou muito, por isso o nome diferente do daqui.

A gasolina dominicana é vendida por galões, e não por litros, seguindo o modelo estadunidense.

Aliás, vários produtos como alimentos e gêneros de limpeza também seguem o sistema anglo-ianque e são pesados por onças e libras, e não por quilo-gramas e mili-litros.

ônibus escolar ianque Ponta das Canas RD

Ex-ônibus escolar ianque operando em Ponta das Canas, interior da RD.

Voltando a gasolina, ela é cara na RD, pois é 100% importada, no caso da Venezuela. Não há etanol (álcool) ou qualquer bio-combustível, é tudo no petróleo mesmo.

Os táxis não tem taxímetro, do aeroporto pro Centro o taxista estipula o preço de acordo com a etnia/nacionalidade do passageiro:

Mais barato pros locais e mais caro pros gringos, que têm mais grana no bolso. A princípio eles pedem 40 dólares.

Se você chorar, sai por 30. Na volta, como havia mais concorrência no Centro, pagamos só US$ 20, metade portanto do que se pede no aeroporto.

Dentro da cidade o preço da corrida é fixo em 200 pesos (mais ou menos 10 reais, ou 5 dólares), pelo menos dentro da Zona Central. Se for pros subúrbios distantes é preciso negociar antes. Mas quase ninguém toma essa opção, no caso de viagem for pros arrebaldes da Grande Santo Domingo o ônibus é a opção escolhida, o táxi é quase inviável pra grande maioria.

Moto na RD é ‘motor’. Logo, o que nós chamamos ‘motoqueiro’ eles dizem ‘motorista’. Quem dirige carro, caminhão ou ônibus lá é denominado ‘condutor’.

Os carros só tem placa atrás, como ocorre em alguns estados ianques. Voltando a República Dominicana, a placa é padronizada pro país inteiro: uma letra e seis números. Só há escrito “República Dominicana”, como é na maioria dos países latino-americanos. Não há a cidade, como no Brasil e Colômbia.

Eu encobri os últimos dois números. É um Mazda japonês, claro. Quase todos os carros daplacas só atrás frota japonesa RD RD são japoneses. A ínfima minoria que pode pagar importa zero km.

A classe média compra carros que já foram usados na Ásia mas ainda tem poucos anos e estão em bom estado.

…………

espanhol dominicano2

Espanhol dominicano.

O povão dominicano, quando tem carro, pega uma lata velha caindo aos pedaços que já saiu da Ásia exatamente porque lá era era ferro-velho.

No Paraguai essa situação se repete de forma muito parecida, apenas no país sul-americano a maioria dos veículos seja originária – de forma legal ou ilegal – do Brasil e Argentina.

Mas mesmo no Paraguai há muitos carros japoneses, também.

Voltando a Rep. Dominicana, observam em diversas imagens que não há placas na frente. Ou fica vazio ou muitas vezes o dono mantém a placa original de onde foi importado.

Assim, é muito comum ver na RD carros com placa traseira local, obrigatória claro, mas a da frente é dos EUA, União Europeia, China, Japão e Coreia. espanhol dominicano1

………….

MENOS PONTOS, MENOS PREPOSIÇÕES: NA GRAMÁTICA DOMINICANA, O ESPANHOL É MAIS SIMPLES

Embora não seja meu ramo de formação, de forma amadora me interesso pela linguística, espanhol dominicanoporque a forma que os Homens e Mulheres falam, manejam o idioma, revela o ‘ethos’, a alma de cada povo.

Especialmente interessante é constatar as diferenças entre países diferentes que compartilham a mesma língua. Já estive na Colômbia, México, Paraguai e agora na República Dominicana, todos eles hispano-fônicos.

Sempre que voltei de cada um desses lugares, relatei-lhes algumas peculiaridades do espanhol local. Na República Dominicana não foi diferente, estive atento, e observei algumas coisas. No espanhol dominicano:

– Se usam menos preposições. Você lê na placa “Centro Cidade”, ao invés de ‘Centro da Cidade‘.

Viram a placa mais pra cima na página, “não dobre direita”, sem preposição. Pra contrastar, fotografei a exata mesma placa na Argentina: apenas agora a proibição é de virar a esquerda, com preposição.

– Se usam menos pontos. Como sabem, em espanhol os pontos de interrogação e exclamação se repetem antes da frase, tipo “ ? A que hora nos vemos ? ”, ou “ ! Que coisa linda ! ”.

porta aberta mesmo sob tempestade Sto. Dgo. RD

Vans asiáticas: porta aberta mesmo debaixo dessa tempestade.

O primeiro ponto, antes da frase, é de cabeça pra baixo, mas eu não tenho esse recurso em meu teclado, que é configurado pro português.

De qualquer forma vocês entenderam. Esse é o espanhol padrão, falado da Espanha ao Chile, do México a Bolívia, ou seja, universal. Ou quase.

Porque os dominicanos simplificaram isso também. Na RD, em linguagem coloquial (até na manchete dos jornais) só se usa um ponto, como no português.

Geralmente se exclui o ponto da frente, aí fica igual ao português mesmo, só com o ponto de interrogação (?) ou exclamação (!) no fim da frase. Mas por vezes, o ponto vem antes. Aí eles eliminam o que viria depois. De qualquer forma, é um ponto só.

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Mais alguns detalhes sobre as fotos, várias já vistas acima, identifique pela legenda.

frota 100% importada, boa parte usada

Frota 100% importada, boa parte importada já usada.

Um antigo ônibus escolar ianque, modelo jardineira, ou seja, ‘bicudo’, com o motor saltado, são muito comuns na República Dominicana. Mas calma que já vamos explicar.

Esse é o mais americano dos ônibus, oni-presente na América Central continental (México incluído) e Norte e Centro da América do Sul (Colômbia, Peru, Venezuela, Bolívia).

Até pouco tempo atrás, também no Sul da América do Sul (Paraguai, Chile, Argentina e Uruguai), mas hoje, embora ainda presente, mais raro nessa última região, exceto o Paraguai onde eles são incrivelmente comuns até hoje..

Já nos EUA são frequentes mas somente num nicho específico, só pra transporte escolar mesmo, não é usado pra transporte urbano de passageiros adultos.

Na República Dominicana é assim também, pra levar alunos você vê aos montes, com tudo original como veio dos EUA, inclusive escrito em inglês ‘school bus’, ‘warning children’, etc.

pessoas em caçambas e lixo na rua RD

Pessoas viajando em caçambas sem qualquer tipo de proteção.

Mas em linhas regulares, não-escolares, é raríssimo. Existem alguns, os vi.

Mas é a exceção. 99% dos ônibus urbanos da RD são ‘cara-chata’, com motor embutido como no Brasil, o inverso dos ‘bicudos’. E por quê?

A jardineira é “o ônibus da América”. Por isso, até os anos 90, dominou absoluto em toda América Latina, e ainda é inconteste da Bolívia ao México.

Entretanto, em termos de raça, de cultura, os ianques não são americanos, e sim europeus no exílio. Por isso o ‘ônibus americano’ não pegou por lá, exceto como escolar.

Aqui voltamos a República Dominicana. Num certo sentido, ou em muitos sentidos, esse país se parece mais com a África que com a América, e nos ônibus isso fica muito nítido. Por isso, o ‘ônibus americano’ tampouco se faz presente, como nos EUA só é usado num nicho diverso do transporte urbano.

ônibus com gente pendurada Sto. Dgo. RD1

Mais uma vez: correndo a toda e com portas abertas, o cobrador vai  equilibrado segurando uma barra de ferro.

O “Pica-pollo” é visto acima atrás dos táxis. Trata-se do frango frito e picado, o prato nacional. Da culinária falamos mais em outra mensagem.

Lado a lado dois caminhões, um Mitsubishi japonês e um Mack ianque. Assim é a frota de caminhões dominicanos, meio asiática (os veículos curtos), meio estadunidense (as carretas).

Frota no geral velha e batida, e sempre importada da Ásia: fiquei perto do Porto de Santo Domingo, bastava cruzar o Rio Ozama.

Na alfândega, aguardando a papelada, novíssima leva de veículos que acabaram de sair do navio, e ainda nem foram pras concessionárias.

Esses vistos no pátio da alfândega vieram zero km, serão estreados na RD. Os caminhões são chineses, da Sino-Truck. Os carros são coreanos, pelo que pude observar.

'Deus abençoa' - 50% asiática, 50% estadunidense

‘Deus abençoa’ – frota de caminhões 50% asiática, 50% estadunidense.

Como já dito, muitas vezes, entretanto, os veículos que circulam na República Dominicana já foram bastante rodados em outros países, e chegam ali de segunda, terceira e mesmo quarta mão.

Quem tem menos recursos se vira como dá. Observam uma picape comercial que ainda traz o nome e telefone de seu antigo dono na Ásia.

Em Santo Domingo há grande comunidade chinesa (tema de outra mensagem), e muitas das lojas trazem nas fachadas cartazes apenas em chinês, sem espanhol.

Então chegamos a cogitar se não seria esse o caso aqui também, o veículo de posse de um chinês radicado na RD propagandeando sua firma apenas aos patrícios. Mas pelo telefone você vê que não.

Pois todos os telefones de Santo Domingo começam com 809 e a seguir tem mais 6 dígitos. Como esse é 40-7396, ou seja, duplamente diferente tanto no prefixo quanto número de dígitos, indica que é o original chinês, coreano ou quem sabe japonês.

Articulado Santo Domingo RD

OMSA – Frota Pública. Um Busscar brasileiro. Essa imagem puxei da rede, não pude fotografar os articulados lá.

Se alguém souber uma dessas línguas e conseguir identificar ao menos qual delas se trata, me comunique que informo a todos.

Frota japonesa, coreana e chinesa: Predominam veículos asiáticos, muitos deles em péssimo estado. Abundam os japoneses da Toyota, Mitsubishi, Mazda e os coreanos da Hyundai.

O taxista nos disse que “Toyota é disparado o melhor porque aguenta qualquer tranco”.

Na República Dominicana, é preciso aguentar o tranco, porque o sistema é bruto e a batida é pesada. O mais forte sobrevive.

espanhol dominicano [só 1 ponto] e campanha 2016 RD

Campanha eleitoral de 2016. Mas ainda estamos em 2013 . . .

As pessoas andam sem proteção na caçamba de caminhões e caminhonetes o tempo todo. Poucos usam capacete e cinto de segurança.

Os caminhões andam carregados de carga e ainda se colocam muitas pessoas em cima dela.

Vi um caminhão com carga até o limite, e que empilhado sobre ela, se agarrando precariamente em qualquer corda ou saliência possível, iam mais de 10 pessoas, incluindo algumas Mulheres.

Geralmente são os Homens quem tem ir na carroceria, mas se o número de pessoas a ser transportado é muito e o espaço na cabine pouco, sobra pro sexo feminino também ir pro compartimento de carga.

Bem, se serve de consolo, no México e Colômbia a situação é similar. No Paraguai, vejam vocês, não é assim. Em Assunção não vi esse descaso com a vida humana, certamente pelo menos não em nem remota proporção. No Chile igualmente não se viaja na caçamba, exceto os entregadores de refrigerante.

Na República Dominicana a campanha eleitoral de 2016 já está em pleno vapor, mesmo nós estando ainda em 2013, o primeiro ano de mandato dos atuais mandatários.

frota velha e batida RD1

Próximas 2: Frota velha e batida.

Um candidato a presidente já está malhando o atual mandatário e dizendo que ele é a “Grande Esperança” pra substituí-lo.

Pros prefeitos é o mesmo, a oposição já lançou e faz campanha pelos seus nomes pro pleito municipal, que é alinhado com o federal.

O espanhol dominicano não usa pontos de interrogação e exclamação na frente e atrás das frases, como é corrente em todos os outros lugares.

Vemos 3 casos (o cartaz e pinturas nas ruas) com o ponto só depois da frase, como é em português.

Mesmo na manchete de jornal, que em teoria usaria a gramática formal, só há o ponto de interrogação antes da frase, manifestação que só existe lá. Inverteram qual seria excluído, mas mantiveram um só ponto.

Pra que dois? Pelas dificuldades cotidianas, o dominicano é um povo extremamente prático e adaptável. Isso se reflete até no idioma. Eis o espanhol caribenho, que adaptou e moldou o (que pra eles é cristalizado em excesso) castelhano europeu.

Fotografei mais exemplos dessa flexibilidade gramatical. Não se usa muito as preposições. Como já coloquei acima, “Centro da cidade”, lá é “Centro Cidade”. Bem mais fácil, não? Pra que complicar????? Na República Dominicana, o negócio é simplificar….frota velha e batida RD

Na República Dominicana a cruz de malta é o símbolo da farmácia. Universal essa significação lá, em todas as frequências do espectro.

“Como assim, todas as frequências do espectro? Como algo tão bem estabelecido como a farmácia pode ter tão grande flutuação de frequência?”, alguém poderia perguntar, e seria uma indagação muito justa.

Afinal, pra nós brasileiros, farmácia é farmácia, uma imagem bem estabelecida, sem variantes. Mas na República Dominicana a coisa não é tão simples assim. Atenção que ‘farmácia’ nessa nação caribenha é um mundo a parte, e pode tratar de seu problema de saúde de formas muito distintas, dependendo do gosto do freguês.

Ela pode ser similar a farmácia como conhecemos no Brasil, EUA, Europa, Argentina, México, enfim, onde o conhecimento acadêmico teve maior penetração. Na República Dominicana há sim, é claro, essa farmácia tradicional nos bairros ricos, onde você é atendido pelo farmacêutico com diploma universitário.

Mas, não esqueçam, se fisicamente a RD está na América, espiritual e culturalmente ela está na África. Por isso existem também o que chamaríamos de ‘casas de ervas’, na periferia e no Centrão, e elas também são denominadas ‘farmácias’, e também usam a cruz de malta.

farmácia, banca de jogo e ônibus estatal Sto. Dgo. RDAli o ‘farmacêutico’ é um ‘preto velho’, ou uma ‘preta velha’, e se vendem – também – os remédios alopáticos, industrializados, pros quais é preciso receita.

Mas o chão está forrado de ervas pra serem levadas ‘in natura’, a granel, e as prateleiras estão cheias de ‘garrafadas’, as ervas já misturadas, prontas pra consumo.

O diagnóstico é feito no local, o paciente diz o sintoma, o preto velho diz a mistura adequada, ou mesmo a prepara instantaneamente. Na Amazônia brasileira é assim também, ande pelo (mercado e porto do) Ver-o-Peso no Centro de Belém e presenciará cena idêntica, o mesmo valendo pra Salvador-BA.

Quis dizer que as farmácias menores dominicanas praticam uma homeopatia natural, informal, trabalham diretamente com o que vem da terra. São chamada de “Botânicas”.

A esquerda uma farmácia maior, na Auto-pista das Américas (que conecta o Centro ao Aeroporto Internacional de mesmo nome).Uma farmácia como conhecemos aqui, se quiser ver assim, onde não se vendem ervas e garrafadas caseiras.igreja e farmácia Sto. Dgo. RD

Uma farmácia, em azul, menor, numa vila de subúrbio. Essa sim vende remédios caseiros, já prontos ou os ingredientes se você mesmo quiser misturar em sua casa. Mas ambas tem a cruz de malta.

Banca de apostas, acima atrás da farmácia e na foto abaixo a esquerda em primeiro plano. Seria o nosso jogo do bicho.

Apostar em jogos de azar é uma paixão banca de jogo periferia Sto. Dgo. RDdominicana, pros ricos da Zona Oeste há luxuosíssimos cassinos a beira-mar, também frequentados por milionários turistas.

Todos os demais dominicanos se contentam com ambientes mais simples. Seja em que padrão for, a casa de aposta é onipresente no país. Em outra mensagem falo mais disso.

Reparem que atrás da farmácia da foto a direita há uma igreja evangélica ao fundo. Falarei mais da religião igualmente em outro texto, mas já vai a referência pra irmos aquecendo as máquinas.

Fechando com algo bonito, a orla de Santo Domingo, que quase não tem praias pois não há faixa de areia.

Na tomada do alto da matéria estamos no Aquário Nacional, na Zona Leste, vendo ao fundo a Zona Oeste, a única parte da cidade rica e verticalizada.

E ao lado cruzei o Centro e agora estou na própria Zona Oeste, vendo os mesmos prédios Zona Oeste beira-mar Sto. Dgo. RD3pelo outro lado. Por isso o mar que estava a esquerda passou pra direita, pois invertemos o ângulo de tomada da foto.

Com esse céu e marzão lindos do Caribe se encontrando, está de bom tamanho pra encerrar, não?

Assim fechamos no azul.

Que Deus Ilumine a todos.

“Deus proverá”.

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