INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO“
Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”
Publicado em 8 de fevereiro de 2013
Imagens baixadas da internet, créditos mantidos sempre que impressos nas imagens.
Vamos falar dos tróleibus brasileiros. Os da Suíça você confere aqui. E aqui, de Valparaíso a Vancuver, os americanos.
Essas postagens originalmente foram emeios, que têm formatação distinta. Assim algumas imagens não estão ao lado das descrições, busque pelas legendas. Todas as pinturas aqui retratadas foram usadas também nos ônibus a dísel, exceto quando indicado.
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Tudo isso posto, podemos começar: um colega, que morou em São Paulo mas hoje está em Curitiba, se espantou ao ver um bi-articulado em sua cidade-natal, via ‘Google’ Mapas.
Respondi com uma mensagem que traçava a história dos ônibus de 2 sanfonas, no Brasil e no mundo. Esta mensagem aqui é a continuação.
Agora falaremos especificamente dos ônibus elétricos, os chamados ‘tróleibus’. Curitiba não será mostrada nessa postagem.
Aqui nunca teve tróleibus. Ainda assim você pode conferir como eram os ônibus a dísel antigos de Curitiba.
Voltando a falar do Brasil como um todo, uma breve cronologia dos troleibus brasileiros, ricamente ilustrada.
A foto a direita, de 1967, é hiper-hiper clássica, por numa mesma imagem ter captado quatro coisas que deixaram de existir:
A viação estatal CTC; os troleibus no Rio de Janeiro; a Favela da Catacumba, as margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul; e as casas de madeira no Sudeste.
Pouco tempo depois dessa tomada a Catacumba foi removida pra Cidade de Deus, Zona Oeste, e outros conjuntos no subúrbio.
Também logo a seguir as linhas elétricas de onde os tróleibus puxam sua força foram desmanteladas.
Nos anos 70 a população do Sudeste adotou a alvenaria na hora de construir. E nos anos 90 a CTC foi vendida.
………..…
Já seguimos contando a história. Abro um parênteses pra vermos alguns tróleibus modernos da Grande São Paulo, afinal essa mensagem é sobre os ônibus elétricos.
Todas as linhas mostradas nos 3 que estão enfileirados abaixo ainda contam com esse modal não-poluente.
O que não é caso em outras cidades, e nem mesmo em outras partes dessa mesma cidade, como já veremos.
A linha de tróleibus acima a direita (branco com faixa vermelha) não existe mais, foi uma das que acabaram.
O itinerário ainda é o mesmo, mas servido somente por veículos a dísel. Então vamos ver tomadas de linhas ainda em uso.
Sigamos a retrospectiva.
O começo do regime militar (64-72) foi difícil pros ônibus elétricos.
Nesse período foram extintos nada menos que 7 sistemas nesse modal não-poluente, entre eles o de 6 capitais:
Campos-RJ, Salvador-BA, Belo Horizonte-MG, Porto Alegre-RS, Niterói-RJ, Rio de Janeiro (então)-GB e Fortaleza-CE.
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Note o mesmo desenho dos veículos: são sempre redondos, e com exceção do de Porto Alegre, todos só têm um farol de cada lado, também redondo.
As janelas e portas são partidas, com várias divisões.
Indicando que foram todos fabricados nos anos 50. Já viram um deles operando em São Paulo em 1993, com 5 décadas de uso.
Verão abaixo que em Santos, Araraquara e Recife o mesmo se deu, os tróleibus circularam até os anos 90 pelo menos, em Recife até 2001.
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Lembre-se: Niterói na época era capital do estado do Rio de Janeiro.
A cidade do Rio de Janeiro, ex-Distrito Federal, foi outro estado, o da Guanabara de 1960 (quando Brasília foi inaugurada, até 1975) quando houve a fusão.
Começamos falando de quando os sistemas de troleibus acabaram. Vamos falar do início deles então.
O troleibus começou no Brasil pela cidade de São Paulo. Como ocorre com os ônibus 2 andares, a capital paulista é gênese, ápice e arquétipo dos trólebus brasileiros.
Hoje a única cidade que mantém uma rede de troleibus em larga escala, pra transporte de massa.
A capital paulista inaugurou os troleibus no já distante ano de 1949. E tem hoje a maior rede do mundo fora da China e ex-URSS.
Há duas redes, a municipal pioneira, e a metropolitana, de 1988, que também permanece ativa.
Sendo da mesma cidade, a Grande São Paulo, somo as quilometragens pra dizer que é a maior rede fora dos ex-países comunistas.
Por esse cálculo as redes são contadas como uma só, embora sejam operadas separadamente.
Fora da Grande São Paulo, há somente uma linha de troleibus ativa no Brasil, em Santos, no litoral do mesmo estado.
Mas é uma curiosidade turística, uma relíquia, e não transporte de massa. Uma linha pequena, que liga o Centro a praia.
Não vai pra periferia, o subúrbio (por lá chamado “Zona Noroeste”), portanto. E a linha nem é exclusiva pra tróleibus, também é servida por veículos a dísel.
Vamos pra mais uma sequência, mostrando os tróleibus em Santos. Vou descrever a sequência abaixo, o que está a direita é a parte, por isso está legendado.
Vamos pros 6 que estão enfileirado. Vejam nas 3 primeiras imagens o mesmo modelo antigo circulando desde os anos 60 até os 90:
1) Anos 70: Tricolor vermelho, azul e branco: ainda pela antiga S.M.T.C., Sistema Municipal de Transporte Coletivo, viação estatal municipal.
2) Começo dos anos 80: A empresa permanece a mesma, de propriedade da prefeitura.
Mas muda o nome pra C.S.T.C., Cia. Santista de Transporte Coletivo. Essa é sua primeira pintura no novo CNPJ, azul com faixa laranja.
3) Começo dos anos 90: ainda os mesmo trólei rodando, já com 4 décadas ou mais de uso.
E ainda pela CSTC. Atrás um Mafersa mais novo, do meio dos anos 80, comprado pelo projeto ‘Padron’ da EBTU do governo federal;
4) O mesmo lote de Mafersa, com a mesma pintura, agora na garagem. Ainda da C.S.T.C. estatal.
5) Fim dos anos 90: A CSTC é privatizada. Assume seu lugar a Piracicabana, do grupo Gol.
6) 2012: o mesmo Mafersa fabricado no início dos anos 80 ainda operando, adesivado com o Centro da cidade na lateral.
Há uma linha de bondes também em Santos, visto a direita.
É um trajeto minúsculo:
Você sobe nele na Praça Mauá e dá uma voltinha no Centro, podendo desembarcar e re-embarcar no Museu Pelé e em mais dois locais. Só pros turistas andarem e fotografarem.
Atualização: andei no tróleibus e no bonde de Santos. Veja mais detalhes incluso com fotos.
Por hora adianto que a passagem do bonde no momento da atualização (novembro de 15) é R$ 6.
Os ônibus na cidade (incluindo a única linha que tem trolei) custam R$ 3,25.
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Na primeira metade do século 20 Santos, como muitas outras cidades, tinha extensa rede de bondes.
Tudo foi desativado, Santos ficou décadas sem ter bondes. Agora, na última década, já nesse milênio, uma linha de bondes foi reativada.
A de troleibus, ao contrário, permanece ativa desde que implantada, em 1963. Santos, nas décadas de 70 e 80, teve extensa rede de troleibus, com muitas linhas.
Todas foram eliminadas nos anos 90-00, exceto a linha 20, a sobrevivente.
Dessas duas cidades, que são as únicas que ainda tem trólebus em nossa nação, vem os apelidos que nomeiam a mensagem:
“Boca Loca” foi uma pintura vigente em Santos, anos 80, e o “Trovão Azul” enfeitou a capital paulista, na mesma época.
Mais abaixo conto a origem desses nomes, embora como quem tem mas de 30 se lembra e já deve ter recordado, foram inspirados em sucessos televisivos.
Falando nisso: abaixo, o mesmo veículo em várias pinturas, e mesmo com 2 carrocerias.
Comprado como Caio Amélia, recebeu a pintura ‘Trovão Azul’ vigente na CTC no começo dos anos 80. Foi numerado como ‘8000’.
Veio a pintura ‘Municipalizado’ de Erundina, e ele ficou branco com faixa vermelha, 1ª fase da pintura ‘municipalizada’. Ganhou o prefixo ’57’ antes do 8 mil.
E por fim arrancaram a carroceria Caio e botaram uma Marcopolo no lugar. Quando ele recebeu a pintura da 2ª fase do ‘Municipalizado’, com faixa verde. E agora com ar-condicionado!
Mudaram o prefixo pra 68, mas ele continua sendo o 8000, pois é sempre o mesmo ônibus.
Vai mais além: esse busão teve nada menos que 8 pinturas, alternando entre diversas variantes:
Com e sem chapa, estatal e privado, Caio e Marcopolo, com e sem ar-condicionado, Zona Sul e Zona Leste, em 7 delas manteve o sufixo 8000, na última foi mudado.
Nessa outra postagem eu mostro esse camaleão de metal em suas 8 pinturas. Aqui fiquemos com 3, de amostra:
Pelo menos tiraram uma carroceria de ônibus e puseram outra. Agora segura essa Transgenia busófila radical: tiraram a carroceria do buso e botaram um baú de caminhão. Tem que ver pra crer!!!
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Nos anos 50 e 60, após a pioneira São Paulo, diversas cidades brasileiras receberam redes de troleibus: Niterói, no Grande Rio, e Belo Horizonte, logo em 1953.
A seguir vieram Campos-RJ (1957), Araraquara-SP (1958), Salvador (1959), Recife (1960), o município do Rio de Janeiro (1962), Porto Alegre (1963).
E por fim Fortaleza, em 1967, que foi o único sistema implantado nesse início de regime militar. Nota: Fortaleza não tem mais tróleibus. Viraram passado. Mas no presente a capital do Ceará tem investido bastante no transporte:
Fazendo uma rede de metrô, testando novos modelos de ônibus, construindo novos corredores pra articulados. Estamos acompanhando tudo de perto, leia matéria que fiz sobre o tema ricamente ilustrada.
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O ano de 1967 marca a virada da maré:
No mesmo ano que a rede de Fortaleza era concluída, já viria a primeira desativação dos troleibus, Campos-RJ (não achei fotos, o único caso não-ilustrado).
Repetindo, em 5 anos, até 1972, os tróleibus acabaram em também em Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Niterói, Rio de Janeiro, então estado da Guanabara, e Fortaleza.
Por consequência, são raras as fotos dos tróleibus operando nessas cidades, com exceção talvez do Rio de Janeiro.
Que por ser a capital até 60, e depois disso ainda importantíssimo polo de nosso país em múltiplas dimensões, concentrava muitos recursos, imprensa, uma riqueza maior.
Logo mais gente tinha máquina fotográfica numa época que tirar fotos era infinitamente mais difícil que hoje.
Então no Rio há uma quantia relativamente grande de fotos de tróleibus, mas nos outros locais citados elas são escassas.
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Essas são as cidades em que eu não presenciei os troleibus. Entretanto, quatro delas resistiram, e chegaram até os anos 90, me permitindo então saber da presença e também da desativação de suas redes em tempo real, ainda que a distância.
Em todas elas vi fotos de seus trólebus enquanto eles ainda operavam. 3 ficam no estado de São Paulo:
A capital e Santos já citadas, e mais Araraquara. Além disso, há Recife.
Araraquara merece um capítulo a parte. Nos anos 70 e 80, o transporte coletivo da cidade era operado 100% por troleibus.
100%. Simplesmente não haviam ônibus a dísel por lá.
A rede era tão extensa que chegava aos confins do município, em bairros pouco habitados, na zona rural. Certamente fora da China e Leste Europeu é um caso único no mundo.
Como a foto acima mostra, estamos na rodovia, próximo a cidade mas fora dela, zona rural, com sítios, chácaras, criações de gado, etc.
E o bairro (rural) é servido por linhas regulares de tróleibus. Bons tempos . . .
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Quero dizer com isso o seguinte:
O tempo passa e as coisas mudam. Ao iniciar a transição pro regime civil os militares imprimiram outro rumo ao país, tanto na esfera política quanto na social.
Assim, a segunda metade dos anos 70 e primeira dos 80, em termos de política ficaram marcadas pela Anistia e pela crescente embora lenta volta dos direitos políticos da sociedade.
E essa época ram também grandes investimentos do governo federal em habitação, transporte e outras áreas.
O B.N.H. (Banco Nacional da Habitação) financiou milhões de moradias, Brasil afora. Enormes cohab’s foram construídas na periferia das metrópoles, pra aliviar o déficit habitacional.
Em relação ao transporte, que é nosso foco aqui, veio o “Projeto Padron”, que incentivou as fábricas de ônibus a produzirem veículos melhores, que dessem mais conforto a seus usuários. Aí surgiu o ônibus “expresso”. Esse não é apenas um modal de serviços, que usa vias exclusivas e/ou tem menos paradas.
“Expresso” é também um conjunto de inovações que tornaram os ônibus mais confortáveis:
Com portas e corredores mais largos, 3 portas, motor traseiros ou central, nível de embarque mais próximo ao solo.
Porque até os anos 70 os ônibus eram chassis de caminhão com carroceria por cima.
Não é modo de falar, é literal. Por isso tudo era difícil, tanto o embarque/desembarque quanto a circulação dentro do salão do veículo.
Em virtude desse movimento de melhoria, no início dos anos 80, ônibus de diversas cidades, de norte a sul do país, estamparam em suas latarias o logo da EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. Alguns benefícios:
– Surgiu o ônibus “expresso”, repetindo.
– Linhas mais carregadas passaram a ter ônibus articulado.
– Várias cidades padronizaram a pintura de sua rede de ônibus.
– E pra compensar o que havia feito antes, o governo federal investiu bastante em tróleibus.
Todas as cidades que não haviam desmantelado esse modal ganharam generosos financiamentos pra expansão da rede, reforma de veículos velhos e aquisição de novos.
Os que vieram zero km já dentro do “Projeto Padron”, bem mais confortáveis. Com isso, surgiu uma pintura especial amarela com faixas horizontais marrom e bege.
Usada em diversas cidades, mas somente nos troleibus, tanto nos antigos reformados quanto nos recém-comprados.
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Por isso troleibus de São Paulo, Santos, Ribeirão Preto-SP e Recife tiveram a mesma pintura, “Amarelinha EBTU”.
Como você vê nas fotos espraiadas ao redor da página, busque pelas legendas:
Aqueles pioneiros, dos anos 50, ainda na ativa em São Paulo e Santos, respectivamente.
Mostrados igualmente ônibus elétricos modernos nas mesmas cidades.
Os antigos foram reformados com o dinheiro federal, já os novos foram adquiridos por essa mesma linha de financiamento. Já abrimos a matéria, lá no alto, com um ‘amarelinho’ paulistano.
E também selecionamos tróleibus novos em Recife e Ribeirão Preto.
Abaixo, espalhados pela página(busque pela legenda), veremos mais ‘Amarelinhos’:
Fotos no Recife, e em São Paulo, e em ambas ainda os veículos dos anos 50 reformados e ainda na ativa.
No caso paulistano, em duas pinturas, atrás era a própria da CMTC, que também era usada nos a dísel.
Por fim, um ‘Amarelinho’ moderno em Sampa, um Marcopolo comprado zero km no início dos 80. É o que vai pro ‘Metrô Sta. Cruz’.
“Surfando” nessa onda, duas cidades do interior de São Paulo implantaram redes de troleibus já nos anos 80:
Ribeirão Preto, no ano de 1980, e em 1986, foi a vez de Rio Claro.
Na mesma época Belo Horizonte tentou reativar os tróleis.
A Cristiano Machado foi eletrificada, os veículos comprados. Mas a obra parou, e eles acabaram na Argentina.
Entretanto, vieram os anos 90, e já na democracia houve nova crise nos transportes. Eram os anos do “neo-liberalismo”,
Com isso, mais 4 cidades acabaram com a rede de trólebus.
A primeira a desativar nessa leva foi justamente a última cidade do Brasil a implantá-los, Rio Claro-SP, onde os troleibus só circularam por 7 anos (1986-93).
Em 1999, Ribeirão Preto e Araraquara fizeram o mesmo.
No ano seguinte, 2000, Araraquara reativou a rede, repetindo o que ocorreu em Santiago-Chile, que teve troleibus, desativou e depois reativou. Entretanto, a sobrevida foi curta, apenas 1 ano.
Em 2001, Araraquara novamente eliminou os trólebus, no que foi acompanhada por Recife.
Santiago do Chile igualmente depois de curta retomada pela segunda vez desativou seus troleibus, e hoje não há esse tipo de ônibus por lá.
Há trólebus no Chile, mas na cidade litorânea de Valparaíso. Alguns dos veículos têm 70 anos, mas ainda estão na ativa.
Sim, é o que você leu. Estive ali, e comprovei o funcionamento desse museu ambulante por dentro e por fora.
Veja a direita um trólei ianque fabricado em 1945, rodando em ‘Valpo’, Chile, abril de 2015. Repare que é do mesmo modelo dos que vieram pro Brasil.
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Voltemos a falar da Pátria Amada: Santos (como Valparaíso, outra cidade portuária) também desativou toda a rede, exceto uma linha, repetindo.
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SÃO PAULO: ONDE OS TRÓLEIBUS COMEÇARAM, E ONDE ELES AINDA SERVEM AS MULTIDÕES
Pra fechar, chegamos a cidade de São Paulo.
A única em que a rede do trólebus resistiu a onda destrutiva, e duas vezes.
Como já coloquei, a cidade tem duas redes de troleibus, uma delas municipal.
Ee outra estadual, que liga as Zonas Leste (Terminal São Mateus) e Sul (Estação de trem no Brooklin via Jabaquara) do município de São Paulo.
Via Santo André, São Bernardo e Diadema, no ABC, região metropolitana.
As viações estatais que operavam os trólebus (a CMTC – Companhia Municipal de Transporte Coletivo – e a estadual EMTU – Empresa Metropolitana de TransportesUrbanos) foram privatizadas.
Ambas se tornaram apenas gerenciadoras do transporte, a CMTC renomeada SPTrans e a EMTU como a mesma denominação.
Os trólebus continuam a rodar, operados por viações particulares. Em larga escala, tanto no tempo quanto no espaço, é caso único.
No Recife, após a privatização da CTU (Companhia de Transportes Urbanos, municipal) uma rede extensa de troleibus foi operada pela iniciativa privada.
A esquerda: 2001: últimos dias dos tróleibus no Recife, e em todo Nordeste.
Já privatizados e com a pintura padrão do S.E.I. . A rede elétrica seria desativada poucos meses depois.
Só que por pouquíssimo tempo, uns meses apenas. Em Santos é o caso oposto.
Após a venda da CSTC (Companhia Santista de Transportes Coletivos, municipal) os trólebus continuaram e ainda continuam a rodar.
Acontece que é uma linha somente, e relativamente curta.
Muitas linhas, dezenas de veículos, por muito tempo, só em São Paulo.
Mesmo ali houveram severos cortes.
A gestão Marta Suplicy eliminou os trólebus das Zonas Norte e Oeste, e também de boa parte da Zona Sul.
Apenas a Zona Leste manteve uma rede grande.
Há ainda um ramal da Zona Sul, já bem próximo da divisa com a Zona Leste, no bairro do Ipiranga.
Resumindo tudo, eis as cidades brasileiras que tiveram troleibus, por ordem de desativação do sistema.
Entre parênteses, o início e fim das operações.
– Campos-RJ (1957-67)
– Salvador-BA (1959-68)
– Belo Horizonte-MG (1953-69)
– Porto Alegre-RS (1963-69)
– Grande Rio de Janeiro-RJ: Niterói (1953-67), município do Rio (1962-71)
– Fortaleza-CE (1967-72)
– Recife-PE (1960-2001)
-Araraquara-SP (1958-99 e depois 2000-01)
– Ribeirão Preto-SP (1980-99)
– Rio Claro (1986-93)
– Santos-SP (1963-presente, atualmente apenas uma linha curta.)
– Grande São Paulo-SP: municipal de SP (1949-presente); metropolitano (1988-presente)
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O detalhe é que os tróleibus pioneiros foram fabricados nos anos 50 e 60.
E operaram até os anos 90 em todas as cidades que tinham rede elétrica ativa.
Você imagina isso, um veículo de 30 ou mesmo 40 anos rodando normalmente, dia-a-dia no batente?
Pois era o que ocorria.
Eram um museu ambulante, muito altos em relação ao solo.
Embarcar neles era verdadeiro exercício de escalada, experiência que passei pessoalmente em SP, anos 80 e 90.
No Recife e Araraquara, esses vovôs trabalharam até o último dia de operação da rede.
Em Santos e São Paulo eles resistiram até a mesma época, a virada do milênio, quando enfim foram descansar.
O sistema de trólebus prosseguiu, aposentou aqueles que o iniciaram mas renovou a frota.
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Comentamos mais um pouco das fotos, várias delas já mostradas acima.
Essas mensagens foram emeios, originalmente, cujo formato é bem diferente. Foi preciso adaptar.
Por conta disso, por vezes a descrição ao lado não é da imagem que está mais perto.
A legenda, abaixo da cena, é sempre correta.
A descrição ao lado pode se referir a uma imagem que está em outra parte.
As pinturas aqui retratadas estamparam não apenas troleibus.
Mas também ônibus a dísel das respectivas viações no mesmo período.
Exceto no caso das ‘amarelinhas’, pois essa foi criada pela EBTU especialmente pro modal elétrico.
Outro detalhe: todas as viações estatais aqui mostradas foram privatizadas.
As únicas exceções são a Carris de Porto Alegre e a CTA – Companhia Troleibus de Araraquara.
Mas ambas agora só tem ônibus a dísel, elétricos não mais. Ainda assim, a CTA mantem o “Troleibus” no nome.
Vamos nessa. Vimos espalhados pela página, entre outras imagens:
– Um CTC-RJ (Companhia de Transporte Coletivo, estatal estadual) em frente ao Morro da Catacumba, Lagoa, Zona Sul do Rio, 1967. Essa imagem está no topo da página;
– Novíssimo e ultra moderno troleibus paulistano de viação particular. É “Tribus”, ou seja, trucado com 3 º eixo, além de piso baixo total, bancos estofados, letreiro digital, etc. ;
– Salvador, Bahia, década de 60. A viação é a SMTC – Sistema Municipal de Transporte Coletivo, estatal municipal.
Foto raríssima, a capital da Bahia teve tróleibus por pouco tempo, numa época que haviam menos máquinas fotográficas, e a busologia não era consolidada;
– Belo Horizonte, mesma época. Uma fila de trólebus na Praça da Estação, Centro de BH.
Na ocasião era ali a estação de trens de longa distância. Hoje abriga a Estação Central dos trens de subúrbio. Foto rara, pelos mesmos motivos;
– Um glorioso troleibus da Carris Porto-Alegrense, cumprindo a linha “Menino Deus” na capital gaúcha.
A Carris já utilizava bege pra colorir sua frota, o que se repete em muitas épocas, inclusive atualmente.
Imagem dos anos 60. Novamente, uma relíquia, o Rio Grande do Sul teve tróleibus por pouco tempo;
– Niterói, então a capital do estado do Rio de Janeiro, perto do meio do século passado.
Ultra-raridade, Niterói teve tróleibus por apenas 6 anos, na virada dos anos 50 pra 60, época de escassos recursos materiais portanto.
Note que a janela dianteira do ônibus abre pra frente, como num modelo residencial.
Ia escrever “agora cruzamos a Ponte Rio-Niterói”, mas quando ambos esses municípios tinham troleibus a ponte não existia. Assim cruzamos pelas barcas.
– E chegamos a cidade do Rio de Janeiro, então estado da Guanabara.
É mais um CTC. Se a Carris se consagrou de bege, a CTC se consagrou de azul. O ‘Azulão‘ carioca está bem pra cima na matéria;
– Mais um CTC, mas em Fortaleza.
A viação estatal estadual do Ceará teve o mesmo nome da sua irmã carioca.Ultra-ultra-raridade.
Fortaleza teve tróleibus por apenas 5 anos, numa época de muitas dificuldades materiais. Tirar fotos era o luxo dos luxos.
Ainda assim, algum iluminado consagrou os tróleibus cearenses pra Eternidade;
– Rio Claro, SP. A última cidade a implantar troleibus no Brasil, em 1986.
Duraram somente até 1993. Já viram a imagem mais no alto. São escassas as cenas de trólei em Rio Claro.
Sim, foi nos anos 80 e 90, quando as câmeras fotográficas e o gosto pela busologia já estavam mais popularizados. Além disso, é no estado de SP, o mais rico da nação.
Mas foram apenas por 7 anos que esse modal esteve ativo por lá, e a cidade é no interior, longe do foco principal da mídia.
Ainda bem que aqui esteve o estadunidense Allen Morisson, que nos anos 80 rodou o mundo clicando esse tipo de veículo.
Várias fotos de outras cidades qui postadas também são dele.
Veja o sítio em que ele divulga seu trabalho, com parcerias do australiano Barry Blumstein e de mais um estadunidense.
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– Ribeirão Preto, SP, virada dos anos 80 pros 90. Foto vista bem acima. Essa em azul era a pintura própria da Transerp, viação estatal municipal, usada em veículos a dísel e elétricos.
Boa parte dos troleibus de Ribeirão Preto, entretanto, eram na pintura “amarelinha” da EBTU.
Pois todo o sistema, inaugurado já em 1980, entrou na onda de investimentos que marcou o fim do regime militar. Vimos também um troleibus Transerp amarelo;
– Vários troleibus de Araraquara, espalhados pela mensagem, procure pelas legendas.
Alguns do fim dos anos 70 e começo dos 80, no ápice, quando Araraquara era 100% troleibus, meu irmão, mesmo na zona rural.
É mole ou quer mais? Veículos na época novos, já no “Projeto Padron”.
A foto que mostra um ônibus elétrico branco foi tirada já perto da desativação da rede, na virada do milênio.
A imagem é a mais recente, mas o troleibus é o mais velhos de todos, já com 40 anos de uso.
Última pintura usada pelos troleibus nessa cidade. Araraquara não teve troleibus “amarelinhos”;
– O veículo número 104 amarelo indo pro bairro Mustardinha é do Recife, anos 60.
Visto bem mais pro alto. Não é essa a pintura “amarelinha” do governo federal, que só viria 2 décadas depois. Esse padrão aqui mostrado foi próprio da CTU. Não confunda essa sigla com EBTU.
CTU é a Companhia de Transportes Urbanos e foi uma viação da prefeitura de Recife depois privatizada. Enquanto que a EBTU, repito, é a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos, federal – também já extinta.
Observamos os azul-claros da CTU, fabricados nos anos 50, descansando no Recife entre duas viagens, já no fim dos anos 90.
E também entrando na garagem, e depois pintados de azul-escuro já no padrão SEI – Sistema Estrutural Integrado.
Espalhados pela mensagem, veja as legendas. Falamos mais da busologia recifense aqui.
Detalhe: a garagem da CTU foi clicada pouco antes da privatização.
Após passados a iniciativa privada, foram pintados de azul-escuro.
Vemos então mais um guerreiro, com mais 4 décadas de uso e ainda na ativa, no Centro do Recife, já nesse milênio, em 2001.
Uma das últimas viagens de trólebus no Recife:
A CTU já havia sido vendida pra empresa particular que nesse mesmo ano interrompeu o sistema de troleibus.
Ainda em azul-escuro 2 Caio Amélia no Recife, 2001. O mesmo caso, é o apagar das luzes do sistema.
Esses 2 ônibus, fabricados nos anos 80, operaram em Ribeirão Preto, SP até o fim dos troleibus ali, em 1999, quando então foram pra capital pernambucana.
Não tiveram sorte. Dois anos depois de sua chegada, Recife igualmente cancelou sua rede de troleibus;
Vamos agora falar de várias fotos tomadas em Santos. Espalhadas pela mensagem, você terá que localizar pelas legendas.
Onde mostra o veículo azul com faixa laranja, chegamos a Santos.
Primeira pintura da recém-fundada CSTC, que em 1976 sucedeu outra empresa pública, a SMTC, cuja sigla é homônima da viação que havia em Salvador na mesma época.
Vimos as duas SMTC’s em ação, a soteropolitana com 2 tróleis em foto P&B. Já o SMTC santista era bem coloridinho, branco com faixas vermelhas na frente e azuis no fundo.
Veja abaixo mais um “Boca Loca”, Santos-SP, ano 1986. No caso um São Remo Marcopolo.
Essa pintura que marcou época na CSTC, em troleibus e a dísel igualmente. Era o tempo da novela “ti-ti-ti”, que mostrava o mundo da moda.
Ali um estilista inventou um batom chamado “Boca Loca”, que tornava qualquer Mulher irresistível. Nenhum Homem resistia a tentação de tentar beijá-la.
Magia pura. Como a CSTC adotou essa configuração vermelha justo quando a novela bombava na telas, não deu outra, a pintura foi apelidada assim.
O “Boca Loca” caiu na boca do povo, em muitos sentidos.
Praça Mauá, Centro de Santos. Diversas imagens foram captadas ali, dos anos 70 aos 90. Vemos, espalhados pela mensagem (busque pela legenda):
2 CSTC em duas pinturas da época. A frente é mais um pioneiro, 4 décadas de pista. O de trás era novo na época, um Mafersa, montadora sediada em Minas Gerais que faliu nos anos 90 mesmo. Vemos também um Mafersa nessa pintura na garagem.
A CSTC foi privatizada, os tróleibus em Santos – bem com os a dísel – são operados agora por viação particular. Pertencente a empresa aérea Gol, que também comprou várias viações de ônibus de viagem.
Já nesse milênio: a linha 20 foi a única que restou aos tróleibus.
Pintura retrô. Essa foto é nova, da década de 10, ao lado de outra tomada em 1969.
Pintaram-se alguns veículos exatamente com o padrão que adornou os primeiros troleibus da cidade, nos anos 60. Essa pintura é exclusiva pra troleibus.
Ainda mais um Mafersa santista, clicado em 2012. Adesivado, mostrando o Centro da cidade. Mais uma pintura exclusiva pra troleibus.
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Agora São Paulo capital. Mais uma vez, as imagens estão espalhadas acima, veja pela legenda.
O que cumpre a linha “107-Tucuruvi”, chegamos ao Centro de São Paulo, anos 60. O bichão se dirige ao bairro do Tucuruvi, Zona Norte, já no pé da Serra da Cantareira.
Como já verão, a CMTC, que operava esse veículo, se consagrou de azul, assim como suas colegas estatais TCB de Brasília e CTC do Rio.
Outro CMTC azul, em pintura dos anos 70/80. Mais um pioneiro que rodou 50 anos antes do merecido descanso.
São Paulo, anos 80, Articulado e curto, duas versões do “Trovão Azul”, na época havia um seriado estadunidense que passava sábado a tarde na TV.
“Trovão Azul” na tela era um helicóptero. Aproveitando a onda de investimentos no transporte do fim do regime militar, em 1985 inaugurou-se o corredor exclusivo (canaleta) Santo Amaro, com ponto final no terminal de mesmo nome, na Zona Sul.
Esse terminal, o maior da cidade, adicionou a rede com integração tarifária porções enormes da periferia.
Já o corredor reduziu pela metade o tempo de trajeto de ônibus entre a o extremo da Zona Sul e o Centro.
Aqui veem os veículos justamente em seu ponto final, na Praça da Bandeira, Centro.
O articulado, de número 8000, aparecerá em outras versões abaixo, com outras pinturas, de propriedade de outra empresa e mesmo com outra carroceria.
Cumprindo a mesma linha, na mesma época, mais um Mafersa, esse “vermelho Jânio”. Inspirado em Londres, o prefeito Jânio Quadros pintou parte da frota da CMTC assim. Inclusive os 2 Andares que ele inventou de trazer pro Brasil.
Sua sucessora, Luiza Erundina, adotou essa pintura aqui, branco com faixa vermelha. Trata-se do mesmo veículo visto em azul em outra clicada.
Atrás e ao lado, um troleibus e um a dísel na configuração “vermelho Jânio”. Essa imagem é de 1993, na gestão Maluf.
Vejam o número 57 no vidro e também na lataria, acrescentado antes do 8000.
Maluf já havia dividido a CMTC em lotes pra privatização, que logo se seguiu. Por isso, essa é a última imagem da viação pública.
A seguir os troleibus passam a ser de empresas privadas.
Branco com faixa verde, ainda o mesmo 8000 ex-CMTC, já privatizado.
Antes era um Caio, agora é um Marcopolo. De fato é assim.
Explico. Ele foi re-encarroçado, procedimento comum das viações, especialmente em São Paulo:
Tiram a carroceria velha, jogam fora, e cobrem o veículo de novo.
Por vezes a marca é trocada, como foi o caso aqui.
Quanto a pintura, é o seguinte. Manteve-se o mesmo padrão anterior, de branco com faixa vermelha.
Os ônibus de tamanho normal continuaram assim, alias atrás vê um faixa vermelha.
Os articulados e veículos alongados passaram a ter faixa verde. Tudo isso valeu tanto pra troleibus quanto pra dísel.
Na mesma época, os bi-articulados eram inteiro amarelos, os a gás natural eram inteiro azul-claros.
Viram um bi-articulado todo amarelo da mesma época nessa mensagem.
São Paulo, anos 90. Um troleibus Neobus todo branco.
Na mesma linha 6500 Terminal Santo Amaro-Praça da Bandeira.
Imagem-relíquia, uma vez que hoje não há mais troleibus na Avenida Santo Amaro.
Em diversas oportunidades nos anos 80 e 90 circularam veículos brancos em São Paulo.
Nunca houve esse padrão de pintura, mas por vezes pipocaram ônibus a dísel e troleibus que provavelmente aguardavam pintura no padrão correto.
Ainda São Paulo, virada do milênio. Dois troleibus adesivados, como Santos copiou depois.
Num deles, há a foto dos primeiros troleibus em São Paulo, 50 anos antes. A seguir, prédios característicos do Centro da cidade.
A direita, eis a pintura mais breve da história de São Paulo, contando veículos a dísel e elétricos. Em 2003 Marta Suplicy colocou essas estrelas na lateral dos coletivos.
A ideia era deixar toda frota dessa maneira, mas a repercussão negativa foi tamanha que nem 10% dos ônibus receberam essa pintura, abandonada em poucos meses.
A pintura colorida na frente e branca do meio pra trás é a que está vigente até hoje, chamada de Sistema Interligado. Quando então os ônibus (e troleibus) de São Paulo foram novamente pintados conforme a região que operam.
Esse roxo a esquerda é da Zona Sul.
De novo, uma relíquia, pois não há mais troleibus nem nessa linha, a 6500 já citada, nem em toda região 7, que é a pintura roxa.
……….
Abaixo mais um troleibus-articulado. Essa pintura vermelha é da Zona Leste, o grande bastião de troleibus na cidade e no país. Aqui é a segunda metade da década passada.
Outros troleibus da Zona Leste de São Paulo, no mesmo período.
Sempre vermelhos. Em alguns casos o padrão visual foi levemente estilizado, trocou-se o branco de fundo pelo cinza, mas a cor da região permanece a mesma.
É o caso aqui: dois troleibus Caio moderníssimos na linha Gentil de Moura. O único ramal municipal de troleibus fora da Zona Leste.
Mas por pouco, viu? O bairro do Ipiranga (destino desses busões) é na Zona Sul, claro, mas já divisa com Vila Prudente, que é Z/L, por isso em vermelho. Essa pintura é exclusiva pra troleibus.
De volta aos anos 80, um troleibus-articulado da Mafersa em testes no corredor ABC, Grande São Paulo, ano de 1989. Não foi aprovado, sendo devolvido ao fabricante. Na época, a viação era estatal do governo do estado, e por isso tem o mesmo emblema do metrô.
Logo a frota foi privatizada, com o nome de Metra, e a princípio rodou com essa mesma pintura.
Várias tomadas são do corredor ABC. E essa é única foto de viação estatal. As outras são sempre da particular Metra.
Em azul e vermelho, um troleibus-articulado na década passada. A partir de 2002, o governo de São Paulo padronizou a pintura dos ônibus metropolitanos dessa forma.
A princípio, todas as linhas metropolitanas da Grande São Paulo, Santos e Campinas adotaram o mesmo padrão.
Esse bichão aqui, como o branco com faixa verde, tem ar-condicionado. E a tarifa é a mesma. No Rio os que tem ar são mais caros. Em São Paulo não há acréscimo.
Um pouco depois, o governo adotou pinturas específicas. Essa cinza e branca só existe no corredor ABC, tanto pra troleibus quanto pra dísel.
Os demais metropolitanos da Grande São Paulo (esses, a dísel), continuam com o padrão azul e vermelho mostrado na foto acima.
A Grande Campinas também tem padronização específica agora, mas como lá nunca houve troleibus, não nos ocupamos disso aqui.
Um troleibus desfila de verde. Pintura exclusiva do corredor ABC, e exclusiva pra troleibus – justamente pra realçar o fato que eles não poluem.
Algumas fotos mostram a pintura “amarelinha” do fim regime militar.
Um Transerp em Ribeirão Preto; um pioneiro da CSTC de Santos; um mais novo da mesma empresa; um CTU no Recife; e um da CMTC de São Paulo.
Essa pintura deveria ser exclusiva pra trólebus, e em Santos, São Paulo e Ribeirão Preto foi dessa forma.
No Recife, por outro lado, a CTU acabou por pintar alguns ônibus a dísel nesse padrão também. Logo abaixo fotos.
Fechando com chave de ouro, o bonde de Santos-SP, em foto atual.
………………
É isso aí, moçada. Na mesma balada:
Ônibus trucados (inclusive tróleibus): radiografia completa dos Tribus Urbanos brasileiros.
A dísel existem em diversos estados mas principalmente S. Paulo, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Elétricos só em SP.
Por isso estamos vendo tantos tróleis com 3º eixo. Os 2 acima municipais (1 deles decorado pro Natal) e o a esquerda metropolitano.
……
Mais busologia: os Monoblocos em ação. No Peru não é nostalgia . . .
Falando em Monobloco, antes de fechar dá pra unir os dois tópicos: em Araraquara (e até onde sei somente ali) rodaram Tróleibus Monobloco.
Inclusive na pintura de testes, original de fábrica feita pela Mercedes-Benz, que é a que veem logo acima.
E espalhados pela mensagem, acima, na pintura própria da C.T.A., branca.
Existiam nessa mesma cidade tróleibus Gabriela. Novamente, acho que só Araraquara teve Gabi Trólei.
Que Deus ilumine a todos.
Deus proverá
Como o tempo passa, incrível!!!
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