INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO“
Por Maurílio Mendes, “O Mensageiro”
Publicado originalmente em 4 de julho de 2014
Atualizado e retificado em 28 de abril de 2015, e novamente em 18/06/15.
Imagens baixadas da internet, créditos mantidos sempre que impressos nas mesmas.
Há duas retificações. A 1ª é essa:
extra! extra!!! cai o maior dos tabus:
ônibus começam a rodar em curitiba sem padrão de pintura
Digo isso pelo seguinte: nos anos 80 e 90 até pra ser testado aqui tinha que ser pintado na padronização da cidade.
Na verdade na década de 90 houve uma exceção, essa é a 2ª retificação. Mas já chegamos lá.
Veja tudo isso no decorrer da matéria, com muitas fotos.
Quanto a 1ª retificação, quem conseguiu a façanha foi exatamente o Hibribus.
Primeiro vamos ao texto original, o Hibribus curitibano em pleno Ceará com a pintura daqui.
Seguimos analisando as melhorias no transporte coletivo de Fortaleza.
Tanto os ônibus (a dísel, atualmente, e no passado, elétricos) quanto outros modais.
Em Fortaleza todas as linhas são integradas no cartão, como em São Paulo. Todas, sem exceção.
…………
Aqui em Curitiba são só 3, e 2 são pequenas, pouco utilizadas em bairros pouco habitados da Zona Oeste.
Só há uma linha central e de grande demanda integrada digitalmente, que é o Interbairros 1.
Há outra peculiaridade no Interbairros 1:
A maior parte da frota sua frota é composta de ônibus híbridos, que funcionam a dísel e também a energia elétrica.
Tudo isso já é domínio público.
O que quero chamar a atenção é que antes de vir pra Curitiba, e já pintado no padrão daqui, esses ônibus rodaram em testes em Fortaleza.
Veja as imagens (um pouco acima, busque pelas legendas):
A direita como é atualmente, pela Viação Água Verde (comprada pela Expresso Azul de Pinhais) no Interbairros 1, aqui na capital do Paraná.
E a esquerda o mesmo veículo antes, mas já com a mesma pintura, na capital do Ceará.
Em ação pela Viação São José.
Servindo a linha que vai pra Unifor, Campus do Pici.
(Trata-se da Universidade de Fortaleza, instituição privada que cumpre o papel que a PUC faz em outros estados).
Note que abaixo do escrito Hibribus está escrito “Fortaleza”, e depois foi apagado, escreveram “Curitiba” no lugar.
É comum ônibus que já estão comprados por uma cidade antes passarem por outra, como teste.
Como aperitivo pra ver se aquela outra metrópole se interessa também em adquirir um modelo similar.
Fiz matéria específica sobre o tema. Aqui, pra irmos nos aquecendo, vamos ver vários exemplos.
Já vi muitos casos, entre outros um ônibus que foi pra São Paulo rodando no Rio de Janeiro.
De Porto Alegre vem dois exemplos que consegui achar fotos:
Ao lado um bi-articulado já comprado por Campinas-SP em testes pela Carris de Porto Alegre-RS, já com a pintura de Campinas.
A prefeitura de Bandeirantes-PR adotou uma pintura similar. Não pro modal urbano regular, mas pra rural, escolar, etc.;
E abaixo a esquerda sendo usado experimentalmente pela mesma Carris gaúcha:
Pintado no padrão então vigente em Belo Horizonte, pois já estava vendido pra capital mineira.
Em todos os casos já com a pintura da cidade onde ele iria ficar em definitivo. São apenas alguns exemplos entre muitos outros. Aí é uma situação curiosa, um ônibus rodando numa cidade com pintura de outra.
Agora, em Curitiba isso não é permitido. A capital do Paraná é purista nesse quesito. Todos os ônibus que rodam aqui tem que estar pintados no nosso padrão.
Por vezes, as montadoras mandam modelos novos pra serem testados em nossa cidade.
Os identificamos facilmente porque trazem a numeração como “XY”. Mas já estão pintados com as cores do sistema local.
Você vê no topo da página um ônibus com a pintura de Curitiba circulando por Fortaleza.
E recentemente vi (esquerda) um articulado igualmente com a pintura de Curitiba.
Igualmente verde-claro, pois era também Interbairros – servindo temporariamente a Cidade de São Paulo.
Veja muito mais sobre os ônibus paulistanos.
A questão é que você não viu, e nunca verá (a não ser que mude a legislação) ônibus circulando em Curitiba com a pintura de Fortaleza, São Paulo ou qualquer outro lugar, pois é proibido.
Repito: até mesmo pra testes os ônibus tem que estar pintados no padrão curitibano.
(Veja atualização abaixo; antes segue o texto original)
Se não for aprovado e tiver que ser devolvido, terá que ser repintado pra ser vendido pra outro lugar.
É um capricho curitibano, obrigar a montadora a pintar os ônibus nesse padrão nem que seja pra rodar meros 15 dias, pra testes.
Não é barato pintar um ônibus, especialmente articulado .
Veja as provas: no alto e no fim da página eu atualizei com fotos de um micro que foi oferecido pra testes em Curitiba.
Pintado no padrão da prefeitura, inclusive com a inscrição ‘Cidade de Curitiba’.
Nunca rodou aqui, nem mesmo em testes.
Pois é como eu lhes disse: até o começo da década de 2010 até mesmo pra ser testado aqui o ônibus tinha que estar pintado no padrão da cidade.
Veja, o fabricante fez isso, gastou dinheiro, pintou de amarelo. E pra que????
Nem em testes o veículo circulou em nossas ruas. Dinheiro jogado no lixo. Haja radicalismo nesse rigor purista, hein?
Resultando que: Com a pintura de Curitiba em Fortaleza sim. Mas a recíproca não será verdadeira.
……….
Será???? Atualizei a postagem. Como já disse acima, é:
o fim de uma era: ônibus em testes circulam em curitiba sem a pintura própria da cidade
Essa é a atualização de abril de 2015. O que eu escrevi acima foi verdadeiro por décadas.
Entretanto, agora começaram a surgir em Curitiba ônibus rodando em testes sem a pintura da cidade.
O pioneiro foi exatamente o Hibribus. Antes de ser adquirido pelo sistema de transporte curitibano ele foi testado aqui com a pintura de fábrica.
Aí abriu a porteira. Pelo menos mais 4 veículos foram vistos pelas ruas da Grande Curitiba em testes sem estarem pintados no padrão da Urbs.
Um Torino operando como alimentador no Terminal de Pinhais, cujas linhas também tem o padrão de pintura da Urbs, embora sejam metropolitanas.
Veja que o letreiro eletrônico indica claramente que a linha é “Água Clara”, bairro afastado do vizinho município de Piraquara.
Ainda assim, o susto da galera foi grande quando surgiu um bichão cinza com para-choque azul. Ao invés do inteiro laranja que eles estão habituados que que precisaram colocar duas placas laranjas no para-brisas.
Inclusive uma com o itinerário, pros usuários verem que o ônibus é o correto, não é um pirata que invadiu o terminal.
Por aí você calcula o tabu que isso era na Grande Curitiba até a pouco. Tudo isso é visto na foto um pouco pra cima na página, busque pela legenda.
Abaixo veremos um micro da linha Executivo Aeroporto no amarelo que o fabricante pintou.
Se estivesse no padrão curitibano dessa linha específica ele estaria cinza.
(Nota: quando fiz essa postagem, era a prefeitura de Curitiba quem gerenciava o transporte metropolitano. Por isso usei o termo ‘curitibano’. Atualmente essas linhas voltaram pro governo do estado.)
Ao lado e as próximas 2 abaixo:
3 tomadas de veículos chineses não poluentes em testes em Curitiba, pintura de fábrica fora do nosso padrão característico.
Começamos com 2 veículos diferentes fazendo a linha Barreirinha, que liga o Centro a esse terminal da Zona Norte.
Ambos parados no ponto final central perto da Praça Tiradentes.
E ambos decorados na pintura de testes que saíram da linha de produção (esse da direita mais pra baixo na página eu mostro do mesmo modelo no Rio e SP).
Logo abaixo o mesmo Bio-Bus (que já havia sido testado na Barreirinha, como acabamos de ver) puxando a linha metropolitana Curitiba/Urano.
Que liga o Centro ao vizinho município de São José dos Pinhais, na Zona Leste da Grande Curitiba.
Operado pela Auto Viação São José dos Pinhais. Atrás um no vermelho típico dessa viação.
2ª retificação (jun.15): nos anos 90 houve a ‘exceção que confirma a regra’
Na verdade na década de 90 um Scania fabricado na Europa rodou em testes em Curitiba sem estar pintado caracteristicamente.
Veja ao lado e abaixo: tinha carroceria e placas europeias, era de um modelo que nunca existiu em nossa pátria em larga escala.
Movido a álcool e tinha letreiro eletrônico, outras coisas que não haviam por essas bandas na ocasião.
A esquerda ele circulando vazio pelo Centro, entre a Pça. Tiradentes e o Largo da Ordem.
Naquela travessa que é ponto final de várias linhas que servem as Zonas Oeste e Norte. A direita puxando a linha Oficinas, na Zona Leste.
…………
Então, ok, está retificado. Esse buso realmente rodou aqui sem estar pintado no padrão curitibano. Mas, cara, é a exceção que confirma a regra.
Sempre que eu descobrir novas informações (seja por conta própria ou avisado por algum de vocês leitores) que desmintam algo que publiquei eu farei a retificação prontamente, como foi o caso agora.
Ainda assim, insisto que a existência dessa ovelha negra isolada não muda o que escrevi acima:
Era proibido ônibus rodarem em Curitiba sem estarem pintados no uni-color próprio da cidade, e vimos várias provas.
Esse aqui passou, por um descuido. Não o vi, e nem lembrava dele, fiquei sabendo agora pela internet.
Só que a regra geral era de que isso não pode. Toda regra tem exceções, e essa teve também. Ainda assim, foram casos raríssimos, a regra se mantém.
E o fato que em 1981 tiveram que pintar um articulado e já na década de 2000 dois micros apenas pra serem testados por pouquíssimos dias comprovam que o que falei era verdadeiro.
Alias os micros nem em testes circularam aqui, mas tiveram que ser pintados de amarelo somente pra serem oferecidos a prefeitura.
Três exemplos entre muitos outros, nas décadas de 80, 90 e 2000 circularam dezenas de ônibus em testes em Curitiba, vários deles não foram aprovados e devolvidos.
Até onde eu sei, esse Scania foi o único com pintura livre. Se você souber de mais casos me aponte, de preferência com fotos, que eu retifico de novo a mensagem.
…………
Volta o texto original pra gente arrematar. Mais um detalhe:
Em Fortaleza, se entra por trás nos ônibus.
Nos anos 90, quando houve a 1ª padronização, inverteu-se pra frente. Mas não ‘pegou’ e foi revertido, hoje voltou pra porta traseira.
Mas como o Hibribus que rodou lá está prontinho no padrão curitibano, já está com a “Entrada” pintada sobre a porta dianteira, e com a roleta logo atrás dela.
Por isso, os fortalezenses tiveram que abrir uma exceção e subir por ali pra poder andar no Hibribus.
Veja que o letreiro menor, abaixo no vidro, indica o embarque invertido. Outro tabu, outra regra que o Hibribus detonou. Ele é o cara !!!
……….
Tudo somado: antes de reverter o embarque fortalezense, fora a a cor verde que não existe lá, os curitibanos também já haviam andado no Hibribus pintado fora do padrão da cidade.
Repito, fato inédito em décadas. Mas aconteceu, e abriu a porteira pra outros.
Quem sabe um dia veremos aqui um buso com a pintura de Fortaleza????
Quem sabe …. Definitivamente tudo é possível.
de joinville a cuiabá, de joinville a são luiz, de londrina a sorocaba ao abc a campinas a fortaleza, de florianópolis a osasco ao abc a londrina a campinas e de volta a florianópolis:
a saga dos busões em testes prossegue
A atualização de janeiro.17 :
Vamos ver mais exemplos dos bichões em testes: sempre que possível o mesmo veículo em várias cidades, dessa vez sem a pintura de nenhuma delas.
Amigos, a ordem das fotos na página não implica ordem cronológica. Eu apenas puxei imagens da internet.
Nesse primeiro exemplo, eu não sei se ele esteve primeiro no Sul ou no Nordeste. O mesmo vale pra todos os casos.
Isto posto, fogo no pavio. Acima: articulado Marcopolo Mercedes (portas dos 2 lados) em testes em Joinville-SC. Placa: FZO-3060.
Ao lado: o mesmo busão em São Luiz do Maranhão.
…………
Vamos ver agora dois que rodaram muito, um deles por todo o Brasil, e o outro pelo Sul e Sudeste.
Começamos por este: articulado Caio Mercedes-Benz, placa FDB-0560.
Cinza como o anterior. Na tomada ao lado: Florianópolis, Santa Catarina, 2013. Pela viação Canasvieras.
…….
No estado de São Paulo foi testado por várias viações. A direita pela Metra no Corredor ABD.
Que liga as Zonas Leste (São Mateus) a Sul (Jabaquara) da capital via Santo André, São Bernardo e Diadema.
………..
Abaixo ainda na Grande São Paulo, mas do outro lado dela:
Pela Viação Osasco rumo a Itapevi, na Zona Oeste.
Ainda na Região Metropolitana da Capital Paulista, ele rodou também em Guarulhos.
Agora no interior: abaixo a direita pela Viação Itajaí de Campinas.
Essa empresa adota o número 2999 pros carros em teste, como já mostraremos outros exemplos.
Por ora continuamos a mostrar o périplo do peregrino que é esse busão Mercedes/Caio.
De novo no Sul do Brasil. A esquerda em Londrina, Paraná.
Me parece que está no Terminal Central. Mas não posso dar certeza, fazem anos que não vou a maior cidade do interior paranaense.
E abaixo, em dois retratos, de volta a Florianópolis, 2016.
Dessa vez pela Transol (nesse caso a fonte informou as datas).
A direita no Terminal Central da cidade (que eu fotografei também um ano depois, flagrando a transição de pinturas do livre pra re-padronização).
E a seguir o sanfonado em ação nas ruas da capital catarinense.
A Transol e a Canasvieiras não compram Caio há muito mais de uma década.
Ônibus dessa montadora paulista nessas viações catarinenses, por enquanto, só mesmo em testes.
Bem, duas viações do Paraná também não não adquiriam Caio há muito, muito tempo, e agora na virada pra 2017 o fizeram.
Trata-se da Piedade (do grupo Campo Largo) na região metropolitana da capital e a Campos Gerais de Ponta Grossa.
Em Joinville (SC) aconteceu o mesmo em 2018, surgiram Caios 0km depois de décadas.
Inclusive um articulado, que circulou em testes por lá – abaixo veremos fotos dele.
9 FASES DIFERENTES, O MESMO VEÍCULO: GRANDE SÃO PAULO (MUNICIPAL E METROPOLITANO), CAMPINAS, SOROCABA, LONDRINA, FORTALEZA (EM BRANCO E PINTADO) E NO AEROPORTO DE BRASÍLIA
Vamos ver os busões brancos, que são o arquétipo da cor de testes por excelência.
Virginais, ainda não são de ninguém em definitivo, estão escolhendo seu dono.
Na sequência acima vimos esse busão. Também Caio.
E também com portas dos 2 lados, porém Volvo. Caio/Volvo, placa AUQ-2559.
Tem esse chapéu cobrindo-o, como é comum em São Paulo, Cidade do México e Santiago-Chile – agora veio um usado pra Grande Curitiba também, antes não existia aqui.
Acima o mesmo bichão em Fortaleza, Ceará. Ainda em branco, sua última aparição nessa configuração.
Ali ele agradou bastante, tanto que chegou, em 2014, a ser repintado com a frente e traseira de azul.
Portanto na atual padronização da cidade. Apenas não foi re-empladado, ainda diz “PR-Curitiba” na chapa.
Aqui nosso foco são os que estão em pintura diferenciada de testes.
Mas acompanhamos a saga inteira desse veículo – ainda me refiro claro ao articulado mostrado na sequência horizontal.
Vimos o ‘monstro de metal’ pelo Sudeste, Sul e Nordeste, então nada mais justo que registrarmos o Zênite dele.
Voltando a falar de quando ele ainda estava inteiro branco na fase de testes (esquerda, acima): o sanfonado é inteiro alvo, mas a numeração é em duas cores, pois estamos na ‘Costa Norte Brasileira’, onde o prefixo sempre está diferente do sufixo.
Depois do Ceará, ele voltou a fase ‘em testes’. Foi repintado em verde e amarelo, e trabalhou um tempo no Aeroporto Internacional de Brasília-DF, em 2016.
A última informação que temos é que esse veículo estava a venda no interior de São Paulo, no ano de 2017.
…………..
Seguimos de volta pra Fortaleza.
O mesmo buso Comil Volvo, placa OZA-2143.
Chapa em verde, que significa exatamente que é um protótipo, ainda não começou a produção em série.
Acima pela São José, ao lado pela Santa Cecília.
Novamente, em branco mas a numeração em duas cores.
Agora segura essa:
Fortaleza usou por um bom tempo a padronização “das Flechas”.
O buso era inteiro azul-claro, mas com flechas azul-escura e vermelha.
Estava em vigor quando estive lá, em 2011.
Por isso disse que “Fortaleza é a cidade do Sol, do Mar, das lagoas, do ‘funk’ e dos ônibus azuis”.
Já estou levantando essa série pro ar, onde abordo a questão com mais detalhes.
Como já dito há uma matéria específica sobre o transporte.
Hoje nosso tema são os busos em pintura de testes, vários deles brancos.
Pois bem. Filma a direita acima. O buso é branco mesmo.
Mas…. tem as flechas em vermelho e azul, e a numeração idem. É Fortaleza, né?
Embora nem tão intenso, algo similar ocorreu na vizinha Teresina-Piauí (acima a esquerda):
Buso branco, mas o número igualmente em duas cores.
Alias uma das cores, a do prefixo, é exatamente o branco, fizeram o contorno em verde-claro.
………
Acima a direita, o que vai pra Itaguara é da Grande Belo Horizonte.
A esquerda na Grande Curitiba, Zona Oeste:
No Terminal Santa Felicidade, de partida pro subúrbio metropolitano de Campo Magro.
Dir., de volta pro interior de São Paulo:
Viação Grande Bauru, obviamente da cidade de mesmo nome. Testando um Comil Svelto.
…….
Acima: micrão da Rápido Luxo Campinas fazendo a linha Sorocaba-Salto (via Itu).
Além da cor branca de testes, outro detalhe se sobre-sai:
O governo de São Paulo criou a Região Metropolitana de Sorocaba.
E portanto os ônibus agora serão de responsabilidade da EMTU.
Resultando que serão padronizados (exceto os de testes) no azulzinho que a gente conhece tão bem.
Até pouco tempo atrás as linhas inter-municipais operadas por ‘carros’ urbanos em Sorocaba (2 ou 3 portas e catraca) eram classificadas como ‘suburbanas’.
Os ‘suburbanos’, como todos sabem, são da alçada de outro órgão estatal de fiscalização, a Artesp.
Têm pintura livre, apenas uma plaquinha verde no vidro da frente com aquele ‘S’.
Quando a EMTU impôs a padronização, perto da virada do milênio, a princípio somente as regiões metropolitanas da capital, Santos e Campinas foram contempladas.
Portanto os busos intermunicipais de Sorocaba e Vale do Paraíba, entre outras, continuaram pintura livre.
Agora a coisa mudou. A EMTU abarcou também essas regiões.
Portanto se a Rápido Luxo aprovar esse micro, ele terá que ser azulzinho.
Como já ocorre a tempos com as garagens da região de Campinas.
No Vale do Paraíba é o mesmo.
Fui a Aparecida, e fotografei os Pássaro Marrom já padronizados a la EMTU.
………..
Acima, mais chinês de chapa verde:
Outro Tribus na capital paulista.
Pegamos a Dutra, e a direita:
Chinês de mesmo modelo no Rio de Janeiro (bem mais pro alto vimos um em Curitiba).
Na verdade, não sei se está em testes. Pois ele já está pintado na padronização adotada recentemente na cidade (durou pouco, 2010-2018).
A questão é que como está sem placas e é estrangeiro, há chances grandes que esteja.
Seguimos com a conexão Rio-Sampa.
Mafersa ainda com pintura de fábrica.
Sendo experimentado em SP acima, no Grande Rio (do outro lado da ponte Rio-Niterói) a direita.
Creio que seja o mesmo veículo, mas a placa é distinta:
Azul e 2 letras no primeiro caso, e vermelha no segundo.
……………
A esquerda, outro Mafersão no Rio, dessa vez no municipal.
Daquele jeito, né amigos: pintura de fábrica, até aí tudo bem.
Porém não tem numeração, e sequer identifico nome da viação.
Voltando pra São Paulo mas mantendo no Mafersa:
Trólei-articulado Mafersa no corredor ABD. Da época que a EMTU ainda era operadora (compartilhava o logo do metrô), e não somente gerenciadora.
Esse ninguém tem dúvidas que está ‘Em Testes’, está escrito isso no letreiro ao invés da linha.
Dois verdinhos Busscar em pintura de testes em
Belo Horizonte. E ambos são Tribus e vão pra Venda Nova, Zona Norte.
Só que há diferenças. O de cima é Scania, o do lado Volvo – e tem calotas!
Voltamos pros ônibus branco, o clássico dos que ainda estão na empresa somente como aperitivo.
Ao lado, saindo do Terminal Central de Joinville:
Outro Tribus. Esse é Comil/Scania. E se dirige ao Itaum.
Joguei no ar outra postagem com ônibus de Curitiba e Recife nessa mesma linha Centro/Itaum, o de Recife nesse exato local.
A direita:
Articulado branco em Salvador-BA.
Neobus Mega (o ‘redondão que lembra o finado Monobloco) Volvo.
Vindo na mesma postagem daqueles em Joinville que citei acima: ônibus articulados de Manaus deram uma passada na Bahia, antes de subirem pro Amazonas .
………..
Caio Zero Km no Rio Grande do Sul (exceto Carris)? Só mesmo em testes.
Por algum motivo que ainda não pude compreender, todas as viações do Rio Grande do Sul, o estado inteiro, se recusam a comprar Caio há muito mais de uma década.
A exceção é a estatal Carris. Por ser uma viação pública, precisa fazer licitação, então por vezes chegam lotes de Caio.
No entanto os frotistas particulares vetam, terminantemente.
Por isso é curioso vermos Caio zerados por lá. Em testes acontece:
O da esquerda está no sistema municipal de Porto Alegre, e o da direita no metropolitano.
Voltamos pra Joinville.
Um Scania Marcopolo, até com pintura de fábrica, o que torna patente o período experimental.
Primeiro também no Terminal Central e na linha pro Itaum, a direita em ‘Linha Direta’ em outro terminal, quem sabe o próprio Itaum.
E a esquerda, de novo Scania em testes em Cuiabá-MT.
É um veículo diferente, até de outra marca pois esse é Comil.
O detalhe é que a pintura é precisamente a mesma.
…………..
Esse articulado verde – já com a pintura dos Interbairros de Curitiba – antes de ser incorporado em definitivo a capital do Paraná rodou em Campinas.
É da mesma viação Itajaí, e vai pro Terminal Itajaí.
Qual a numeração dele? 2999, é claro.
Pelo visto, todos os que estão na firma de modo provisório recebem esse mesmo número.
Que assim se torna um código que já informa sua condição.
Agora, se esse estiver em uso e chegar novo ‘carro’ provisório, obviamente aí usam outro número.
…………
Continuamos no interior paulista. Araraquara teve tróleibus.
Alias nos anos 80 a rede de transportes de Araraquara era 100% tróleibus.
Isso mesmo, simplesmente não havia ônibus a dísel na cidade. Nenhum.
A rede de tróleibus chegava até os bairros mais afastados, rurais, em meio a fazendas.
Sendo tão numerosa, a frota de ônibus elétricos foi bem diversificada. No Brasil, só Araraquara teve trólei Gabriela e Trólei Monobloco.
Fiz uma matéria só sobre tróleibus, onde tudo isso é explicado e ilustrado com detalhes, não só Araraquara mas todas as cidades brasileiras que contaram com esse modal.
E nessa outra postagem uma radiografia continental, de Valparaíso-Chile a Vancúver-Canadá.
…….
Bora de volta ao que nos interessa aqui, que são busos operando com pintura de testes.
Na tomada a esquerda mais pra cima (vide legenda), um tróleibus Monobloco em Araraquara.
Esse, sabe-se lá porque, a CTA não pintou, deixou escrito assim, ‘Trolley’, e sem sua assinatura.
Lembra um pouco a pintura de fábrica da Mercedes (a direita mais pra cima), apesar que ali aportuguesaram a palavra, só tem um ‘l’ e botaram ‘i’ no lugar do ‘y’.
…………….
E fechamos como abrimos, com a ‘Família Hibri-Bus’ de Curitiba.
No começo da matéria vimos o Hibri-Bus verde, Interbairros. Em pintura de testes, que quebrou o tabu e assim originou essa mensagem.
E depois na pintura definitiva, similar mas não igual a dos demais Interbairros da cidade.
Pois bem. Na opinião da prefeitura, o Hibri-Bus fez tanto sucesso que se multiplicou e virou uma família, por isso usei esse termo.
Acima a direita o Hibri-Bus convencional, na cor amarela.
Fotografado ainda em frente a planta da Marcopolo, em Caxias do Sul-RS. Essa já na pintura definitiva usada aqui, diferente da normal. Porque tem a parte inferior mais escura decorada com aqueles traços tribais, que 99% da nossa frota não tem, é lisa. Mesmo caso do Interbairros.
A esquerda acima e direita, duas tomadas do ‘Hibri-Plus’, em formato ‘retrato’ e ‘paisagem’. E logo abaixo o ‘Hibri-Plug’.
Todos os 3 ainda não estão rodando na ocasião em que foram clicados, pois estão sendo apresentados em frente a prefeitura, no Centro Cívico.
Eles, como é adequado pra figurar nessa página, estão em testes (na verdade ainda iriam começar a serem testados quando dessa foto):
Por isso todos ainda com chapas verdes, e numerados ‘XY’. E com pinturas distintas do resto da frota, nesses alias totalmente diferentes, privilégio da ‘família’.
Pra quem não é Iniciado na Busologia Curitibana, ‘XY’ aqui significa exatamente o mesmo que ‘2999’ na Itajaí de Campinas:
Veículo que está no sistema provisoriamente, podendo posteriormente ser devolvido ou então incorporado em definitivo – e se isso acontecer será renumerado.
“Deus proverá”