Linha Turismo: a Curitiba que sai na TV

lado a, lado b: esse é o lado ‘a’ da cidade

outra postagem: "Linha Turismo, Curitiba Sai na TV" Parques mapa ctba desenho divisão zonas área verde itinerário roteiro traçadoPor Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 6 de janeiro de 2017

Maioria das imagens de minha autoria. As que forem baixadas da internet identifico com um ‘(r)’, de ‘rede. Créditos mantidos sempre que impressos nas mesmas.

Em dezembro de 16, andei novamente na Linha Turismo.

Fotografei os bairros pelos quais o ônibus passa pra produzir essa matéria.

Alias ela integra a ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO.

Bora de volta falar da Linha Turismo curitibana, que é pra isso que estamos aqui.

Museu Olho Centro Cívico z/c ctba oscar niemeyer escultura

Aqui e a esquerda o tótem: ‘Museu do Olho’ (Oscar Niemayer), Centro Cívico, Z/C.

No mapa vemos o trajeto do ônibus 2-andares. Como eu já disse antes e é notório:

A Linha Turismo concentra 95% do trajeto nas Zonas Central, Oeste e Norte.

Na Zona Leste ela entra rapidíssima (só o Jardim Botânico) e a Sul ela ignora por completo.

……..

Pois aqui, repetindo, é “a Curitiba que sai na TV”, o “Lado A” da cidade.

totemPra complementar essa matéria, veja o “Lado B”, exatamente o contrário, a “Curitiba “que não sai na TV”.

Além desse, em vários outros textos nós mostramos a parte da cidade que não é turística.

Por exemplo, eis o ‘Portal da Zona Sul’, que não foi contemplada com a passagem desse ônibus.

belem

Rio Belém, no Centro Cívico/Ahú.

Ali estão ancoradas diversos ensaios fotográficos que fiz em bairros periféricos da Z/S.

Quem não é daqui vai então ficar sabendo o porquê do roteiro ter sido assim traçado.

……….

A periferia, não apenas a austral mas de toda Curitiba e Região Metropolitana, é abordada em outros ensaios.

Portal Polonês na Rua Mateus Leme.

No tema de hoje nós vamos ver a porção turística, arborizada e de melhor padrão econômico da capital do Paraná.

Vou descrevendo o trajeto, bem ilustrado com fotos.

Quando eu já tiver feito outras postagens sobre aquele bairro, eu dou a ligação em vermelho.

Tudo isto posto, vamos lá. Eu comecei no ‘Museu do Olho’ (Oscar Niemayer), Centro Cívico, na Zona Central.

jd-schaffer-4

Aqui e na próx.: Jd. Schaffer.

Visto acima nas tomadas legendadas. A seguir cruzamos o Rio Belém (imagem logo a seguir).

Acima, entrando num pequeno trecho da Mateus Leme, passamos sob o Portal Polonês.

Bem próximo ao Bosque João Paulo 2° (agora canonizado pela Igreja Católica).

Esse parque é o Memorial da Imigração Polonesa, criado após a visita de J. Paulo a cidade em 1980.

jd-schafferFiz um desenho em que mostro o Belém, o Bosque do Papa e o Museu do Olho ao fundo.

Acima e nessa imagem a esquerda: Jardim Schaffer.

Uma região de alto padrão, como notam, onde está o Bosque Alemão.

Não pude fotografar esse parque porque ele ficou a direita do ônibus.

pedreira ctba z/n abranches rua portões portão entrada portal bosqueE como vocês notam em várias tomadas, eu me sentei a esquerda do busão.

Pelo mesmo motivo não cliquei o Parque Tanguá, Jardim Botânico, entre outras paradas.

Peço desculpas, mas não havia como ficar trocando de banco, tive que escolher um assento e me fixar nele.

ópera arame abranches Z/N bosque teatro ponte metal ferro árvore verde parque lago águaSeja como for, o Schaffer (cujas algumas ruas têm nome de compositores de música clássica) não é um bairro independente, mas uma ‘vila’.

Uma vila de alto padrão social, claro. Ainda assim, uma vila, e não um bairro.

Os bairros a que o Schaffer pertence são a Vista Alegre e Pilarzinho, na divisa entre as Zonas Oeste e Norte.parque são lourenço outra postagem: "Linha Turismo, Curitiba Sai na TV" z/n placa vertical ctba canal tótem totem árvore bosque banca lanchonete comércio trânsito avenida ladeira

Já pedi desculpas e expliquei porque não fotografei o Bosque Alemão e Parque Tanguá.

Nas duas fotos acima vemos o Abranches.

A direita acima é o portão de entrada da Pedreira Paulo Leminski.

geminado-pilarzinhoE passarela dá acesso aquela construção tubular redonda entre o verde que é a Ópera de Arame.

A passarela também é de arame, e portanto vazada.

Por isso criaram a ‘Faixa do Salto-Alto’ no canto.

Já fiz matéria específica sobre a região, onde eu explico melhor a história.verde-4-pil

Curiosidades calçadistas femininas a parte, a rua da Pedreira e Ópera (João Gava) desemboca no Parque São Lourenço. Acima a direita o tótem dele.

Depois o busão retorna ao Pilarzinho.

As próximas 8 imagens (contando a partir dos sobrados geminados a esquerda) são desse grande e populoso bairro da Zona Norte.

Alias como veremos por seu considerável tamanho o Pilarzinho tem uma heterogeneidade social muito grande.

Antigamente o bairro já tinha sua porção mais central bem aburguesada. madeira-pilarzinho-3

Por outro lado sua parte mais afastada do Centro, bem próxima de Tamandaré, era periferia mesmo.

Agora o aburguesamento avança rum ao subúrbio, então tudo convive:

pilarzinhoSobrados triplex de meio milhão de reais (ou mais);

Sobrados mais simples e prédios classe-média;

E ainda restam certas partes de periferia com casas simples de madeira e mesmo algumas favelas.

……..pilarzinho-5

Alguns detalhes se sobressaem:

Veja quanta área verde.

Nas Zonas Norte e Oeste Curitiba é uma das cidades mais arborizadas do mundo.

lote-pilarzinho-2Próximas 2 tomadas:

Ainda no Pilarzinho, vemos a periferia típica do Sul do Brasil. Como já falamos muitas vezes:

Casa de madeira;

lote-pilarzinho

Aqui se encerra a sequência do Pilarzinho.

Terreno enorme, dá pra fazer um campo de futebol;

– Muro baixo, ou mesmo uma cerquinha de madeira;

– Sem calçamento nem fora nem dentro do terreno.

Flagramos até um Fuca na ativa!, como você pode observar.

No entanto, tudo isso está mudando.

A Zona Oeste e em menor medida vários bairros da Norte concentram boa parte dos grandes terrenos ainda vagos dentro da cidade.taboao

Fora dali, isso só acontecia até recentemente também no Uberaba (Zona Leste) e Xaxim (Zona Sul).

Por isso todos esses bairros foram os que mais cresceram nesse século, nas últimas duas décadas e meia.

pq-tingui-3Exatamente por serem os que têm mais espaço disponível.

Repare que na foto acima da do Fusca o gigante terreno já tem placa de vende-se.

Logo será um condomínio, horizontal ou vertical.

A direita mais um prédio novo, no bairro Taboão, vizinho ao Pilarzinho. pq-tingui-7

……….

Vamos cruzar o Rio Barigüi.

E portanto saímos do Pilarzinho, Zona Norte, e voltamos a Vista Alegre e a Zona Oeste.

É a vez do Parque Tingüi, um dos muitos as margens do Barigüi.

pq-tingui-6Acima a esquerda exatamente a área verde ao redor do lago formado pelo represamento do Rio.

E depois duas pontinhas de madeira (uma pra pedestres e outra pra veículos) cruzando-o.

O Memorial Ucraniano (esq.) também fica no Pq. Tingüi.

Saindo do parque, vemos ao lado aquilo que te falei:

vista alegre z/o ctba sobrado condomínio fechado classe média alta moto céu nuvens eliteConstruções relativamente novas de classe alta e média-alta.

São recentes, como dito. A região era pobre antes do parque (pois é bem no subúrbio, a poucos metros de Tamandaré).

E ainda restam algumas casas bem humildes, onde se cria até galinhas, bordejando essa área verde.

A questão é que nada disso dá pra ver do ônibus.

madeira-vista-alegre-2

Vista Alegre: sobrado bi-modal (alvenaria/ madeira), comum no Chile e Santos-SP.

……

Digo, essa ao lado do Tingüi não dá mesmo.

No entanto logo a seguir a Linha Turismo entra em Santa Felicidade, e o mesmo se repete: 

Ainda há casas que criam galinhas, dentro da cidade.

Nas próximas duas tomadas abaixo (a mesma em escalas distintas) comprovamos o que falo.

Próximas 8: Santa Felicidade, Z/O.

Ressalto, aqui é Santa Felicidade, já longe do Pq. Tingüi.

O Extremo Oeste da cidade ainda mantém pequena área rural.

Em outros bairros da Z/O (não atendidos pela Linha Turismo) ocorre o mesmo, e nesses eu fotografei melhor.

galinha-sf……..

Mudou o bairro, e até a ‘zona’ (de Norte pra Oeste).

Mas muitas cenas em S. Felicidade são similares as que víramos no Pilarzinho:

– Muita área verde;

– Terrenos enormes;lote-santa-felicidade

– Várias dessas matas e lotes com casas humildes já a venda;

– Moradias humildes sendo muitas e muitas na madeira;

Adensamento, aburguesamento com o surgimento lote-santa-felicidade-2de condomínios;

– E até pequenas invasões.

…….lote-santa-felicidade-3

Agora vamos falar das características próprias de Santa Felicidade.

(Não apenas ela. Fotografamos e falamos também seu vizinho menor:

O bairro da Cascatinha, que fica no caminho pra Santa).

Esclarecido isso, vamos lá. É a região italiana da cidade por excelência.

vinicolaEntão a Av. Manoel Ribas concentra enormes restaurantes (onde se serve frango, polenta, maionese e massas), vinícolas e o comércio moveleiro.

Ao lado vemos uma casa de vinhos.madalosso

Mas a maior atração de S. Felicidade vem agora. ‘Maior’ não é figura de linguagem.

Eu disse que os restaurantes são enormes.

Pois bem. O Madalosso (dir.) é nada menos que o segundo maior do mundo.

buso-2Maior da América, maior de todo Hemisfério Ocidental, maior de todo Hemisfério Sul.

O Madalosso serve 4,6 mil pessoas, simultaneamente.

Isso em condições normais, aberto ao público em geral.

 

Segundo se diz, o recorde do Madalosso foi numa campanha eleitoral pra presidente, em que Maluf (sim, aquele Paulo Maluf) fechou a casa e pagou o jantar pra 5 mil pessoas.

Próximas 2: Av. Manoel Ribas, Cascatinha e imediações. Aqui o Portal Italiano.

Corre essa história, mas eu não posso confirmar se é verdade.

O que é fato comprovado é a capacidade normal de 4,6 mil. Maior que ele em todo planeta, só um restaurante que fica na Ásia, no Hemisfério Norte e Oriental.

Pra fecharmos a foto do restaurante, a direita mais pra cima: nota que os táxis em Curitiba são laranjas com quadriculado preto.

O subúrbio metropolitano de Tamandaré xerocou a pintura.

moveis-via-veneto

Loja de móveis.

A prefeitura de Curitiba não gosta dessa cópia que cheira a pirataria, mas não pode fazer nada.

Agora a imagem que aparece um busão amarelo, justamente voltando do Terminal Santa Felicidade:

Foi feita quase em frente ao Madalosso.

O que quero chamar a atenção aqui é que em seu trecho final a Manoel Ribas é de paralelepípedos, calçamento que já foi bem mais comum em Curitiba.

………..

Parque e Rio Barigüi.

As 2 acima, onde aparecem o carro vermelho (esq.) e o Portal (dir.) estamos na Manoel Ribas, mas antes de chegar a Santa Felicidade.

O Portal Italiano fica nos fundos do Parque Barigüi.

torre-teleparDiz “Santa Felicidade”. Estamos a caminho dela, mas ali naquele ponto ainda não é esse bairro.

E sim a divisa das Mercês com Vista Alegre.

Assim que cruzamos o Rio Barigüi que nomeia o mais famoso parque de Curitiba (acima), entramos na Cascatinha, onde foi clicada a loja de móveis a esquerda.merces

………

Depois de Santa Felicidade o buso começa a retornar ao Centro.

sao-francisco-largoPassa pelo Pq. Barigüi, como explicamos e clicamos acima.

E aí passa novamente pelas Mercês. É isso que vamos ver a partir de agora.

Desculpe o pleonasmo. Se estamos avistando a Torre da Telepar (acima a esquerda) é cristalino que estamos nos aproximando das Mercês.

A direita o trecho mais central da Manoel Ribas, também nas mesmas Mercês.

centrao-8

Próximas 11: o Centro da Cidade.

Óbvio que a estatal Telepar já foi privatizada a muito, e não existe mais.

Só que o nome ficou. Eu já fotografei esse mesmo monumento duas vezes, em outras duas matérias sobre a Zona Oeste.

Na tomada acima, onde aparece a galera curtindo no bar, estamos no comecinho da Manoel Ribas.

Quase no Largo da Ordem, em frente ao Relógio das Flores.

Nesse trecho inicial a Manoel Ribas se chama Jaime Reis, mas a rua é a mesma. Detalhe: também de paralelepípedo.

centrao-7Portanto ela tem cobertura empedrada nas duas pontas, o meio é de asfalto.

Ainda falando da foto acima a esquerda em que as pessoas bebem nas mesas no prolongamento do Lgo. da Ordem:

Ali é o bairro São Francisco, umbilicalmente ligado ao bairro que se chama ‘Centro’ mesmo, ambos juntos formam o Centrão da cidade.

………

A partir da tomada acima várias imagens do Centro de Curitiba.

Destaquei o topo do prédio marrom pichado.

Onde a cidade começou, ao menos oficialmente.

Porque na verdade a primeira povoação europeia de Curitiba foi no Bairro Alto, Zona Leste. Mas não deu certo.

Assim o núcleo primordial da urbe (aquilo que na América Hispânica se chama “Praça de Armas”, no México o “Zócalo”) foi transferido pra Praça Tiradentes.

ed-italiaNós já falaremos bem mais e mostraremos melhor a Tiradentes.

Na foto um pouco mais pra cima a direita, exatamente a que está legendada como “Próximas 12: o Centro…”, estamos perto da Rua 24 Horas.

A esquerda acima, onde há uma pichação em vermelho em primeiro plano, é a Praça Santos Andrade.

Onde ficam o Teatro Guaíra e o edifício-sede da UFPR.

Logo acima o Edifício Itália, por muitos anos foi o mais alto do Paraná.

……..

Agora sim: a  Praça Tiradentes. Na foto ao lado vemos a Catedral de Curitiba.

tiradentes

Próximas 4: a Pça. Tiradentes.

Tem dias que esse canteiro de flores fica todo colorido. Dessa vez está seco.

Toda quilometragem de e pra Curitiba tem esse ‘Marco Zero’ que fica na Tiradentes como referência.

Há um similar na Praça da Sé, no Centro de SP.

Portanto quando se diz que 408 km separam as capitais, mais especificamente se está dizendo que essa é a distância da Tiradentes a Sé.

Voltando ao marco daqui de Ctba.:

Em cima há um mapa pra lá de simplificado, mostrando as saídas da cidade.

E em cada ponto cardeal um desenho dizendo pra onde vai a estrada se você seguir nesse sentido.

Como notam, fotografamos a face ocidental: tem o desenho das Cataratas e está escrito “Iguassu”. Na grafia antiga, ainda.

Direita: a Tiradentes não é o marco zero apenas da cidade. É também o ponto inicial e final da Linha Turismo.

Digo, ele é circular, você não é obrigado a desembarcar em lugar nenhum.

Exceto, claro, quando ele completa a última viagem nessa exata Pç. Tiradentes.

Nas viagens intermediárias, ele estaciona porém você não precisa descer.

Só que ali ele fica mais tempo parado pra acertar o horário, é o que se chama ‘ponto de regulagem’ na busologia.

Atualizando: em 2021 o ponto inicial mudou pra Rua 24 Horas.

Pichações em prédio perto dessa praça.

A prefeitura jamais irá admitir publicamente, mas o motivo é a alta concentração de sem-tetos na Tiradentes.

Agora ele só fica nesse local o tempo necessário pros passageiros subirem e descerem. Pra acertar o horário é na 24 Horas.

A esquerda (também na Tiradentes) e em foto um pouco mais pro alto (em outra parte do Centrão, mais perto da Rui Barbosa), 2 prédios todo detonados pelos pichadores.

Fotografei a mesma cena ali pertinho, na Marechal Deodoro, e novamente em Caiobá (Matinhos-PR), Santos e Belo Horizonte-MG.

paco……….

Ao lado: Praça Generoso Marques, nos fundos da Tiradentes.

Em primeiro plano vemos o Museu do Paço Municipal.

rua-das-flores-palacio

Próximas 2: ‘Boca Maldita’ na ‘Rua das Flores’. Vemos o Palácio Avenida.

Ali foi a sede da prefeitura de 1916 a 1969. A frente há uma estátua.

E na base desta há um mapa do Brasil em que o Paraná faz divisa com o Rio Grande do Sul (????).

Espantoso, não? Paraná e Santa Catarina travaram a sangrenta ‘Guerra do Contestado’.

Que justamente contestava territórios. Dependesse da vontade paranaense, Santa Catarina só teria o litoral.

Todo o atual Oeste Catarinense deveria pertencer ao Paraná segundo essa versão, cristalizada no mapa que há estampado nessa praça.

rua-das-flores-2

O primeiro Mc Donald’s de Curitiba (de 1989) está na Luis Xavier. Aos fundos as copas das árvores da Praça Osório.

Ainda sobre a Praça Generoso Marques. Ali era o ponto inicial das primeiras linhas de expresso, quando esse modal começou em 1974.

Depois, quando vieram mais linhas pra outras partes da cidade essa primazia foi pra Pça. Rui Barbosa, que é bem maior.

…………

Já vimos a famosa ‘Boca Maldita’, as últimas (ou primeiras, depende do sentido que você vai) quadras da ‘Rua das Flores‘.

prado-velho-ex-linha-ferrea

Próximas 2: Prado Velho, Zona Central. Aqui na João Negrão pontes em dois modais (a de trem desativada) sobre o Rio Água Verde.

Em 1972, Lerner transformou em calçadão a parte mais central da Rua XV de Novembro.

A primeira quadra da XV a partir da Praça Osório se chama Avenida Luis Xavier, por seu tamanho diminuto conhecida como ‘a menor avenida do mundo’.

No ‘Palácio Avenida’, visto na foto a direita um pouco mais pro alto (vide legenda) é que há aquele famoso coral de Natal promovido por um banco.

Começou com o Bamerindus, depois HSBC, e agora é do Bradesco. Muda o patrono, a tradição continua.

……

paiol

Um pouco pra frente na mesma rua, o Teatro Paiol. Aos fundos avistamos a linha dos prédios do Cristo Rei, Zona Leste.

Saímos do Centro. Mas continuamos na Zona Central. Duas tomadas na Rua João Negrão.

A direita acima ponte sobre o Rio Água Verde (afluente do Belém, deságua nele na Vila Capanema a poucas quadras dali).

Até o fim dos anos 80 havia uma linha férrea que ligava Curitiba a Araucária.

Rio Belém atrás da Rodoviária, no Rebouças.

Desativaram-na, mas a ponte ferroviária permaneceu de relíquia.

É sobre o trajeto desativado dessa linha que em 1991 surgiu a invasão ‘Ferrovila’.

Cúpula do Jardim Botânico, cartão-postal mais famoso de Curitiba.

Que é estreita mas muito, muito comprida, vai do Parolin na Zona Central até a Vila Nossa Senhora da Luz no CIC, Zona Sul.

Acima já vimos o Teatro Paiol (tem esse nome porque originalmente era um depósito de armas do exército, um ‘paiol de pólvora’).

A esquerda na imagem o prédio pertence ao bairro Jardim Botânico. Já os espigões a dir. estão no Cristo Rei, e são os mesmos vistos atrás do Paiol, na foto pouco mais pro alto.

Logo após esse marco o busão vai rapidamente pro comecinho da Zona Leste.

Antes disso, vide foto logo acima, ele cruza novamente o Rio Belém.

Estamos no bairro Rebouças, Zona Central.

Essa cena foi captada atrás da Rodoviária, próxima ao estádio do Paraná Clube.

Que também se chama Vila Capanema como todos sabem.

Ali o Belém re-emerge, pois pra cruzar o Centro enfiaram ele pra baixo da terra.

……….anaconda

Na 2 imagens acima e ao lado, a Avenida Presidente Affonso Camargo,

Ela que divide os bairros Jardim Botânico do Cristo Rei.

Um dia tudo ali pertenceu ao Cajurú, mas não mais a muito.

centro-civicoA direita o tubo ‘Viaduto do Capanema. Vemos em segundo plano o prédio do moinho de trigo Anaconda.

…………

O ônibus da Linha Turismo acaba de deixar a Zona Leste, onde alias sua estada foi brevíssima. 

Nas duas últimas tomadas já vemos de novo o Centro Cívico, Zona Central.centro-civico-2

Acima quase na Avenida Cândido de Abreu, e ao lado um dos muitos prédios públicos do bairro.

Que foi alias criado pra isso como até o nome indica.

1-Pró-Parque: Jardineira (original) verde (r). A seguir os bancos, como os de praça (r).

Portanto estamos chegando ao mesmo ponto que havíamos embarcado, o Museu do Olho.

É hora de desembarcar e finalizarmos esse relato.

O roteiro de 2 horas e meia está enfim concluído.

Espero que vocês tenham gostado de nossa viagem. 

Ainda não acabou. Vamos a 1ª atualização, ainda em janeiro de 2017 :

HISTÓRIA DA LINHA TURISMO –

1-Volta ao Mundo: Jardineira (transgênica) em 2 tons de anil/turquesa; desenhos dos pontos turísticos na lataria (r); esse buso havia sido Expresso, virou o ‘Volta ao Mundo’ colorido e antes de sair do sistema ainda foi pintado todo alvo pra operar a Linha Turismo, onde virou o BT994, um pouco mais pra baixo mostro ele na nova roupagem.

Em 1990 foi criada a linha “Pro-Parque”, operada por jardineiras verdes.

Acima, em verde-escuro, jardineira em frente ao Passeio Público, de partida pra outro parque.

Depois de sair do serviço ativo esse veículo foi mantido exatamente como quando cumpria a linha.

Está preservado, servindo agora como um ‘museu vivo’.

Também nos anos 90 existia a linha “Volta ao Mundo”.

2-A linha ainda é “Volta ao Mundo“; repintaram de branco os ‘carros’ – mantém-se os desenhos das atrações turísticas (r); atrás uma ‘jardineira’ ex-Pro Parque.

Essa era feita por antigos ônibus normais, que quando venciam sua vida útil no sistema convencional eram adaptados pra novo uso:

Tinham sua janela ampliada pra virarem jardineiras.

Acima um desses Torinos adaptados. Numerado BV002.

A direita um veículo idêntico, de branco e renumerado, já na pintura da Linha Turismo – que ainda se chamava “Volta ao Mundo.

3-Renomeada ‘Linha Turismo’; continua feita por busos de 2ª mão, adaptados, que antes foram Expressos/Inter-Bairros, etc (r); mesmo local da foto anterior, a Praça Tiradentes.

Já falamos mais do tempo que a Turismo foi implantada.

Antes vamos voltar a gênese dela, a época das jardineiras.

Nas jardineiras que vieram assim de fábrica os bancos eram como nas praças, com tiras de madeira na horizontal (já vimos a imagem um pouco mais pro alto).

Nas ‘transgênicas’ (adaptadas, antes eram convencionais) não.

turismo

De novo veículo visto antes com nº BV002 (r).

Mantiveram-se os bancos de acrílico que os veículos já possuíam.

………..

Depois as linhas Pró-Parque e Volta ao Mundo foram fundidas pra originarem a “Linha Turismo”.

turismo-jardineira

Aqui e a dir.: transição pra etapa 3, a Linha Turismo implantada; repintadas de branco as antigas jardineiras verdes do Pro-Parque – ainda com desenhos dos pontos turísticos (r).

No começo, antes de virem os busos 2-andares, aproveitaram a frota das linhas-gênese.

Nas duas fotos ao lado e logo abaixo, jardineiras que antes eram verdes no ‘Pro-Parque’.

E foram dessa forma repintadas de branco ao mudarem de modal.

Logo abaixo na na Pça. Tiradentes, e ao lado em outro ponto da cidade.

jardineira1

Ponto ainda sem cobertura, só a placa (r).

A Linha Turismo pegou. Se tornou uma coqueluche, uma mania da cidade.

Assim começaram a vir ônibus zero km. No começo pintados de branco.

Depois, quando chegaram os 2-andares, toda a frota, incluso os de 1 andar, foi re-decorada nesse tom de verde.

Segue a transição: a frente ex-Inter-Bairros; o de trás veio 0km pra Linha Turismo (r).

Já mostraremos tudo isso. Nas fotos até aqui ainda estão os busos oriundos das linhas anteriores (Pro-Parque e Volta ao Mundo).

Aquelas que, não custa repetir, são a gênese da Turismo.

Portanto, até esse Monobloco ao lado os busões vieram usados, e foram repintados de branco.

A esquerda (na mesma Tiradentes) um Monobloco transgênico das Mercês, antes era Interbairros, e foi adaptado, aumentaram as janelas.

4- Consolidação: 1°s ‘carros’ Zero Km (r).

Agora sim vamos mostrar o que já falamos lá em cima:

Com o sucesso definitivo da Linha Turismo, passam a vir veículos novos pra ela.

Que dessa forma já saem de fábrica brancos e com as janelas nessa configuração.

Ainda estão presentes os desenhos dos pontos famosos da cidade na lateral.

mercês mt006 garagem Linha Turismo buso 1-and ctba verde árvore pinheiro prédios vidro alongado adaptado maior arco vermelho paralelepípedo hexagonal símbolo emblema lona letreiro jardineira comil motor atrás traseiro amarelo convencional

5– Ainda somente 1-andar, mas usando a pintura nesse tom entre verde e bege. Eliminam-se os ícones na lataria (r).

Um deles a direita, também na Tiradentes (ali era o antigo ponto final, atualmente é na Rua 24 Horas).

E a seguir adotou-se a nova pintura, bege com um aro vermelho.

Na tomada ao lado vemos numa garagem buso 1-andar.

……..

Alguns poderiam pensar que esses de pavimento único foram aposentados.

linha-turismo-curitiba

5- Como é hoje: a estrela principal, óbvio, são os 2-andares, mas nos dias de pico os de 1-andar estão na retaguarda, valentes (r).

E portanto eles não circulam mais na Linha Turismo.

Nada, entretanto, poderia ser mais distante de realidade.

Sim, nos dias de menor movimento só rodam veículos 2-andares. 

Entretanto no pico (férias e feriadões), quando o negócio bomba, a Linha Turismo opera em comboio:

Na frente um 2-andares, mas na retaguarda os bons e velhos de 1-andar vão na cobertura.

Novamente na Praça Tiradentes, um par deles, um tem escada dentro o outro não.

ATUALIZAÇÃO DE DEZEMBRO DE 2020:

O NATAL-LUZ NO PARQUE BARIGÜI –

De uns anos pra cá no Natal estão colocando lindas árvores iluminadas em várias partes da cidade.

Ao lado o lago do Parque Barigüi (notoriamente o parque mais famoso da cidade).

Em 2020 foi além disso: afora a árvore, o parque sediou o evento ‘Natal-Luz de Curitiba’.

Com várias atrações como coral das crianças, presépio vivo, portais de luz, estátuas cristãs, etc. .

Pra que o povo pudesse conferir tudo isso, foi criada a Linha-Natal.

Próximas 2: Porto Alegre-RS (r).

Que tem seu único ponto de embarque e desembarque no Terminal Campina do Siqueira (imagem acima).

Atendida pelos busões da Linha-Turismo (os de 1-andar, nesse caso não os mais famosos de 2-andares).

Independente se o veículo tem escada ou não, é fato:

A capital paranense definitivamente entrou na lista das cidades que decoram seus ônibus na ocasião do Natal.

Belo entardecer (r).

Usando pra isso os busões emprestados da Linha-Turismo.

Afinal, a Linha-Natal é uma filha, uma filial, da Linha-Turismo.

ATUALIZAÇÃO DE SETEMBRO 2022:

LINHA-TURISMO PELO MUNDO –

São Paulo.

Bem, nisso Curitiba tem bastante a aprender com os gaúchos.

No Rio Grande do Sul é tradição decorar a Linha Turismo com neon.

Nas duas imagens acima na capital Porto Alegre. Mais a frente veremos o interior.

Vamos pro Sudeste. Em janeiro de 2018 cliquei a Linha Turismo de São Paulo, lá chamada ‘Circular Turismo’ (esq.).

É um Volvo Marcopolo, flagrado no Bom Retiro, Zona Central.

A tarifa na ocasião era R$ 40. Ultrapassando um táxi na padronização paulistana, toda branca.

Nós cruzamos o oceano, mas o buso continua vermelho:

Ao lado Cidade do Cabo, África do Sul, abril de 2017.

Tribus, e com um detalhe curioso: pelo Brasil e América Latina, os busos ou têm cobertura (em alguns casos retrátil) ou não têm, por inteiro .

Na África é diferente: as primeiras fileiras são cobertas, do meio pro fim fica ao ar-livre, pra agradar todos os gostos.

Ainda vermelho a esquerda a Linha Turismo de Córdoba, Argentina, março de 2017.

Trouxeram um 2-andares direto de Londres/ Inglaterra (apenas cortaram a capota).

Daqueles antigos, fabricados nas décadas de 50 e 60, e que rodaram até a virada do milênio.

Na capital Buenos Aires é diferente, como vê a direita a Linha Turismo é servida por busos amarelos.

Busscar em Cuba, produzido no Brasil (r).

De fabricação argentina mesmo e que chegaram 0km ao modal.

O registro foi na Praça de Maio, epi-centro político como todos sabem da Argentina.

Subindo pro Caribe, agora a Linha Turismo de Varadeiro, famoso balneário de Cuba (esq.).

A seguir, duas belas imagens da Avenida da Reforma, Zona Oeste da Cidade do México, junho de 2012.

Clicadas de dentro da Linha Turismo local. A Zona Oeste é a parte que tem a maior renda da capital mexicana.

Tendo exatamente nessa Reforma sua espinha-dorsal.

Bem, notam o padrão dos edifícios corporativos ao redor.

Destaquei a estátua em homenagem a Cuitlahuac, comandante azteca no tempo da conquista espanhola.

……….

Voltando ao Brasil pra fecharmos com chave de ouro.

 O vermelho todo iluminado faz a Linha Turismo de Gramado e Canela, no interior do RS.

Também é Marcopolo, e, pensando bem, na Serra Gaúcha seria de que marca?

Segura essa, na última imagem da matéria: em Dois Irmãos-RS, um velho Veneza ainda circulava, no Natal de 2015.

dois irmaos-rsIluminado e adaptado pra operar apenas como uma linha turística, sazonal.

A ‘Kolonistenwagen’, como convém a um lugar de forte colonização germânica.

Pera lá: um velho Veneza de 40 anos, mas ainda na pista. Eu encerro meu caso.

“Deus proverá”

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