Rodo-Trem, Monobloco Articulado, Pé-Gigantesco, Meio-a-Meio: é cada Gambiarra (Transgenia)!!

Rodo-trens: cena comum nas estradas da Austrália. Esse é “curto”, tem “só” 3 vagões.

INTEGRA A “ENCICLOPÉDIA DO TRANSPORTE URBANO BRASILEIRO

Por Maurílio Mendes, O Mensageiro

Publicado em 26 de fevereiro de 2019

Quase todas as imagens foram baixadas da internet. Créditos mantidos sempre que impressos nas fotos.

Já quando as tomadas forem de minha autoria identifico com um asterisco ‘(*)’.

Então o que dizer deste? São 7 vagões!!

A Saga da Transgenia Automobilística vai Continuar!

Pra quem que não sabe o que é isso, é mais simples que parece:

Trata-se de veículos adaptados pra um uso distinto do original que saiu da fábrica.

Kombi-Avião!!! Será verdade que ela voa???

Ou já saiu assim de fábrica, mas é uma variação interessante, curiosa, de um outro veículo de tipo mais comum.

Já abrimos fervendo: nas duas tomadas acima estamos vendo os famosos “Rodo-Trens” que rodam nas estradas da Austrália (“road-trains” no original em inglês).

No Brasil – e em diversos países do mundo como África do Sul e Argentina – são comuns os bi-trens:

Maior carro do mundo: diferente do ‘Rodo-Trem’, não faz curvas pois não é articulado.

Trata-se, como sabe, de um ‘caminhão articulado’, isto é, com um reboque.

De alguns anos pra cá ficaram frequentes no Brasil (e, novamente, várias partes do globo) as ‘carretas/bi-trem.

Nesse último caso, um cavalo-mecânico com 2 carretas, ou seja com 2 reboques.

Tetra-articulado testado nas Filipinas em 2015 – sim, são quatro sanfonas: igualmente se define como “rodo-trem”, só que de passageiros e não de carga (as Filipinas são relativamente perto da Austrália e lá também se fala inglês, daí ‘pegaram carona’ no termo).

As maiores ‘carretas/bi-trens’ brasileiras medem 30 metros.

Pois bem. Os ‘Rodo-Trens’ da Austrália têm em média 50 metros, com 4 ou 5 carretas puxadas por um único cavalo-mecênico.

Alguns rodo-trens atingem 7 ou mesmo 8 carretas com um único cavalo.

Justificam plenamente seu nome, são verdadeiros trens sob pneus!

‘Pera lá, como isso roda sem atrapalhar o trânsito? Como faz curvas?’, perguntariam alguns.

Pé-Grande é uma coisa, mas esse é o ‘Pé-Gigantesco’, só se sobe com escadaria.

E com razão, diante do tamanho do bichão. Pra responder isso, vamos falar um pouco da Austrália, sua geografia e legislação.

Primeiro como a regulamentação legal funciona: os rodo-trens australianos só podem circular em rodovias. São proibidos de entrar nas cidades.

Assim, a transportadora têm que carregar e descarregar eles já nas rodovias.

O Centro de Distribuição precisa ser fora da Zona Central dos centros urbanos, tanto nas metrópoles quanto no interior.

Monobloco com 3 portas, conhecia? Veio de fábrica com 2, adaptaram pra do meio ter elevador pra deficientes – quando não existiam ônibus pra cadeirantes, foi o pioneiro em SP.

E se um rodo-trem precisar mesmo passar dentro da cidade?

Então ele precisa pedir autorização especial pro equivalente ao Detran deles.

A travessia dos centros urbanos só pode ser feita de madrugada.

Ainda por cima escoltada por veículos da polícia rodoviária.

Agora vamos a geografia. A Austrália é uma grande ilha, como todos sabem.

Próximas 3: ‘Rodo-trens’ na Austrália, os bichões rasgando as pistas dessa nação…

A parte rica, mais densamente habitada, mais montanhosa e de clima mais chuvoso é o Sudeste do país.

Ali, próximas uma a outra, ficam 4 das 5 maiores cidades australianas:

Sidnei, Melburne, Brisbane e Adelaide, além da capital Camberra também estar na região.

…e até seus rios. “Rodo-Barco-Trem”??

O Centro (geográfico) da Austrália é formado basicamente por uma região plana e de clima semi-árido.

Além de ser bem menos desenvolvido economicamente.

Resultando que boa parte das estradas são retões, quase sem montanhas – e portanto quase sem curvas.

Some-se isso ao fato que no Centro (geográfico) quase não há cidades grandes ou médias, apenas povoações menores.

Olha quantos vagões o cavalo puxa.

Dessa forma, o “Rodo-Trem” pode percorrer centenas de quilômetros, ou mesmo bem mais de um milhar na boa.

Sem se preocupar muito com curvas, declives ou aclives acentuados ou centros urbanos populosos.

…………..

“RODO-TREM BRASUCA”: É MOLE???

Já voltamos pra Austrália. Antes segura essa, se for capaz:

Ônibus 2-andares é comum. Buso com 3-andares aposto que você nunca viu. Existiu, em Berlim/Alemanha, na década de 20 (do séc. 20). Mais um pouco teria elevador! Seria inviável atualmente, hoje as cidades têm muito mais viadutos que no século passado.

O Brasil também tem “Rodo-Trem”,você sabia dessa novidade?

Trata-se de uma carreta-tanque com 15 eixos e 4 vagões – foto a direita.

Porém atenção: isso foi somente uma brincadeira que alguém fez.

Foi engatando reboque após reboque, creio que especialmente pra produzir o vídeo de onde captei a imagem.

Esse caminhão-tanque que acabo de retratar não pode rodar nas estradas brasileiras.

Acho que a legislação nem permite. Portanto é só uma graça de alguém mesmo.

Não é o maior caminhão do mundo tudo somado, mas os compartimentos de carga podem ser ‘as maiores carretas‘ do planeta.

Na Austrália é bem diferente, lá esses ‘trens sobre pneus’ são regulamentados.

E portanto uma cena muito frequente no asfalto daquele país.

A direita vemos um bi-trem (apenas 2 vagões). Aproveito e já faço uma retificação. Escrevi:

“Como o ‘Rodo-Trem Brasuca’, esse ao lado me parece ser apenas uma brincadeira.

Kombi “Espírito de Porco”. Note que o nariz não é colado, ao contrário, a carroceria foi modificada de forma permanente.

Posto que os compartimentos de carga são muito compridos, assim ele não faz curvas.”

Olhando com mais calma, realmente ele tem extrema dificuldade pra virar.

Não parece ser brincadeira não. Simplesmente é mais um daqueles de ‘transporte especial’, que tem que ser escoltado.

Agora vamos falar de um caso que comprovadamente é brincadeira.

Algo que não tem utilidade prática além de ser exibido pelo dono como um brinquedo.

Aqui e a esquerda, Kombis modificadas com frentes de automóveis de passeio. Nessa um Ford, e depois Volkswagen (que já é a própria fabricante da Kombi, obviamente).

Me refiro ao ‘Maior Carro do Mundo’ (já mostrado mais pro alto na matéria):

Ele tem 30 metros – tamanho de uma carreta bi-trem – e 12 eixos.

Conta inclusive com heliponto. Vocês leram certo, pousa helicóptero na cauda.

Mas como ele não é articulado, não faz curvas em ruas normais.

Seu raio de giro é gigante, inviabilizando-o de andar no trânsito. Daí pra que serve?

Oras, pra mostrar pra todos o quanto o proprietário dele é rico.

E assim pode investir uma fortuna pra ter um carro com o qual ele não consegue andar nas ruas.

Alias, um detalhe: nos anos 80 o maior carro do mundo tinha apenas 9 metros.

Centopeia??

Como atestado pelo Ploc Gigante, o ”Livro Guiness dos Recordes Informal” da época.

Digo de novo, nos anos 80 o maior carro do mundo era um Cadillac fabricado em 1976, que possuía “apenas” 9 metros

Depois, o maior carro do mundo passou a ter nada menos que 30 metros, e 12 eixos.

O maior ‘Pé-Grande’ do mundo. Parece ser só um brinquedo, não roda de verdade.

Tem mais eixos que o recorde anterior tinha em metros. Bela diferença, hein?

Um carro com 12 eixos? Está falando de uma centopeia?

Não, centopeia mesmo é o veículo acima a esquerda, que transporta mega-estuturas. São mais de 30 eixos!

Eu disse 30 eixos, não 30 metros. E isso que a foto não conseguiu enquadrar ele inteiro, talvez sejam mais.

(Alias tive até que ampliar o chão no computador, pra imagem não ficar tão comprida.) Haja pneu!

Fiat Uno conversível???

Já que o assunto é pneus, filma a picape vermelha a direita.

Trata-se, segundo algumas fontes, do maior automóvel do mundo.

Veja como duas picapes normais (uma branca e outra também vermelha) podem ser estacionadas sob ela, em seu vão.

“Caminhão” Volksvagen com…. 1 cavalo de potência?? Tá bom pra ti?

Mais pro alto na página já mostramos outra picape ‘Pé-Grande’, aquela azul com pneus ‘FireStone‘.

Nessa azul as rodas são até maiores que na vermelha. Porém na azul só as rodas são colossais.

O veículo mesmo – cabine, assentos – é de tamanho normal.

Na vermelha, por outro lado, tudo é grande. Creio que por esse motivo a picape vermelha seja desfuncional.

Próximas 2: outro ‘Pé-Gigante’, tem que subir por escadas. Mas esse opera de verdade.

Apenas um brinquedinho de alguém com polpuda conta bancária que pôde investir bastante pra produzi-la e mantê-la.

E que brinquedo de tamanho exagerado, vocês não acham?

Se o chiclete Ploc Gigante ainda existisse, faria uma atualização pra incluí-la.

Acima e ao lado, mais um ‘Pé-Gigante’. Tem que subir por escadas.

Mais uma vez compare ele com um carro normal parado em seu vão:

Gol Pé-Grande.

Se ele passasse sobre o automóvel, o esmagaria como nós esmagamos um graveto.

Só que esses monstros em amarelo não são brinquedos. Nem estão pra brincadeiras.

Ao contrário, estão aqui pra trabalhar. São caçambas especiais usadas na mineração pesada.

Em outra matéria falei sobre os Pés-Grandes Automotivos

Proxs. 3: caminhões adaptados pra servirem também como ônibus, levam gente e carga.

Bem, seguindo essa lógica as picapes e caçambas mostradas aqui só podem mesmo receber a alcunha de ‘Pé-Gigante’.

CAMINHÔNIBUS??? ANTIGAMENTE MAIS COMUM, ATUALMENTE A JUSTIÇA VETOU –

Em décadas passadas, especialmente no Nordeste, era hábito adaptarem caminhões pra funcionarem – também – como ônibus.

Virando portanto um “Caminhônibus”. A direita num antigo Mercedes cara-chata, aquele fabricado nos anos 50.

Tem até letreiro sobre o para-brisas pra dizer a linha, que chique.

As próximas duas tomadas foram feitas no estado do Piauí.

A esquerda num caminhão (GM? Ou seria Ford?) fabricado no ano de 1968.

E a direita nós vemos um Ford produzido no ano de 1975.

Nos dois últimos casos com bagageiro no teto, como ainda é comum na África e na Índia.

Na época tudo era diferente, legislação, fiscalização, etc.

Já a foto a esquerda é dos anos 90 e do estado de São Paulo.

Não chegou a rodar.  Esse veículo, um caminhão Mercedes-Benz baú que foi adaptado com janelas, foi proibido pela justiça e saiu de circulação.

Sistema anti-furto. Bem original, eu diria.

Não é difícil entender o porque. Nos tempos idos, os trabalhadores rurais (‘bóias-frias’) eram transportados em carrocerias abertas de caminhões, como sabem.

Só que o país, ainda que a passos lentos, avançou socialmente, e essa prática foi vetada por lei.

Pois bem. Aí alguém teve a ideia de abrir janelas, porta e escada no baú.

Porta de papelão, pode isso?? Pelo menos tem porta, na Rep. Dominicana flagrei caminhão sem portas.

E assim continuar levando os peões das fazendas em caminhões. 

“Negativo”, disse o poder judiciário. Pra transportar gente tem que ser ônibus.

Dessa forma foi o parecer. Caminhão não é permitido, nem mesmo adaptado.

……..

Por falar em ‘Caminhônibus’, os exemplos da fusão entre os modais de caminhão e ônibus estão só começando.

Estamos ‘ligando os motores’. Veja agora a tomada abaixo a direita:

Ônibus adaptado pra virar um caminhão. E logo um caminhão-guincho.

Assim ele carrega seu companheiro, que é outro ônibus. Um buso carregando outro, como um canguru leva o filhote na bolsa.

Na verdade tem mais: o que está sendo carregado é um ônibus-museu.

Na foto anterior, um ônibus puxa outro. Aqui, uma Kombi puxa a outra – essa é no Brasil; na Europa essa transgenia é comum.

Ou seja, um veículo muito antigo que foi preservado em suas características originais.

Pra mostrar a todos como foi o começo daquela empresa, um ‘museu ambulante’. Foi fabricado nos anos 50, note o desenho das janelas que entrega a idade

(A janela é igual a dos tróleibus que circularam no Brasil e Chile até a virada do milênio e mesmo após.)

Várias viações agora estão fazendo isso, mantendo um ‘xodó’, um de seus primeiros ‘carros’.

“Febre Amarela”: jardineira Ford em Santiago do Chile, início dos anos 90.

E eles são uma das atrações principais dos encontros de busologia, por motivos óbvios.

JARDINEIRA, O “ONIBUS DA AMÉRICA” – NO PASSADO, EXISTIU NO BRASIL TAMBÉM

Como já escrevi muitas vezes, a ‘jardineira’ é o ‘Ônibus Americano’ por excelência.

(Duas notas: 1] Não preciso lhes lembrar que América é um continente, não um país.

Jardineira no Brasil, da Viação Rondônia.

‘Americano’ se refere, em meus textos, ao continente América, sempre. O que vem dos EUA é ‘estadunidense’ ou ‘ianque’.

E 2] Por ‘jardineira’ me refiro aquele ônibus que é montado sobre chassi de caminhão.

E que portanto fica ‘bicudo’, com o motor saltado a frente, como os caminhões eram nos tempos idos.)

Jardineira é o Ônibus da América. Antigamente, até os anos 80, só dava ela.

Micro e jardineira: ônibus montado sobre picape na Samoa Estadunidense.

Isso em praticamente todos os países de língua espanhola do continente.

Do México ao Chile e Argentina, passando por Paraguai, Bolívia, Peru, Uruguai, América Central, enfim, todos.

A situação era a mesma, as ‘jardineiras’ dominavam incontestes o transporte urbano.

Nos EUA elas são comuns também mas restritas ao modal ‘escolar’, situação que se repete na República Dominicana.

No Brasil elas também existiram, mas num passado mais longínquo.

No transporte urbano, deixaram de operar ainda no começo dos anos 60.

Ao lado vemos uma jardineira aqui em Curitiba, na linha Alto Cajuru, naZona Leste da cidade.

Ônibus Thamco adaptado pra caminhão graneleiro (nos destaques menores um Mercedinho carreta, já tinha visto isso?).

A tomada é bem antiga, e nos mostra um tempo que quase toda Z/L de Ctba. só tinha 2 bairros, o Cajuru e o Tarumã.

Isso basta pra explicitar o quanto tempo faz que a jardineira deixou de operar transporte urbano em nossa Pátria Amada.

No entanto, restaram alguns remanescentes desse tipo de veículo em outros modais.

1975: eis o 1º Tribus do Brasil, uma picape Rural adaptada de forma caseira. Veio do Oeste de Santa Catarina, que já deu valiosas contribuições a busologia.

Veja um pouco mais pra cima a esquerda a jardineira da Viação Rondônia.

Foi montada sobre um caminhão Mercedes-Benz, o clássico 11-13.

E a foto foi tirada (prov.) no ano de 1996, já perto da virada do milênio portanto.

Então voltemos a falar dos países vizinhos, de fala hispânica.

Todos eles demoraram mais pra essa transição, em alguns está ocorrendo agora, e outros ainda nem iniciaram.

‘Tribus’ é uma transgenia leve, apenas acrescentam mais um eixo. Esse Veneza é da Viação Santa Maria de Pelotas-RS.

Na Argentina, Chile e Uruguai as jardineiras operaram transporte urbano nas grandes metrópoles até perto da virada dos anos 80 pra 90, um pouco antes, um pouco depois.

Depois disso foram sendo repassados pras cidades menores do interior, onde ainda tiveram uma sobre-vida.

Por exemplo, Porto Iguaçu, a 2ª maior cidade do estado (província) argentino das Missões.

Fica na ‘Tríplice Fronteira’ com Foz do Iguaçu (Brasil) e Cidade do Leste (Paraguai), como sabem.

Falar em Tribus tem que falar na Paraíba. Eles gostam tanto de ônibus trucado que até micrinho é tribus em João Pessoa.

Então. Em Porto Iguaçu, Argentina, as jardineiras circularam pelo menos até 2009, em 2006 vi pessoalmente.

Por outro lado, em Buenos Aires, Córdoba, Rosário, Mendonça, as maiores metrópoles da nação resumindo, a retirada foi bem antes.

Nelas já não haviam mais esses ônibus ‘bicudos’ em linha regular desde a década de 90, repetindo.

Em Santiago e Valparaíso (Chile) e Montevidéu (Uruguai) o mesmo se deu.

Até picape Ford Pampa é Tribus? E com rodo-ar – nos detalhes, vemos também uma Brasília Tribus e uma picape Toyota com 4 eixos (várias das tomadas de transgenia foram captados de vídeos da internet, mantive os créditos quando impressos assim você pode ver pessoalmente as “gambiarras”, que é como eles chamam as transgenias).

Hoje você só vê jardineira no Chile, Uruguai e Argentina transportando bandas de música ou como ‘casa-móvel’.

Até dos modais ‘rural’ e ‘escolar’ já foram aposentadas.

No entanto, entre 2011 e 2013 estive na Colômbia, México e Paraguai.

Nos 3, a jardineira ainda dominava inconteste. Por fotos vi que o mesmo se dava no Peru, Panamá e quase toda América Central.

No entanto, o tempo passou, e Peru, Paraguai, Colômbia e Panamá caminham agora na segunda metade da década de 10 pra abandonarem as jardineiras igualmente.

Os ônibus novos que têm chegado pra esses países são ‘cara-chata’ (alias muitos de fabricação brasileira).

Falando em Ford, Kombi com frente de Jipe?

Quanto ao México não posso dar certeza, não acompanhei a situação tão de perto. Mas nos outros é fato:

Após longas décadas de bons serviços as jardineiras começaram a transição pra ‘linhas ‘suburbanas’, e pro ‘rural’ e ‘escolar’, rumando pra aposentadoria.

Vimos mais pro alto na página uma jardineira amarela Ford em Santiago, no começo dos anos 90.

Outro carro de passeio ‘tribus’.

Logo que chegou a padronização ‘Febre Amarela’, deixando todos os busos da cidade ‘amarelinhos‘.

Pois bem. O chassi e motor são Ford, como dito e está evidente.

Porém a carroceria é Caio Gabriela, vocês sabiam disso?

Kombi articulada.

A Caio uma época batizada seus modelos com nome de mulher (a ‘Caroliiiiina’ imortalizada por ‘Sêo Jorge’ era o micro, vocês se lembram).

Voltando aos busos de tamanho normal, o modelo que era o carro-chefe da época era o Gabriela.

Voltando aos ônibus, mas tão inusitado quanto, Mafersa articulado. Não houve produção em série do modelo, por isso entra como transgenia (ainda por cima é tróleibus).

Que bombou em todas as cidades brasileiras, um sucesso. Então, amigos.

A Caio tinha também um modelo pra exportação, pra ser encorraçada sobre jardineira. Era por isso chamado de “Gabriela Andino“.

Vemos um deles em ação no Chile, ao pé da Cordilheira dos Andes.

Vemos também mais pro alto na matéria uma jardineira encorraçada sobre picape operando na Samoa Estadunidense.

Antigo navio (inclusive há o registro naval dele, feito no Panamá) que agora fica fixo na margem do Rio Ozama, servindo como usina em Santo Domingo, República Dominicana (*) – como explicado, as imagens com asterisco são de minha autoria.

Trata-se de uma pequena ilha da Polinésia, no meio do Oceano Pacífico.

A Samoa Estadunidense é oficialmente ainda hoje uma colônia dos EUA, daí seu nome.

Mais pra baixo ainda veremos mais um veículo clicado ali, uma carreta.

Falemos agora dos articulados Monobloco Mercedes (visto no começo da reportagem) e Mafersa (acima a direita).

Ambos foram modelos de ônibus muito populares em nossa nação.

Seguindo na mesma linha, um ‘Gabriela Casa-de-Máquinas’, no interior de Minas Gerais (quando ainda era ônibus, esse Caio operou em Belo Horizonte, sei disso porque o teto é modificado – duplamente transgênico).

Entretanto, apenas como veículos curtos (não-articulados). Tanto o Monobloco Mercedes quanto Mafersa não chegaram a ser produzidos com sanfona.

Exceto pouquíssimos protótipos de cada um – por isso conta como transgenia.

Não sei quantos Monoblocos Mercedes articulados foram fabricados.

Eu nunca vi nenhum deles operando, nem mesmo por fotos.

Quanto ao Mafersa, certamente não houve produção em série, igualmente.

E algumas fontes dizem que só existiu esse protótipo.

Pelo menos é certo que ele foi pras ruas, aqui em testes na Grande São Paulo.

Decorado na primeira pintura do Corredor ABC – esse corredor e a linha pro Aeroporto de Cumbica no começo eram operados pela estatal EMTU (que compartilhava o logo do metrô).

Depois houve a privatização, o Corredor do ABC mudou também a pintura.

Esse foi clicado na Ásia.

a linha Tatuapé/Cumbica, embora operada por viação privada (a Pássaro Marrom) ainda conserva esse esquema de fundo branco com faixa azul.

……..

Ao lado: mais um caminhão com ‘1 cavalo de potência’, ou seja, uma carroça com cabine de caminhão.

Já prosseguimos com o texto. Antes uma galeria de imagens. Primeiro, mais ‘Rodo-Trens’ australianos.

Vimos na sequência acima dois ‘Rodo-Trens’ caminhões-tanque .

Agora, quer ver o que é caminhão-tanque de verdade?

Filma a esquerda: e é Rodo-trem. Na matéria sobre os Scania vimos um Jacaré levando um tanque de guerra na Síria.

No entanto aquele era um só. Já esse Rodo-Trem atende quase um pelotão inteiro.

Só ele sozinho já vencia uma batalha (rs….exagero, claro).

E agora isso? Um carro esportivo com cabine – pessimamente encaixada – de picape antiga.

Agora olha a direita: quer um Rodo-Trem com locomotiva de verdade? Pois tem também.

Outra ‘licença poética’ de minha parte, evidente. Pois esse branco com faixas azuis não é Rodo-Trem, só tem 1 carreta.

Acontece que é caminhão, é da Austrália, e tem mesmo uma locomotiva.

………

A direita: posto-barco em Belém do Para, clicado por mim no ano de 2013.

Sim, é isso. É um posto de gasolina, com bomba, tanque, tudo que tem direito.

De articulado pra pitoco: nessa transgenia, amputaram o veículo da sanfona pra trásvários seu colegas da ‘Frota Pública’ de Curitiba tiveram o idêntico destino.

E é fluvial, fica boiando no meio do rio. Pra atender outros barcos.

Posto que (desculpe o trocadilho…rs) assim o barqueiro poupa tempo e trabalho.

Pois ele não precisa aportar, amarrar o barco, pegar o galão, descer em terra, encher o galão…

…depois passar pro tanque de seu barco, depois desamarrar o barco pra seguir viagem.

Só encosta, abastece e arranca, como acontece com os carros. Mais prático, não?

Voltando aos ônibus, sabia que existiu Monobloco Articulado?? Pois existiu!

Meio-a-Meio” – as viações Cometa, Catarinense e 1001 (todas do mesmo grupo) deixaram alguns de seus busos metade na decoração nova, metade na pintura retrô.

Ao lado Cometa na Grande Belo Horizonte. Vejamos mais exemplos:

ARTICULADO RODOVIÁRIO 2-ANDARES E AINDA TRIBUS: AÍ É MUITA COISA!!!

No começo dos anos 80, quando os articulados começaram a ser fabricados no Brasil, chegou a existir ônibus de viagem ‘sanfonado’.

Esse e a seguir: carroceria Neoplan que operavam na Alemanha.

A direita um da viação Catarinense, na linha Blumenau/Baln. Camboriú: 1 porta, bancos estofados e banheiro, era rodoviário.

Tinha cobrador, e na época era permitido viajar em pé. Pinga-pinga, encostava nos pontos na beira da estrada.

No Brasil, entretanto, o modal não pegou. Por dois motivos:

1) Em viagens longas havia desconforto e instabilidade no vagão traseiro.

Viação Hallo, de Essen. Não se sabe em que país da Europa foi a foto, pois na lataria está escrito que a empresa é ‘internacional‘.

E 2) porque era difícil a logística nas rodoviárias, que no geral não tinham plataformas apropriadas pra esses veículos compridos.

Tudo somado, ainda na década de 80 deixamos de contar com articulados-rodoviários.

No entanto, veja as fotos acima e ao lado: articulado, rodoviário e 2-andares.

Andar inferior do vagão traseiro com salão diferenciado, talvez abrigue poltronas leito. E ainda é Tribus.Tá bom pra ti?

O busão canibalizou dois colegas: 3 respiradouros, sendo um de cada cor (*).

FLAGRANTE DE CANIBALISMO EM CURITIBA!

Calma gente. Nenhuma pessoa morreu e teve seus órgãos comidos por outros.

Assim como a ‘transgenia’ do título se refere a máquinas motorizadas, e não a seres vivos.

Aqui é o mesmo: o canibalismo é somente entre veículos.

“Saindo da Toca“: 2 Kombis Pé-Grande deixam uma caverna em comboio.

Entre os frotistas, esse termo é usado quando você tira peças de um ônibus (ou caminhão, ou carro, conforme o caso) pra pôr em outro.

Observe a esquerda acima que ficará óbvio: é um Marcopolo da Viação Tamandaré.

Ela atende linhas metropolitanas na Zona Norte da Grande Curitiba (além de linhas municipais da capital, nesse caso em outras regiões).

Pro que nos interessa aqui, o busão faz linha inter-municipal, mas está pintado xerocando o municipal de Curitiba.

Está inteiro de amarelo, como os Convencionais municipais.

E no teto um respiradouro é mesmo dessa cor, assim se vê que é original do veículo.

Só que entre os outros dois um é laranja e o outro verde – portanto foram tirados de outros ônibus.

Transgenia quádrupla. O Chevette: 1) foi adaptado pra picape; 2) virou Pé-Grande e 3) também Tribus (trucado); 4) se tudo fosse pouco, inseriram o emblema da Volks, arrancando o da GM (depois dessa só falta Torino da Busscar e da Caio, a Coca com o logo da Pepsi ou o Zico com a camisa do Vasco).

E esses outros, que serviram de fonte, faziam respectivamente linhas de Alimentador e Inter-Bairros.

É comum vermos esses respiradouros de teto em cor diferente do busão no qual está inserido.

Geralmente são dois na cor correta, acessórios originais do ‘carro’

E aí um diferente, que veio de outra fonte, enxertado sem repintar.

Agora, meus amigos, 3 sendo 1 de cada cor nunca tinha visto.

Felizmente ele parou no ponto aí deu tempo de registrar pra eternidade.

………..

A esquerda: ônibus-banheiro em Bancoque, capital da Tailândia.

Próx. 2: buso com capelinha na Tailândia.

Ônibus com ‘toalete a bordo’ é uma coisa, um conforto em viagens.

Agora, esse aqui é outra história, só tem ‘toaletes’ a bordo.

Não há poltronas, bagageiros, corredor nem nada além de mictórios e ‘casinhas’.

Explico. A Tailândia é uma monarquia, o rei é muito admirado pela população.

Então as festividades promovidas pela Família Real atraem uma multidão ao Centro da capital Bancoque.

Pra dar conta das necessidades fisiológicas de tanta gente, entra em ação esse sanitário-móvel.

Kombi a moda de carreta dos EUA.

Afinal é mais fácil transportar esse busão-W.C. que dezenas de banheiros químicos.

Na foto a esq., um busão rosa (que em SP não rolou) com capelinha circula em Bancoque.

Concordo, a capelinha (aquele letreiro menor no teto pra indicar o nº da linha) é uma transgenia pequena.

Ainda assim, é uma transgenia. Foi muito comum em vários países, de todos os continentes.

Em nossa pátria, imensamente popular nas capitais do Rio e São Paulo.

Kombi-Trator.

E  frequente também em Belo Horizonte-MG, Porto Alegre-RS, Brasília-DF e Belém-PA.

Esporadicamente acabou aparecendo em outras cidades também.

Ainda assim no mundo inteiro a capelinha acabou. Na Tailândia permanece.

Outro detalhe: veja que está escrito no vidro “Vida Longa ao Rei“.

2-andares em Londres. Repare na cabine do motorista, ela só é avançada onde está mesmo o condutor, ao lado dele é recuada.

E bilíngue, ainda por cima, em inglês e no alfabeto local oriental

Isso basta pra comprovarmos o quanto o monarca é querido de sua população.

Essas manifestações são comuns na Tailândia, em casas e comércios, se alguém não sabe.

2-ANDARES ORIGINAIS DE LONDRES:

ESSES BICHOS SÃO LONGEVOS!

Agora segura essa: alguém adaptou a Kombi pra cabine ficar igual ao buso londrino!

Ônibus 2-Andares também é uma forma de transgenia.

Então vamos direto a fonte. A direita acima Londres, Inglaterra, ano 2000.

Note o moderno automóvel Mercedes-Benz a esquerda.

Ele mostra que a foto é recente, tirada já nesse milênio.

Outra da Samoa Estadunidense: carreta com o exato mesmo tipo de cabine só de um lado (dispensa até o adesivo de ‘proibido carona’, pois não cabe ninguém além do motorista).

Velho 2-andares fabricado nos anos 50 (no máximo começo dos 60) ainda na ativa.

Vermelhos, é claro. A cidade que consagrou os 2-andares consagrou-os rubros.

E esses bichões pioneiros foram hiper-longevos, com certeza.

Foram produzidos pouco após a segunda guerra mundial.

E eles chegaram a rodar – em linha urbana regular – depois da virada do milênio.

Somando portanto mais de 4 décadas de uso ininterrupto (certamente bem mais de 3 décadas).

Até os anos 80 e começo dos 90 eles eram soberanos nas ruas de Londres, mesmo já sendo bem veteranos.

Somente na segunda metade dos anos 90 começaram a aparecer 2-andares mais modernos.

Tá pensando o quê? A Paraíba tem ônibus 2-andares! “Quando Deus quer é assim”...

E durante algum tempo as diferentes gerações conviveram, óbvio.

Circulavam lado-a-lado os pioneiros, os antigões já com perto de 40 anos (pelo menos 30) de uso.

Junto com os novinhos em folha, ainda cheirando a fábrica.

A prova a esquerda, três 2-Andares de Londres em fila:

Linha Turismo de Córdoba, Argentina (*). O 2-Andares rodou antes no transporte urbano de Londres. Cortaram o teto, ficou conversível.

A frente e o último dois pioneiros, no meio um da nova geração.

Segundo algumas fontes, esses primeiros 2-andares foram ainda mais longe:

Essa versão assegura que eles ainda aguentaram mais uma década.

E puxavam linhas urbanas regulares mesmo em 2010 e 2011, já nessa década portanto (escrevo em 19).

Próximas 2 imagens: 2-Andares no Brasil, aqui em São Paulo, pela saudosa CMTC.

Sendo isso verdade – o que não posso assegurar – os 2-andares originais então teriam completado quase 6 décadas de pista!!! Isso que é longevidade.

Mesmo que não, ainda assim comprovadamente eles aguentaram mais de 40 anos na ativa, dos anos 50 a pelo menos o ano 2000.

E no ano 2000 é fato que eles ainda faziam linhas urbanas regulares.

Goiânia. De novo rubros, da também estatal Transurb (todos os 2-Andares brasileiros dos anos 80 são da marca Thamco).

Repito mais uma vez, veja o automóvel Mercedes-Benz de modelo moderno a esquerda do busão (ainda estou me referindo a aquela 1ª imagem do 2-Andares londrino).

Os vermelhões dotados de escada ingleses cumpriram dessa forma na Europa o mesmo papel dos tróleibus na América:

Décadas e décadas no asfalto, sem tirar de dentro! Alma Forte!

Isso aconteceu em São Paulo, Santos e Araraquara (todas no estado de SP, evidente) e também no Recife-PE.

Em todas velhos tróleis, fabricados nos anos 50, rodaram até a mesma época, a virada do milênio.

Portanto eles igualmente puxaram 50 anos sem pedir arrego.

E mesmo hoje (texto de 2019) na Grande São Paulo e em Santos há tróleis com 30 anos ainda em uso.

Os 2-Andares modernos brasileiros ficam restritos as Linhas Turismo (a de Curitiba na imagem [*], próximo a Pedreira e Ópera de Arame), e são Busscar (esse por ex.) e Marcopolodepois da quebra da montadora joinvillense somente Marcopolo.

São dos modelos Marcopolo Torino e Mafersa, respectivamente; portanto um museu vivo!

Acontece que ninguém bate os tróleibus de Valparaíso-Chile, nesse quesito.

Visitei a maior cidade e maior porto do Litoral Chileno em 2015.

Ainda operava uma grande leva de velhos tróleis, alguns com 70 anos rodando!!!

………

Voltando a Londres. A capital inglesa/britânica tem alguns articulados.

E o que dizer dessa Kombi “2-Andares“? Alongada, Tribus (trucada) e inseriram até um teto de Fusca! Haja gambiarra!!!

São poucos, todavia. Lá eles preferem mesmo os ônibus com escada e segundo pavimento.

E, ao contrário do que muitos poderiam supor, não são todos os ônibus londrinos que possuem 2 andares. Nada disso.

Há muitos com somente 1 andar, mas eles chamam menos a atenção.

Todos os articulados, óbvio, detém somente um andar.

Entretanto além deles existem muitos veículos de tamanho normal (não-articulados) com apenas o pavimento único.

Só que os favoritos são mesmo os ODA (sigla de Ônibus Dois Andares).

Aqui e a dir.: 2-Andares em Joanesburgo, África do Sul, 2017 (*). São de fabricação brasileira, da tradicional marca Marcopolo.

Hoje são todos modernos, vão longe os tempos que rodavam antiguidades com décadas de uso.

Entretanto, durante a maior parte da segunda metade do século 20 os pioneiros dominaram incontestes.

Entrava década, saía década, eles continuavam lá, firmes e fortes.

Algumas características marcantes (além da pintura vermelha):

Só 1 porta (*). Pç. Gandhi é o ponto final no Centro, onde os cliquei.

Eles eram cobertos de propaganda (traço que se manteve nos seus colegas contemporâneos).

E mais, nesses mais antigos só havia uma porta, na traseira (imagem acima a direita). 

Todos entravam e saíam por ela, o que obviamente não era nada prático no horário de pico.

Essa era uma característica britânica indelével, que ainda gera frutos ao redor do globo.

Estive na África do Sul em 2017, país de colonização anglo-holandesa como todos sabem.

Pois bem. Até hoje a imensa maioria dos ônibus sul-africanos – tanto de 1 quanto 2 andares – conta com somente uma porta.

Namíbia, na época pertencia a África do Sul.

Há uns poucos veículos com 2 portas. Não há ônibus com 3 portas no território sul-africano (exceto articulados).

Nessa nação a imensa maioria dos busos ainda honram a tradição britânica, e só têm 1 porta.

A questão é que na própria Inglaterra esse arcaico costume foi abandonado:

Os ônibus modernos de Londres – novamente, tanto de 1 quanto 2 andares – contam com 2 portas.

Minas Gerais: o Brasil também tem carreta Papa-Fila com 2 andares. E é um Jacaré!

Agora enfim os ingleses se igualaram ao que já é feito em todo planeta nesse quesito.

Você entra no coletivo por uma porta e sai por outra, facilitando imensamente a circulação interna no salão do veículo.

Bem melhor, né? Bom, no Chile existiram ônibus pitocos (não-articulados) com 4 portas!!! Sim, é verdade. Nem precisa tanto.

Aqui e a direita: Cuba.

Em se tratando de veículos não-articulados, 1 é pouquíssimo, 2 é pouco, 3 é o ideal, e 4 já é muito, concordam?

……….

Já que chegamos a África do Sul, dá uma olhada a esquerda acima:

Carreta Papa-Fila 2-Andares, pro transporte dos trabalhadores negros.

A foto foi tirada na atual Namíbia, em 1988. Porém ainda não era Namíbia.

Explico. O país ainda não era independente, era um estado da África do Sul chamado ‘África do Sudoeste’, a separação foi em 1990.

Antigo ônibus transformado em vagão operacional do Metrô do Rio de Janeiro.

Portanto ali na época da foto também vigorava ‘apartheid’.

Vemos a esquerda acima uma carreta ‘Papa-Fila’ de chassi e motor Ford.

(No detalhe há um Scania também na Namíbia, esse de 1 andar.)

Esse modal é chamado ‘Camelo’ em Cuba, ‘Bondinho’ em Baln. Camboriú-SC.

Antigo ônibus transformado em vagão de trem em Cuba – esse leva passageiros, tanto que os bancos foram mantidos.

Em duas imagens logo acima ‘Camelo’ em ação na ilha de Cuba.

O veículo é muito alto, olhe o tamanho da escada que é preciso galgar pra subir nele.

Mais um pouco o busão vinha equipado até com elevador, já pensou!

Seja como for, só que como nos outros lugares, sempre com somente 1 andar.

Carreta e 2 andares, é a primeira vez que vejo (ainda falando da foto do verde da África).

Antigo vagão cargueiro de trem transformado em ponto de parada do trem de passageiros (VLT) de Mendonça, Argentina (*).

Voltando aos ônibus normais 2-Andares. No Brasil eles existiram (em transporte urbano regular) em 4 municípios:

São Paulo capital, Goiânia-GO – nesses 2 primeiros casos vermelhos como na ‘matriz’ inglesa -, Recife e Osasco (também na Grande São Paulo).

Isso, repito, em linha urbana regular, que todos podem pegar e que têm tarifa normal.

Hoje os 2-Andares, no Brasil e em boa parte do globo, são os preferidos pra fazerem ‘Linhas-Turismo’, mas transporte regular não mais.

………..

A esquerda um pouco mais acima: busão que sofreu uma transgenia curiosa, do modal de pneus pra trilhos.

Kombi-Fórmula 1, pra competir com a que tem turbina (a definição é baixa, mas dá a impressão que esse veículo é uma miniatura).

O ônibus passou a ser um vagão operacional do metrô do Rio de Janeiro.

Portanto ele não carrega passageiros, fica na retaguarda, auxiliando a operação dos trens.

É de carroceria da marca Metropolitana – há muito extinta, porém que no seu auge marcou época no Rio nas décadas de 60 e 70.

E agora, com a vida útil do busão vencida a muito, vemos que ele ganhou uma sobrevida nas estradas de ferro.

Essa é miniatura com certeza. Gostou da ‘Kombi-Triciclo‘? Pense no trabalho que alguém teve pra fazer essa adaptação. Isso que é Amor pelas Kombosas!

Como falamos em Cuba um pouco pra cima, eu já flagrei o mesmo nessa ilha caribenha.

Confira a imagem mais pro alto na página: um busão transformado em vagão de trem (destaquei com flecha onde antes estavam os faróis).

Lá em Cuba ele não fica na retaguarda, ao contrário, vai pra linha de frente.

O que isso quer dizer? É simples: o antigo ônibus, agora vagão de trem, transporta passageiros nas ferrovias cubanas.

Inclusive por isso os bancos permaneceram intactos no mesmo lugar, pois estão sendo utilizados.

Chamamos como isso agora? “Edifício Kombi”, seria um nome apropriado??

…….

Vimos quase no topo da matéria uma “Kombi-Avião”, que alguém legendou dizendo que “voa de verdade“.

Será? Tive que colocar na condicional, pois se você abrir o vídeo, ele fala sobre aviões caseiros.

No entanto a “Kombi-Avião” mesmo acaba não sendo mostrada.

Então ficamos (ao menos por hora) sem saber se ela consegue mesmo decolar e se manter no ar por conta própria.

Seja como for, aquela “Kombi-Avião” é a hélice. Não tem turbinas.

2 adaptações com Fuscas. Essa é bem feita.

Já mostrei nessa mensagem, entretanto, uma Kombi que tem turbina de avião de verdade!

Imagina a velocidade que isso deve pegar no arrancadão….

Daria quase pra competir com o Trem-Bala Chinês, será?

Como é a vida, não? Cheia de vários paradoxos, alguns bem complexos.

Mas essa aqui…só por Deus!!!

A “Kombi-Avião” tem asas, mas não conta com turbinas.

Alguns dizem que ela voa, mas não foi provado de forma conclusiva.

(Nota: evidentemente, um aparelho não precisa de turbina pra voar.

“Fusca-Barco” ???

Aviões pequenos e médios são a hélice, e voam perfeitamente.

A questão é que a Kombi-Avião não foi ainda mostrada no ar, então nós teremos que aguardar pra ver.)

Assim, a dúvida se mantém. A “Kombi-Avião” tem asas, mas não tem turbinas.

Não sabemos se voa de fato, em nenhum sentido nem literal nem figurado.

O ILUMINADO” – 3 imagens da Austrália. Caminhão  decorado em pose noturna. Digno de ser um ‘Decotora’ japonês. Japão e Austrália são relativamente próximos, se ambos não fossem ilhas do Pacífico eu quase diria que mesmo clicado na Oceania esse bichão era nipônico.

a outra Kombi não tem asas, mas tem turbina de avião de verdade. Essa ‘voa’ mesmo.

Ao menos em sentido figurado com certeza voa, o de correr muito, mas muito velozmente, ainda que ao nível do solo.

Falando de outra coisa, já fiz uma matéria só sobre os Fuscas.

(Ainda o automóvel mais vendido da Terra se você desconsiderar as ‘trampas’ que as montadoras adotaram pra burlar a matemática.)

Lá eu mostrei vários ‘Fuscas-Limosines’. Só que esses bem feitos.

Ópera de Sidnei, cartão-postal australiano mais famoso, prédios do Centro ao fundo. A seguir a mesma cena, de próprio punho.

Você não vê as emendas – observe o veículo branco da tomada um pouco pra cima a direita.

Pra fazermos o contraste então, e pra fecharmos com ‘chave de ouro’, dá uma olhada na gambiarra em que a legenda diz “Só por Deus”!!

Além de Pé-Grande, emendaram 2 Fuscas (um preto e outro verde).

A moça comprou até um chaveiro do ‘urso’ coala – animal típico desse país.

Tudo sem o menor cuidado de tapar as arestas, de cobrir as emendas. Aí eu fico sem palavras. De fato, apenas Deus Pai Criador pode mesmo ter Piedade!!!

………..

Matérias já publicadas da série sobre a transgenia:

Transgenia Busófila (e Automotiva em geral);

Tem que Ver pra Crer: segue a “Transgenia Automotora”;

Buso-Trem, buso-barco brasuca, bonde 2-andares: mais Transgenia mundo afora;

Londres nos anos 40 (séc. 20): dupla de 2-andares passa por exposição do Exército.

O Carro do Povo  (mostramos várias transgenias feitas com os Fuscas).

Do “Chope-Duplo” ao “Fofão” a Linha-Turismo: ônibus 2-andares no Brasil (e no mundo):

Grande reportagem, com centenas de fotos, desse tipo peculiar de busão. Radiografia completa do modal em nosso país, mostro também os bichões na Grã-Bretanha, Europa continental e em várias ex-colônias do império britânico.

“Deus Proverá”

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